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“Loucura eu não faço, ou pode não haver amanhã”, diz presidente corintiano
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Eduardo Ohata

O presidente corintiano, Roberto de Andrade, reiterou diversas vezes em entrevista exclusiva ao blog, realizada na semana passada: “Nomes” para reforçar a equipe, loucura de contratar estrelas, apenas quando o caixa permitir. “É como você faz na sua casa: Se entram dez, gastamos dez; quando começar a entrar quinze, aí sim, começamos a gastar quinze”. A filosofia é refletida no atual momento do time no Brasileiro e explica a decisão de contratar um técnico de peso para assumir a equipe apenas no ano que vem.

O cartola discutiu ainda a Arena do clube, contou que não aceitou ligação de Marco Polo Del Nero, após a saída de Tite para a seleção, analisou o cenário para sua sucessão, a razão de as milionárias contratações dos “chineses” não ter revertido para o caixa do clube e quem, em sua opinião, foi a pior contratação, André ou Pato.

Blog do Ohata:  Quanto o Corinthians ganhou com a negociação de jogadores em 2016 e o que foi feito deste dinheiro?

Roberto de Andrade: Todas as negociações de jogadores no ano nos rendeu em torno de R$ 117 milhões. Gastamos R$ 65 milhões na recomposição do grupo, e o resto foi usado no dia-a-dia. Fechamos o balanço de 2015 com um passivo de, mais ou menos, R$ 490 milhões. No balancete que lançaremos agora, estamos com um passivo de R$ 350 milhões. Estou sendo muito contestado, principalmente pela torcida. Até entendo, também sou torcedor. Falando como torcedor, quero um time forte, quero que se f… as finanças do clube. Se eu tivesse pensando só no meu mandato, esse número estaria R$ 490 milhões, ou R$ 550 milhões, e eu teria 11 p… jogadores ganhando R$ 1 milhão por mês. Estaria sendo carregado por aí, seria lembrado como o presidente que ganhou isso, ganhou aquilo, levantariam um pedestal, e eu deixaria a bomba para depois quem chegasse. Não vou fazer isso. Prefiro ser criticado durante minha gestão do que depois que acabar meu mandato. Hoje a política é uma só: se tem, gasta, se não tem, não gasta. Ganho 10? Nós vamos viver com 10. Amanhã tem 15? Vamos viver com 15. Isso significa o quê? Um time melhor, tudo melhor. O que não pode é você ganhar 10, assumir compromisso de 15, e dizer, ‘esses 5 nós vamos empurrar’. Antigamente você falava para um jogador, vem trabalhar aqui [no Corinthians]. O cara queria tudo à vista, tudo adiantado, porque não tinha confiança que iria receber. Sempre foi assim no Corinthians. O que mais o nosso grupo de 2007 para cá resgatou foi a credibilidade. Hoje as pessoas ouvem falar em trabalhar no Corinthians e vêm correndo porque sabem que não tem problema. O mês aqui, agora, tem 30 dias.

O time, então, se tornou refém do orçamento?

O Corinthians não é refém, enquadramos as despesas dentro das receitas. Se você gasta mais do que tem, corre o risco de ter que vender o carro, a casa, para saldar suas dívidas.

Quando se falou nos valores dos jogadores negociados com os chineses, era uma chuva de dinheiro. Mas o clube não lucrou tanto. São Paulo e Palmeiras lucram mais do que Corinthians nas negociações. O clube pretende mudar a estrutura de seus contratos?

[Enfático] Desculpa, você está completamente enganado. Nossos contratos não são mal feitos, com multas baixas, o que tem são cláusulas contratuais. Vou dar um exemplo: O Renato Augusto estava no Bayer Leverkusen. Eles queriam vender 100% dele por 6, 7, 8 milhões. Não tínhamos isso para pagar. Demos metade para liberarem o jogador. Mas nos impuseram uma cláusula que se viesse uma oferta de 8 milhões, teríamos que vender. Não é questão de multa, mas de cláusula acordada entre as partes, senão não me cederiam o jogador. Quando veio a oferta de 8 [da China], ou eu pagava os 4, que eu não tinha, ou eu vendia o jogador. O Vágner Love veio de graça, nós só pagávamos o salário. ‘Só que coloca aí, Roberto, que se vier uma oferta de 1 milhão de euros, você o libera e ainda recebe uma multa de 1 milhão’. Vou falar não, se quero o jogador de graça? Não é que o jogador dos outros saem mais caro, é oportunidade. Especialmente se você não tem um caixa suficiente para mandar na negociação. Quando trouxeram o Elias, compramos 50%, também com cláusula de venda. Quando veio a oferta, ou você paga, ou você entrega para o cara para pegar a sua parte. O Gil, por exemplo, não tinha cláusula, éramos donos de 90%, vendeu por 9,7 milhões de euros e ficamos com quase tudo. Mas onde tem cláusula, você tem que cumprir.

Até que ponto o clube vai continuar vendendo 4 ou 5 jogadores para trazer apenas 2?

A vinda do jogador é por necessidade. Primeiro, que você não consegue trocar Renato Augusto por Renato Augusto. Se no grupo você tem um jogador com a característica [do que saiu], você tem que trazer um jogador com outra característica. Isso é a comissão técnica que me fala. Eles me dizem, preciso de um meia, me dão três nomes e dizem, qualquer um que você trouxer, eu tô feliz. Aí vamos atrás.

Mas isso não é uma deixa para aproveitar mais a base, que tem sido desperdiçada?

Criticaram quando a gente emprestou o Maycon para a Ponte Preta. Emprestamos porque ele queria jogar, mas no nosso grupo ele não ia ter chance porque tínhamos o Elias, seleção brasileira, dono da camisa. Se ele não vai ser usado, vai ficar aqui sentado no banco, é melhor por ele para jogar, mandamos ele para a Ponte para ser titular, ganhar rodagem. A saída do Elias foi uma coisa pontual, não tava programado, e em dezembro o Maycon volta. O Marciel, mesma coisa. Na época o Tite falou, o Maycon está mais pronto que o Marciel, pode emprestar para o Cruzeiro. Agora pedimos de volta, e o Marciel está de volta. Quero deixar claro que foi nós que pedimos, não o Cruzeiro que o dispensou.

