Blog do Ohata

Já viu técnico não lamentar perda de jogador? Veja a reação de Levir Culpi
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Eduardo Ohata

Temida à princípio, a reação do técnico santista, Levir Culpi, à notícia da negociação do volante Thiago Maia acabou se tornando uma grata surpresa para a direção do clube.

Ao ser procurado pelo diretor de futebol, Dagoberto do Santos, que, cheio de dedos, comunicou a venda do jogador ao Lille, da França, ao treinador, Culpi se limitou a comentar, ''que bom, é mais dinheiro para o clube e oportunidade para quem está no banco''.

O volante foi negociado por 14 milhões de euros (R$ 51 milhões). Deste valor, o Santos ficará com 60%, já que prometeu 10% a empresários, e o restante é do próprio jogador.

Cofres do clube da Vila Belmiro à parte, a resposta surpreendeu cartolas da diretoria, que reconhecem não ser a reação típica dos treinadores, que ''choram'' a cada negociação ou até as adotam como ''muleta'' para maus resultados futuros.

Dentro da própria direção havia quem fosse contra a venda do jogador, visto como desfalque importante à luz da Libertadores.

No vídeo abaixo, um momento de descontração de Levir durante a visita de despedida de Thiago Maia ao CT.

O técnico brinca, de forma bem-humorada, com o volante ao dizer que ''em um jogo já acertamos o meio de campo [com a saída de Thiago Maia]. Você vê, às vezes, a saída de um cara já ajeita tudo…''. A brincadeira é retribuída com risos do volante.


Mayweather-McGregor: O que diz técnico que já trabalhou no boxe e no MMA
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Eduardo Ohata

'Para ter chance contra Mayweather, McGregor teria que treinar a vida inteira'.

O prognóstico é de um técnico que tem uma perspectiva privilegiada: Pitu. Ele é técnico de boxe do brasileiro Demian Maia, que no fim de semana desafia Tyron Woodley pelo título do UFC, e ex-treinador de Sertão, um dos quatro brasileiros campeões mundiais de boxe.

Ou seja, Pitu, 35, já esteve ''dos dois lados do balcão''. A pedido do blog, ele analisou as chances de McGregor e foi categórico ao afirmar que: ''McGregor teria que treinar a vida inteira para ter chance contra Mayweather; o boxe usado no MMA não é o tradicional, que valerá no desafio com Mayweather; e se fosse no boxe puro, talvez McGregor não tivesse aplicado aquele nocaute em José Aldo''.

''Contra Mayweather, esse irlandês nem vai ver a cor da bola. Ele é um estreante. Se o McGregor lutasse [o torneio paulista para estreantes] Forja de Campeões, perderia. O boxe que ele tem não é um boxe para lutar boxe, é algo parecido com o boxe tradicional. O que aconteceu com o Falcão, do futsal, quando ele foi para a grama? Ele vai tomar tanto soco que ele nem vai saber de onde veio.

O boxe que eu ensino para o Demian não é o mesmo que eu ensinava para o Sertão, é outra coisa, são totalmente diferentes.

Há o boxe puro, que tem as ações e reações peculiares do boxe, e o boxe adaptado para o MMA, onde você dá um jab [golpe preparatório de esquerda] e pode tomar um chute na cara. Você dá um jab para manter o cara à distância ou dá um jab com o objetivo de grudar na perna do cara. No boxe tradicional não existe isso. O boxe que o Demian faz não tem nada a ver com o boxe do Sertão.

O McGregor acha que faz o boxe do Mayweather, mas não faz. Ele pode até fazer um boxe show no MMA, mas é aquele ditado de que ''em terra de cego, caolho é rei''.

Quando o Aldo foi para dentro do McGregor [que o nocauteou no UFC 194], se fosse uma luta de boxe, talvez aquele contragolpe que o McGregor meteu não pegasse. Porque a distância no MMA é outra, as intenções são outras. Depois daquele direto ele podia ter emendado um chute na cabeça, no boxe não tem isso.

