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Ex-Big Brother Brasil comentará Paraolimpíada para a Globo; confira quem é
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Eduardo Ohata

Ex-modelo que participou da segunda edição do reality show em 2002, Fernando Fernandes comentará o programa diário que será exibido pela Globo no fim de noite com os destaques do dia durante a Paraolimpíada Rio-2016.

O programa, em formato de boletim diário e cuja edição inaugural irá ao ar dia 8, irá ao ar logo depois do Jornal da Globo. A apresentadora será Cristiane Dias.

Após sofrer um acidente automobilístico em 2009, Fernandes ficou paraplégico e começou se dedicar à paracanoagem. Tetracampeão mundial, Fernandes tentou classificação para a Paraolimpíada na categoria de caiaque KL1, mas foi superado por Luis Carlos Cardoso.

A cobertura dos eventos ligados à Paraolimpíada do Rio pela Globo terá início na quarta-feira, com a exibição de um compacto da cerimônia de abertura logo após o futebol.

Assim com aconteceu durante a Olimpíada, equipes de reportagens estarão a postos para entrar no ar em flashes gravados em momentos de destaque para atletas brasileiros. O Time de Ouro, equipe de comentaristas cujo grande destaque na Rio-2016 foi Guga, fará participações especiais, incentivando nossos atletas paralímpicos.

Pelo GloboPlay, o usuário poderá rever as matérias especiais e os programas diários com os principais momentos da competição.

O SporTV manteve seu quarto canal, o canal SporTV 4, e o app SporTV Rio 2016, baixado por mais de 1,1 milhão de pessoas durante a Olimpíada, para ajudar na vazão da cobertura da Paraolimpíada. A previsão é de que o canal por assinatura transmita mais de 150 horas de eventos paralímpicos.

 


Globo mantém Brasileirão aos domingos durante Rio-16 e fará flash olímpico
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Eduardo Ohata

A Globo manterá as transmissões dominicais das partidas do Brasileiro durante o período da Olimpíada do Rio-2016. Não haverá jogos de quarta-feira do Nacional durante os Jogos Olímpicos.

Durante as transmissões do Brasileiro, a Globo prepara sua equipe para entradas ao vivo, a qualquer momento, sempre que houver um acontecimento de relevância relacionado à Olimpíada, como provas, pódios brasileiros ou um eventual ouro brasileiro.

Informações sobre a Rio-2016 não terão que “esperar” o intervalo ou a conclusão da partida do Brasileiro.

É a relevância do evento olímpico que ditará a forma como a informação será transmitida para o telespectador: O próprio narrador da partida poderá passar a informação ou, em caso de acontecimentos mais importantes, poderão ser usadas imagens e o apoio de um segundo narrador que estiver acompanhando “in loco” o evento da Rio-2016.

Durante a Olimpíada, não haverá os tradicionais jogos de quarta-feira do Brasileiro.

Originalmente, haveria entre dois e três jogos nas quartas-feiras durante a Rio-2016. Porém no momento da confecção da tabela, eles foram transferidos para outras datas.

A assessoria da CBF confirmou que a medida foi tomada justamente para que as partidas não “encavalassem” com eventos olímpicos, apesar de que a tendência é que a quantidade de jogos às quartas-feiras diminua a cada ano que passa.


Assinante ajudará a definir qual clube levará maior quinhão do pay-per-view
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Eduardo Ohata

Como resultado da disputa entre Globo (por meio do SporTV) e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, a Globosat já colocou em teste um novo critério para a divisão para os clubes de futebol da renda do pay-per-view dos jogos do Nacional. E é o assinante que ajudará a definir qual clube receberá o maior quinhão da venda de assinaturas do canal Premiere, este blog apurou.

A ideia é criar um banco de dados de assinantes do Premiere, com a informação de para qual time ele torce.

A divisão do “bolo” será proporcional à representatividade de cada clube. Ou seja, quem tiver mais torcedores entre os assinantes do Premiere, receberá mais dinheiro, e assim sucessivamente.

O levantamento usará como ferramenta de autenticação o cadastro do Premiere Play (aplicativo por meio do qual o assinante assiste a programação do Premiere no tablet, computador e celular). Para fazer o cadastro é pedida senha e login, disponibilizados individualmente pelas operadoras aos assinantes. Desta forma, somente o titular da assinatura do pay-per-view poderá participar.

Popularidade não garantirá maior renda para os clubes, mas sim o número de torcedores que pagam a assinatura do pay-per-view.

