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Corinthians estuda ir à Justiça contra fundo de estádio por auditoria
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Eduardo Ohata

 

A direção do Corinthians estuda a possibilidade de ir à Justiça contra o fundo que administra a arena do clube, este blog apurou com pessoas muito bem posicionadas no clube e próximas ao presidente corintiano Roberto Andrade.

A principal reclamação é que o fundo tem demorado para liberar documentos referentes à Arena Corinthians, e que a documentação pedida não chega integralmente nas mãos dos funcionários da firma de auditoria contratada pelo clube para analisar valores.

Segundo a fonte, que definiu o status da situação entre clube e fundo como “começou a azedar”, chega a haver atrasos de até cerca de um mês na entrega da papelada. E, se auditores pedem 10 documentos, tem chegado três às suas mãos.

 


Lei que libera bebida alcoólica em jogos da Rio-2016 em SP não foi votada
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Eduardo Ohata

Apesar de ter sido encaminhado sob “caráter de urgência” à Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei que libera a comercialização de bebidas alcoólicas nos jogos de futebol da Rio-2016 que acontecerem na Arena Corinthians não foi votado. Em recesso, a assembleia volta a funcionar apenas em agosto e, se o regimento da casa for respeitado, o projeto vai a plenário, na hipótese mais otimista, só após os dois primeiros jogos na arena.

O primeiro jogo acontece no dia 3 de agosto, às 15h, entre Canadá e Austrália, pelo grupo F do torneio feminino. O projeto terá que ficar em pauta por três sessões. Só depois é que será encaminhado ao congresso de comissões e posteriormente ao plenário. Se aprovado, teria que ser publicado no “Diário Oficial do Estado”. No masculino, a primeira partida acontece dia 10, às 19h, entre Colômbia e Nigéria.

O projeto de lei 561/2016 foi encaminhado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Assembleia Legislativa no final do mês passado e busca aplicar às atividades ligadas Olimpíada Rio-2016 as mesmas condições que os jogos da Copa de 2014 receberam.

O documento explica que é para a Arena Corinthians entrar em conformidade com o que foi acertado pelas autoridades brasileiras no caderno de encargos encaminhado ao COI (Comitê Olímpico Internacional).

Além da liberação da venda de bebidas alcoólicas na Arena Corinthians (para maiores de 18 anos), o projeto autoriza que os patrocinadores e parceiros da Rio-2016 divulguem suas marcas e vendam seus produtos no raio de 2 quilômetros a partir do perímetro de segurança da arena e de outros locais oficiais.

O documento também prevê que os preços dos ingressos será fixado pelo Comitê Rio-2016 e que por isso não se aplicam as normas estaduais referentes à concessão de gratuidade, redução de preço, meia-entrada ou qualquer outra forma de subvenção a consumidores. Assim, o estabelecimento, ou não, de preços diferenciados por categoria de consumidores tais como, crianças, idosos e pessoas com deficiências, será de competência exclusiva da Rio-2016.

No site da Assembleia Legislativa, a última atividade relacionada ao projeto de lei foi sua publicação no Diário da Assembleia no dia primeiro de julho.


Andres diz se arrepender de Itaquera na Copa e ainda pensa comandar a CBF
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Eduardo Ohata

Andres_Sanchez
Se fosse tomar a decisão novamente hoje, Andrés Sanchez é categórico: Não faria, em hipótese alguma, um estádio dentro dos padrões Fifa para receber jogos da Copa do Mundo.

Preocupa o ex-presidente corintiano as dificuldades para negociar ativos ligados ao estádio, fazer a conta da arena de Itaquera fechar, impasses ligados à construtora Odebrecht e ter visto a Prefeitura não cumprir promessas que vinham da gestão de Gilberto Kassab. “Fazer um estádio para a Copa? Jamais!”, protesta Andres. “Quem exigiu isso foram o governo do Estado e a Prefeitura, e o Corinthians teve que pagar uma conta que lá no início estava acertado que seria da Prefeitura.”

O cartola também reclama que se o acidente da semana passada no Morumbi que feriu torcedores tivesse acontecido na Arena Corinthians, “eu estava preso a uma hora dessas, todo mundo no Corinthians estava preso”. [Nota do blog: No episódio em que dois operários morreram após acidente com guindaste, no período ainda de construção da arena, o Ministério Público indiciou como réus engenheiros da Odebrecht e da Locar, empresa sublicenciada pela construtora para a operação de guindastes].