Ele vai se deparar com situações totalmente diferentes quando entrar no ringue, desde a forma de caminhar. No octógono você tem oito lados para ''fugir''. No ringue é diferente, quando você se der conta, já estará cercado, pois só há quatro lados.

O irlandês vai se sentir muito desconfortável quando estiver andando para dentro do Mayweather, não vai ver nada, porque o Floyd vai dar aqueles jabs duros no peito dele e quando estiver querendo fugir, não vai saber.

O McGregor faz uma firula, fica jogando com a mão canhota da frente mais baixa, justamente para fazer aquelas fintas de MMA. O posicionamento que ele faz, na verdade, é parecida com postura de carateca, não de boxeador. Seu estilo diferente, não é ortodoxo.

Tem muita gente achando que o McGregor pode nocautear o Mayweather, mas isso é impossível. Mayweather tomou soco inteiro do [argentino] Marcos Maidana, e não caiu. Tomou golpes duros do Shane Mosley e segurou. O cara lutou com os melhores do mundo e foi bem. O McGregor não tem um pingo de experiência. Quando toma um gancho duro na zona hepática, ele pula nas pernas do adversário. Quando recebe um direto duro na cabeça, vai para o chão e fica esperando o adversário vir por cima dele para grudar o cara. As reações que teve a vida inteira foram de MMA. Ele não tem reação de boxeador, de tomar um golpe na zona hepática e rodar, contrair o abdome, soltar jabs e não deixar o adversário perceber que sentiu. Ou em uma troca de golpe no meio do ringue, tomar um golpe duro no queixo, travar num clinche, e não deixar o rival perceber que sentiu o cruzado curto. Ele não tem essa experiência.

Para enfrentar o Mayweather, ele teria que se preparar o mesmo tempo que o [ex-desafiante] Canelo Alvarez, o mesmo tempo que todos os outros [rivais de Mayweather], uma vida inteira. O Mayweather é um dos melhores de todos os tempos. Tem como pegar hoje, por exemplo, um [brasileiro boxeador olímpico] Joedison Chocolate, que é um moleque bom pra c…, e por na frente do Mayweather? Então, é essa comparação, com o McGregor no lugar dele, e com o detalhe de que o moleque já é bom pra c… no boxe.

McGregor teria que se preparar a vida inteira, e não estaria pronto ainda.

Na luta vai acontecer o que o Mayweather quiser. Se quiser que a luta dure mais tempo, vai andar para trás, jabear, dar show de esquivas, chamar o cara para as cordas, ficar lá esquivando, fazer graça, dar show. Se quiser pressionar, apertar o McGregor para a luta terminar rápid0, vai acabar rápido.

A luta vai seguir o que ele quiser fazer.''


Neymar mexe com direitos de TV do Francês e põe Globo de volta na disputa
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Eduardo Ohata

A forte especulação de que o brasileiro Neymar poderá se transferir do Barcelona para o PSG fez os direitos de TV do Campeonato Francês passarem de mero ''patinho feio'' para uma ''galinha dos ovos de ouro''.

A reação foi imediata. No dia em que a novela começou, os detentores dos direitos do Francês, a agência BEin, avisou o mercado brasileiro de que irá esperar a resolução da negociação para abrir o leilão.

A avaliação do mercado é o de que a BEin concluiu que, confirmada a transferência, todas as emissoras ''cairão babando''.

Os direitos no Brasil, que vencem na atual temporada 2017/18, são do grupo Globo, e suas partidas são transmitidas pelo Sportv, que também as sublicencia à ESPN.

No início do ano, os direitos do Francês, estava fora dos radares dos executivos de todas as TVs e não eram cobiçados. A própria Globosat não planejava renovar quando vencessem, já que se trata de um campeonato com desequilíbrio entre suas equipes.

Com a possibilidade de Neymar participar da liga, porém, o quadro mudou de figura, admitem executivos do grupo Globo, que observam o desenrolar das negociações com o PSG. Potencializa o ''nome'' de Neymar, que está próximo de marcas importantes, sua posição de destaque na seleção brasileira que, com auto-estima renovada, disputará a Copa do Mundo na Rússia no ano que vem.