Qual a maior crise de vestiário que você como presidente enfrentou e resolveu?

Nenhuma. Crise de vestiário? Zero. Posso falar de boca cheia que só trabalhei com grupo nota mil em quatro anos como diretor de futebol e agora como presidente. Nesses seis anos trabalhei com o Tite e, com ele, não tem confusão. Não tem o que falar de ninguém.

Você atacou a CBF após a saída de Tite. Como está a relação entre você e o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, agora?

Fiquei chateado e continuo achando que o presidente da CBF errou, não vou mudar minha opinião. Um erro não se apaga, ele pode pedir desculpa que a gente vai aceitar. Ele errou de não ter me contatado. Eu não tive mais contato com ele porque não fui mais à CBF. Se tiver, vou à CBF e falo para ele que ele errou. Ele tentou [pedir desculpas], me ligou no dia seguinte, eu que não atendi. Acho que era isso que ele queria falar, eu que não atendi. Mas não quero empurrar isso para o resto da vida. Ah, você abriu o CT para a seleção treinar. Queriam o quê, que montasse uma barricada? A seleção não é minha, não é dele, é do país. Não vou deixar de atender a seleção porque ele errou comigo. Mas desde que o Marin assumiu, está melhor do que a gestão anterior.

Ao substituir o Tite, por que optaram pelo Cristóvão, se havia “nomes” no mercado, como Fernando Diniz e Abel Braga? Fizeram essa opção por que o time era modesto?

A gente não entende isso. Quem montou o time foi o Tite e o Edu Gaspar. O Cristóvão tinha o perfil que a gente buscava: Perfil agregador, de relacionamento bom com o grupo, que foi o que a gente aprendeu com o Tite, com resultados bons dentro e fora de campo. Ah, mas ele não tem nenhum título. Mas o Tite, quando chegou no Corinthians, também não tinha. No caso de qualquer treinador que viesse trabalhar pós-Tite, as comparações seriam difíceis.

Ainda acredita em titulo ou o alvo é uma vaga na Libertadores?

Acredito, porquê não? Estamos vivos. Dois tropeços de alguém, nós chegamos.

Quando o time terá um grande jogador, como um Ronaldo, por exemplo, à sua frente? Quem será?

Quando a gente tiver condições financeiras de trazer um jogador. Um jogador nesse perfil que você falou, custa caro. Não precisa ter o nome do Ronaldo, mas a gente sempre sonha em trazer um grande jogador. O Corinthians precisa de qualidade, pode ser um, em quatro, em cinco, ou nos 11. O Corinthians não tinha ninguém de expressão e no ano passado e fomos campeões [do Brasileiro]. O objetivo é ser campeão, não ter um jogador de referência. Temos que ter um conjunto de qualidade, que era o que tínhamos no ano passado. Talvez não tenhamos o mesmo conjunto, mas ainda temos muita qualidade. Melhor do que muitos clubes.

Mas como se manter líder de público com o time caindo de produção?

Se você for ver nos últimos anos, mesmo nos anos em que a gente não ganhou título, o time era forte. O objetivo não é encher a arena, é ganhar. Não adianta encher estádio e não ganhar título. Lógico que jogar com a arena lotada é bacana, e para isso é preciso ter um time competitivo.

Pensa em estratégias de marketing como na época do Luis Paulo Rosenberg, que aproximava o clube à torcida?

Pelo contrário, nós temos hoje um recorde, 146 mil sócios-torcedores. Camisa, uma das mais valorizadas do país [R$ 60 milhões], mesmo nessa crise financeira.

Pretende rever para baixo os preços de ingressos?

Não tem como diminuir. Temos o lado oeste do estádio, que quanto mais rápido lotar aquele setor, mais rápido consigo viabilizar que [os preços dos ingressos de] outro setor sejam menores. Senão a conta não fecha.

Nos últimos tempos, todos os presidentes vieram do departamento de futebol. Há algum candidato da situação que preencha esse requisito?

Não é pré-requisito para ser presidente. Mas o futebol é o carro-chefe, o departamento mais preocupante, mais delicado, é legal que o presidente conheça vestiário, como funcionam as coisas, para na hora que tiver que decidir, ter uma decisão mais clara.

Na situação, qual é o nome que tem esse perfil [para concorrer à próxima eleição]?

Hoje não tem, mas vai ter que ter. Acho muito cedo. Pode ser que surjam [alguns cenários] um pouco mais para a frente.

O Andres já terá condições para concorrer à presidência na próxima eleição. É um bom nome?

Ele fala que não quer, não sei.

Fora ele, tem algum nome disponível que tenha essa experiência de departamento de futebol?

Aí [um eventual nome] vai ter que passar ainda, né? Que tenha passado, não tem. Eu não vejo. Mas não precisa ficar no departamento de futebol 3, 4 anos como eu fiquei, pode ficar um pouco para ter noção de como as coisas funcionam.

Qual a situaçã0 do estádio?

Estamos com os pagamentos rigorosamente em dia. Fizemos um pleito à Caixa Econômica Federal, pagamos a última prestação em abril. De abril para cá [pelo acordo], a gente só vem pagando os juros. Mas os juros são 87% do valor da prestação, é quase igual. Eles têm até outubro para decidir sobre nosso pleito.

E os naming rights?

Está andando. Não dá para afirmar que vai sair daqui a uma semana, um mês. Como é uma coisa longa, de 20 anos, quero ter todas as garantias para assinar um contrato longo. O valor que estamos trabalhando é em torno de US$ 100 milhões.

Aceita fazer show no estadio para diminuir a divida?

Dentro do estádio, não. Queremos fazer show na área externa.

