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Palmeiras vota em maio alteração que libera candidatura de Leila já em 2021
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Eduardo Ohata

A comissão de reforma do estatuto do Palmeiras bateu o martelo e incluiu no pacote uma proposta que aumenta o mandato do presidente do clube de dois para três anos. A presidência do conselho deliberativo já definiu que a votação acontecerá em maio.

Mas como essa proposta, se aprovada pelo conselho deliberativo, antecipa e facilita o plano de Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, de concorrer à presidência do clube do Parque Antarctica? Leila já afirmou publicamente que concorrerá tão logo possível.

O presidente Mauricio Galiotte concorre em novembro deste ano à reeleição e, se eleito, fica até novembro de 2020. Leila assumiu como conselheira em fevereiro de 2017 e ganha condições de disputar a presidência a partir de fevereiro de 2021. Ou seja, três meses impedem Leila de sair candidata em 2021 como sucessora de Galiotte, adiariam em pelo menos dois anos seus planos de concorrer, e sob risco de lançar candidatura sem o apoio do presidente da época, que poderia tentar a própria reeleição ou apoiar outro candidato.

Se aprovada, a mudança permitiria que Leila dispute em 2021, como sucessora de Galiotte, muito provavelmente com seu apoio.

O presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, cita um estudo que aponta a mudança de mandatos de dois para três anos como a melhor opção em comparação a uma segunda proposta que foi apresentada, de três mandatos de dois anos cada.

“Só três dos principais clubes do Brasil tem em seus estatutos mandatos de dois anos, Palmeiras, Inter e Chapecoense, o mais comum são mandatos de três anos. No caso da proposta de três mandatos de dois anos tem o problema adicional de que clubes que tem duas reeleições perde o direito de pedir dinheiro por meio da Lei de Incentivo ao Esporte”, explica o presidente do conselho deliberativo do Palmeiras, Seraphim del Grande. “Tem gente que diz que fazer a mudança para três anos é casuísmo; mas casuísmo, para mim, é não votar uma alteração sugerida na época da gestão do [ex-presidente] Paulo Nobre por conta de um acontecimento [Leila Pereira].”

O ex-vice de futebol Roberto Frizzo concorda parcialmente com Seraphim quanto à proposta de aumento de dois para três anos. “Até vejo com bons olhos a mudança para três anos, mas cabe muita discussão, análise e, acima de tudo, se aprovada, não pode ter efeito neste ano para não ferir a Constituição Federal”, argumenta Frizzo, em referência ao artigo 16 que dita que “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.

Além da questão da eleição, estarão em votação outros assuntos, como a redução do número de conselheiros vitalícios, hoje em 148.

O cronograma prevê que a partir da próxima semana conselheiros serão convidados para reuniões informais para dirimir dúvidas e a apresentação de eventuais emendas até dez dias antes da votação no conselho deliberativo.


Palmeiras deixa de ganhar pelo menos R$ 11,3 mi em premiações após derrota
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Eduardo Ohata

A derrota na final do Paulista-2018 para o Corinthians, no último domingo (8), custou ao Palmeiras premiações que somadas chegam a pelo menos R$ 11,35 milhões.

O contrato do Palmeiras com a patrocinadora Crefisa prevê o pagamento de um bônus de R$ 8 milhões pela conquista do Estadual. No total, por ano, o acerto entre financeira e o clube do Parque Antarctica prevê premiações que ultrapassam os R$ 88 milhões se forem conquistados todos os títulos disputados pela equipe durante a temporada, incluindo, eventualmente, o do Mundial de Clubes da Fifa.

Já a Federação Paulista de Futebol prevê uma premiação de R$ 1,65 milhões para o vice-campeão da edição deste ano do Estadual. O campeão, no caso o Corinthians, leva R$ 5 milhões para casa. Ou seja, a diferença é de R$ 3,35 milhões.

 


Palmeiras estuda mudança que pode ajudar Leila a tentar presidência em 2021
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Eduardo Ohata

O Palmeiras discute uma alteração no estatuto do clube, para ainda este ano, que se aprovada beneficia os planos de Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, de disputar a presidência do clube do Parque Antarctica. Uma comissão de reforma de estatuto estuda aumentar, de dois para três anos, o mandato do presidente do Palmeiras, entre outras alterações estatutárias.

