Blog do Ohata

Aplicativo para celular permitirá que torcedores reclamem online de arenas
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Eduardo Ohata

Vazamentos de água? Problemas de circulação? Banheiros inapropriados para o uso? Filas gigantescas causadas por mal planejamento do clube mandante? Sem problema.

Um aplicativo que poderá ser baixado nos celulares e que permitirá aos torcedores fazer reclamações online de problemas em estádios e até mesmo denunciar os problemas por meio de envio de fotos será lançado no próximo ano pelo Ministério do Esporte. A pasta conversa com o Procon para que o órgão eventualmente participe das ações de fiscalização. Logo que o Estatuto do Torcedor foi lançado o Procon costumava realizar diligências nos estádios que recebiam jogos de futebol. As autuações eram divulgadas pelo órgão no fechamento de cada mês.

Por meio do aplicativo, o torcedor também terá acesso ao Estatuto do Torcedor para verificar se todos os seus direitos são respeitados nas arenas que recebem os jogos.

''O projeto está em fase de elaboração'', explica o secretário nacional do futebol e defesa dos direitos do torcedor do Ministério do Esporte, Rogério Hamam. ''Precisamos confirmar, por exemplo, se fechamos um convênio com o Procon, com quem estamos conversando. Se fecharmos, o aplicativo terá de contemplar uma comunicação eficiente [com o Procon].''

''Nosso objetivo principal é proporcionar melhores condições aos torcedores, e não fechar estádios'', argumenta Hamam. ''Os responsáveis pelas arenas serão notificados e, em um primeiro momento, serão estipulados prazos para que as correções sejam feitas''.

O aplicativo Olheiro do Torcedor formará um conjunto com outras duas ações: A classificação dos estádios de acordo com a qualidade do que oferecem ao torcedor e um banco de dados atualizados de laudos técnicos dos estádios, já lançado e que está hospedado no site do Ministério do Esporte na internet.

O governo federal pretende que o aplicativo seja disponibilizado aos torcedores até o fim do segundo semestre de 2016.


Brasileiro pega bicampeão olímpico e revive rivalidade de 4 décadas no boxe
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Eduardo Ohata

Em um duelo que reviverá a dramaticidade de uma das grandes rivalidade das décadas de 70, 80, 90 e início dos anos 2.000, já que voltará a colocar em córneres opostos os promotores Don King e Bob Arum, da Top Rank, o brasileiro Natan Coutinho enfrentará o bicampeão olímpico e tricampeão mundial amador Shiming Zou, 34. A luta acaba de ser confirmada para o dia 30 de janeiro, em Xangai.

Durante quatro décadas, King e Arum se revezavam no posto de maior promotor de boxe do planeta, frequentemente “brigando” para ver quem assinava com o lutador mais promissor, falando abertamente mal um do outro e “armando” um para se dar bem encima do promotor rival.

Mas, se uma luta tinha o potencial para gerar muito dinheiro, faziam, relutantes, co-promoções, como quando Oscar de la Hoya (Arum) enfrentou Felix Trinidad (King).

foto luta (1)

Natan está invicto com 12 lutas e, apesar de ser um supermosca, tem enfrentado oponentes acostumados a lutar em categorias bem mais pesadas. Uma de suas vítimas mais recentes, Darli Gonçalves Pires, por exemplo, faz lutas na divisão dos meio-médios-ligeiros. Ou seja, seis categorias acima à de Natan, que mesmo assim o venceu por nocaute técnico em quatro assaltos.

Já o chinês Shiming Zou, bicampeão olímpico e tri mundial, sofreu sua primeira derrota em sua última luta, quando disputava o título dos moscas da Federação Internacional de Boxe. Perdeu para Amnat Ruenroeng por pontos. Zou tem 6 vitórias, uma por nocaute, e 1 derrota.

O estafe do brasileiro acredita que há chance de vitória. Pela juventude de Natan e pela pouca pegada do rival. Também é uma bela oportunidade, em caso de vitória, para herdar a posição de Zou no ranking mundial. Natan passaria a ser um dos destaques na equipe de King, que sofreu muitas baixas nos últimos anos. Mas se Natan perder sua invencibilidade, o excêntrico promotor “perde” o seu investimento.

