Ex-cartolas do Cruzeiro questionam decisão de diretoria de segurar o elenco
Eduardo Ohata
Cartolas da gestão anterior do Cruzeiro, como o ex-presidente Gilvan Tavares, têm questionado com interlocutores o fato de a direção atual lamentar sobre as dívidas do clube, ao mesmo tempo em que enumeram propostas que recusaram por jogadores do elenco.
O argumento é o de que se a atual gestão negociasse o zagueiro Murilo, consultado pelo Benfica, Arrascaeta, após interesse do Orlando City, Thiago Neves, que chamou a atenção do Al-Hilal e Lucas Romero, alvo de proposta do mexicano Veracruz, o clube levantaria fundos suficientes para saldar a dívida com a Fifa de cerca de R$ 50 milhões, e ainda sobraria um salto para o time contratar reforços.
O cálculo dos ex-cartolas em relação ao valor que as negociações dos quatro atletas renderiam é mais conservador do que o divulgado: R$ 64,6 milhões. Eles ressaltam que, além da dívida, o clube conta com ativos, valorizados pelo pentacampeonato da Copa do Brasil, que poderiam ser utilizados para saldar a dívida com a entidade que controla o futebol mundial.
Segundo a nova administração do clube, porém, a resolução da dívida é um assunto mais complexo, e afirma que houve apenas uma proposta oficial dentre os quatro citados, apesar de cartolas terem indicado que enfrentaram interesse de clubes para manter o elenco.
“A atual gestão do Cruzeiro contratou uma empresa de auditoria para verificar a real situação de dívidas do clube. Nossa dívida não é só na Fifa. Há outras situações que também precisam ser equacionadas. Sobre propostas a jogadores, a única oficial que o Cruzeiro recebeu foi pelo meia Thiago Neves, mas o jogador não aceitou ser transferido”, informou o clube, por meio de nota.