Pelo estatuto atual, o presidente Mauricio Galiotte concorre em novembro deste ano à reeleição e, se eleito, fica até novembro de 2020. Leila foi eleita conselheira em fevereiro de 2017 e ganha condições de disputar a presidência do clube a partir de fevereiro de 2021. Ou seja, três meses impedem que Leila saia candidata em 2021 como sucessora de Galiotte, que é seu aliado político. Isso adiaria em pelo menos dois anos seus planos de concorrer à presidência do clube e ainda sob o risco de não ter o apoio do presidente da época.

A proposta de mudança do estatuto permitiria que Leila disputasse como sucessora direta de Galiotte, em 2021, provavelmente com seu apoio. A ideia tem recebido críticas de conselheiros não-alinhados com Leila, que já manifestou publicamente interesse em disputar a presidência após Galiotte completar seu período à frente da presidência.

“Estão chamando a proposta de aumento do mandato do Mauricio [Galiotte] de ‘casuísta’, feita para beneficiar a Leila”, pondera o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim del Grande. “Mas essa é uma proposta que surgiu na época em que o Paulo Nobre ainda era o presidente, portanto quando ninguém nem falava ainda da candidatura da Leila ao conselho deliberativo.”

Quem é contrário, diz que tem o amparo da legislação para que uma eventual alteração não entre em vigor em um eventual segundo mandato de Galiotte.

“Tudo tem que ser discutido, além disso, não acho interessante que a mudança aconteça em ano de eleição, é até proibido pelo artigo 16 da Constituição”, opina o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, ao citar artigo que veta que mudanças eleitorais tenham efeito no mesmo ano em que foram aprovadas.


Mustafá fala ao comitê que investiga cambismo, e caso vai para o conselho
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi foi ouvido pela comitê de sindicância que investiga o suposto caso de cambismo com ingressos oriundos da Crefisa e, independente da conclusão do grupo, foi decidido que ele será encaminhado ao conselho deliberativo.

O teor do depoimento de Mustafá foi o de que é inocente e que os ingressos que recebeu da cota da patrocinadora do clube foram distribuídos a conselheiros e sócios do Palmeiras gratuitamente, o blog apurou. Mais ou menos o que já havia declarado à polícia.

Da primeira vez em que foi convocado pelo comitê, em meados de dezembro, Mustafá não se pronunciou. Ele alegou que falaria apenas após prestar esclarecimentos às autoridades policiais. Essa foi a primeira vez que falou sobre o caso a conselheiros do clube.

O presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, ao ser informado pelo blog da decisão de o relatório ir para o órgão que preside, explicou que quem decidirá por uma eventual penalidade a Mustafá será o comitê de sindicância, mas que se este decidir que não há provas para condenar o ex-presidente, Seraphim se limitará a mostrar o relatório aos membros do conselho.

Aliados do ex-presidente viram na decisão de encaminhar o caso para avaliação do conselho deliberativo, independente da conclusão do comitê, uma tentativa de desgastar a imagem de Mustafá, ao alegar que já houve casos que não chegaram ao conselho deliberativo.

Segue a investigação do caso pela polícia. O depoimento mais recente à polícia foi o do marido da pivô do caso, Eliane Guimarães.

 


Cuca e Globo têm negociação bem encaminhada para técnico comentar a Copa
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Eduardo Ohata

Está em avançado estágio de negociação um contrato entre Cuca e o Grupo Globo para que o treinador atue como comentarista da Copa do Mundo da Rússia, o blog apurou.

A princípio, a ideia é aproveitá-lo em programas do SporTV, na TV por assinatura, mas o contrato abre espaço para que o técnico comente também para a Globo, na TV aberta.

Cuca deixou o comando do time do Palmeiras no fim do ano passado e tem seu nome mencionado por equipes que procuram um novo treinador. Mas, oficializado o acordo com a Globo, ele só teria condições de assumir um novo time após o período do Mundial.

 

 


Pivô de suposto caso de cambismo no Palmeiras isenta Mustafá e a si mesma
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Eduardo Ohata

Em depoimento à polícia, Eliane Guimarães, pivô do suposto caso de comercialização ilegal de ingressos da patrocinadora Crefisa, isentou a si mesma e ao ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi de ter cometido qualquer irregularidade, o blog apurou.

