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Andrade escapa de impeachment, mas enfrentará novo desafio em dois meses
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Eduardo Ohata

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, que escapou do impeachment na noite desta segunda-feira, enfrentará novo desafio na arena política dentro de dois meses, quando as contas referentes à gestão do ano passado serão votadas no conselho deliberativo.

De novo, o mandatário terá de mostrar articulação política para dirigir o clube, já que o item C, do artigo 106 do estatuto do clube aponta que será motivo para requerer a destituição da administração, presidente e vices, não ter as contas de sua gestão aprovadas.

Não é segredo que pesou, e muito, o apoio do ex-presidente Andres Sanchez para Andrade se manter no cargo. A paz foi selada em uma reunião de emergência, na última sexta-feira. Até então, Andres e Andrade andavam distantes.

A questão é se Andrade contará daqui a dois meses, de novo, com o apoio de seu ex-padrinho político para demonstrar força.

Andres quer que Andrade deixe a casa em ordem, que arrume politicamente o clube. Ou seja, quer que deixe claro quem é situação e oposição, e qual é o papel de cada um, o que em sua visão ajudaria a acabar com o desequilíbrio pelo qual o clube passa atualmente.

E orientou Andrade a deixar de lado a política centralizadora e que fique aberto às pessoas à sua volta que podem ajudá-lo.


Dívida de R$ 185 mi vira arma por impeachment de presidente do Corinthians
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Eduardo Ohata

O impeachment do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, é uma forma de blindar o clube do risco de ser excluído do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal) e perder o refinanciamento e abatimento de multa e juros referentes à sua dívida fiscal, argumentam conselheiros na reta final para a votação do impeachment, prevista para esta segunda-feira.

“O clube feriu as regras do Profut quando o Roberto [Andrade] assinou documento como presidente antes de ter assumido, quando negou vistas ao contrato com a Omni e ao enviar documento com informação errada para a CVM [Comissão de Valores Mobiliários]”, explica Romeu Tuma Jr., ex-secretário nacional de justiça e conselheiro que aceitou se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

Segundo Tuma Jr., sobre o terceiro ponto, o clube teria comunicado à CVM que fechara com a Omni contrato de concessão para exploração comercial de estacionamento. Mas, na realidade, o contrato com a Omni contemplaria uma simples locação de espaço de estacionamento.

“Isso prova que eles [direção] sabiam que a Omni não tinha alvará e por isso teria que terceirizar”, argumenta o conselheiro. “O Profut foi ferido por atos de gestão temerária, falta de transparência e envio de informações falsas à autoridade [CVM].”

Segundo conselheiros de oposição, isso elimina o fator político do pedido de impeachment, transformando em uma questão técnica.

“A Lei do Profut prevê que se a Apfut [Autoridade Pública de Governança do Futebol] entender que o clube fiscalizou irregularidades e adotou mecanismos para responsabilizar o dirigente que as causou, pode deixar de comunicar a Receita Federal para que faça a efetiva exclusão do parcelamento das dívidas e o retorno dos juros e correção”, finaliza o conselheiro.

A dívida fiscal do Corinthians girava em torno de R$ 185 milhões no ano passado, conforme informou o Blog do Rodrigo Mattos http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2016/04/23/divida-do-corinthians-aumenta-r-140-milhoes-em-2015/?debug=true

Andrade entrou em contato com o blog, por meio de sua assessoria de imprensa, e disse que a informação de que o refinanciamento das dívidas com a União está em risco não procede. Porém não explicou o motivo.


Nova prova fortalece pedido de impeachment de presidente do Corinthians
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Eduardo Ohata

O pedido de impeachment do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, ganhou mais peso após confirmação de outra acusação relacionada ao processo que pede a sua saída.

O mandatário teria sonegado vistas aos contratos com a empresa Omni relacionados à exploração de estacionamento na Arena Corinthians.

Conselheiros a favor do impeachment de Andrade apontam que a negativa em exibir os documentos constitui motivo para destituição do presidente, por configurar não-divulgação de informações de gestão e descumprimento estatutário (art. 111, “12”), além de descumprir as regras do Profut.

A entrega do pedido foi protocolado no conselho deliberativo no dia 1 de novembro de 2016, encaminhado à secretária do presidente do clube, que o enviou a Andrade. A informação foi confirmada nos últimos dias pelo presidente do conselho deliberativo, Guilherme Strenger, segundo correspondência trocada com um conselheiro, à qual o blog teve acesso:

“Informo a V.Senhoria que o requerimento em questão, dirigido à “Diretoria do Sport Club Corinthians Paulista”, foi protocolado junto ao Conselho Deliberativo, no dia 01 de novembro de 2016. No mesmo dia, a secretária do Conselho Deliberativo, [nome da secretária], entregou o requerimento a secretária do Presidente Roberto de Andrade, [nome da secretária], que o enviou ao Dr. Alberto Bussab, bem como ao presidente do SCCP.”