O objetivo inicial é que esse levantamento possa identificar o time de 80% da base de assinantes, e dividir essa informação com os presidentes dos clubes durante a reunião anual para aprovação (ou não) dessa metodologia. Em um primeiro momento, esses resultados serão utilizados de forma meramente ilustrativa, não interferindo na divisão da receita entre os clubes em 2016.

Caso haja consenso entre os clubes, será iniciada negociação para que esses dados sejam usados no cálculo da divisão do repasse, possivelmente a partir de 2018.

O Premiere está comunicando, durante as transmissões dos jogos ao vivo, por meio de chamadas dos narradores e insert animado, e informando o endereço do hotsite onde o assinante poderá indicar o clube para o qual torce (www.premiere.tv.br/seutime)

Atualmente, a divisão do repasse da receita do pay-per-view aos clubes é feita com base em duas pesquisas, realizadas anualmente pelo Ibope e Datafolha, com base em amostragens. Essa metodologia já causou muitos questionamentos da parte de dirigentes.

Cartolas aproveitaram a disputa entre Esporte Interativo e Globosat pelos direitos do Brasileirão na TV fechada para apresentar um pacote de reivindicações, entre elas uma forma mais precisa para medir a audiência e a divisão de receitas do pay-per-view.

 


Por que julho já é o mês mais importante para o MMA brasileiro
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Eduardo Ohata

O MMA no Brasil precisa de um “puxador de audiência”. Por isso, desde essa madrugada, com a perda do título de Rafael dos Anjos, julho já é um mês decisivo para o MMA brasileiro. Com a derrota do brasileiro para Eddie Alvarez, o Brasil ficou sem nenhum cinturão do UFC. Mas até o dia 30, quatro outros brasileiros disputarão cinturões no UFC.

Porém, mais importante até que essas disputas de título, será o retorno de Anderson “Spider” Silva ao octógono, no UFC 200, na madrugada deste domingo.

Não importa que o título do atual campeão dos meio-pesados Daniel Cormier não esteja em jogo e que a luta esteja prevista para apenas três assatos, uma vitória do “Spider” fará maravilhas pelo status da modalidade no Brasil.

Quão importante é um Spider no topo do esporte?

Ao ser questionado sobre o MMA na TV durante congresso da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), na semana passada, o diretor de direitos esportivos da Globo e Globosat, Pedro Garcia, começou falando animado sobre a modalidade, mas terminou com um “mas o Anderson Silva acabou perdendo…”

O recado estava dado. Anderson é um produto único, capaz de unir as vitórias dentro do octógono e, fora dele, o carisma. Quem poderia ser um melhor “puxador de audiência” do que o “Spider”? Se vencer Cormier, se posiciona para uma revanche com o título em jogo, ou, (alguém duvida?), ganhará a oportunidade de recuperar o cinturão dos médios.

Na eventual derrota do “Spider”, que contra Cormier será o azarão, qual seria o próximo melhor cenário?

Claro, quatro brasileiros campeões do UFC simultaneamente, igualando o melhor momento do Brasil dentro da promoção.

A este blog, um executivo do UFC confidenciou ter ouvido muito por aqui que “brasileiro não gosta de esporte, brasileiro gosta é de brasileiro campeão e vencedor”.

De certa forma, foi o que se observou na época de Ayrton Senna e Guga, por exemplo.

Claro, há exceções, como o falastrão Conor McGregor, que apesar de não ser brasileiro registra bons índices de audiência. Mas, novamente, lutadores como o irlandês ou Ronda Rousey são as exceções.

Agora, imagine o efeito de quatro brasileiros campeões do UFC E uma vitória do “Spider” sobre um campeão do UFC?

“Sem dúvida, [julho] é um mês decisivo. O primeiro semestre dos brasileiros deixou a desejar, o canal sofre com isso, são coisas que não podemos controlar”, explica Daniel Quiroga, gerente de negócios do canal Combate. “Estamos otimistas com o segundo semestre, especialmente com o mês de julho.”

E, não, o sucesso dos brasileiros não serviria apenas para alavancar as vendas do canal e garantir bons números até o fim de 2016.

Por exemplo, a nova estrutura do contrato da Globo com o UFC prevê que o canal promova durante sua programação eventos sem transmissão na TV aberta. Mais campeões significa mais exposição. Além disso, um número maior de brasileiros campeões possivelmente abriria oportunidades para uma maior quantidade de eventos no Brasil.

Além da luta de Rafael dos Anjos e o retorno de Anderson Silva, José Aldo, Claudia Gadelha, Amanda Nunes e Wilson Reis disputam cinturões frente Frankie Edgar (UFC 200), Joanna Jedrzejczyk (TUF Finale, hoje), Miesha Tate (UFC 200) e Demetrius Johnson (UFC 201, 30 de julho), respectivamente.


