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Globo fecha com mais um e totaliza 18 clubes com quem renovou o Brasileirão
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com o Santa Cruz os direitos do Brasileiro de 2019 a 2024 e chegou a 18 clubes com os quais já acertou os direitos na TV fechada, este blog apurou com fonte que participou diretamente das negociações.

A Globosat enfrenta a concorrência do canal Esporte Interativo, integrante do grupo Turner, pelos direitos da competição. O canal chamou a atenção ao conquistar os direitos da Liga dos Campeões.

Além do time pernambucano, a Globo conta agora com Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás e Londrina.

O Esporte Interativo, segundo a própria emissora, acertou por enquanto com nove clubes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Sampaio Corrêa, Paysandu e Coritiba.

Ao ser questionado se já não deveriam estar na lista Paraná e Fortaleza, o que elevaria o número de clubes com o qual assinou para pelo menos 11, o canal manteve a informação de que foram nove as agremiações com quem fechou oficialmente.

Dos grandes clubes, apenas o Palmeiras ainda não assinou com nenhuma emissora.

Muitas partidas deixarão de ser transmitidas na TV fechada, já que para exibir um jogo, a emissora terá de ter ambos os times sob contrato.

 

 


Após morte, FPF costura acordo e jogadores entrarão juntos em clássico
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Eduardo Ohata

A morte de um homem, baleado durante um confronto entre torcedores de Corinthians e Palmeiras hoje pela manhã, motivou um acordo, costurado pela Federação Paulista de Futebol, por meio da qual jogadores de ambos os times entrarão juntos no gramado para o clássico de hoje, em um “pedido pela paz”. Tradicionalmente, cada equipe entra enfileirada, mas o protocolo será quebrado.

Além do confronto que culminou na morte de um homem, baleado, foram registradas hoje brigas em estações de transporte público, e nos últimos dias, organizadas invadiram CTs e apedrejaram ônibus.

A mensagem que os jogadores procurarão passar é clara: “Rivalidade é uma coisa, violência, outra”.


Em SP, 59% dos membros de organizadas reconhecem violência de torcidas
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Eduardo Ohata

Em São Paulo, 59% dos membros de organizadas apontam suas próprias torcidas como violentas, segundo pesquisa da FGV realizada junto a integrantes de organizadas. Cerca de 11% reconhecem que há “muita violência” e 48% afirmam que há “pouca violência”.

Para 39%, não há “nenhum violência” e 2% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa já está em mãos de autoridades.

Com base nos dados da pesquisa, não foi nenhuma surpresa, infelizmente, o confronto entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, antes da partida deste domingo (3), tenha deixado um cidadão comum morto como saldo.

Afinal, em São Paulo, o Corinthians é visto pelas organizadas dos demais times como o maior rival, sendo assim para 91% dos torcedores do Palmeiras, 83% do São Paulo e 77% do Santos. Por sua vez, integrantes de organizadas do Corinthians mencionaram o Palmeiras (83%) como o seu principal rival.

O São Paulo vem em uma distante segunda posição: foi citado por apenas 12% e o Santos, por 5%.

A relação de rivalidade, na visão dos próprios membros de organizadas

A relação de rivalidade, na visão dos próprios membros de organizadas

Saber quando as brigas acontecem também é importante.

Em São Paulo, 37% dos membros de organizadas lembram que as brigas acontecem ANTES dos jogos, e 21% afirmaram que há confrontos depois da partidas. Só 8% dos torcedores organizados disseram nunca haver brigas entre torcidas e 3% afirmaram acontecer em outros momentos que não antes, durante ou depois dos jogos, provavelmente se referindo a tocaias, por exemplo.

Uma eventual derrota do time aumenta a chance de confrontos com outros torcedores para 54% dos membros de organizadas de São Paulo, enquanto não há relação entre derrota e brigas para 37% dos torcedores. Outros 10% não quiseram, ou souberam, responder.

Em São Paulo, a pesquisa, que contou com 612 entrevistas, abordou torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Juventus, no Morumbi, Pacaembu, Arena Corinthians, Alianz Parque, Vila Belmiro, Canindé e Rua Javari.

No Rio, foram 426 entrevistas, com membros de organizadas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.

Foi considerado “torcedor organizado”, na seleção de entrevistados, quem vestia camisa, boné, calça ou bermuda da facção pesquisada, bem como aqueles que portavam bandeira ou instrumentos musicais.


Em meio à crise, Palmeiras propõe aumentar mandato de presidente
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Eduardo Ohata

Conselheiros do Palmeiras, que vive uma crise dentro e fora de campo no Paulista, receberam este mês comunicado assinado pelo presidente do conselho deliberativo, Antonio Augusto Pompeu de Toledo, no qual é listado um pacote de itens propostos para reforma do estatuto, regimento interno, além da criação de um código de ética (confira reprodução ao fim deste texto).