Quanto o Corinthians deixou de ganhar por ter emprestado o estádio para a Rio-2016?

Não deixou de ganhar. Pagaram e ainda deram um [dinheiro] para o fundo da arena. A arena foi vista no mundo inteiro, o Corinthians participou da Olimpíada, entrou para a história, isso ajuda na venda do naming rights.

Qual, na sua opiniao, foi o pior negocio para o Corinthians? André ou Pato?
Não vejo o André como um negócio ruim. Se você for falar negócio financeiro, não foi ruim porque peguei o dinheiro de volta, até um pouco a mais. Acho que ele deu mais retorno técnico do que o Pato, até porque jogou um pouco mais. E, financeiramente, o Pato deu um prejuízo maior.

Acha que o São Paulo se tornou o Corinthians em termos de cenário político conturbado?

Acho que o Corinthians, na pior de suas crises, fosse política ou financeira, sempre foi maior do que o São Paulo. São crises diferentes, mas o Corinthians, no meio de um monte de crises, só cresceu. O Corinthians vem juntando títulos e patrimônio. Em 9 anos, criamos o CT, o estádio e conquistamos um monte de título que ninguém ganhou. A torcida não quer saber se tem conta para pagar, se o cara pediu 500 mil por mês… ‘Paga esse FDP e põe ele para jogar’, ela diz. Só que isso tem um limite, o dinheiro para de entrar. Aí você vai para o plano B, e a qualidade cai um pouco. E tem clube no plano C e plano D…

Que clubes são esses?

Prefiro não quero falar.

Pelo que quer que sua gestão seja lembrada? Pelo título do Brasileiro? Pelo trabalho do Tite? Pela transparência?

Primeiro, se eu puder ganhar mais um título, seria legal. Segundo, não quero ser criticado porque deixei contas, porque deixei isso ou aquilo. A gente está fazendo muita coisa aqui que não aparece, regularizando muita coisa. Nunca tivemos uma negativa de impostos, o Corinthians passou a gozar do dinheiro da CBC [Confederação Brasileira de Clubes] para ser investido em esportes olímpicos. Isso tudo é trabalho, que passa pelo Ministério do Esporte. No Profut [Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileira], ao qual aderimos, você tem obrigações a cumprir, ou pode cair da Série A para a B por uma questão administrativa. Cobram um dirigente que aja com responsabilidade, e aí você é criticado porque age com responsabilidade. Quem critica tem zero conhecimento, não sabe o que acontece. Loucura eu não faço, se eu não agir dessa forma, talvez [o Corinthians] não tenha um amanhã.


Arena Corinthians dispara ‘fogo amigo’ em patrocinador que estreia hoje
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Eduardo Ohata

A Arena Corinthians disparou críticas na direção da parceira que estreia hoje no dérbi com o Palmeiras, a Apollo Sports Capital, fundo de capital para quem o clube vendeu o espaço que fica acima do número nas costas do uniforme por R$ 30 milhões. A Apollo, que não tem produtos próprios para divulgar, comercializará o espaço com outras marcas.

Porém a parceria começou de forma conturbada.

Dirigentes do Corinthians irritaram-se com informações veiculadas em diversos meios de comunicação sobre negociação de naming rights da Arena Corinthians, que teriam sido colhidas junto a pessoas ou executivos ligados à Apollo Sports Capital S.A., à Apollo Sports Solutions S.A. e a um outro fundo. Irritou, particularmente, a entrevista de um executivo da Apollo a um jornal de grande circulação. Na interpretação deles, segundo nota, o executivo teria indicado que negociações foram prejudicadas por conta do “amadorismo” que existe atualmente no esporte. Neste texto em particular, o termo “naming rights” é citado, mas não há menção da Arena Corinthians.

“Na realidade, ao contrário do amadorismo no esporte declarado pelo presidente da Apollo Sports Capital (e da Apollo Sports Solutions S.A.), senhor Michael Gruen… a Arena, em conjunto com o Corinthians, tem buscado o maior profissionalismo possível no assunto, tendo tomado todas as precauções para maior segurança do negócio [naming rights], já que se trata de um contrato longo, com valor expressivo e que envolve ambos (arena e clube)”, rebateu, por meio de nota (leia a íntegra ao fim deste post), a Arena Corinthians.

Um executivo da Arena Corinthians apontou ao blog que houve ausência de garantias financeiras para a concretização do contrato de “naming rights”.

“O verdadeiro motivo para a não celebração dos ‘naming rights’ até o momento é a apresentação de garantias insuficientes para a Arena, pois os documentos… não trazem liquidez e segurança mínimas necessárias para um contrato complexo, valoroso e de longo prazo, afinal, o capital social formado, por exemplo, é composto em grande parte por imóveis ou terras, sendo que algumas destas são apenas em percentual de seu total, o que dificultaria qualquer ressarcimento ou execução por parte do Arena Fundo ou do Corinthians, se necessário.”

“Não foi apresentada, também, a comprovação de que tal patrimônio que integra o capital social destas sejam de suas respectivas propriedades e estejam livres de ônus para a evolução do negócio.”

Também por meio de nota oficial, a Apollo Sports Capital informou que “firmou parceria com o Corinthians em uma propriedade e que em nenhum momento mencionou qualquer assunto relacionado ao “naming rights” da Arena. A empresa informa ainda que essa parceria com um dos maiores clubes do mundo e que visa engajar o torcedor com a marca e gerar valor para o time, é motivo de muito orgulho e satisfação, também pelo profissionalismo e integridade do seu presidente, sr. Roberto de Andrade. A Apollo, que hoje atua com futebol, espera também investir em outros esportes com potencial similar no Brasil”.

Leia a íntegra da nota oficial da Arena Corinthians:

“A Arena Corinthians vem, por meio desta Nota Oficial, esclarecer alguns pontos a respeito das negociações dos Naming Rights, após novas especulações veiculadas em matérias de diversos meios de comunicação, algumas contendo, inclusive, informações distantes da verdade.