Agora, além da própria Globo, gente de pelo menos duas outras emissoras observam de perto o desenrolar da negociação.

Hoje ESPN e Fox Sports transmitem partidas do Barcelona, já que a ESPN sublicencia os direitos do Espanhol à emissora de Rupert Murdoch. Também exibe jogos do time catalão o Esporte Interativo, que detém os direitos da Liga dos Campeões.

O Sportv também exibe jogos envolvendo Neymar, pois tem os direitos das eliminatórias e da própria Copa do Mundo.

Joga contra o leilão do Francês o fato de estarem encavalados, no mínimo, os leilões da Liga dos Campeões, Libertadores e jogos da seleção.

Neymar no PSG? Veja detalhes da negociação


Por 10%, CBF negociará publicidade estática de campo em nome de clubes
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Eduardo Ohata

A CBF propôs durante encontro com presidentes dos clubes da Série A do Brasileiro negociar por eles o uso da publicidade estática que ficam ao redor dos gramados. Cerca de 15 equipes aceitaram a proposta, segundo cálculo de uma pessoa a par da negociação.

A Globo explorou durante duas décadas essa propriedade comercial dos clubes. Porém durante as negociações dos direitos de TV do Brasileiro a partir de 2019 abriu mão dos direitos da publicidade estática. A confederação também se ofereceu para negociar uma outra propriedade da qual a Globo abriu mão, os direitos internacionais de TV do Brasileiro, conforme informou a ESPN.

Desde 2011, quando houve a implosão do Clube dos 13, os clubes de futebol da Série A não se sentam todos juntos para negociar em conjunto uma de suas propriedades comerciais.

A CBF argumentou aos clubes que pode assumir esse papel centralizador, por se tratar de um interlocutor em comum a todos eles.

No próprio encontro com a CBF circulou entre os cartolas documento por meio do qual eles autorizam a entidade a representá-los em negociações. Mas o documento não tem valor de procuração. A confederação não pode assinar um contrato em nome dos cartolas.

A confirmação à proposta da CBF, porém, no caso de vários clubes, passa pela aprovação dos respectivos conselhos deliberativos ou administrativos. O documento também é examinado pelo departamento jurídico de alguns clubes.

A taxa cobrada pela CBF para representá-los no caso de um negócio ser fechado é de 10%, segundo cartolas ouvidos pelo blog.

 


Mayweather-McGregor: Custo faz Brasil correr risco de ficar sem ver desafio
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Eduardo Ohata

Pelo menos uma emissora de TV já apresentou proposta à gigante do marketing IMG pelos direitos de transmissão no Brasil do desafio entre o multicampeão de boxe Floyd Mayweather Jr. e a estrela do UFC Conor McGregor, marcado para 26 de agosto.

Porém executivos abordados pela IMG se preocupam com o custo para bater o martelo. Um deles citou a ''alta expectativa financeira dos organizadores do evento para o mercado brasileiro atual''. Outro, inicialmente animado, já pôs o pé no freio pela mesma razão.

No mercado, do lado comprador, o mantra é o de que ninguém fará loucura para comprar essa luta, dentro do contexto de que nos próximos meses estarão em disputa os direitos da Champions League, partidas da seleção brasileira e Libertadores.

A crise econômica que o país atravessa é outro complicador, já que demandará tempo montar e levar a mercado um plano comercial de venda de cotas, no caso da TV aberta ou por assinatura, ou promover o desafio, no caso do pay-per-view. Ou seja, o tempo é um inimigo, já que a luta está prevista para acontecer daqui a pouco mais de um mês.

O material promocional distribuído pela IMG, claro, busca convencer as emissoras de que se trata de uma luta imperdível ou, em suas próprias palavras, ''uma das lutas de boxe mais esperadas em toda a história''.