Entre os pontos principais estão a redução do número de diretores estatutários e permissão expressa para contratação de profissionais remunerados para a gestão do clube e o aumento do mandato do presidente do Palmeiras, que passaria de 2 para 3 anos.

O último item provocou reação do possível candidato à presidência Roberto Frizzo. O mandato de Paulo Nobre se encerra este ano. “Concordo com o aumento do mandato, mas esse artigo não pode funcionar de forma retroativa”, diz o ex-vice de futebol do clube, em uma clara referência a uma possível situação na qual Paulo Nobre teria aumentado em um ano seu mandato. “Não está claro se esse novo artigo o afetaria [o mandato de Paulo Nobre] ou não.”

Outro ponto que encontra rejeição da parte de Frizzo, e até do grupo de Mustafá Contursi, aliado de Paulo Nobre, é a criação de um código de ética a ser seguido “por todos que se relacionam com o Palmeiras”. “Se for uma ‘lei da mordaça’ para cercear o direito dos conselheiros interagirem com a imprensa, sou contra. Até porque fere os princípios de transparência tão defendidos atualmente.”

Conselheiros lembram que durante a gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo tentou-se implantar um instrumento com fim semelhante à censura, onde conselheiros poderiam ser admoestados e posteriormente até suspensos se “vazassem” informações à imprensa.

Por fim, o documento propõe a redução do número de conselheiros vitalícios, diretores estatutários e de quem poderá ser indicado para referidos cargos e a permissão expressa para a contratação de profissionais remunerados para auxiliar na gestão do clube.

Hoje, os diretores estatutários não recebem salários para desempenhar suas funções.

Apesar de o comunicado informar que serão feitas consultas em reuniões setoriais com grupos de conselheiros, vários deles apontam que 90% da primeira versão geralmente são mantidos nos documentos que são levados à apreciação do conselho deliberativo.

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‘Torcida pode ir no campo e cobrar jogador’, dizem organizadas em pesquisa
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Eduardo Ohata

Se o time está em crise no campeonato, a organizada pode ir ao treino e entrar no gramado para cobrar com maior rigidez.

Quem assina embaixo essa frase são as organizadas de São Paulo e Rio, conforme atestam os episódios dos últimos dias envolvendo as torcidas de Palmeiras e Flamengo, cujos CTs foram alvo nos últimos dias de invasões de organizadas.

É também o que corrobora os números de pesquisa produzida pela FGV, conduzida em São Paulo e Rio, à qual este blog teve acesso. O documento foi discutido em conjunto entre autoridades do governo federal e cartolas.

Segundo as estatísticas, aproximadamente 94% dos integrantes de organizadas do Rio “concordam muito” (84%) ou “concordam pouco” (10%) que a torcida organizada pode ir ao treino cobrar dos jogadores, quando o time joga mal. O restante, ou cerca de 7%, “discorda muito” ou “discorda pouca” da afirmação.

As torcidas de São Paulo são ligeiramente mais “tolerantes”: um número próximo a 84% concorda que as organizadas podem ir ao treino para cobrar jogadores no campo. De novo, a maioria “concorda muito” (68%) com a frase, há quem “concorda pouco” (16%), e a minoria absoluta, 16%, “discordam muito” ou “discordam pouco”.

Uma outra questão, dessa vez sobre a atuação da Polícia Militar, nos remete ao episódio do confronto entre torcedores e policiais na goleada do Corinthians sobre o Linense, por 4 a 0, no último dia 19, em casa, que atingiu até quem não tinha nada a ver com a briga.

Em São Paulo, a esmagadora maioria, 78% discorda da frase “A PM só é violenta quando o torcedor organizado briga”. Cerca de 70% “discorda muito” e 8% “discorda pouco”. Somados, quem “concorda muito” ou “concorda pouco” atingem apenas 22%.

A maioria dos torcedores do Rio entrevistados, 58%, discordam “muito” (44%) ou “pouco” (14%) da frase “A PM só é violenta quando o torcedor organizado briga”. Apenas cerca de 41% concordam “muito” (26%) ou “pouco” (15%) com a afirmação.

Em São Paulo, 59% dos torcedores de organizadas apontam suas torcidas como violentas. Os que reconhecem que sua torcida é “muito violenta” somam 11% e os que classificam seu grupo como “pouco violento” são 48%. Aproximadamente 41% responderam que não há “nenhuma violência” em relação à sua organizada, e 2% não responderam ou não souberam responder.

No Rio, a proporção é de 38% de torcedores que afirmam haver violência no perfil de sua organizada: 8% disseram haver “muita violência” e 30%, “pouca violência”. Cerca de 60% responderam não haver “nenhuma violência” e 2%  não responderam ou não souberam responder.

