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Globo fecha com 7 clubes, e pay-per-view ‘ameaça’ castigar quem não assinar
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Eduardo Ohata

A Globosat já assinou com sete clubes a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. Segundo este blog apurou são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

Além dos sete clubes com quem já fechou, Globosat negocia com Flamengo, Fluminense, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter e Coritiba.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo. A notícia não agradou clubes que conversam com o Esporte Interativo, que acreditavam que se uma TV aberta entrasse na disputa, fortaleceria a causa do canal que acaba de entrar na grade da operadora NET.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria “sensivelmente” suas receitas.

O exemplo hipotético invocado foi no caso de os dois clubes gaúchos, Grêmio e Internacional, acertarem com o Esporte Interativo. Se a emissora tiver o clássico Grenal, naturalmente irá exibi-lo para o Rio Grande do Sul, o que diminuiria a atratividade do Premiere para os gaúchos. O efeito colateral é que a dupla de times perderia em números do pay-per-view, o que por sua vez afetaria seus ganhos.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. “Pela Lei Pelé, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que sua partida possa ser transmitida”, explica o especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.

 


Quem se beneficia e quem perde se o Palmeiras conquistar a Copa do Brasil?
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Eduardo Ohata

Quem ganha e quem perde com a eventual conquista da Copa do Brasil na corrida eleitoral do Palmeiras? Sim, as eleições acontecem apenas no ano que vem, mas com vários atores surgindo na corrida eleitoral ou com seus nomes mencionados entre os presidenciáveis, o efeito “Copa do Brasil” servirá de fiel da balança e alavancará algumas campanhas, ajudará candidatos em potencial a confirmar os nomes e pode fazer outros tirarem os times de campo.

Apesar do alto número de contratações nos últimos anos e o jejum de títulos, a gestão de Paulo Nobre, até pelo fato de o presidente ter colocado a mão no bolso para emprestar ao clube, é tratada com condescendência pelo Conselho Deliberativo e pela torcida. Um título neutralizará a pressão e possíveis críticas, a derrota pode respingar em seu candidato, que representaria a continuidade, além da garantia de receber o que emprestou ao clube sem problemas.

Dentro desse cenário, os possíveis candidatos à presidência dentre os nomes mais comentados no clube, como o do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, ou de quem já manifestou o desejo de sair candidato, como o ex-vice Roberto Frizzo, podem ser divididos em três grupos:

Situação

– Maurício Precivalle Gagliotti, vice de Paulo Nobre. Pontos positivos: Proximidade do presidente, está por dentro da gestão, já que a acompanha de perto.  Pontos negativos: Falta de experiência administrativa e de força política individual.

– Genaro Marino, outro vice de Paulo Nobre. Ponto positivo: Visto com simpatia por correligionários de Paulo Nobre. Ponto negativo: Participou da polêmica gestão de Gilberto Cipullo no futebol.

– Antonio Augusto Pompeu de Toledo, presidente do Conselho Deliberativo. Pontos positivos: Presidente do conselho, filho do ex-presidente Brício Pompeu de Toledo. Ponto negativo: Falta de experiência no executivo, falta de força política individual, que teria que ser trabalhada.

 

Oposição

– Wlademir Pescarmona, coordenador da oposição. Ponto positivo: Líder da oposição; coordenou ação na Justiça contra novas taxas, referentes a obras, cobradas dos associados pela atual gestão; amealhou cerca de 40% dos votos dos associados nas últimas eleições. Pontos negativos: Grupo político pequeno no Conselho Deliberativo; não aumentou de forma expressiva o número de correligionários, algumas ideias consideradas inviáveis.

– Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente. Ponto positivo: Grande visibilidade na mídia. Pontos negativos: alvo de comissão de sindicância; não conclui mandato.

Fatores X

– Roberto Frizzo, ex-vice de futebol, que em eleição passada abandonou candidatura em favor de Paulo Nobre. Ponto forte: Conta com um grupo de mais de 20 conselheiros; conquistou o último título nacional do Palmeiras; foi colega de faculdade de José Roberto Lamacchia, da Crefisa, e tem acesso a ele. Pontos fracos: Caiu para a Série B do Brasileiro, embora alegue interferência do então presidente Arnaldo Tirone e o fato de o clube estar sem estádio.

– Rita Cosentino, advogada. Pontos positivos: Trabalhou por cerca de 8 anos no jurídico do Palmeiras; poderia ser viabilizada como a primeira candidata mulher no Palmeiras. Como Frizzo, já teve relação próxima a Mustafá Contursi, que se mantém como uma força política. Pontos negativos: Individualmente não é forte politicamente; inexperiente na parte administrativa.

– Helio Esteves, ex-vice do Conselho Deliberativo. Ponto forte: Bem visto pelos setores jovens. Ponto fraco: Enfrentaria objeção dos conservadores do clube.