Segundo as próprias matérias publicadas, as informações teriam sido colhidas de “bastidores” e de executivos ou pessoas ligadas ao Fundo de Investimentos em Participações (FIP) San Francisco, administrado pela Intrade DTVM, à Apollo Sports Capital S.A. e à Apollo Sports Solutions S.A.

Diversas colocações nas publicações causaram estranheza por não condizerem com a realidade dos fatos, e por estas informações veiculadas poderem induzir nossos torcedores e frequentadores da Arena Corinthians a conclusões equivocadas, a Arena Corinthians decidiu emitir esta Nota Oficial para esclarecer a verdade, de maneira clara e transparente.

Não é verídica a informação de que o senhor Andrés Sanchez, ou qualquer outro representante da Arena Corinthians, tenha “tentado falar” com o senhor André Gregori, “ex BTG e atualmente à frente de uma startup na área de seguros…” como colocado, pelo fato das negociações dos Naming Rights não terem relação com este Senhor.

Também não há veracidade na informação de que a negociação teria sido travada, conforme publicado, pois “segundo a empresa, é que a diretoria do clube teria criado dificuldades”. Na realidade, ao contrário do amadorismo no Esporte declarado pelo Presidente da Apollo Sports Capital (e da Apollo Sports Solutions S.A.), Senhor Michael Gruen, em matéria do Valor Econômico com o título: “Fundo de R$ 120 milhões negocia direitos esportivos”, a Arena, em conjunto com o Corinthians, tem buscado o maior profissionalismo possível no assunto, tendo tomado todas as precauções para maior segurança do negócio, já que se trata de um contrato longo, com valor expressivo e que envolve ambos (Arena e Clube).

Mesmo com grande evolução nas negociações com a compreensão do potencial parceiro, o verdadeiro motivo para a não celebração dos Naming Rights até o momento é a apresentação de garantias insuficientes para a Arena, pois os documentos tanto do FIP San Francisco, como da Apollo Sports Solution S.A., não trazem liquidez e segurança mínimas necessárias para um contrato complexo, valoroso e de longo prazo, afinal, o capital social formado, por exemplo, é composto em grande parte, por imóveis ou terras, sendo que algumas destas são apenas em percentual de seu total, o que dificultaria qualquer ressarcimento ou execução por parte do Arena Fundo ou do Corinthians, se necessário. Não foi apresentada, também, a comprovação de que tal patrimônio que integra o capital social destas, seja de suas respectivas titularidades e estejam livres de ônus para a evolução do negócio.

A preocupação da Arena Corinthians é de fazer o melhor negócio possível pela Nação Corintiana, seu Clube e sua Casa, e assim, a segurança técnica e patrimonial sempre devem ser prioridade.

Arena Corinthians”


Ausências apontam esvaziamento paulista em movimento por Liga Sul-Americana
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Eduardo Ohata

Os presidentes dos quatro principais clubes paulistas deixaram de ir ontem à reunião em São Paulo, com lideranças de vários clubes do Brasil e que foi desmembrada em sub-reuniões, com participantes e pautas distintas: Primeira Liga, reivindicações à CBF e, extra-oficialmente, a formação da Liga Sul-Americana, que pretende fazer frente à Conmebol.

Os presidentes de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos foram representados no encontro de ontem por seus respectivos departamentos jurídicos. Segundo fontes com trânsito entre cartolas desses clubes, sua ausência em bloco indica uma tendência de esvaziamento dos paulistas do movimento para a criação da Liga Sul-Americana.

Nem o santista Modesto Roma, um dos que nos últimos meses vinha criticando abertamente a Conmebol, esteve na reunião de ontem.

Está prevista uma nova reunião, para o próximo dia 19, em Montevidéu (Uruguai), para o lançamento oficial do grupo.


Clubes fechados com a Globo até 2020 estendem vínculo por mais quatro anos
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Eduardo Ohata

O vínculo da Globo com os sete clubes que haviam fechado com ela contrato para a transmissão do Brasileirão na TV fechada até 2020 foi estendido por mais quatro anos, até 2024. Ou seja, agora todos os times que renovaram com a Globosat têm contrato até 2024.

Os clubes, cujos contratos foram estendido em diferentes momentos, são Corinthians, Vasco, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Sport e Vitória, que reformulou seu contrato nesta segunda-feira (30).

O novo modelo prevê o novo rateio entre os clubes na proporção de 40% (a ser dividido equitativamente entre os times), 30% (baseado em resultado em campo) e 30% (de acordo com a audiência do time) a partir de 2019.

O Sportv, braço na TV fechada da Globosat, enfrenta a concorrência do Esporte Interativo pelo Brasileiro de 2019 a 2024.

Para transmitir uma partida de futebol, os dois times têm que estar fechados com o mesmo canal. As partidas nas quais uma equipe fechou com uma emissora e a outra com outro canal, não serão transmitidos na TV fechada, conforme manda a legislação brasileira. Ou seja, a transmissão não é definida pelo mando de campo.

O Esporte Interativo também busca fechar contratos com os clubes até 2024.

Há situações, porém, em que isso não é possível, como o caso do Internacional.

“O Internacional fechou com a Turner só até 2020 porque o estatuto proíbe que um presidente feche acordos comerciais cuja abrangência extrapole em mais de quatro anos o fim de seu mandato”, argumenta Marcelo Feijó de Medeiros, ex-vice de futebol do clube. “Exceções podem ser permitidas se forem aprovadas pelo conselho deliberativo, o que não aconteceu.”

A Globosat fechou com pelo menos 17 clubes: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem pelo menos 13 equipes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta e Sampaio Corrêa.

Globosat e Esporte Interativo afirmam ter assinado com Santa Cruz e Figueirense e seus respectivos casos podem ser decididos na Justiça.

O único clube grande que ainda não fechou com nenhuma das emissoras é o Palmeiras.