A comprovação do pedido é relevante porque a defesa de Andrade informa que “com referência à argumentação da não-exibição a conselheiros de documentos e/ou contratos por parte da diretoria, alegada no pedido inicial, além de não ter sido comprovada, não enseja o afastamento…”

O relatório do comitê de ética, responsável pelo parecer sobre o impeachment, também havia negado o recebimento do pedido:

“Não se tem notícia do destino de tal requerimento após seu protocolo. Não se sabe se foi efetivamente encaminhado à Diretoria. Se foi, não se sabe se passou por algum departamento ou se foi direto à Presidência. Enfim, não se sabe nem sequer se chegou ao conhecimento do Representado”, afirma o relatório. “Para os signatários, essa circunstância põe uma pá de cal no assunto.”

Na sequência, o relatório do comitê de ética reitera o desconhecimento da parte de Andrade do requerimento. “… sem que haja evidências de que o destinatário tenha conhecimento da ordem”.

O pedido de impeachment se fundamente, principalmente, pela assinatura de Andrade em um documento, como presidente do clube, feita dois antes de assumir o cargo.

O caso será julgado no próximo dia 20.

Procurados pelo blog, o presidente do Corinthians, Roberto Andrade, e o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Guilherme Strenger, não se manifestaram até a publicação do post.


Dualib volta à cena e briga por votos contra impeachment de Andrade
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Eduardo Ohata

Alberto Dualib, 97, voltou à cena na política corintiana de forma surpreendente: O ex-presidente corintiano pede votos contra o impeachment de Roberto de Andrade.

Segundo Dualib, ele já garantiu votos contra o impeachment.

Dualib ao lado de Andrade, durante festa de aniversário ano passado

Dualib ao lado de Andrade, durante festa de aniversário ano passado

“Liguei para alguns amigos conselheiros, consegui 12, 13 votos contra o impeachment”, conta o ex-cartola, para na sequência emendar uma consideração. “Pelo menos foi o que me prometeram, que votarão contra. Minha opinião tem respaldo.”

A votação do impeachment no conselho deliberativo do clube está prevista para o próximo dia 20.

O atual presidente, para quem não se lembra, integrou o grupo que fez campanha pelo impeachment de Dualib, que acabou por renunciar ao cargo em 2007.

“Não sou de guardar rancor”, justifica, com voz animada, Dualib. “Não guardo ódio, faz mal à saúde. Eu, graças a Deus, estou com 97 anos, completo 98 no fim do ano, estou com saúde, ando, trabalho na área de construção e vendas…”

Para Dualib, depõe contra a imagem do clube um eventual impeachment. “Desmoraliza o clube”, explica o ex-cartola. “Além disso, o Roberto [Andrade] é o menos responsável pelo que acontece no clube.”

Ao ser questionado sobre quem seria o responsável pelos desmandos no clube, porém, Dualib preferiu não citar nomes.

“O clima no Corinthians costuma ser turbulento. Não tem jeito, [quem é presidente do Corinthians] não tem a noite tranquila.”

A última vez em que Dualib conversou com o atual presidente foi na comemoração de seu aniversário, em um restaurante em São Paulo, no fim do ano passado. Na oportunidade, também o prestigiaram Andrés Sanchez, André Luiz Oliveira e Paulo Garcia.


Custo de Arena Corinthians apontado por auditoria vira centro de polêmica
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Eduardo Ohata

Entregue ao Corinthians esta semana, o relatório da empresa contratada pelo Corinthians para verificar, entre outras informações, se o que foi entregue pela Odebrecht condiz com o que havia sido prometido, já se tornou o centro de uma polêmica.

Segundo fonte que teve acesso ao relatório, ela se assustou ao ler que caso o estádio fosse quitado hoje, representaria ao clube um custo de R$ 2 bilhões.

Porém, pessoas ligadas ao projeto contestam esse valor e afirmam que se todas as dívidas referentes ao estádio fossem quitadas hoje, o clube desembolsaria R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 360 milhões com a Odebrecht e o restante em financiamentos com Caixa e BNDES.

 


Oposição corintiana quer empregado de presidente fora de órgão fiscalizador
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Eduardo Ohata

Um grupo de influentes conselheiros do Corinthians encaminharam ao conselho deliberativo do clube pedido para que um dos membros do conselho fiscal, identificado como funcionário de uma empresa do presidente, Roberto Andrade, abandone o órgão.