Palmeiras não deve reforçar com cota antecipada da TV, pede conselho
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Eduardo Ohata

O dinheiro do adiantamento de cotas de TV da Globo, também chamado de “luvas” pela assinatura da renovação de contrato, não deveria ser utilizado na contratação de reforços para o Palmeiras para a próxima temporada, segundo foi orientado por ampla maioria em votação do Conselho de Orientação Fiscal esta semana.

Segundo este blog apurou, o valor do adiantamento da Globo é de cerca de R$ 20 milhões.

O COF decidiu que serão priorizados os pagamentos e amortização de dívidas já existentes no clube, entre elas  parcelas de um empréstimo concedido pelo presidente Paulo Nobre ao clube do Parque Antarctica.

 


Em evento, ex-diretor corintiano diz que usou até saia, mas não roupa verde
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Eduardo Ohata

Um evento de lançamento de livro nesta terça à noite (10), no Mube, se transformou em um ringue de sparring verbal entre ex-cartolas de Corinthians e Palmeiras, respectivamente, Raul Corrêa (ex-diretor financeiro) e Roberto Frizzo (ex-vice de futebol). O duelo, que aconteceu durante um debate, arrancou risos da plateia.

O ex-dirigente corintiano afirmou à platéia que se recusa a usar qualquer coisa verde.

“[Quando fui para uma cerimônia no Reino Unido], cheguei a usar até aquela saia típica [kilt], mas as meias eram verdes, e então eu me recusei a usá-las”, lembra Corrêa, que se mostrou irredutível. “O cerimonial teve que sair para arrumar meias cor de creme para completar a minha indumentária para a cerimônia.”

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O ex-diretor financeiro do Corinthians Raul Corrêa usa kilt em cerimônia durante visita ao Reino Unido

Em outro momento, os cartolas falavam sobre a invasão corintiana do Rio, quando Corinthians enfrentou o Fluminense em uma semifinal de Brasileiro, em 1976. O time do Parque São Jorge venceu.

“Calculo que foram entre 60 mil a 80 mil corintianos, a Dutra parecia mais a marginal com aquele trânsito da hora do rush…”, relatou animadamente Corrêa, que foi interrompido por Frizzo.

“Eu também estava nesse jogo…”, disse o palmeirense, provocando surpresa a todos. “…Para torcer contra o Corinthians…”

“Ah, então você pode confirmar o que eu falei sobre o trânsito na Dutra, Frizzo…”, disse Corrêa, aproveitando para usar o próprio rival para corroborar que não houve exagero em seu relato.

“Ih, nem sei, Raul…”, respondeu Frizzo. “… Fui de avião.”

Corrêa também lembrou de uma oportunidade em que como resultado de uma briga entre torcidas de Corinthians e São Paulo, um são-paulino ficou gravemente ferido. “Mesmo sendo corintianos, fomos visitá-lo no hospital, para saber se estava bem, ficamos preocupados…”, disse.

“Vocês foram é desligar o oxigênio dele”, finalizou, em tom de brincadeira, Frizzo, provocando risos.

Dadas as farpas de ambos os lados, o executivo da Panini, que é são-paulino e participava da discussão, quase nem se pronunciou. O evento marcou o lançamento de uma publicação da editora sobre campos, estádios e arenas.

 

 

 

 

 

 

 

 


Qual ‘grande’ de São Paulo planeja aumentar em 1 ano mandato do presidente?
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Eduardo Ohata

Uma extensão de um ano no mandato do presidente do clube, e a diminuição do poder do órgão fiscalizador do clube estão entre as propostas apresentadas pela comissão que trabalha a reforma estatutária no Palmeiras.
Ou seja, ao invés de ficar no cargo por dois anos, os próximos presidentes permanecerão no cargo três anos, se o projeto for aprovado pelo conselho deliberativo. A proposta, porém, fez ligar o “sinal de alerta” em lideranças do clube, como o ex-vice de futebol Roberto Frizzo.
“Que essa regra [dos três anos] passe a valer para o próximo presidente, e não para o atual [Paulo Nobre]”, disse Frizzo, que acaba de retornar de uma viagem internacional e já convocou reunião com seus correligionários. “A mudança no estatuto não pode se transformar em casuísmo.”
Do jeito que a proposta está redigida, a mudança não beneficiaria Nobre, pois não teria caráter retroativo.
Porém conselheiros temem que uma eventual emenda possa beneficiar o atual mandatário do clube. A coordenação da comissão tem presença forte de aliados do presidente palmeirense. As eleições estão previstas para o fim do ano que vem.
Membros do Conselho de Orientação Fiscal também encaram as propostas com desconfiança. Um influente conselheiro comparou o papel da entidade que fiscaliza as contas do clube ao da “rainha da Inglaterra” se as propostas forem aprovadas como estão hoje. Lideranças já se mobilizam para que essa alteração não passe na votação do conselho.
Um outro ponto que levanta polêmica é o que dá direito a voto nas eleições presidenciais ao sócio-torcedor, o que diluiria o poder do conselheiros.