Andrés recebeu o blog em seu escritório na Arena Corinthians, onde dá expediente quando não está em Brasília desempenhando a função de deputado federal (PT). Foi lá que respondeu as perguntas do blog.

Blog do Ohata: Como está a situação dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) e das contas referentes à Arena Corinthians?

Andres Sanchez: O valor dos CIDs hoje é de aproximadamente R$ 490 milhões, valorizaram em relação ao valor original de R$ 400 milhões. Mas como houve questionamento do Ministério Público [Procurada para se manifestar, a Prefeitura não se manifestou até a publicação deste texto], que nós ganhamos em primeira instância, gerou dúvidas [no mercado]. Já vendemos 26 milhões [em CIDs], tá vendendo. Mas na crise econômica que nós estamos hoje…

O estádio ficou em R$ 1,2 bilhão. O custo da obra do estádio foi de R$ 985 milhões, mas há a diferença dos juros de financiamentos.  Foram  R$ 90 milhões de overlay [estruturas provisórias utilizadas na Copa do Mundo] e mais R$ 80 milhões de juros porque o financiamento atrasou em dois anos. No caso do overlay, tinha sido combinado com o [então prefeito Gilberto] Kassab que a Prefeitura iria atrás de patrocinadores para pagar os R$ 130 milhões de overlay. Mudou o governo, e o Corinthians arcou com os R$ 90 milhões de overlay.

Falta um valor em obras que a Odebrecht precisa completar. Ela já admitiu que é de pelo menos R$ 50 milhões, e já começou uma auditoria que levará de 60 a 90 dias para calcular de [se é R$ 50 milhões ou mais].

Agora, dos R$ 1,2 bilhões, tira R$ 480 milhões dos CIDs, R$ 50 milhões da Odebrecht, R$ 300 milhões de naming rights. Fica faltando para pagar R$ 370 milhões de dívida. [Acenando afirmativamente com a cabeça] Dá ou não para pagar em 12 anos?

Vai ficar mais funcional e atrativo depois que a Odebrecht concluir os detalhes de acabamento que estão faltando?

[Dando de ombros] Isso influi pouco. O problema do estádio é que os camarotes e as cadeiras não estão vendendo como a gente imaginava, pelo problema econômico de um ano e meio para cá. Falta vender 70% dos camarotes e 65% das cadeiras. O camarote mais barato custa por ano entre R$ 280 mil e R$ 350 mil, dependendo da localização do que tem. A cadeira mais barata é R$ 3.800/ano.

Vocês fecharam acordo de “naming rights” com o Banco Original?

Não é verdade. A gente está para fechar com um fundo a qualquer momento, está bem adiantado.

Mas inúmeras vezes no passado foi anunciado que o “naming rights” estava praticamente fechado…

[Interrompendo] Tudo mentira. Para fechar está há dois anos e meio. Mas não é eu querer fechar, mas alguém comprar. Negociamos com cinco grupos ou empresas, mas desta vez é que está 90% fechado. Essas informações de que toda hora de que está para fechar atrapalha, e muito. Nunca negociei com Bradesco, Petrobras… Além das empresas não gostarem quando os nomes delas são publicados, atrapalha a negociação com quem estamos falando.

Quanto o Corinthians pede de “naming rights”?

Um valor razoável. Nunca pedimos R$ 400 milhões, é a mídia que põe isso. Eu quero R$ 1 bilhão, alguém paga? Da mesma forma, já ofereceram R$ 100 milhões e não aceitamos. Podemos fechar por R$ 300 milhões, R$ 400 milhões, R$ 500 milhões. A base é pelo Palmeiras [valor pago pelo Allianz Parque]: R$ 300 milhões, um pouco menos ou um pouco acima.

Atrapalhou o fato de há um tempo ter saído publicado que a Arena Corinthians estaria sendo investigada [na operação Lava Jato]…

[Interrompendo novamente] Lógico que atrapalha, mas não tem nada a ver. Essa é uma empresa privada, que contratou a preço fechado outra empresa fechada, que fez os contratos. É público, está na CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. Atrapalha muito, mas o estádio não está sob investigação. Pelo menos que a gente saiba.