Futebol ditará quantos esportes SporTV exibirá simultaneamente na Rio-2016
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Eduardo Ohata

O SporTV, braço de TV por assinatura da Globo, terá até 16 canais para transmitir competições olímpicas durante a Rio-2016. Porém, por questões técnicas, dividirão o mesmo espaço (frequências) hoje ocupadas pelos canais do Premiere, pay-per-view de futebol.

Ou seja, quando houver jogos do Brasileiro no Premiere, já que o Nacional prosseguirá durante a Olimpíada, menos canais estarão disponíveis para a transmissão das competições e eventos olímpicos. A Olimpíada acontece entre 5 e 21 de agosto.

Por exemplo, durante a 19ª rodada do Brasileiro, na qual há pelo menos quatro jogos no dia 7, um domingo, que começam às 16h ou 16h15, a grade olímpica terá que “devolver” nesse período quatro canais para o Premiere. Ou seja, de 16 canais transmitindo ao vivo eventos olímpicos, esse número baixará para 12 canais durante esse período.

Os 16 canais SporTV terão forçosamente que dividir as frequências com o Premiere porque as operadoras de TV por assinatura têm um número finito de frequências para usar.

Por isso mesmo elas não podem adicionar canais às suas grades a seu bel-prazer. Se uma operadora começa a colocar no ar uma quantidade de canais acima de sua capacidade a qualidade do sinal piora.

A Globosat argumenta que não haverá prejuízo algum para o telespectador, já que os destaques da Olimpíada serão transmitidos sempre nos canais SporTV de 1 a 3.

O rodízio com os canais do Premiere também levantaram outra preocupação: Como eles têm numeração muito superior aos três canais SporTV (outra questão discutida no momento com as operadoras), como o telespectador faria para localizá-los?

Assim, excepcionalmente durante a Rio-2016, entrará no ar o canal SporTV 4, que será um mosaico com tudo o que estará sendo exibido nos outros canais para orientar o assinante na hora de procurar pela modalidade que ele quiser acompanhar. Na grade, ele ficará “colado” nos três canais SporTV tradicionais.

Para minimizar o impacto do futebol na cobertura olímpica, a Globosat estuda suspender a exibição durante o período da Olimpíada de programas dos clubes, como o “Vai, Corinthians”, “São Paulinos”, “Universo Santástico” e “Palmeiras na TV”, o que abriria espaço para mais exibição ininterrupta dos eventos olímpicos.

 

 


Após dar adeus ao Brasileirão, Band se despede da Champions e Mundiais Fifa
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Eduardo Ohata

Cristiano Ronaldo marca e garante titulo do Real da Champions esse ano. Essa deve ter sido a última Champions da Band (Crédito: Stefan Wermuth Livepic/Reuters)

Cristiano Ronaldo marca e garante titulo do Real da Champions esse ano. Essa deve ter sido a última Champions da Band (Crédito: Stefan Wermuth Livepic/Reuters)

Após abrir mão do Brasileirão, representante da Band informou a Globo que não há interesse em renovar os acordos de licenciamento para a TV aberta da Champions e de Mundiais da Fifa, como sub-20, sub-17 e feminino.

Como consequência, a Globo fica liberada para buscar no mercado outros parceiros para essas competições, como já vinha acontecendo no caso do Campeonato Brasileiro. Globo e Band foram parceiras por dez temporadas pelo Brasileiro.

A Band, porém, mantém os acordos com a Globo para transmitir na TV aberta a Euro-2016 e a Olimpíada do Rio-2016.

Quando o licenciamento do Brasileiro foi encerrado, em nota conjunta, Band e Globo justificaram, em comunicado conjunto, que “o agravamento da crise econômica impediu a Band de prosseguir com esse licenciamento, a partir da temporada 2016”.

Novamente, no caso da Champions e dos Mundiais, o motivo seria o mesmo.

No caso do Brasileiro, a Globo corre atrás de um parceiro que possa arcar com parte dos custos do Nacional, que não se limitam apenas aos gastos com os direitos de transmissão. Há volumosas despesas com a parte operacional também.

Procurada pelo blog, oficialmente, a Band informou que “a negociação em torno dos eventos esportivos citados ainda não ocorreu”.

A Globo, por meio de nota oficial, informou que “até o momento, o licenciamento interrompido foi para o Brasileirão. Os outros eventos esportivos ainda não estão formalizados”.