Mas há risco para Arum também, já que esta seria a segunda derrota seguida de Zou, que está com 34 anos, e para um rival que não é conhecido nos círculos internacionais.


Torcedor escapa de emboscada e tenta diminuir domínio de ‘elite’ no Santos
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Eduardo Ohata

Ele já ficou encurralado sob uma chuva de pedras e garrafas durante a semifinal do Santos com o Cerro Portenho no Paraguai pela Libertadores. E conheceu a mulher, Ariane, ao viajar para uma outra partida do time da Vila Belmiro, no Uruguai, também em 2011. Oriundo das arquibancadas do Santos, o torcedor Tarciso Lopes, candidato sem pedigree, tenta ser o primeiro representante ''plebeu'' a quebrar a hegemonia de conselheiros na ouvidoria do Santos.

''Por vir das arquibancadas acho entendo mais o que o torcedor quer'', explica Lopes, 30, que participa das eleições para a terceira vaga na ouvidoria do Santos que ficou vaga após a saída de Iliucha Valle, que acontecem nesta quinta, às 20h. A ouvidoria é o canal oficial para que associados e funcionários façam suas sugestões, reclamações e denúncias. ''Falta um pouco de retorno da parte do clube. O sócio quer benefícios. O Santos precisa se modernizar, e nada melhor do que a juventude para isso.''

''Já vivenciei muita coisa [relativa ao Santos]. No jogo com o Cerro Portenho, pensei que ia morrer. A segurança era precária, e a torcida rival jogava garrafas, pedras, tudo'', conta Lopes, eleito conselheiro para o triênio 2015-17, para logo em seguida falar de um assunto mais agradável. ''Mas foi graças ao Santos que conheci durante uma viagem minha mulher. Então há poucos momentos da minha vida a que o Santos não está ligado.''

 


Prejudica Zé Aldo quem diz que McGregor venceu com ‘golpe de sorte’
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Eduardo Ohata

Imagino que é com a melhor das intenções que as pessoas dizem que o nocaute sofrido por José Aldo para o falastrão Conor McGregor no UFC foi produto de um ''golpe de sorte''. Mas será que isso realmente fará bem ao brasileiro?

A pior coisa para um lutador é voltar para outro assalto após sofrer uma queda [ou ir para uma revanche após ser nocauteado] sem saber por que foi parar na lona ou foi nocauteado. É como mandá-lo para um quarto escuro. Ele não sabe o que o espera ali. Por isso que é preciso explicar para um lutador porque ele caiu, qual erro cometeu, para que ele se sinta confiante para voltar para o assalto seguinte ou subir ao ringue ou ao octógono para uma revanche.

Palavras minhas? Não. Trata-se do pensamento (com pequenas adaptações para este post sobre MMA) de um dos técnicos de boxe que mais entende de psicologia, Teddy Atlas, que guiou os campeões Michael Moorer, Timothy Bradley e que dirigiu no amadorismo um jovem Mike Tyson.

Não vou ser aqui mais um a defender minha própria teoria sobre o motivo por o nocaute ter acontecido. Certamente sua equipe analisará a luta, apontará para José Aldo os motivos para o nocaute ter acontecido e realizará correções. Mas concordo com Teddy Atlas quando ele diz que vitórias e derrotas têm explicações.

Engrossar o coro de que ''foi sorte'' é desejar que o mesmo resultado se repita em uma revanche. É acreditar que nada pode ser feito para José Aldo se aprimorar para evitar um golpe semelhante.

Aproveitando que estou nesse tópico e ainda por cima remando contra a maré, ou pelo menos contra a opinião pública, posso muito bem afirmar também que o UFC fez um favor a José Aldo ao negar uma revanche imediata.

Se Ronda Rousey receberá uma revanche imediata contra Holly Holm, problema dela. Ela está tão bem psicologicamente que já fala em aposentadoria em caso de nova derrota. Belo estado de espírito para se preparar para enfrentar a única mulher a tê-la batido.

Em um caso como o de José Aldo, que passou tanto tempo sem derrota e não apenas com um cinturão de campeão, mas no topo dos melhores peso-por-peso, um combate com outro adversário antes de uma eventual revanche pode fazer maravilhas por ele. Com a cabeça fria, poderá analisar melhor a situação.