''Floyd Mayweather Jr. procura solidificar sua posição como o maior lutador, independente da categoria de peso, da história ao deixar a aposentadoria para enfrentar um dos atletas mais populares do UFC, além de seu atual campeão dos leves, Conor McGregor. Apesar de estar fora dos ringues desde 2015, a reputação de Mayweather permanece igual, com um cartel de 49 vitórias sem derrota. McGregor, conhecido como um dos mais perigosos golpeadores do MMA, usará sua natureza competitiva e impetuosa na tentativa de superar a invicta lenda do boxe'', destaca o material promocional.

O material traz ainda ainda idade, altura, peso e envergadura dos lutadores, além de seus cartéis: a do boxe de Mayweather, com 49 vitórias; e no caso de McGregor, seu cartel no MMA, 21 vitórias, 3 derrotas e 18 nocautes, já que será sua estréia no boxe profissional.

 


Conmebol abre licitação para escolher quem vai vender Libertadores às TVs
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Eduardo Ohata

A Conmebol abrirá, na próxima sexta-feira, licitação para escolher a agência que negociará os direitos de TV da Libertadores, Sul-Americana e Recopa. Conforme o blog havia antecipado em março, isso representa uma mudança na maneira de negociar da Conmebol.

A entidade disponibilizará o convite formal e instruções para as agências interessadas em participar da licitação, que fora anunciada oficialmente em 3 de julho, além de esclarecer dúvidas entre os dias 24 de julho e 11 de agosto.

Para evitar que se repitam problemas que colocaram a Conmebol na rota do Fifagate e no olho do furacão, a entidade ressalta que as ofertas terão de ser apresentadas em formato físico, em sua sede em Luque, no Paraguai.

Além disso, alerta que o processo de seleção ''será auditado em sua totalidade por uma firma internacional de auditoria de primeiro nível''. Além de acrescentar que todas as comunicações deverão ser enviadas por escrito e serão respondidas por uma equipe de advogados internacionais designada pela Conmebol para acompanhar o processo.

Por essa linha, conclui-se que, ao menos na teoria, o histórico de negociações passadas e relacionamento dão lugar a critérios estritamente técnicos.

As propostas serão avaliadas entre 23 de agosto e 15 de setembro dentro de um sistema de pontuação. O vencedor será conhecido no dia 15 de setembro.

Os direitos da Libertadores no Brasil são da Fox Sports, que os sublicenciam à Globo e SporTV. O atual contrato vence no ano que vem.

 


Bola, MMA e Rio-16 dão recordes de horas assistidas a aplicativos Globosat
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Eduardo Ohata

Os programas de esporte provaram, na prática, a tese de estudiosos que apontam o conteúdo esportivo como dos mais valiosos para uma operadora de TV por assinatura atrair o público, ou como atrações de aplicativos móveis ou de internet.

Futebol, MMA e Rio-2016 foram responsáveis pelas duas melhores marcas em horas assistidas nos aplicativos móveis da Globosat, que em junho registrou 10 milhões de horas assistidas (somados Globosat Play, Telecine Play, Premiere Play, Sexy Hot Play e Philos).

Foi o melhor resultado de um mês, com exceção de agosto de 2016, mês dos Jogos Olímpicos do Rio. Mas, assim como naquela oportunidade, foram os esportes que de novo alavancaram a audiência dos aplicativos.

O canal Premiere,  que exibe as partidas das séries A e B do Brasileiro-2017, teve o melhor mês de sua história, com 2 milhões de horas assistidas. O duelo pelo cinturão entre o brasileiro José Aldo e Max Holloway, no UFC 212, no dia 3 de junho, foi a mais assistida no ano no Combate Play. E no dia 28, a semifinal da Copa das Confederações entre Portugal e Chile, no Sportv, deu ao Globosat Play o dia de maior audiência no mês.

O fato de ser ''ao vivo'' ainda é um importante, e insubstituível, ingrediente dos esportes para alavancar audiências.

''O esporte tem um diferencial em relação a outros conteúdos porque a cultura de assistir ao vivo é muito forte na audiência que segue esportes, aquilo de querer saber das coisas na hora em que acontecem'', explica Pedro Trengrouse, Fifa Master e professor da FGV. ''O sucesso dos aplicativos dão a certeza de que é preciso buscar novos modelos de transmissão esportiva, já que a escolha de conteúdo ou plataforma pelo usuário é que vai dar o tom [do mercado no futuro].''