Você acredita que o André Negão deva ser afastado da vice-presidência do Corinthians?

Isso não tem nada a ver com o estádio. O André nem era diretor do Corinthians na época. Isso a gente vai ver com o tempo o que é. Ele tem que ser mantido [na diretoria], não tá condenado a nada, não tem processo nenhum. Não é porque você tem processo que você é criminoso. Se todo mundo que estivesse enfrentando processo tivesse que ser afastado…

Vê um componente político nessas notícias que ligam o estádio à Lava Jato? Todos sabem que você e o ex-presidente Lula são bastante próximos.

Corinthians dá mídia, e onde dá mídia, dá problema. A mídia é para o bem e para o mal.

Mas essa troca de governo pode intensificar uma campanha sobre a Arena Corinthians?

Não acredito. Aqui no Corinthians pode olhar tudo. Não tem problema nenhum, tá tudo aberto. Tá tudo na CVM, já falei, tem auditoria e agora vamos fazer outra auditoria independente.

Mas acredita em perseguição?

Não, não acredito, não.

Você se arrepende de todo o esforço para levantar o estádio?

Me arrependo por causa de uns corintianos que trabalham contra.

Quis dizer por conta das dificuldades em viabilizar financeiramente o estádio, notícias de investigação etc.

Se não fosse para a Copa do Mundo, teria sido muito mais simples, e teria tido muito menos custo para o Corinthians. Mas o Corinthians atendeu um pedido da Prefeitura e do governo do Estado. Uma exigência, aliás.

Se pedissem para fazer de novo, você ergueria uma arena para a Copa do Mundo?

Não, jamais. Para a Copa do Mundo? [Enfático] Jamais. Se não fosse para a Copa, já tava tudo pago.

Você está tem respaldo da parte do governo do Estado e da Prefeitura?

Do governo do Estado, um pouco mais, da Prefeitura, não. Os CIDs atrasaram, a Prefeitura não ajuda, o Corinthians teve que arcar com 90 milhões do overlay, que no começo seria da Prefeitura. Hoje eu faria um estádio mais simples, mais humilde, para 40 mil pessoas, com outro tipo de acabamento, que custaria, no máximo, R$ 350 milhões, 380 milhões, que era o projeto inicial. Mesmo assim, o estádio mais barato do Brasil [por metro quadrado] é o do Corinthians. O metro quadrado custa R$ 5.185. Mas veja o acabamento que tem no Corinthians e o que tem nos outros.

Você acha que o governo Temer terá a mesma preocupação com o esporte do que o governo Dilma?

Espero que tenha muito mais. O Lula teve uma percepção um pouco melhor do esporte, que educação e esporte tem que andar junto. Infelizmente, a Dilma deixou um pouco de lado, e agora acabou saindo. Espero que o Temer entenda isso.

Teme que o novo governo corte o patrocínio da Caixa Econômica Federal aos clubes de futebol?

Não acho que isso é se preocupar com o esporte. O governo tem que ter outros incentivos, outros fomentos para o futebol. Não simplesmente patrocínio. O governo tem que se preocupar muito com o esporte e com a educação junto, se preocupar com a base, começar lá na escola.

O que espera desse governo no esporte?

Tem que esperar para ver.

Você no dia da votação do impeachment falou que só aceitou ser candidato a deputado federal por causa de pessoas próximas, mas que estava arrependido.

A família não queria e muitos corintianos também não. E eles tinham razão, estou decepcionado com a política. Porque acho que não anda, há uma burocracia enorme, um jogo de interesses pessoais muito forte, que deixa a política e o povo em segundo plano.

Teve algum projeto que não conseguiu emplacar?

Lógico, você aprovar  um projeto lá leva de 2 a 10 anos.

Cite algo que o deixou chateado.

O Profut [MP do Futebol, também conhecido como Programa de Modernização do Futebol Brasileiro].

Mas o Profut foi aprovado.

Era para ser muito melhor. Por exemplo, não sou obrigado a ter time feminino profissional. [Na versão original] Eu era obrigado a ter time de base feminino, que é muito mais importante que ter time profissional. Tem time pequenos no Brasil que não podem entrar no Profut, não tem como pagar. Então o time que fatura até R$ 10 milhões por ano, teria que poder pagar por arrecadação e não pelo valor fixo.