Finalmente, tenho uma teoria sobre o porquê de parte da opinião pública ter ''esquecido'' as conquistas de José Aldo.

Foi um caso de mau ''timing'': Sua derrota aconteceu na hora errada. Tivesse perdido para qualquer outro adversário, exatamente da mesma forma que perdeu, provavelmente não teria sido criticado como foi por parte do público. Certamente Anderson Silva teria sido alvo dos mesmos comentários tivesse perdido para o falastrão Chael Sonnen. McGregor era o Sonnen de José Aldo.

Mas a derrota não apaga as conquistas, ao longo dos anos, de José Aldo.

 


Entidade de gestores do futebol condena tentativa de eleição a vice na CBF
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Eduardo Ohata

A Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol) engrossou o coro dos que acreditam que as eleições para vice-presidente da CBF, inicialmente prevista para o próximo dia 16, constituem um golpe por ferir o estatuto da entidade. Ela produziu um texto criticando a CBF.

''A Abex vem a público manifestar sua total contrariedade às atitudes adotadas pela CBF quanto à mudança de regras  do jogo ao proceder situações que alteram importantes fatos no estatuto da entidade… Nos posicionamos pelo fim da corrupção e da má administração no futebol brasileiro. Defenderemos sempre a legalidade e a honestidade colocadas em prol da organização tão necessária do futebol nacional dentro das quatro linhas'', argumenta a entidade, em nota.

Se eleito, o presidente da Federação Paraense de Futebol, coronel Nunes, 77, escolhido para concorrer à vaga de José Maria Marin, seria o vice da CBF com mais idade e, em caso de renúncia ou impedimento de Marco Polo Del Nero, o substituiria, segundo o estatuto.

O presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto, 74, que se tornaria o segundo vice com mais idade no caso da eleição de Nunes e que tem opiniões diferentes às do presidente licenciado Marco Polo Del Nero, havia conseguido liminar que suspendeu o pleito. A CBF publicou em seu site que entrará com recurso.

 

 


José Aldo planeja trocar octógono do UFC por ringues de boxe
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Eduardo Ohata

O campeão dos penas do UFC, José Aldo, quer trocar o octógono do UFC pelos ringues de boxe. É fato. Quem disse isso? O próprio manauara, que neste fim de semana põe em jogo seu cinturão frente ao falastrão Conor McGregor, dono do título interino dos penas do UFC.

''Ohata, daqui a três anos vou para o boxe profissional'', afirmou, sem ser provocado, José Aldo ao fechar uma entrevista exclusiva antes de uma lesão nas costelas adiar o duelo com McGregor.

Agradeci a entrevista, virei de costas, acreditando ser uma brincadeira, dei alguns passos em direção à saída da sala, mas dada a forma enfática com que falou, acabei retornando.

''Escuta… Isso é sério?!!'', perguntei.

''É. Daqui a três anos vou lutar boxe profissional'', repetiu Aldo, sorrindo.

Existem razões para acreditar nisso. Certa vez, sem que Aldo soubesse que estava no mesmo aposento que ele, ele comentou, com extremo entusiasmo, com Renan Barão e Junior Cigano sobre seu amor pelo boxe. Fez diversos elogios e mostrou que segue com interesse as principais estrelas e lutas do pugilismo.

Quem acredita na possibilidade de Aldo migrar para o boxe é o técnico de Aldo, Dedé Pederneiras.

O campeão do UFC José Aldo

O campeão do UFC José Aldo

''Há chance. O Zé gosta muito de boxe. E ele tem boxe para brilhar no cenário internacional'', reconhece Pederneiras. ''Mas tem uma série de questões contratuais com o UFC, por exemplo, que teriam que ser resolvidas primeiro. Mas existe, sim, essa chance que você fala, de ele trocar o MMA pelo boxe. Gostaria muito de estar no córner do Zé se ele for para o boxe, mas não sei se tenho capacidade técnica [no boxe] para isso.''

Dedé gostou da ideia de ser como um Lou Duva, um técnico cuja principal função no córner é ser um motivador, que saiba trabalhar o lado psicológico do boxeador.