 

 


Andres diz se arrepender de Itaquera na Copa e ainda pensa comandar a CBF
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Eduardo Ohata

Andres_Sanchez
Se fosse tomar a decisão novamente hoje, Andrés Sanchez é categórico: Não faria, em hipótese alguma, um estádio dentro dos padrões Fifa para receber jogos da Copa do Mundo.

Preocupa o ex-presidente corintiano as dificuldades para negociar ativos ligados ao estádio, fazer a conta da arena de Itaquera fechar, impasses ligados à construtora Odebrecht e ter visto a Prefeitura não cumprir promessas que vinham da gestão de Gilberto Kassab. “Fazer um estádio para a Copa? Jamais!”, protesta Andres. “Quem exigiu isso foram o governo do Estado e a Prefeitura, e o Corinthians teve que pagar uma conta que lá no início estava acertado que seria da Prefeitura.”

O cartola também reclama que se o acidente da semana passada no Morumbi que feriu torcedores tivesse acontecido na Arena Corinthians, “eu estava preso a uma hora dessas, todo mundo no Corinthians estava preso”. [Nota do blog: No episódio em que dois operários morreram após acidente com guindaste, no período ainda de construção da arena, o Ministério Público indiciou como réus engenheiros da Odebrecht e da Locar, empresa sublicenciada pela construtora para a operação de guindastes].

Andrés recebeu o blog em seu escritório na Arena Corinthians, onde dá expediente quando não está em Brasília desempenhando a função de deputado federal (PT). Foi lá que respondeu as perguntas do blog.

Blog do Ohata: Como está a situação dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) e das contas referentes à Arena Corinthians?

Andres Sanchez: O valor dos CIDs hoje é de aproximadamente R$ 490 milhões, valorizaram em relação ao valor original de R$ 400 milhões. Mas como houve questionamento do Ministério Público [Procurada para se manifestar, a Prefeitura não se manifestou até a publicação deste texto], que nós ganhamos em primeira instância, gerou dúvidas [no mercado]. Já vendemos 26 milhões [em CIDs], tá vendendo. Mas na crise econômica que nós estamos hoje…

O estádio ficou em R$ 1,2 bilhão. O custo da obra do estádio foi de R$ 985 milhões, mas há a diferença dos juros de financiamentos.  Foram  R$ 90 milhões de overlay [estruturas provisórias utilizadas na Copa do Mundo] e mais R$ 80 milhões de juros porque o financiamento atrasou em dois anos. No caso do overlay, tinha sido combinado com o [então prefeito Gilberto] Kassab que a Prefeitura iria atrás de patrocinadores para pagar os R$ 130 milhões de overlay. Mudou o governo, e o Corinthians arcou com os R$ 90 milhões de overlay.

Falta um valor em obras que a Odebrecht precisa completar. Ela já admitiu que é de pelo menos R$ 50 milhões, e já começou uma auditoria que levará de 60 a 90 dias para calcular de [se é R$ 50 milhões ou mais].

Agora, dos R$ 1,2 bilhões, tira R$ 480 milhões dos CIDs, R$ 50 milhões da Odebrecht, R$ 300 milhões de naming rights. Fica faltando para pagar R$ 370 milhões de dívida. [Acenando afirmativamente com a cabeça] Dá ou não para pagar em 12 anos?

Vai ficar mais funcional e atrativo depois que a Odebrecht concluir os detalhes de acabamento que estão faltando?

[Dando de ombros] Isso influi pouco. O problema do estádio é que os camarotes e as cadeiras não estão vendendo como a gente imaginava, pelo problema econômico de um ano e meio para cá. Falta vender 70% dos camarotes e 65% das cadeiras. O camarote mais barato custa por ano entre R$ 280 mil e R$ 350 mil, dependendo da localização do que tem. A cadeira mais barata é R$ 3.800/ano.

Vocês fecharam acordo de “naming rights” com o Banco Original?

Não é verdade. A gente está para fechar com um fundo a qualquer momento, está bem adiantado.

Mas inúmeras vezes no passado foi anunciado que o “naming rights” estava praticamente fechado…

[Interrompendo] Tudo mentira. Para fechar está há dois anos e meio. Mas não é eu querer fechar, mas alguém comprar. Negociamos com cinco grupos ou empresas, mas desta vez é que está 90% fechado. Essas informações de que toda hora de que está para fechar atrapalha, e muito. Nunca negociei com Bradesco, Petrobras… Além das empresas não gostarem quando os nomes delas são publicados, atrapalha a negociação com quem estamos falando.

Quanto o Corinthians pede de “naming rights”?

Um valor razoável. Nunca pedimos R$ 400 milhões, é a mídia que põe isso. Eu quero R$ 1 bilhão, alguém paga? Da mesma forma, já ofereceram R$ 100 milhões e não aceitamos. Podemos fechar por R$ 300 milhões, R$ 400 milhões, R$ 500 milhões. A base é pelo Palmeiras [valor pago pelo Allianz Parque]: R$ 300 milhões, um pouco menos ou um pouco acima.

Atrapalhou o fato de há um tempo ter saído publicado que a Arena Corinthians estaria sendo investigada [na operação Lava Jato]…

[Interrompendo novamente] Lógico que atrapalha, mas não tem nada a ver. Essa é uma empresa privada, que contratou a preço fechado outra empresa fechada, que fez os contratos. É público, está na CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. Atrapalha muito, mas o estádio não está sob investigação. Pelo menos que a gente saiba.

Você acredita que o André Negão deva ser afastado da vice-presidência do Corinthians?

Isso não tem nada a ver com o estádio. O André nem era diretor do Corinthians na época. Isso a gente vai ver com o tempo o que é. Ele tem que ser mantido [na diretoria], não tá condenado a nada, não tem processo nenhum. Não é porque você tem processo que você é criminoso. Se todo mundo que estivesse enfrentando processo tivesse que ser afastado…

Vê um componente político nessas notícias que ligam o estádio à Lava Jato? Todos sabem que você e o ex-presidente Lula são bastante próximos.