Vc não deve se candidatar novamente a deputado federal.

Dificilmente. Não vou falar nunca mais por quê…

O que achou da atitude do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello? Ele tinha uma postura de não-conformidade com a CBF, se empenhou na Primeira Liga, mas aceitou ser chefe de delegação da seleção.

Espero que não se perca no meio do caminho. É uma grande pessoa. Ele lá não é o Bandeira de Mello, é o presidente do Flamengo.

Mas você aceitaria ser chefe de delegação?

Com o [presidente da CBF] Marco Polo Del Nero lá? Não.

Acha que há união para formar uma liga?

Acho que esse negócio de liga já está desgastado a começar pelo próprio nome. Acho que os clubes que tem ter mais independência para fazer seus campeonatos, em relação a seus patrocínios, perante as federações e à CBF. Mas tá melhorando, tá melhorando.

Voltaria para a CBF?

Tenho que ver um projeto legal, não posso deixar de ajudar o futebol brasileiro. Se achar eu importante, e se tiver na minha capacidade e disponibilidade, sem problema. Trabalhar com o Marco seria difícil. Teríamos que conversar muitas coisas antes.

Pensa em se candidatar à CBF?

Pensar, eu penso. Mas não tenho isso como objetivo de vida. Se eu tiver oportunidade, perfeito. [Na próxima eleição] se os presidentes de clube e de federações acharem legal, eu vou. Senão, não. Não tenho isso como objetivo de vida.

Tem conversado com os clubes?

Com todos os clubes. A gente fala bastante. Eles estão cientes, tanto que aumentaram as cotas da libertadores. Os clubes têm que vender o nome do campeonato, publicidade do campeonato. Os clubes têm que estar mais inseridos.

Você é um nome forte.

Que querem destruir.

Quem?

Você não vê as politicagem? Tudo que sai do Corinthians põem meu nome, e faz 5 anos que não sou presidente.

E voltar à presidência no Corinthians? Pensa nisso?

Muito difícil. Estou muito decepcionado com muitas pessoas do meio. Alguns corintianos de renome, que nunca fizeram nada pelo clube. É um desgaste muito grande, pessoal e familiar.

Você se considera um dos responsáveis pela implosão do Clube dos 13?

Totalmente. Era um cartório e uma despesa muito grande mensal para os clubes estarem passando fome.

Mas agora está uma bagunça a negociação do Brasileiro entre clubes, Globo e Esporte Interativo.

Bagunça? Aquele que achar a melhor proposta, fecha. Não tem bagunça nenhuma. Concorrência é sadia. Com o C13 nunca teve proposta de terceiros. Faria de novo [implodir o C13], se fosse aquele mesmo sistema, com certeza.

Você teria contratado o Pato?

Olha, não vou falar se teria contratado ou deixado de contratar. É um grande jogador, um grande nome, se foi caro ou barato era o presidente da época que tinha que decidir. Agora, é obvio que tecnicamente foi um fiasco.

Na época você contrataria?

Não… Quer dizer, não sei, na época todo mundo queria que eu contratasse.

Você até falou que ele deveria ir jogar no Bragantino.

Essa foi uma discussão que houve entre nós. Ele não disse que não ia mais jogar pelo Corinthians? Então ele que fosse jogar pelo Bragantino. Converso com ele, ele é meu amigo, só que tecnicamente, por mil motivos não deu certo. Como acontece com outros jogadores em vários clubes.

Como poderia ter evitado do desmanche do time por conta dos chineses?

Eu dou graças a Deus, tinha que levar mais [jogadores]. Hoje o poder financeiro fala mais alto que a paixão pela camisa ou o amor de viver na sua cidade.

Mas sem o desmanche o Corinthians teria ido melhor nas competições este ano, concorda?

Não sei. O Jadson foi mandado embora do São Paulo, e com o Mano era segundo reserva aqui no Corinthians. O Ralf não era tão titular. No caso do Gil, como vou prender um jogador de 30 anos, com uma proposta irrecusável de salário mensal? Se eu o segurasse, você acha que ele vai jogar? E quem garante que um dos que foram embora não ia se lesionar? Teve jogador que só jogou 4 meses bem no clube, outro que era reserva. Isso dos chineses virem, muitos clubes queriam que fosse nos deles, mas é que nós fomos campeões brasileiros e vieram atrás dos nossos.