Aldo ganhou mais intimidade com o boxe nos últimos meses, quando reforçou os treinos de boxe com o técnico cubano Isidoro Nicolas, responsável pelo boxe na academia Delfim, justamente por conta das característica de striker (golpeador) de McGregor.

Recorde

O duelo de Aldo com McGregor, que será transmitido pelo canal UFC Combate, abre uma sequência no mês que representa um recorde de brasileiros em cards internacionais do UFC no período: 17. Confira a lista: José Aldo, Rafael dos Anjos, Junior Cigano, Charles do Bronx, Vicente Luque, Luiz Henrique KLB, Ronaldo Jacaré, Demian Maia, Warlley Alves, Léo Santos, Márcio Lyoto, Edson Barboza, Gabriel Napão, Thiago Marreta, Serginho Moraes, Antonio Cara de Sapato e Johnny Eduardo.


Veja o que diz agora a revista de boxe que estampou Ronda Rousey na capa
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Eduardo Ohata

A tradicionalíssima revista de boxe ''The Ring'', a mesma que estampou Ronda Rousey na capa em sua última edição, agora diz que a ex-campeã do UFC ''não conseguiria enfrentar nenhuma boxeadora que valha algo''. A publicação afirma que ''mesmo antes da brutal derrota para a ex-campeã de boxe Holly Holm no mês passado, ninguém deveria ter esperado que seu sonho se tornasse realidade''.

''Além de todo o dinheiro que o UFC lhe oferece, Rousey também tem várias propostas para atuar em filmes quando ela não está treinando para suas lutas no octógono'', argumenta a publicação na seção intitulada ''O que não veremos acontecer em 2016'', que inclui ''a estreia de Ronda Rousey no boxe profissional''.

O que a ''The Ring'' não explica, porém, é o porquê de colocar Ronda em sua capa, e não alguma boxeadora.

Foto em artigo que, agora, diz que Ronda não irá estrear no boxe profissional

Foto em artigo que, agora, diz que Ronda não irá estrear no boxe profissional

Em outra parte da publicação, o colunista Thomas Hauser fez críticas a Ronda mesmo antes de a luta começar. ''O corpo dela pareceu um pouco flácido quando ela entrou no ringue'', apontou Hauser.

''Ela pareceu exausta ao fim do primeiro assalto. Luta é uma profissão de tempo integral. Neste ano, [Ronda] fez bicos como modelo, atuou em filmes e viveu a vida de uma celebridade, além dos dramas com o namorado do momento e com sua mãe. É uma velha história, o campeão popular fica um pouco preguiçoso na academia, a intensidade de antigamente não está mais lá'', disparou Hauser.

Porém Hauser também elogiou a estratégia de Holly. ''Ela pareceu mais forte do que Ronda. Ela controlou a distância entre ela e Ronda com um belo jogo de pernas e um bom jab [golpe preparatório]. Isso, e sua postura canhota [com o braço direito à frente, o que confunde o adversário], permitiram que golpeasse com eficiência enquanto a luta se desenrolava com as duas em pé''.

A última palavra, porém, ficou com os leitores, que ironizaram a decisão da revista de colocar Ronda na capa, a segunda vez na história da publicação que uma mulher ocupou com destaque a frente da publicação.

''É irônico que sua garota da capa, que teve um texto de 8 páginas, foi derrotada por uma ex-boxeadora para quem vocês dedicaram um parágrafo. Com tantas boxeadoras do passado e do presente que vocês poderiam ter colocado na capa, vocês escolheram uma lutadora de MMA'', disparou o leitor Walter Zabicki.

 

 

 

 


Meu capítulo secreto na biografia de Lars Grael
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Eduardo Ohata

Hoje no fim da tarde, a partir das 18h, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, lanço a biografia, escrita a quatro mãos, do medalhista olímpico Lars Grael. Iatista, a história de Lars ficou marcada pelo trágico acidente com uma lancha, na qual perdeu sua perna direita. O que não o impediu de se reinventar, com sucesso, várias e várias vezes.

Convite Lars SP

Ter sido co-autor da biografia, ao lado do próprio Lars, representa para mim o fechamento de um ciclo.