Os conselheiros alegam que há um conflito de interesse, pois segundo o documento, Marco Antonio Augustinelli é funcionário da concessionária Nova, da qual o presidente corintiano é um dos sócios-proprietários.

“Não se pode garantir a isenção e independência desse conselheiro fiscal, na medida em que vinculado ao presidente… mantendo com ele relação empregatícia e em clara posição comprometedora de sua atuação e fiscalização, até porque subalterno ao fiscalizado”, aponta o documento, que na sequência frisa a condição. “Como se exigir independência necessária deste membro do Conselho Fiscal quando na realidade é ele empregado da pessoa a ser fiscalizada?”

“Importante lembrar, ainda, que o Estatuto de nosso clube estabelece que o membro do Conselho Fiscal tem a obrigatoriedade de verificar os balancetes mensais, verificar a escrituração, analisar a proposta orçamentária, fiscalizar a correção dos trabalhos contábeis, apontar as irregularidades, etc”, argumentam os conselheiros que assinam a carta.

O documento lembra que tal situação vai contra as regras do Profut, programa de saneamento fiscal ao qual o Corinthians aderiu, e que coloca em risco a participação do clube do Parque São Jorge no programa.

Ele aponta que “a lei do Profut estabelece a obrigatoriedade da existência e autonomia do conselho fiscal”.

“O Conselho Fiscal, que nem criou regimento ainda,  foi omisso ao esconder que exigências do Profut não estão sendo cumpridas, o que pode levar à desfiliação do Corinthians do programa. Denunciar erros administrativos ou violações da lei ou estatuto é uma das obrigações do conselho”, disparou o conselheiro Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de segurança, que assina o documento ao lado de outros nomes expressivos no clube, como o ex-presidente do Cori Alexandre Husni, e juristas como Thales de Oliveira [promotor] e Leandro Jorge Cano [juiz].

No documento, porém, não é apontada qualquer forma de desvio de conduta de Augustinelli, apenas a suspeição por causa da relação empregatícia com o presidente.

Membros do conselho disseram que Augustinelli já teria sido substituído, pois o conselho teria se antecipado à reclamação oficial, mas a informação não foi confirmada pelo Corinthians.

Em nota, o Corinthians respondeu que “O Sport Club Corinthians Paulista através de seu presidente, Roberto de Andrade, informa que todos os membros do conselho fiscal do clube foram eleitos, e não colocados pela diretoria. Márcio Antônio Augustinelli está de licença de suas atividades para que a comissão de ética dê um parecer para o conselho deliberativo do clube votar. O outro membro, Jonas Rabelo dos Santos, [que seria funcionário de um dos vice-presidentes] deixou o conselho fiscal”.


Carlinhos vira herói da Copinha, mas clube espera dinheiro do Corinthians
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Eduardo Ohata

O atacante Carlinhos foi artilheiro do Corinthians na Copa São Paulo de juniores, já se fala de oportunidade na equipe principal, mas cartolas do Novorizontino, time que revelou o jogador, reclamam que o clube do Parque São Jorge ainda não deu um centavo por ele.

“O Corinthians ainda não pagou nem um real por ele”, resume Marcelo Barbarotti, diretor de futebol do Novorizontino. “Fizemos um contrato, a coisa não funcionou, depois fizemos um adiantamento, mas até agora nada de pagamento. Estávamos até pensando em aproveitar o Carlinhos no Campeonato Paulista, mas esperamos por uma solução boa para os dois clubes.”

O Corinthians adquiriu junto ao Novorizontino 50% dos direitos federativos do jogador, com a opção de compra de mais 20% até dezembro de 2018. O restante permaneceria com o clube do interior.

O cartola reclama justamente do não-pagamento das parcelas referentes aos primeiros 50%.

“Agora [a qualidade do jogador] ficou evidente depois da participação dele na Copinha”, argumenta Barbarotti. “Espero que agora o Corinthians nos procure e acerte para mantermos nosso bom relacionamento.”

Carlinhos foi decisivo na vitória desta quarta-feira sobre o Batatais, que deu o título ao Corinthians, ao marcar o primeiro gol da partida.

Procurado pelo blog, o Corinthians informou que verificará a situação tão logo possível nesta quinta-feira.


Globo é atendida e exibirá jogos do Palmeiras e Flamengo na Libertadores
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Eduardo Ohata

A Globo recebeu a confirmação de que poderá transmitir todos os jogos de Palmeiras e Flamengo na fase de grupos da Libertadores deste ano, o blog apurou.

A emissora havia feito o pedido junto à organização da competição e aguardava a resposta, que foi positiva.