 

 


Até maior crítica de Mayweather-McGregor já projeta recorde de pay-per-view
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Eduardo Ohata

Principal crítica do desafio entre o multicampeão Floyd Mayweather Jr. e Conor McGregor, a publicação especializada ''The Ring'' reconhece que a luta deve quebrar o recorde de vendas de pay-per-view, atualmente de 4,4 milhões de pacotes.

A ''The Ring'', mais antiga entre todas as revista de esportes, fundada em 1922, em sua edição de setembro (sim, datada de setembro de 2017), da qual o blog obteve um exemplar, reconhece que o boxeador e a principal estrela do UFC são ''a maior estrela do boxe a e maior estrela do MMA'' e que ''por isso a luta será um sucesso do ponto de vista [econômico]''.

A revista admite que a promoção deve ''ficar próxima ou ultrapassar o número de pacotes de pay-per-view, de 4,4 milhões, comercializados'' na ''luta do século'' entre Mayweather e o filipino Manny Pacquiao.

Apesar de reconhecer o potencial comercial do desafio, e admitir que uma parte sua quer assistir ''o acidente de carro'', o artigo assinado pelo editor da publicação, Michael Rosenthal, define a luta como ''uma farsa, um golpe, uma piada, ou do que que quer que você queira chamá-la''.

''É um evento, uma curiosidade, não se trata de um evento esportivo… Pense bem sobre isso antes de gastar seu suado dinheiro [com o pay-per-view]'', conclui o artigo entitulado ''Não Seja Feito de Bobo''.

 

 

 


Zico encabeça desejo de atletas por eleições diretas em confederações
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Eduardo Ohata

Elo entre os atletas brasileiros e o governo federal, no papel de presidente da Comissão Nacional dos Atletas (CNA), o ex-jogador Zico defende a participação em massa de atletas, técnicos, entre outros funcionários da área, no colégio eleitoral das confederações esportivas nacionais.

Não é à toa que Zico foi um dos primeiros a ligar para Guy Peixoto, da Confederação Brasileira de Basquete por conta da iniciativa da CBB em lançar proposta para democratizar as eleições da entidade, cuja participação hoje está limitada quase somente às federações.

''Liguei para o Peixoto para dar os parabéns, foi um momento histórico e um grande exemplo'', explicou Zico ao blog por meio de ligação telefônica. ''Hoje em cada confederação apenas um em cada dez mil, cem mil atletas tem direito a voto. Não tem sentido, atletas, técnicos, árbitros têm o direito de participar das eleições diretas, que seriam uma demonstração de transparência e dou meu apoio.''

Ao ser questionado se em seu papel como presidente da CNA faria gestões com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, pela mudança na lei em prol de eleições diretas nas confederações, o ''Galinho de Quintino'' informou que Picianni já tem conhecimento.

''Antes de eu assumir a comissão, na gestão anterior já haviam passado para o ministro que esse é o desejo dos atletas'', informou Zico.

O presidente anterior da CNA era o iatista e medalhista olímpico Lars Grael. Não foi mera coincidência que a primeira confederação a adotar eleições diretas foi a de vela.

A eventual obrigatoriedade da implantação de eleições diretas nas confederações e eventualmente até no Comitê Olímpico do Brasil passaria por uma nova alteração na lei, tarefa que está fora do âmbito da CNA, mas que poderia que ser proposta pelo ministério.

''A comissão é independente. Nós, representantes dos atletas, 7170


Revés faz lideranças do Palmeiras falarem em diretor de futebol estatutário
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Eduardo Ohata

A derrota do Palmeiras para o Cruzeiro neste domingo, potencializada pela proximidade do derby com o Corinthians, motivou lideranças do clube a defender a nomeação de um diretor de futebol estatutário. Entre esses conselheiros estão aliados do presidente Mauricio Galiotte, membros da sua gestão e integrantes do COF (Conselho de Orientação Fiscal) com expressividade no órgão.