Em 1998, quando cobri à distância o acidente no qual Lars foi vítima (enquanto se preparava para uma competição) e sua recuperação, ele já havia ganhado duas medalhas olímpicas e era visto como referência na vela brasileira, com total possibilidade de lutar por um outro em sua próxima participação. Quando perdeu a perna, todos deram como certo o fim de sua carreira esportiva. Eu também pensei assim. O próprio Lars pensou isso.

Quando Lars assumiu um cargo na Secretaria Nacional do Esporte, no ano seguinte, achei que se tratava de uma mera ação de marketing do governo FHC. Dei de ombros. Lars iria para lá, pouco, ou nada, faria. Seu mérito para ir para Brasília? O acidente. Naquela época, na minha imaturidade, tratei Lars com um certo desdém e até certa arrogância. Não pelo que ele havia feito pelo país, o que, inegavelmente, havia sido muito. Mas na minha cabeça, ele havia se ''vendido''. Aceitou um cargo para o qual não estava capacitado, se conformou com o papel de coitadinho.

Hoje, minha percepção é a de que Lars foi mais importante como gestor do que como atleta olímpico. Sim, isso mesmo. Você leu certo. Lars foi mais importante atrás de uma mesa, em reuniões com desportistas ou percorrendo o Brasil como gestor, do que ganhando as suas duas medalhas olímpicas ou outros títulos na vela.

Além de competente, divido aqui um episódio que revela uma outra característica de Lars: a honestidade.

Quando Lars ainda estava à frente da Secretaria Nacional de Esporte, recebi a informação de que algo ia mal no órgão que dirigia. Liguei para ele, em um dia que se comemorava algum feriado no Distrito Federal, pude ouvir ao fundo que ele brincava com o filho Nicolas. Pedi que me enviasse um documento que, qualquer um percebia, serviria apenas para produzir uma notícia negativa sobre o funcionamento da secretaria. A causa fugia ao controle de Lars, mas respingaria nele de toda a forma. Pois bem, Lars não apenas deixou sua família em casa, em um feriado, foi para seu escritório na secretaria, procurou os documentos que eu pedia e os enviou por fax (sim, estávamos na época do fax). Dei um obrigado, o que não impediu de publicar matéria mostrando alguma ineficácia em sua secretaria.

Dias depois, o problema na secretaria já estava sanado. Briguei com meu editor (''notícia boa não vende jornal'') para publicar uma nota mostrando a novidade. Só após muita insistência, a notícia acabou saindo.

Ao longo dos anos, e finalmente com seu título mundial na Star, conquistado este ano, Lars mostrou que não é um coitadinho, que é competente e que não, sua carreira esportiva não se encerrou em 1998. Longe disso.

Da minha parte, agradeço a oportunidade de acompanhar a mais importante saga de Lars, de 1998 até hoje.

Um forte abraço, amigo,

 

 


Marcelo Teixeira se coloca como pré-candidato à CBF e já ‘fala’ como tal
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Eduardo Ohata

Marcelo Teixeira afirma a interlocutores que é candidato à presidência da CBF caso sejam convocadas eleições para a presidência da confederação. A principal condição para colocar sua candidatura em campo seria a saída do posto de Marco Polo Del Nero, de quem o ex-presidente santista é amigo. O atual presidente da CBF foi indiciado nos EUA por corrupção e é investigado pelo comitê de ética da Fifa.

Segundo Teixeira confidenciou a pessoas próximas, ele conta com o apoio de cartolas influentes de São Paulo, Corinthians e G4, que o procuraram.

Segundo o regulamento da CBF, sob condições normais, quem assume a cadeira caso Del Nero renuncie será Delfim de Pádua Peixoto, 74, presidente da Federação Catarinense de Futebol, por ser o vice mais idoso.

Mensagem postada no Facebook por Marcelo Teixeira, que já transitou na Fifa na época em que fez parte da comissão do Mundial, após a perda do título da Copa do Brasil pelo Santos ontem, indica que ele já tem em mente questões que afligem o futebol nacional e que extrapolam os muros da Vila Belmiro.

''Fomos prestigiar o clássico… Fomos surpreendidos por emboscadas de torcedores adversários que perigosamente atiravam pedras, bombas e rojões, mesmo com a intervenção militar… Não podemos mais admitir em um país que sediou a Copa, no ano que vem Olimpíada, ainda verificar cenas lamentáveis como essas, que denigrem a imagem do futebol e não condizem com a finalidade do esporte''.