Corinthians dá mídia, e onde dá mídia, dá problema. A mídia é para o bem e para o mal.

Mas essa troca de governo pode intensificar uma campanha sobre a Arena Corinthians?

Não acredito. Aqui no Corinthians pode olhar tudo. Não tem problema nenhum, tá tudo aberto. Tá tudo na CVM, já falei, tem auditoria e agora vamos fazer outra auditoria independente.

Mas acredita em perseguição?

Não, não acredito, não.

Você se arrepende de todo o esforço para levantar o estádio?

Me arrependo por causa de uns corintianos que trabalham contra.

Quis dizer por conta das dificuldades em viabilizar financeiramente o estádio, notícias de investigação etc.

Se não fosse para a Copa do Mundo, teria sido muito mais simples, e teria tido muito menos custo para o Corinthians. Mas o Corinthians atendeu um pedido da Prefeitura e do governo do Estado. Uma exigência, aliás.

Se pedissem para fazer de novo, você ergueria uma arena para a Copa do Mundo?

Não, jamais. Para a Copa do Mundo? [Enfático] Jamais. Se não fosse para a Copa, já tava tudo pago.

Você está tem respaldo da parte do governo do Estado e da Prefeitura?

Do governo do Estado, um pouco mais, da Prefeitura, não. Os CIDs atrasaram, a Prefeitura não ajuda, o Corinthians teve que arcar com 90 milhões do overlay, que no começo seria da Prefeitura. Hoje eu faria um estádio mais simples, mais humilde, para 40 mil pessoas, com outro tipo de acabamento, que custaria, no máximo, R$ 350 milhões, 380 milhões, que era o projeto inicial. Mesmo assim, o estádio mais barato do Brasil [por metro quadrado] é o do Corinthians. O metro quadrado custa R$ 5.185. Mas veja o acabamento que tem no Corinthians e o que tem nos outros.

Você acha que o governo Temer terá a mesma preocupação com o esporte do que o governo Dilma?

Espero que tenha muito mais. O Lula teve uma percepção um pouco melhor do esporte, que educação e esporte tem que andar junto. Infelizmente, a Dilma deixou um pouco de lado, e agora acabou saindo. Espero que o Temer entenda isso.

Teme que o novo governo corte o patrocínio da Caixa Econômica Federal aos clubes de futebol?

Não acho que isso é se preocupar com o esporte. O governo tem que ter outros incentivos, outros fomentos para o futebol. Não simplesmente patrocínio. O governo tem que se preocupar muito com o esporte e com a educação junto, se preocupar com a base, começar lá na escola.

O que espera desse governo no esporte?

Tem que esperar para ver.

Você no dia da votação do impeachment falou que só aceitou ser candidato a deputado federal por causa de pessoas próximas, mas que estava arrependido.

A família não queria e muitos corintianos também não. E eles tinham razão, estou decepcionado com a política. Porque acho que não anda, há uma burocracia enorme, um jogo de interesses pessoais muito forte, que deixa a política e o povo em segundo plano.

Teve algum projeto que não conseguiu emplacar?

Lógico, você aprovar  um projeto lá leva de 2 a 10 anos.

Cite algo que o deixou chateado.

O Profut [MP do Futebol, também conhecido como Programa de Modernização do Futebol Brasileiro].

Mas o Profut foi aprovado.

Era para ser muito melhor. Por exemplo, não sou obrigado a ter time feminino profissional. [Na versão original] Eu era obrigado a ter time de base feminino, que é muito mais importante que ter time profissional. Tem time pequenos no Brasil que não podem entrar no Profut, não tem como pagar. Então o time que fatura até R$ 10 milhões por ano, teria que poder pagar por arrecadação e não pelo valor fixo.

Vc não deve se candidatar novamente a deputado federal.

Dificilmente. Não vou falar nunca mais por quê…

O que achou da atitude do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello? Ele tinha uma postura de não-conformidade com a CBF, se empenhou na Primeira Liga, mas aceitou ser chefe de delegação da seleção.

Espero que não se perca no meio do caminho. É uma grande pessoa. Ele lá não é o Bandeira de Mello, é o presidente do Flamengo.

Mas você aceitaria ser chefe de delegação?

Com o [presidente da CBF] Marco Polo Del Nero lá? Não.

Acha que há união para formar uma liga?

Acho que esse negócio de liga já está desgastado a começar pelo próprio nome. Acho que os clubes que tem ter mais independência para fazer seus campeonatos, em relação a seus patrocínios, perante as federações e à CBF. Mas tá melhorando, tá melhorando.

Voltaria para a CBF?

Tenho que ver um projeto legal, não posso deixar de ajudar o futebol brasileiro. Se achar eu importante, e se tiver na minha capacidade e disponibilidade, sem problema. Trabalhar com o Marco seria difícil. Teríamos que conversar muitas coisas antes.

Pensa em se candidatar à CBF?

Pensar, eu penso. Mas não tenho isso como objetivo de vida. Se eu tiver oportunidade, perfeito. [Na próxima eleição] se os presidentes de clube e de federações acharem legal, eu vou. Senão, não. Não tenho isso como objetivo de vida.

Tem conversado com os clubes?

Com todos os clubes. A gente fala bastante. Eles estão cientes, tanto que aumentaram as cotas da libertadores. Os clubes têm que vender o nome do campeonato, publicidade do campeonato. Os clubes têm que estar mais inseridos.

Você é um nome forte.

Que querem destruir.

Quem?

Você não vê as politicagem? Tudo que sai do Corinthians põem meu nome, e faz 5 anos que não sou presidente.

E voltar à presidência no Corinthians? Pensa nisso?

Muito difícil. Estou muito decepcionado com muitas pessoas do meio. Alguns corintianos de renome, que nunca fizeram nada pelo clube. É um desgaste muito grande, pessoal e familiar.

Você se considera um dos responsáveis pela implosão do Clube dos 13?