VEJA TAMBÉM:

Por que a Globo precisa de um concorrente para transmitir futebol no Brasil

Cade estende investigação sobre Globo no Brasileiro à parceria com a Band


Clubes fechados com a Globo até 2020 estendem vínculo por mais quatro anos
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Eduardo Ohata

O vínculo da Globo com os sete clubes que haviam fechado com ela contrato para a transmissão do Brasileirão na TV fechada até 2020 foi estendido por mais quatro anos, até 2024. Ou seja, agora todos os times que renovaram com a Globosat têm contrato até 2024.

Os clubes, cujos contratos foram estendido em diferentes momentos, são Corinthians, Vasco, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Sport e Vitória, que reformulou seu contrato nesta segunda-feira (30).

O novo modelo prevê o novo rateio entre os clubes na proporção de 40% (a ser dividido equitativamente entre os times), 30% (baseado em resultado em campo) e 30% (de acordo com a audiência do time) a partir de 2019.

O Sportv, braço na TV fechada da Globosat, enfrenta a concorrência do Esporte Interativo pelo Brasileiro de 2019 a 2024.

Para transmitir uma partida de futebol, os dois times têm que estar fechados com o mesmo canal. As partidas nas quais uma equipe fechou com uma emissora e a outra com outro canal, não serão transmitidos na TV fechada, conforme manda a legislação brasileira. Ou seja, a transmissão não é definida pelo mando de campo.

O Esporte Interativo também busca fechar contratos com os clubes até 2024.

Há situações, porém, em que isso não é possível, como o caso do Internacional.

“O Internacional fechou com a Turner só até 2020 porque o estatuto proíbe que um presidente feche acordos comerciais cuja abrangência extrapole em mais de quatro anos o fim de seu mandato”, argumenta Marcelo Feijó de Medeiros, ex-vice de futebol do clube. “Exceções podem ser permitidas se forem aprovadas pelo conselho deliberativo, o que não aconteceu.”

A Globosat fechou com pelo menos 17 clubes: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem pelo menos 13 equipes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta e Sampaio Corrêa.

Globosat e Esporte Interativo afirmam ter assinado com Santa Cruz e Figueirense e seus respectivos casos podem ser decididos na Justiça.

O único clube grande que ainda não fechou com nenhuma das emissoras é o Palmeiras.

 

 


Palmeiras endurece jogo com Globo e EI pelos direitos do Brasileirão
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Eduardo Ohata

Executivos da Globo/Globosat chegaram ao limite do que poderiam oferecer em termos financeiros ao Palmeiras pelos direitos do Brasileiro entre o período 2019/24, e inclusive informaram o clube da situação, este blog apurou.

O Palmeiras é o último dos grandes clubes a permanecer um “agente livre”, ou seja, não assinou com Globo e tampouco com o o canal fechado Esporte Interativo, rival do SporTV pelos direitos do Nacional no período 2019/24.

A negociação é de extrema importância porque para que um canal transmita um jogo, é necessário que os dois times estejam fechados com ele. Ou seja, o que decide qual canal que irá exibir a partida não é o mando de campo. E partidas em que uma equipe fechou com um canal e o rival com outra emissora não terão transmissão na TV fechada.

Na reunião de ontem à noite do Conselho Deliberativo do Palmeiras, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou que seu objetivo é diminuir a distância entre seu clube e Corinthians e Flamengo, em termos de valores de TV. Explicou que ainda há distância, mas que ela diminuiu em relação ao início das negociações e ressaltou, uma vez mais, que a negociação com a Globo continua, por ser um parceiro importante.

Nobre, definido por executivos que negociam com ele como um “gentleman”, argumenta na mesa de negociação que não tem pressa em fechar negócio com Globo ou Esporte Interativo. Os dois motivos: o clube não tem dívidas no mercado, já que grande parte das contas do clube foram consolidadas pelo próprio Nobre, e porque o clube conta com o patrocínio da Crefisa.

Apesar do impasse, a Globo/Globosat não fechou as portas para novas rodadas de negociações com o Palmeiras, e vice-versa.

Porém, os dois lados alertam que as últimas condições apresentadas de ambos os lados podem não ser as mesmas quando as negociações forem retomadas.

A posição da Globo deixou o rival Esporte Interativo com a faca e o queijo na mão.

O fundador do Esporte Interativo, Edgar Diniz, segundo fontes com trânsito com o executivo, teria tentado fechar o acordo com o Palmeiras antes do evento que anunciou que o canal havia fechado com 14 clubes, no mês passado. Mas tampouco conseguiu contemplar o cardápio de exigências do clube alviverde, e posteriormente deixou a emissora da Turner.

No caso de Palmeiras e Esporte Interativo, também as portas estão abertas de ambos os lados para o prosseguimento da negociação.