Nós compramos só 50% do Renato Augusto do Werder Bremen (na verdade, Bayer Leverkusen), porque a gente não tinha dinheiro. Ele obrigou a colocar uma cláusula que se viesse uma proposta de 8 milhões, tínhamos que vendê-lo. O Vagner Love ninguém mais queria no Corintians, 100% dos direitos econômicos eram dele quando o contratamos. Queríamos uma multa de R$ 10 milhões, ele pediu que comprássemos parte de seus direitos econômicos para colocarmos a multa que quiséssemos. No fim, falou para por multa no valor do que iria receber durante o ano. Ele ganhou 6 meses, e nós ganhamos seis meses. Você está pensando como se todos os jogadores fossem um Neymar da vida.

Foi noticiado que o Tite foi almoçar na CBF, acha que ele funcionaria lá?

Ele é um grande treinador, talvez um dos maiores do país. Com certeza funcionaria. Time de futebol é uma coisa, e gestão [do Marco Polo Del Nero] é outra. Apesar que sou a favor de manter um mesmo treinador até completar o ciclo da Copa.

Você viu o que aconteceu com a arquibancada do Morumbi. Tem medo que aconteça algo igual aqui?

Não. [Enfático] Se fosse no Corinthians ia todo mundo preso. [Saí caminhando pelo estádio e aponta para um pedaço do acabamento no teto da Arena Corinthians do tipo que caiu em fevereiro, mas não atingiu ninguém]. Isso é gesso, quadrados de gesso, e foi aquele carnaval [na mídia]. Se tivesse acontecido aqui o que aconteceu no Morumbi, eu estava preso.

Não está exagerando?

[Contrariado] Tá… Preso, não. Mas ia estar tudo interditado, o Ministério Público estaria aqui, você ia estar aqui cobrindo [o acidente] até hoje. [No caso do Morumbi], dois dias depois, só saem notas pequenas sobre estado de saúde das vítimas.


Febre na Copa-14, copos colecionáveis podem retornar na Olimpíada do Rio-16
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Eduardo Ohata

Patrocinadora da Copa-2014 e da Olimpíada-2016, a Coca-Cola estuda lançar nos Jogos do Rio os copos personalizados que se tornaram febre durante o Mundial de futebol e que, em alguns casos, superaram o preço de R$ 100 em sites de compra e venda online. Os copos traziam marcado o jogo e a arena onde foram adquiridos e a edição foi limitada. Foram produzidos a quantidade exata de ingressos disponibilizados para os jogos da Copa-2014.

“Estamos estudando essa possibilidade, sabemos que os copos se tornaram um tipo de memorabilia”, revelou Flavio Camelier, vice-presidente da Coca-Cola para o Rio-2016. “O problema é que a disponibilização desse tipo de produto envolve um grande desafio de logística. Estamos verificando se será possível ou não [lançar os copos olímpicos].”

Copo da Copa, que se tornou item colecionável

Copo da Copa, que se tornou item colecionável

Durante a Copa, era comum ver pessoas deixarem os estandes de refrigerante com pilhas de copos, que algumas vezes chegavam a vinte. Nesses casos, as pessoas chegavam a pagar pelo refrigerante, não tomavam, e levavam os copos. Não era raro os copos colecionáveis esgotarem antes do final do primeiro tempo das partidas. Quem ia ao estádio fazia questão de levar os copos para distribuir a quem não tivera sucesso no sorteio dos ingressos.

Também era possível ver pessoas revirando o lixo nas arenas em busca de copos. Seu interesse não era colecionar, mas vendê-los a quem não teve a oportunidade de assistir os jogos “in loco”.

“Copa é Copa e Olimpíada é Olimpíada. Se na Copa os jogos aconteciam em vários estados, a Olimpíada traz o desafio único de serem muitos eventos simultâneos. Às vezes são três sessões de competições no mesmo dia”, compara Camelier. “Na Copa, a gente começa a organizar nossas ações nos estádios com três dias de antecedência, na Olimpíada não vai ter aquele ‘respiro’ que acontecia entre as partidas de futebol. Então temos que estudar com muito cuidado a viabilidade desse tipo de ação.”