Totalmente. Era um cartório e uma despesa muito grande mensal para os clubes estarem passando fome.

Mas agora está uma bagunça a negociação do Brasileiro entre clubes, Globo e Esporte Interativo.

Bagunça? Aquele que achar a melhor proposta, fecha. Não tem bagunça nenhuma. Concorrência é sadia. Com o C13 nunca teve proposta de terceiros. Faria de novo [implodir o C13], se fosse aquele mesmo sistema, com certeza.

Você teria contratado o Pato?

Olha, não vou falar se teria contratado ou deixado de contratar. É um grande jogador, um grande nome, se foi caro ou barato era o presidente da época que tinha que decidir. Agora, é obvio que tecnicamente foi um fiasco.

Na época você contrataria?

Não… Quer dizer, não sei, na época todo mundo queria que eu contratasse.

Você até falou que ele deveria ir jogar no Bragantino.

Essa foi uma discussão que houve entre nós. Ele não disse que não ia mais jogar pelo Corinthians? Então ele que fosse jogar pelo Bragantino. Converso com ele, ele é meu amigo, só que tecnicamente, por mil motivos não deu certo. Como acontece com outros jogadores em vários clubes.

Como poderia ter evitado do desmanche do time por conta dos chineses?

Eu dou graças a Deus, tinha que levar mais [jogadores]. Hoje o poder financeiro fala mais alto que a paixão pela camisa ou o amor de viver na sua cidade.

Mas sem o desmanche o Corinthians teria ido melhor nas competições este ano, concorda?

Não sei. O Jadson foi mandado embora do São Paulo, e com o Mano era segundo reserva aqui no Corinthians. O Ralf não era tão titular. No caso do Gil, como vou prender um jogador de 30 anos, com uma proposta irrecusável de salário mensal? Se eu o segurasse, você acha que ele vai jogar? E quem garante que um dos que foram embora não ia se lesionar? Teve jogador que só jogou 4 meses bem no clube, outro que era reserva. Isso dos chineses virem, muitos clubes queriam que fosse nos deles, mas é que nós fomos campeões brasileiros e vieram atrás dos nossos.

Nós compramos só 50% do Renato Augusto do Werder Bremen (na verdade, Bayer Leverkusen), porque a gente não tinha dinheiro. Ele obrigou a colocar uma cláusula que se viesse uma proposta de 8 milhões, tínhamos que vendê-lo. O Vagner Love ninguém mais queria no Corintians, 100% dos direitos econômicos eram dele quando o contratamos. Queríamos uma multa de R$ 10 milhões, ele pediu que comprássemos parte de seus direitos econômicos para colocarmos a multa que quiséssemos. No fim, falou para por multa no valor do que iria receber durante o ano. Ele ganhou 6 meses, e nós ganhamos seis meses. Você está pensando como se todos os jogadores fossem um Neymar da vida.

Foi noticiado que o Tite foi almoçar na CBF, acha que ele funcionaria lá?

Ele é um grande treinador, talvez um dos maiores do país. Com certeza funcionaria. Time de futebol é uma coisa, e gestão [do Marco Polo Del Nero] é outra. Apesar que sou a favor de manter um mesmo treinador até completar o ciclo da Copa.

Você viu o que aconteceu com a arquibancada do Morumbi. Tem medo que aconteça algo igual aqui?

Não. [Enfático] Se fosse no Corinthians ia todo mundo preso. [Saí caminhando pelo estádio e aponta para um pedaço do acabamento no teto da Arena Corinthians do tipo que caiu em fevereiro, mas não atingiu ninguém]. Isso é gesso, quadrados de gesso, e foi aquele carnaval [na mídia]. Se tivesse acontecido aqui o que aconteceu no Morumbi, eu estava preso.

Não está exagerando?

[Contrariado] Tá… Preso, não. Mas ia estar tudo interditado, o Ministério Público estaria aqui, você ia estar aqui cobrindo [o acidente] até hoje. [No caso do Morumbi], dois dias depois, só saem notas pequenas sobre estado de saúde das vítimas.


Disputa entre Globo e EI permite que times ganhem sem jogar. Confira como
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Eduardo Ohata

Ganhar milhões sem suar a camisa, sem nem ao menos pisar no gramado. E nem será necessário acertar na loteria. Graças à disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, essa já é a realidade de pelo menos 12 clubes de futebol.

A conta é simples: Se o Brasileiro tem a participação de 20 clubes e, juntas, Globosat, via Sportv, e Esporte Interativo já assinaram com 31 clubes e certamente uma das duas fechará com o Palmeiras, único “grande” ainda livre no mercado, totalizando 32 clubes, 12 deles terão usufruído das milionárias luvas oferecidas pelas duas emissoras sem precisar suar a camisa.

Este blog apurou com as emissoras que negociam os direitos e com cartolas de clubes que já assinaram que não existe nenhuma cláusula que prevê algum tipo de devolução proporcional das luvas caso seu time não esteja na Série A a partir de 2019. Ou seja, se um time passar o período entre 2019 e 2024, duração dos contratos que estão sendo assinados, na Série B ou C, manterá o valor integral das luvas sem precisar entrar em campo uma vez sequer pela Série A.

As luvas pagas por Globosat e Esporte Interativo, que pertence ao grupo Turner, aos clubes não afetam sua participação na Série B.

“Esse foi um gasto, quer dizer, investimento, que os dois canais tiveram que fazer”, definiu ao blog Bernardo Ramalho, diretor do Esporte Interativo. “Resta agora aos canais fazer a conta para ver quantas vezes os times terão de jogar nesse período [2019-24] para ter valido a pena.”

A Globosat soma 14 times da Série A e 5 hoje na segunda divisão (Essa lista inclui o Santa Cruz, que também assinou com o Esporte Interativo, mas afirma se tratar apenas de um pré-contrato; a emissora afirma que se trata de um contrato).