Nos corredores do Allianz Parque e de emissora que participa da negociação, já passa a ser cogitado um cenário no qual a assinatura do contrato do Palmeiras pelo Brasileirão aconteça somente próximo ao final do ano.

 


Andres diz se arrepender de Itaquera na Copa e ainda pensa comandar a CBF
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Eduardo Ohata

Andres_Sanchez
Se fosse tomar a decisão novamente hoje, Andrés Sanchez é categórico: Não faria, em hipótese alguma, um estádio dentro dos padrões Fifa para receber jogos da Copa do Mundo.

Preocupa o ex-presidente corintiano as dificuldades para negociar ativos ligados ao estádio, fazer a conta da arena de Itaquera fechar, impasses ligados à construtora Odebrecht e ter visto a Prefeitura não cumprir promessas que vinham da gestão de Gilberto Kassab. “Fazer um estádio para a Copa? Jamais!”, protesta Andres. “Quem exigiu isso foram o governo do Estado e a Prefeitura, e o Corinthians teve que pagar uma conta que lá no início estava acertado que seria da Prefeitura.”

O cartola também reclama que se o acidente da semana passada no Morumbi que feriu torcedores tivesse acontecido na Arena Corinthians, “eu estava preso a uma hora dessas, todo mundo no Corinthians estava preso”. [Nota do blog: No episódio em que dois operários morreram após acidente com guindaste, no período ainda de construção da arena, o Ministério Público indiciou como réus engenheiros da Odebrecht e da Locar, empresa sublicenciada pela construtora para a operação de guindastes].

Andrés recebeu o blog em seu escritório na Arena Corinthians, onde dá expediente quando não está em Brasília desempenhando a função de deputado federal (PT). Foi lá que respondeu as perguntas do blog.

Blog do Ohata: Como está a situação dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) e das contas referentes à Arena Corinthians?

Andres Sanchez: O valor dos CIDs hoje é de aproximadamente R$ 490 milhões, valorizaram em relação ao valor original de R$ 400 milhões. Mas como houve questionamento do Ministério Público [Procurada para se manifestar, a Prefeitura não se manifestou até a publicação deste texto], que nós ganhamos em primeira instância, gerou dúvidas [no mercado]. Já vendemos 26 milhões [em CIDs], tá vendendo. Mas na crise econômica que nós estamos hoje…

O estádio ficou em R$ 1,2 bilhão. O custo da obra do estádio foi de R$ 985 milhões, mas há a diferença dos juros de financiamentos.  Foram  R$ 90 milhões de overlay [estruturas provisórias utilizadas na Copa do Mundo] e mais R$ 80 milhões de juros porque o financiamento atrasou em dois anos. No caso do overlay, tinha sido combinado com o [então prefeito Gilberto] Kassab que a Prefeitura iria atrás de patrocinadores para pagar os R$ 130 milhões de overlay. Mudou o governo, e o Corinthians arcou com os R$ 90 milhões de overlay.

Falta um valor em obras que a Odebrecht precisa completar. Ela já admitiu que é de pelo menos R$ 50 milhões, e já começou uma auditoria que levará de 60 a 90 dias para calcular de [se é R$ 50 milhões ou mais].

Agora, dos R$ 1,2 bilhões, tira R$ 480 milhões dos CIDs, R$ 50 milhões da Odebrecht, R$ 300 milhões de naming rights. Fica faltando para pagar R$ 370 milhões de dívida. [Acenando afirmativamente com a cabeça] Dá ou não para pagar em 12 anos?

Vai ficar mais funcional e atrativo depois que a Odebrecht concluir os detalhes de acabamento que estão faltando?

[Dando de ombros] Isso influi pouco. O problema do estádio é que os camarotes e as cadeiras não estão vendendo como a gente imaginava, pelo problema econômico de um ano e meio para cá. Falta vender 70% dos camarotes e 65% das cadeiras. O camarote mais barato custa por ano entre R$ 280 mil e R$ 350 mil, dependendo da localização do que tem. A cadeira mais barata é R$ 3.800/ano.

Vocês fecharam acordo de “naming rights” com o Banco Original?

Não é verdade. A gente está para fechar com um fundo a qualquer momento, está bem adiantado.

Mas inúmeras vezes no passado foi anunciado que o “naming rights” estava praticamente fechado…

[Interrompendo] Tudo mentira. Para fechar está há dois anos e meio. Mas não é eu querer fechar, mas alguém comprar. Negociamos com cinco grupos ou empresas, mas desta vez é que está 90% fechado. Essas informações de que toda hora de que está para fechar atrapalha, e muito. Nunca negociei com Bradesco, Petrobras… Além das empresas não gostarem quando os nomes delas são publicados, atrapalha a negociação com quem estamos falando.