A ideia não é substituir o diretor de futebol remunerado Alexandre Mattos, mas ter um membro do clube próximo ao futebol. Conselheiros apontam que o perfil de Galiotte difere ao do antecessor Paulo Nobre, que era mais presente no departamento de futebol. Eles apontam para a ausência do atual mandatário em momentos delicados vividos pelo time por conta de viagens à Alemanha, Austrália e sua licença atual.

Um diretor de futebol estatutário poderia, argumentam, suprir essa ausência.

Não é preciso dizer que a tremenda expectativa em relação ao time do Palmeiras no início da temporada explica, parcialmente, o mau-humor dos palmeirenses com o time. Pelo título nacional do ano passado, o maciço investimento da Crefisa, o elenco badalado e as contratações e o marketing, havia quem pensasse em uma repetição de uma tríplice coroa, ou até a conquista de quatro títulos no ano.

A conquista do título do Paulista pelo rival Corinthians ainda não foi assimilada, e as campanhas irregulares na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro e o fato de o rival estar 13 pontos à frente na tabela, não ajudam a diminuir a inquietação nos corredores do Parque Antarctica. Entre quem faz política no clube, o clima para o derby com o Corinthians, para o qual mais de 35 mil ingressos já foram vendidos, é de caldeirão. Não pelo Brasileiro, mas pela auto-estima e orgulho.

Entre os principais questionamentos dos conselheiros está o alto número de contratações, que supera 80 se incluídas as realizadas desde a gestão de Paulo Nobre, que assumiu o clube em 2013. Membros do COF, que planejam pedir explicações sobre o planejamento do departamento de futebol, brincam que se o Palmeiras estivesse participando de um campeonato de contratações, o clube já estaria com as mãos na taça.

Outra reclamação dos conselheiros é que o departamento de futebol negociou, ou liberou, jogadores como Alecssandro, Rafael Marques, Fabrício e Gabriel, que se destaca justamente no rival Corinthians, e trouxe jogadores como Hyoran e Raphael Veiga, ou manteve Fabiano, que não se firmam como peças de reposição à altura.

Os questionamentos, contaminados pelo lado de torcedor dos conselheiros, começam a respingar até em Cuca, que retornara ao clube como unanimidade: ''Por quê tirar Edu Dracena e escalar em seu lugar Luan, que falhou no segundo gol sofrido pelo Palmeiras domingo em com atuação contestada em Guayaquil?'' ou ''Por quê a insistência em Fernando Prass, que alterna bons e maus momentos, e não é dada uma nova oportunidade a Jailson?''

A possibilidade de Diego Souza voltar ao Palmeiras também gera desconfiança, questionam sua idade, se seu bom momento não é só pontual e o mais grave, aos olhos dos cartolas, persiste a mágoa causada pelo gesto que fez à própria torcida do Palmeiras.

Retornando ao jogo do domingo, à luz do atual retrospecto contra o Cruzeiro, agora de um 3 a 3 e de uma derrota por 3 a 1, há temor em relação à sobrevivência na Copa do Brasil, em Minas, aumentado pelo fato de o time não engatar sequência de duas boas partidas, e de suas vitórias, quando acontecem, serem na ''bacia das almas''.

O Palmeiras encaminhou nota contestando o post com as seguintes informações: ''O clube contratou 45 atletas entre 2015 até hoje; 26 fazem parte do elenco atual; dos outros 19, 6 foram envolvidos em negociações por outros jogadores ou vendidos; 65 atletas tem contrato com o Palmeiras; 32 atletas no elenco principal; 31 atletas emprestados; 11 dos emprestados acabam contrato este ano; 58% do total de salário dos emprestados é pago por seus atuais clubes''.

O blog voltou a conversar com as fontes do post e elas alertaram que, conforme havia sido publicado pelo blog, as suas contas incluíam a gestão Paulo Nobre, que teve início em 2013, e não em 2015, e atletas vindos da base.