''A Copa do Brasil é uma competição interestadual, beneficiando clubes sem tanta expressão no cenário esportivo, prestigiando os habitantes de cidades de todo o país que tenham a oportunidade de assistir partidas com grandes clubes e atletas de renome, considero uma das melhores do calendário por atender a população de todos os níveis, por isso, a CBF deveria também sortear cidades com grandes arenas para as partidas finais da competição, evitando esses problemas, como acontece na UEFA''.

Em sua nota, Teixeira lamenta ainda a perda do título porque ''o futebol brasileiro não terá um representante na Libertadores de 2016 com atletas de maior talento e categoria, que jogam um futebol mais elegante e bonito!''

 


Bactéria tira brasileiro candidato a medalha de evento-teste para Rio-2016
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Eduardo Ohata

Uma forte gastrite provocada por uma bactéria, cujos principais sintomas são dor no estômago, perda de peso e náuseas, fará com que o boxeador Robenilson de Jesus, 28, candidato a  medalha na Olimpíada do Rio-2016, desfalque o evento-teste que acontece esta semana, no Rio. O baiano deve retornar às competições ao ringue no Pré-Olímpico, que acontece em março. Nos Jogos de Londres-2012, o pugilismo foi responsável por três medalhas para o Brasil.

O peso-pena (limite de até 56 kg) e outro baiano, o leve Robson Conceição (até 60 kg), são considerados, inclusive por dirigentes da Aiba (Associação Internacional de Boxe) consultados por este blog, os mais fortes boxeadores brasileiros na Olimpíada do Rio. No ano passado, Robenilson bateu Javid Chalabiyev, do Azerbaijão, campeão mundial da Aiba Pro Boxing, liga profissional da Aiba.

Robenilson de Jesus durante treinamento

Robenilson de Jesus durante treinamento

 

Assim como foi no passado com os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão, o fato de Robenilson e Robson participarem de liga da Aiba (Associação Internacional de Boxe), os coloca em contato com colegas de treino  e técnicos do mais alto nível. A Confederação Brasileira de Boxe ainda não definiu para quem vão as cinco vagas olímpicas a que o Brasil tem direito por ser o país sede.

''Queria muito viver esse momento, é o começo dos Jogos Olímpicos no Brasil'', lamenta Robenilson. ''Esse é um evento dentro do Brasil, faz parte da pressão, os melhores países estarão aqui para competir. Até achei que mesmo com 60% da minha forma dava [para lutar], mas a comissão técnica achou melhor eu aproveitar para repousar. Acho que eles têm razão, é melhor descansar para poder chegar bem no pré-Olímpico.''

Por conta dos efeitos da bactéria Helicobacter pylori, Robenilson não pode receber golpes na linha de cintura durante as sessões de sparring [treino com luvas]. O boxeador, orientado por Luis Carlos Dórea, ex-técnico de Popó, tem enfrentado uma dieta bastante limitada: arroz, só preparado sem óleo, carne grelhada de peixe ou frango; se for de vaca, só se for moída; à  noite, só chá e biscoito de água e sal. E, após passar por mais um exame de endoscopia, passou a partir desta segunda (30) a tomar um antibiótico, o que deve continuar a fazer durante os próximos quinze dias.

Segundo Robenilson, há pelo menos seis meses tem seu rendimento comprometido por causa do vírus H pylori, o que englobaria sua participação no Campeonato Continental masculino de boxe, seletiva para o Mundial, quando perdeu por W.O. nas quartas-de-final, e no próprio Mundial, quando perdeu por 2 a 1 para Michael Conlan, que se tornou o primeiro irlandês campeão mundial amador.

''As pessoas apontam o dedo, dizem, 'você tá perdendo essas lutas', mas não sabem o que estava acontecendo comigo. Se eu estivesse cem por cento, não teria perdido. Eu estava mal, normalmente após a pesagem eu chego a 59 quilos, mas [por conta do vírus] andava com 54 quilos. Sentia ânsia a toda hora, vomitava, sentia dores na barriga'', explica Robenilson.