Quanto o Corinthians pede de “naming rights”?

Um valor razoável. Nunca pedimos R$ 400 milhões, é a mídia que põe isso. Eu quero R$ 1 bilhão, alguém paga? Da mesma forma, já ofereceram R$ 100 milhões e não aceitamos. Podemos fechar por R$ 300 milhões, R$ 400 milhões, R$ 500 milhões. A base é pelo Palmeiras [valor pago pelo Allianz Parque]: R$ 300 milhões, um pouco menos ou um pouco acima.

Atrapalhou o fato de há um tempo ter saído publicado que a Arena Corinthians estaria sendo investigada [na operação Lava Jato]…

[Interrompendo novamente] Lógico que atrapalha, mas não tem nada a ver. Essa é uma empresa privada, que contratou a preço fechado outra empresa fechada, que fez os contratos. É público, está na CVM [Comissão de Valores Mobiliários]. Atrapalha muito, mas o estádio não está sob investigação. Pelo menos que a gente saiba.

Você acredita que o André Negão deva ser afastado da vice-presidência do Corinthians?

Isso não tem nada a ver com o estádio. O André nem era diretor do Corinthians na época. Isso a gente vai ver com o tempo o que é. Ele tem que ser mantido [na diretoria], não tá condenado a nada, não tem processo nenhum. Não é porque você tem processo que você é criminoso. Se todo mundo que estivesse enfrentando processo tivesse que ser afastado…

Vê um componente político nessas notícias que ligam o estádio à Lava Jato? Todos sabem que você e o ex-presidente Lula são bastante próximos.

Corinthians dá mídia, e onde dá mídia, dá problema. A mídia é para o bem e para o mal.

Mas essa troca de governo pode intensificar uma campanha sobre a Arena Corinthians?

Não acredito. Aqui no Corinthians pode olhar tudo. Não tem problema nenhum, tá tudo aberto. Tá tudo na CVM, já falei, tem auditoria e agora vamos fazer outra auditoria independente.

Mas acredita em perseguição?

Não, não acredito, não.

Você se arrepende de todo o esforço para levantar o estádio?

Me arrependo por causa de uns corintianos que trabalham contra.

Quis dizer por conta das dificuldades em viabilizar financeiramente o estádio, notícias de investigação etc.

Se não fosse para a Copa do Mundo, teria sido muito mais simples, e teria tido muito menos custo para o Corinthians. Mas o Corinthians atendeu um pedido da Prefeitura e do governo do Estado. Uma exigência, aliás.

Se pedissem para fazer de novo, você ergueria uma arena para a Copa do Mundo?

Não, jamais. Para a Copa do Mundo? [Enfático] Jamais. Se não fosse para a Copa, já tava tudo pago.

Você está tem respaldo da parte do governo do Estado e da Prefeitura?

Do governo do Estado, um pouco mais, da Prefeitura, não. Os CIDs atrasaram, a Prefeitura não ajuda, o Corinthians teve que arcar com 90 milhões do overlay, que no começo seria da Prefeitura. Hoje eu faria um estádio mais simples, mais humilde, para 40 mil pessoas, com outro tipo de acabamento, que custaria, no máximo, R$ 350 milhões, 380 milhões, que era o projeto inicial. Mesmo assim, o estádio mais barato do Brasil [por metro quadrado] é o do Corinthians. O metro quadrado custa R$ 5.185. Mas veja o acabamento que tem no Corinthians e o que tem nos outros.

Você acha que o governo Temer terá a mesma preocupação com o esporte do que o governo Dilma?

Espero que tenha muito mais. O Lula teve uma percepção um pouco melhor do esporte, que educação e esporte tem que andar junto. Infelizmente, a Dilma deixou um pouco de lado, e agora acabou saindo. Espero que o Temer entenda isso.

Teme que o novo governo corte o patrocínio da Caixa Econômica Federal aos clubes de futebol?

Não acho que isso é se preocupar com o esporte. O governo tem que ter outros incentivos, outros fomentos para o futebol. Não simplesmente patrocínio. O governo tem que se preocupar muito com o esporte e com a educação junto, se preocupar com a base, começar lá na escola.

O que espera desse governo no esporte?

Tem que esperar para ver.

Você no dia da votação do impeachment falou que só aceitou ser candidato a deputado federal por causa de pessoas próximas, mas que estava arrependido.