Segundo Camelier, se a ideia de relançar os copos for inviabilizada, outra ações que podem produzir itens colecionáveis estão sendo consideradas pela fabricante de refrigerantes. Em um esquema similar de edição limitada.

Desportistas do Time Coca-Cola posam

Desportistas do Time Coca-Cola posam  para foto Inovafoto/Coca-Cola

Outro foco da fabricante de refrigerantes é o lançamento do Time Coca-Cola, formado pelo jogador de basquete Anderson Varejão, a campeã olímpica de volei Fabiana Claudino, o nadador Leonardo de Deus, o campeão olímpico de vôlei Nalbert, e os atletas paralímpicos Fernando Fernandes, da canoagem, e Verônica Hipólito, do atletismo.

O grupo vai auxiliar a companhia em todos os seus projetos ligados aos Jogos Olímpicos, como no incentivo à prática de atividades físicas. Além disso, eles também irão participar do revezamento da tocha olímpica ano que vem.


Brasileirinhas lançará 1º filme pornô olímpico, após bombar em Copa-14
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Eduardo Ohata

Após emplacar, com inesperado sucesso, cinco filmes com o tema Copa do Mundo no ano passado, a produtora Brasileirinhas lança ano que vem o primeiro pornô brasileiro com temática olímpica.

Assim como foi na Copa, quer aproveitar a realização no país dos Jogos do Rio, outro grande evento esportivo que mexe com o imaginário popular.

Um dos 5 títulos adultos lançados ano passado inspirado na Copa do Mundo (divulgação)

Um dos 5 títulos adultos lançados ano passado inspirado na Copa do Mundo (divulgação)

Como as imagens, dos anéis olímpicos, a palavras “Olimpíada”, e o termo “Rio-2016” são propriedade do COI (Comitê Olímpico Internacional), o filme se chamará “oIo píada do Sexo”, trocadilho gráfico com o nome da competição.

“Não dá para usar o termo olimpíada, porque o pessoal do COI fica de olho nos direitos. Vamos deixar bem claro que se trata de uma paródia para evitarmos problemas [legais]”, explica Clayton Nunes, proprietário da Brasileirinhas. “O pessoal da Fifa, nesse sentido, quando fizemos nossos filmes da Copa, foi bem tranquilo.”

A denominação das “competições” que o elenco do filme disputará serão trocadilhos com provas reais ou versões eróticas, como a cerimônia de acendimento da tocha, salto com vara, 100 m com barreiras, luta no gel, arco e flecha e esgrima.

“Esse tipo de filme divulga mais as atrizes, que é o que elas procuram”, justifica Nunes.

A produtora descobriu ano passado que lançar filmes ligados a um grande evento esportivo organizado no Brasil tem o potencial para ser um grande sucesso.

Outro dos 5 filmes lançados ano passado com o tema Copa do Mundo (divulgação)

Outro dos 5 filmes lançados ano passado com o tema Copa do Mundo (divulgação)

“Fomos pegos de surpresa com o interesse gerado pela Copa do Mundo no Brasil [em 2014]. Tivemos que cancelar, de última hora, a produção de alguns filmes para lançar às pressas mais produções que tinham como pano de fundo a Copa. As pessoas ligavam, entravam em contato pedindo por isso. Acabamos produzindo cinco deles no ano passado. Acho que foi porque foi a primeira Copa no Brasil em muitos anos”, argumenta Clayton Nunes, proprietário da Brasileirinhas.

Por conta da escassez de tempo, um deles foi uma antologia, com a maioria das cenas reaproveitadas de produções anteriores também ligadas ao mundo do futebol.

Apesar de apostar nos Jogos, a produtora não acredita que a paródia olímpica repetirá o mesmo sucesso do Mundial de futebol.
“De Olimpíada deve ser um filme mesmo. Copa do Mundo tem outra pegada, né? Além disso, acho que estamos passando pela ‘ressaca da Copa’”, afirma Nunes, que ao mesmo tempo não descarta a possibilidade de uma série de filmes adultos que façam alusão à realização dos Jogos Olímpicos no Brasil.


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