Os times com os quais fechou são: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina, Santa Cruz e Figueirense. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem 6 clubes da Série A, 7 da Série B e 1 da terceira divisão do Brasileiro (Essa lista inclui o Santa Cruz): Santos, Inter, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Santa Cruz.

 


Globo fecha com 19º clube direitos de Brasileiro até 2024 na TV fechada
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com o 19º clube os direitos de TV do Brasileiro até 2024, o Figueirense, incluindo o de TV fechada e pay-per-view.

A Globosat enfrenta a concorrência do canal Esporte Interativo, do grupo Turner, que nesta terça-feira (19) anunciou em um evento no Museu do Futebol, que fechou com um total de 14 equipes.

Globosat e Esporte Interativo assinaram com o Santa Cruz. O time pernambucano, porém, alega que firmou com o Esporte Interativo é um pré-contrato, com uma cláusula que permite sua saída, informação negada pelo canal, que afirma se tratar de um contrato em pleno vigor. O clube informou que irá à Justiça e se prontifica a devolver as “luvas” (bônus em dinheiro) antecipadas pelo Esporte Interativo.

Com o Figueirense, a Globosat soma 14 times da Série A e 5 hoje na segunda divisão (Essa lista inclui o Santa Cruz).

Os times com os quais havia fechado anteriormente são: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina e Santa Cruz. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem 6 clubes da Série A, 7 da Série B e 1 da terceira divisão do Brasileiro (Essa lista inclui o Santa Cruz): Santos, Inter, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Santa Cruz.

O único “grande” clube solto é o Palmeiras, que é cortejado por Globosat e Esporte Interativo.

 


Globo fecha com mais um e totaliza 18 clubes com quem renovou o Brasileirão
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com o Santa Cruz os direitos do Brasileiro de 2019 a 2024 e chegou a 18 clubes com os quais já acertou os direitos na TV fechada, este blog apurou com fonte que participou diretamente das negociações.

A Globosat enfrenta a concorrência do canal Esporte Interativo, integrante do grupo Turner, pelos direitos da competição. O canal chamou a atenção ao conquistar os direitos da Liga dos Campeões.

Além do time pernambucano, a Globo conta agora com Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás e Londrina.

O Esporte Interativo, segundo a própria emissora, acertou por enquanto com nove clubes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Sampaio Corrêa, Paysandu e Coritiba.

Ao ser questionado se já não deveriam estar na lista Paraná e Fortaleza, o que elevaria o número de clubes com o qual assinou para pelo menos 11, o canal manteve a informação de que foram nove as agremiações com quem fechou oficialmente.

Dos grandes clubes, apenas o Palmeiras ainda não assinou com nenhuma emissora.

Muitas partidas deixarão de ser transmitidas na TV fechada, já que para exibir um jogo, a emissora terá de ter ambos os times sob contrato.

 

 


Após morte, FPF costura acordo e jogadores entrarão juntos em clássico
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Eduardo Ohata

A morte de um homem, baleado durante um confronto entre torcedores de Corinthians e Palmeiras hoje pela manhã, motivou um acordo, costurado pela Federação Paulista de Futebol, por meio da qual jogadores de ambos os times entrarão juntos no gramado para o clássico de hoje, em um “pedido pela paz”. Tradicionalmente, cada equipe entra enfileirada, mas o protocolo será quebrado.

Além do confronto que culminou na morte de um homem, baleado, foram registradas hoje brigas em estações de transporte público, e nos últimos dias, organizadas invadiram CTs e apedrejaram ônibus.

A mensagem que os jogadores procurarão passar é clara: “Rivalidade é uma coisa, violência, outra”.


Em SP, 59% dos membros de organizadas reconhecem violência de torcidas
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Eduardo Ohata

Em São Paulo, 59% dos membros de organizadas apontam suas próprias torcidas como violentas, segundo pesquisa da FGV realizada junto a integrantes de organizadas. Cerca de 11% reconhecem que há “muita violência” e 48% afirmam que há “pouca violência”.

Para 39%, não há “nenhum violência” e 2% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa já está em mãos de autoridades.

Com base nos dados da pesquisa, não foi nenhuma surpresa, infelizmente, o confronto entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, antes da partida deste domingo (3), tenha deixado um cidadão comum morto como saldo.

Afinal, em São Paulo, o Corinthians é visto pelas organizadas dos demais times como o maior rival, sendo assim para 91% dos torcedores do Palmeiras, 83% do São Paulo e 77% do Santos. Por sua vez, integrantes de organizadas do Corinthians mencionaram o Palmeiras (83%) como o seu principal rival.

O São Paulo vem em uma distante segunda posição: foi citado por apenas 12% e o Santos, por 5%.

A relação de rivalidade, na visão dos próprios membros de organizadas

A relação de rivalidade, na visão dos próprios membros de organizadas

Saber quando as brigas acontecem também é importante.

Em São Paulo, 37% dos membros de organizadas lembram que as brigas acontecem ANTES dos jogos, e 21% afirmaram que há confrontos depois da partidas. Só 8% dos torcedores organizados disseram nunca haver brigas entre torcidas e 3% afirmaram acontecer em outros momentos que não antes, durante ou depois dos jogos, provavelmente se referindo a tocaias, por exemplo.

Uma eventual derrota do time aumenta a chance de confrontos com outros torcedores para 54% dos membros de organizadas de São Paulo, enquanto não há relação entre derrota e brigas para 37% dos torcedores. Outros 10% não quiseram, ou souberam, responder.

Em São Paulo, a pesquisa, que contou com 612 entrevistas, abordou torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Juventus, no Morumbi, Pacaembu, Arena Corinthians, Alianz Parque, Vila Belmiro, Canindé e Rua Javari.

No Rio, foram 426 entrevistas, com membros de organizadas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.

Foi considerado “torcedor organizado”, na seleção de entrevistados, quem vestia camisa, boné, calça ou bermuda da facção pesquisada, bem como aqueles que portavam bandeira ou instrumentos musicais.