A família não queria e muitos corintianos também não. E eles tinham razão, estou decepcionado com a política. Porque acho que não anda, há uma burocracia enorme, um jogo de interesses pessoais muito forte, que deixa a política e o povo em segundo plano.

Teve algum projeto que não conseguiu emplacar?

Lógico, você aprovar  um projeto lá leva de 2 a 10 anos.

Cite algo que o deixou chateado.

O Profut [MP do Futebol, também conhecido como Programa de Modernização do Futebol Brasileiro].

Mas o Profut foi aprovado.

Era para ser muito melhor. Por exemplo, não sou obrigado a ter time feminino profissional. [Na versão original] Eu era obrigado a ter time de base feminino, que é muito mais importante que ter time profissional. Tem time pequenos no Brasil que não podem entrar no Profut, não tem como pagar. Então o time que fatura até R$ 10 milhões por ano, teria que poder pagar por arrecadação e não pelo valor fixo.

Vc não deve se candidatar novamente a deputado federal.

Dificilmente. Não vou falar nunca mais por quê…

O que achou da atitude do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello? Ele tinha uma postura de não-conformidade com a CBF, se empenhou na Primeira Liga, mas aceitou ser chefe de delegação da seleção.

Espero que não se perca no meio do caminho. É uma grande pessoa. Ele lá não é o Bandeira de Mello, é o presidente do Flamengo.

Mas você aceitaria ser chefe de delegação?

Com o [presidente da CBF] Marco Polo Del Nero lá? Não.

Acha que há união para formar uma liga?

Acho que esse negócio de liga já está desgastado a começar pelo próprio nome. Acho que os clubes que tem ter mais independência para fazer seus campeonatos, em relação a seus patrocínios, perante as federações e à CBF. Mas tá melhorando, tá melhorando.

Voltaria para a CBF?

Tenho que ver um projeto legal, não posso deixar de ajudar o futebol brasileiro. Se achar eu importante, e se tiver na minha capacidade e disponibilidade, sem problema. Trabalhar com o Marco seria difícil. Teríamos que conversar muitas coisas antes.

Pensa em se candidatar à CBF?

Pensar, eu penso. Mas não tenho isso como objetivo de vida. Se eu tiver oportunidade, perfeito. [Na próxima eleição] se os presidentes de clube e de federações acharem legal, eu vou. Senão, não. Não tenho isso como objetivo de vida.

Tem conversado com os clubes?

Com todos os clubes. A gente fala bastante. Eles estão cientes, tanto que aumentaram as cotas da libertadores. Os clubes têm que vender o nome do campeonato, publicidade do campeonato. Os clubes têm que estar mais inseridos.

Você é um nome forte.

Que querem destruir.

Quem?

Você não vê as politicagem? Tudo que sai do Corinthians põem meu nome, e faz 5 anos que não sou presidente.

E voltar à presidência no Corinthians? Pensa nisso?

Muito difícil. Estou muito decepcionado com muitas pessoas do meio. Alguns corintianos de renome, que nunca fizeram nada pelo clube. É um desgaste muito grande, pessoal e familiar.

Você se considera um dos responsáveis pela implosão do Clube dos 13?

Totalmente. Era um cartório e uma despesa muito grande mensal para os clubes estarem passando fome.

Mas agora está uma bagunça a negociação do Brasileiro entre clubes, Globo e Esporte Interativo.

Bagunça? Aquele que achar a melhor proposta, fecha. Não tem bagunça nenhuma. Concorrência é sadia. Com o C13 nunca teve proposta de terceiros. Faria de novo [implodir o C13], se fosse aquele mesmo sistema, com certeza.

Você teria contratado o Pato?

Olha, não vou falar se teria contratado ou deixado de contratar. É um grande jogador, um grande nome, se foi caro ou barato era o presidente da época que tinha que decidir. Agora, é obvio que tecnicamente foi um fiasco.

Na época você contrataria?

Não… Quer dizer, não sei, na época todo mundo queria que eu contratasse.

Você até falou que ele deveria ir jogar no Bragantino.

Essa foi uma discussão que houve entre nós. Ele não disse que não ia mais jogar pelo Corinthians? Então ele que fosse jogar pelo Bragantino. Converso com ele, ele é meu amigo, só que tecnicamente, por mil motivos não deu certo. Como acontece com outros jogadores em vários clubes.

Como poderia ter evitado do desmanche do time por conta dos chineses?

Eu dou graças a Deus, tinha que levar mais [jogadores]. Hoje o poder financeiro fala mais alto que a paixão pela camisa ou o amor de viver na sua cidade.

Mas sem o desmanche o Corinthians teria ido melhor nas competições este ano, concorda?