Nesta fase, as equipes tem seis jogos cada.

Tradicionalmente, a Globo aposta no Corinthians, mas sem o time do Parque São Jorge ou São Paulo na competição, o canal optou por prestigiar o clube campeão brasileiro.

Curiosamente, todas as suas partidas foram alocadas pela organização do torneio para quartas-feiras.

Na TV fechada, SporTV e Fox Sports repartirão as partidas da Libertadores e da Copa do Brasil, conforme o blog antecipou.

As partidas do Palmeiras na fase de grupos estão marcadas para acontecer nos dias 8/3, 15/3, 12/4, 26/4, 3/5 e 24/5.

Os jogos já listados do Santos estão previstos para terças ou quintas-feiras, dias em que tradicionalmente não há transmissão na TV aberta, com exceção apenas de uma (19/4).

Nem os jogos do Corinthians no Paulista colocam em risco a transmissão das partidas do Palmeiras, pelo menos na primeira fase do Estadual.

A equipe do Parque São Jorge não tem jogos marcados para as mesmas datas das partidas do Palmeiras.

Os jogos do Flamengo pela fase de grupos da Libertadores acontecem também exclusivamente às quartas-feiras: 8/3, 15/3, 12/4, 26/4, 3/5 e 17/5.


Globo aposta em partidas do Palmeiras e Flamengo na Libertadores de 2017
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Eduardo Ohata

A Globo requisitou à organização da Libertadores a transmissão de todos os jogos de Palmeiras e Flamengo na fase de grupos da Libertadores deste ano, o blog apurou. Nesta fase, as equipes tem seis jogos cada.

A aposta no Palmeiras, para a praça de São Paulo, se justifica pelo fato de o clube ter sido campeão brasileiro, pela ausência de São Paulo e Corinthians, tradicional destaque das transmissões. Curiosamente, todos os seus jogos na fase foram alocados para quartas-feiras.

As partidas estão previstas para acontecer nos dias 8/3, 15/3, 12/4, 26/4, 3/5 e 24/5.

Os jogos já listados do Santos foram marcados para terças ou quintas-feiras, com exceção apenas de uma (19/4).

Tampouco há a possibilidade de a Globo exibir no lugar dos jogos do Palmeiras partidas do Corinthians no Paulista, ao menos na primeira fase do Estadual. A equipe do Parque São Jorge não tem jogos marcados para as mesmas datas das partidas do Palmeiras.

Os jogos do Flamengo pela fase de grupos da Libertadores acontecem também exclusivamente às quartas-feiras: 8/3, 15/3, 12/4, 26/4, 3/5 e 17/5.


Clubes e autoridades estudam torcida única para além de clássicos paulistas
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Eduardo Ohata

Presidentes e representantes de clubes e autoridades estudam estender a prática da torcida única para além dos clássicos paulistas.

A ideia foi lançada na última quarta-feira em reunião com presidentes de Palmeiras e São Paulo, representantes de Corinthians e Santos, Federação Paulista de Futebol, autoridades policiais (PM, choque, polícia civil) e Ministério Público, presidida pelo secretário de segurança do Estado, Mágino Alves Barbosa Filho.

Assim, jogos com histórico de violência e alto risco envolvendo um time paulista e um visitante, como por exemplo, Corinthians e Vasco ou Palmeiras e Flamengo, correm o risco de ter as portas abertas apenas para a torcida do clube mandante. Não houve objeções à ideia durante o encontro.

O promotor Paulo Castilho, que participou da reunião, aponta para números para defender a eficiência do conceito de torcida única.

“De 2015 para 2016, houve aumento de público em clássicos de torcida única, de 290 mil para 360 mil pessoas”, diz Castilho. “Houve 11% a mais de mulheres e crianças nessas partidas.”

Na média geral, na comparação entre 2015 e 2016, houve uma redução de 250 PMs por jogos, o que é creditado aos jogos de torcida única, por Castilho.

Entre outros números ligados à segurança, foram expedidos em 2016 pelo juizado de torcedores 97 mandados de prisão, além de cerca de uma centena de mandados de busca e apreensão, quebras de sigilos e escutas telefônicas no Estado relacionados a torcedores. Entre 180 e 200 t0rcedores foram denunciados e processados e mais ou menos 400 foram afastados dos estádios no ano.

Outra iniciativa cuja extensão é estudada é a do cordão de isolamento externo que acontece na Allianz Parque e que também ocorreu na Copa, na Arena Corinthians, nos dias de jogos. Ela poderá ser levada também ao Morumbi, Pacaembu e Arena Corinthians por conta de sua eficiência na prevenção a roubos e outros incidentes.