A investigação previa só mais o depoimento de Eliane, já que outros envolvidos, incluindo Mustafá e a dona da Crefisa, Leila Pereira, já haviam sido ouvidos. Mas após a oitiva de Eliane, na manhã desta terça (20), autoridades policiais optaram pela continuidade do inquérito. Assim, novas testemunhas serão convocadas a depor na 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância no Esporte, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O caso é conduzido pelo delegado Sergio Alves.

Em depoimento na 5ª DP, Mustafá se esquivou de elo com a associada, ao explicar que suas cotas de ingressos eram previamente separadas pela Crefisa em envelopes separados. Como são ingressos marcados como “cortesia”, a venda de tais bilhetes é proibida.

Após a divulgação do caso de suposto cambismo, Mustafá foi alvo de críticas da ex-afilhada política Leila Pereira. A dupla está rompida.

Cartolas do Palmeiras pretendem aproveitar o depoimento de Eliane à polícia no processo que corre internamente no clube. Depois de concluído, o parecer da comissão será encaminhada ao conselho deliberativo e passará por seu crivo.

 


Pivô de suposto caso de cambismo no Palmeiras fala hoje à polícia
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Eduardo Ohata

Pivô do suposto caso de cambismo no Palmeiras, que envolve a patrocinadora Crefisa e o ex-presidente Mustafá Contursi, a associada Eliane Guimarães foi convocada por autoridades policiais para prestar depoimento sobre o caso nesta terça (20), no Centro.

Ao menos em tese, este seria o último depoimento relacionado ao caso daqueles previstos no inquérito ainda não realizado, e é considerado decisivo. Há, porém, a possibilidade de mais testemunhas serem chamadas, caso aconteça alguma reviravolta provocada pelo depoimento de Eliane.

Eliane será ouvida pelo delegado Sergio Alves, na 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância no Esportiva, na sede do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O depoimento de Eliane tem dupla importância: A oitiva servirá como base para o comitê do Palmeiras que analisa a denúncia, já que a associada não foi ouvida pelos conselheiros.

Em depoimento na 5ª DP, Mustafá procurou “descolar” sua imagem à de Eliane ao explicar que sua cota de ingressos era encaminhada previamente separada do envelope endereçado à associada pela própria Crefisa.

Depois que cartolas palmeirenses anexarem o depoimento de Eliane ao processo que corre internamente no clube, o comitê emitirá uma decisão, que posteriormente passará pelo crivo do conselho deliberativo.


Palmeiras vota reforma que facilita eleição de sócios ao conselho do clube
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Eduardo Ohata

Os associados do Palmeiras ratificam (ou não), neste sábado (3), a versão da reforma do estatuto aprovada pelo conselho deliberativo.

Um dos pontos polêmicos é o que facilita a eleição de sócios nas eleições ao conselho deliberativo do clube. Atualmente existe a exigência de que uma chapa tenha no mínimo 90 candidatos e uma lista com dezenas de assinaturas, que funciona como uma “apresentação”. Se aprovado esse que é encarado por muitos como o item mais polêmico da reforma, será abolida a necessidade das assinaturas e o número de candidatos por grupo cairá para 60, o que facilitará, e muito, a apresentação de futuras chapas. Há, porém, quem seja “do contra”, sob a argumentação de que as exigências funcionam como uma “proteção” à integridade do conselho.

Apesar da votação deste sábado, o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, confirma que haverá, dentro dos próximos meses, uma nova reforma do estatuto, desta vez englobando itens mais polêmicos. “A reforma que será votada neste sábado trazia itens pouco polêmicos; vamos fazer uma outra reforma, ainda este ano, com assuntos mais complicados que exigirão inclusive reuniões informais com as lideranças. Quero começar ainda este mês”, revelou Seraphim.

Seraphim, no entanto, afastou a possibilidade de ser colocado em votação qualquer item que diminua o prazo para que um conselheiro possa se candidatar à presidência do clube. “Não, isso não vai [ser incluído na próxima reforma]”, afirmou Seraphim. Circula no Parque Antarctica um rumor de que o racha entre o ex-presidente Mustafá Contursi e Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, teria tido início após discussões que giravam em torno da diminuição desse prazo.