Não sei. O Jadson foi mandado embora do São Paulo, e com o Mano era segundo reserva aqui no Corinthians. O Ralf não era tão titular. No caso do Gil, como vou prender um jogador de 30 anos, com uma proposta irrecusável de salário mensal? Se eu o segurasse, você acha que ele vai jogar? E quem garante que um dos que foram embora não ia se lesionar? Teve jogador que só jogou 4 meses bem no clube, outro que era reserva. Isso dos chineses virem, muitos clubes queriam que fosse nos deles, mas é que nós fomos campeões brasileiros e vieram atrás dos nossos.

Nós compramos só 50% do Renato Augusto do Werder Bremen (na verdade, Bayer Leverkusen), porque a gente não tinha dinheiro. Ele obrigou a colocar uma cláusula que se viesse uma proposta de 8 milhões, tínhamos que vendê-lo. O Vagner Love ninguém mais queria no Corintians, 100% dos direitos econômicos eram dele quando o contratamos. Queríamos uma multa de R$ 10 milhões, ele pediu que comprássemos parte de seus direitos econômicos para colocarmos a multa que quiséssemos. No fim, falou para por multa no valor do que iria receber durante o ano. Ele ganhou 6 meses, e nós ganhamos seis meses. Você está pensando como se todos os jogadores fossem um Neymar da vida.

Foi noticiado que o Tite foi almoçar na CBF, acha que ele funcionaria lá?

Ele é um grande treinador, talvez um dos maiores do país. Com certeza funcionaria. Time de futebol é uma coisa, e gestão [do Marco Polo Del Nero] é outra. Apesar que sou a favor de manter um mesmo treinador até completar o ciclo da Copa.

Você viu o que aconteceu com a arquibancada do Morumbi. Tem medo que aconteça algo igual aqui?

Não. [Enfático] Se fosse no Corinthians ia todo mundo preso. [Saí caminhando pelo estádio e aponta para um pedaço do acabamento no teto da Arena Corinthians do tipo que caiu em fevereiro, mas não atingiu ninguém]. Isso é gesso, quadrados de gesso, e foi aquele carnaval [na mídia]. Se tivesse acontecido aqui o que aconteceu no Morumbi, eu estava preso.

Não está exagerando?

[Contrariado] Tá… Preso, não. Mas ia estar tudo interditado, o Ministério Público estaria aqui, você ia estar aqui cobrindo [o acidente] até hoje. [No caso do Morumbi], dois dias depois, só saem notas pequenas sobre estado de saúde das vítimas.


Disputa entre Globo e EI permite que times ganhem sem jogar. Confira como
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Eduardo Ohata

Ganhar milhões sem suar a camisa, sem nem ao menos pisar no gramado. E nem será necessário acertar na loteria. Graças à disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, essa já é a realidade de pelo menos 12 clubes de futebol.

A conta é simples: Se o Brasileiro tem a participação de 20 clubes e, juntas, Globosat, via Sportv, e Esporte Interativo já assinaram com 31 clubes e certamente uma das duas fechará com o Palmeiras, único “grande” ainda livre no mercado, totalizando 32 clubes, 12 deles terão usufruído das milionárias luvas oferecidas pelas duas emissoras sem precisar suar a camisa.

Este blog apurou com as emissoras que negociam os direitos e com cartolas de clubes que já assinaram que não existe nenhuma cláusula que prevê algum tipo de devolução proporcional das luvas caso seu time não esteja na Série A a partir de 2019. Ou seja, se um time passar o período entre 2019 e 2024, duração dos contratos que estão sendo assinados, na Série B ou C, manterá o valor integral das luvas sem precisar entrar em campo uma vez sequer pela Série A.

As luvas pagas por Globosat e Esporte Interativo, que pertence ao grupo Turner, aos clubes não afetam sua participação na Série B.

“Esse foi um gasto, quer dizer, investimento, que os dois canais tiveram que fazer”, definiu ao blog Bernardo Ramalho, diretor do Esporte Interativo. “Resta agora aos canais fazer a conta para ver quantas vezes os times terão de jogar nesse período [2019-24] para ter valido a pena.”

A Globosat soma 14 times da Série A e 5 hoje na segunda divisão (Essa lista inclui o Santa Cruz, que também assinou com o Esporte Interativo, mas afirma se tratar apenas de um pré-contrato; a emissora afirma que se trata de um contrato).

Os times com os quais fechou são: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina, Santa Cruz e Figueirense. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem 6 clubes da Série A, 7 da Série B e 1 da terceira divisão do Brasileiro (Essa lista inclui o Santa Cruz): Santos, Inter, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Santa Cruz.