 

 


Estatuto impõe teto a investimentos da Crefisa em contratações no Palmeiras
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Eduardo Ohata

O estatuto do Palmeiras impõe um teto de 30% do valor do orçamento os aportes da patrocinadora Crefisa nas contratações de reforços para a equipe. O artigo passou a ter influência no acordo entre clube e financeira após alteração no contrato entre as partes, divulgada nesta semana.

Um artigo dita que o Palmeiras pode pegar, no máximo, um montante correspondente a 30% do valor do orçamento anual como empréstimo. Se for ultrapassado, terá que passar pela análise do COF (Conselho de Orientação Fiscal) e crivo do Conselho Deliberativo do clube.

Cartolas do clube do Parque Antarctica, com auxílio de dois membros do COF, analisam se houve estouro do limite em 2017, segundo informou o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande. Mas o dirigente adianta que, por conta do faturamento registrado pelo Palmeiras na temporada passada, acima de R$ 500 milhões, é altamente improvável que o estatuto tenha sido ferido.

Seraphim, porém, reconhece que o artigo poderá afetar a forma como o clube vinha contratando seus reforços. “Se em 2018 o presidente do Palmeiras fizer empréstimos que no total passem dos 30% do orçamento, terá de consultar o COF”, esclarece Del Grande. “Daqui para a frente, contratação terá de ser uma ou outra, de jogador bom, mas não toda hora; não vai dar mais para contratar atletas que serão pouco usados como Fabiano, Raphael Veiga ou Wellington”. Destes citados pelo presidente do conselho, somente Fabiano foi contratado com dinheiro da Crefisa.

O ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que foi orientado pelo COF a não fazer contratações durante a gestão de Arnaldo Tirone por motivos financeiros, mas diferentes à regra dos 30%, é um dos que lembraram do que dita o estatuto. “Estou lembrando pelo bem do clube, já que em determinadas situações o presidente pode ser punido.”

Integrantes do COF mostraram interesse na alteração do contrato com a Crefisa e fizeram perguntas sobre o assunto ao presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, durante reunião do órgão nesta semana. Conselheiros já adiantaram que pretendem buscar informações durante a reunião ordinária do conselho deliberativo, marcada para a próxima segunda-feira (29).

Segundo a assessoria de imprensa do Palmeiras, “a diretoria entende que todos os contratos foram assinados dentro das normas do estatuto do clube”.

 


Conselheiros miram em Leila e Mustafá e questionam condição de conselheira
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Eduardo Ohata

Um grupo, ainda pequeno, de conselheiros palmeirenses levanta a hipótese de pedir nova sindicância ao conselho deliberativo do clube para verificar se Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa, reunia mesmo condições para ser eleita a uma cadeira no conselho. A iniciativa tem como alvo principal Leila, mas se levada a cabo, prejudicaria o ex-padrinho de Leila, Mustafá Contursi.

A dupla Leila e Mustafá está rompida, cenário que em tese enfraqueceria a capacidade de a dupla tecer estratégia conjunta no caso de sindicância, ou ação semelhante em outra instância, sair do papel. À época da sindicância original, foi o ex-presidente que garantiu publicamente que Leila cumprira o período de carência como sócia, o que lhe dava condições para se candidatar a uma das cadeiras no conselho. O caso foi ao conselho deliberativo, que aprovou a candidatura de Leila, posteriormente eleita com uma expressiva votação.

Leila, por meio da assessoria, aponta que esse tipo de questão está sob a jurisdição de Seraphim del Grande, presidente do conselho deliberativo. Mustafá admitiu que “ouviu falar” sobre conselheiros com intenção de reabrir sindicância, mas afirma que não está preocupado com isso, e que está compromissado com a verdade. Del Grande, por sua vez, explicou que o período oficial para um eventual questionamento da decisão do conselho já se esgotou e que não haverá nova investigação, ao menos não dentro do clube. “Só se estiverem falando em levar o caso para a Justiça comum, porque pelo conselho deliberativo não dá mais”, diz o cartola.

Esse é um ano eleitoral no Palmeiras, e tanto Leila quanto Mustafá apoiam o atual presidente do clube, Mauricio Galiotte. Fala-se em alguns nomes, e existe a expectativa de que o ex-presidente Paulo Nobre, rompido com Leila e Mustafá, volte a disputar a presidência.