Em São Paulo, a pesquisa, que contou com 612 entrevistas, abordou torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Juventus, no Morumbi, Pacaembu, Arena Corinthians, Alianz Parque, Vila Belmiro, Canindé e Rua Javari.

No Rio, foram 426 entrevistas, com membros de organizadas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.

Foi considerado “torcedor organizado”, na seleção de entrevistados, quem vestia camisa, boné, calça ou bermuda da facção pesquisada, bem como aqueles que portavam bandeira ou instrumentos musicais.


Sob olhar do pai, filho de Del Nero amarga derrota em eleição no Palmeiras
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Eduardo Ohata

Marco Polo Del Nero Filho, filho do presidente licenciado da CBF, amargou derrota na noite desta segunda-feira (14), na eleição para conselheiro vitalício do Palmeiras. Havia 18 candidatos para preencher 25 vagas. Dez foram eleitos.

A candidatura de Del Nero Filho era interpretada internamente no clube como uma tentativa de reação do pai, que teria início dentro do clube que deu origem à sua carreira como cartola no futebol. A performance de Del Nero Filho foi encarada como um “termômetro” da popularidade do ex-presidente da Federação Paulista de Futebol. O próprio Del Nero foi pessoalmente ao clube votar.

Apesar do apoio do pai, Del Nero Filho amealhou 98 votos, quando para se eleger eram necessários 122. Para se tornar vitalício, cada candidato tinha que reunir, no mínimo, 50% dos votos dos conselheiros presentes mais um. Como ontem estiveram presentes 243 conselheiros, eram precisos pelo menos, 122 votos para se eleger.

No último pleito, do qual Del Nero Filho desistiu de participar, nenhum conselheiro vitalício foi eleito.

Se ser eleito vitalício no clube já não é tarefa fácil, o feito foi dificultado ainda mais quando entre 20 e 30 c0nselheiros quase foram impedidos de votar. Eles foram informados que os conselheiros que não estivessem em dia com a taxa de reforma do clube perderiam a sua condição de voto. Com isso, vários deles correram nos últimos dias, e até poucas horas antes do pleito, para regularizar a sua situação financeira com o clube e poder votar. Alguns desistiram de participar.

Tratou-se de mais um round dos embates entre clube e conselheiros, que inclui reclamações dos integrantes do segundo grupo por perda de facilidades para a aquisição de ingressos e inclusão compulsória no Avanti, programa de sócio-torcedor do clube, e aumento de gastos para estacionar seus carros para ir ao clube, o que vem gerando reclamações nos últimos meses.

Os três conselheiros mais bem votados foram Darci Durazzo (148 votos), Edvaldo Belucci e Maria Teresa Ambrósio, que orbitam em torno dos grupos políticos de Roberto Frizzo, ex-vice de futebol e virtual candidato na próxima eleição à presidência, e dos ex-presidentes Arnaldo Tirone e Mustafá Contursi.

O presidente Paulo Nobre também conseguiu eleger pessoas próximas a seu grupo, como Neiva Andrade e Antonio Gomes Pereira.


Crefisa quer mudar contrato para ter mais poder em camisa do Palmeiras
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Eduardo Ohata

Após divergência envolvendo camisa do clube, a Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, fez um aditamento no contrato com a agremiação para ter mais poder e espera agora a assinatura dos dirigentes alviverdes. O contrato original não havia passado pelo jurídico da financeira. O blog, primeiramente, tinha recebido a informação de pessoas ligadas ao executivo do clube de que o negócio já havia sido concretizado. Porém, em nova apuração foi constatado que o aditamento do contrato ainda não foi firmado.

O novo documento mantém a exigência de que se o clube for fazer alguma ação de marketing, como a do Avanti, terá que consultar o patrocinador 48 horas antes. Porém, agora, se descumprir esta regra poderá ter de pagar uma multa. O acordo prevê que os patrocínios do calção e dos meiões também são da Crefisa.

A financeira pode pedir também modificações no design da forma como a marca será apresentada, eliminando o que não estiver de acordo com o manual da Crefisa. Por exemplo, a financeira pode pedir para tirar o box da camisa que acredita estar feio, ou pedir para mudar o fundo onde aparece seu logo. Por exemplo, pediu para modificar a marca de Faculdade das Américas para apenas FAM nos meiões. A redação original da aditamento dava a entender que a Crefisa teria poder de veto até nas cores e modelos da camisa do time. O blog, porém, apurou com fonte ligada à Crefisa que não é esta a intenção da patrocinadora e que se trata apenas de um trecho que dá margem à dupla interpretação.

O contrato inclui agora um pacote com ações mensais com jogadores e uso do CT de 6 a 8 vezes ao ano. O patrocinador pediu ainda que quando tivesse substituição aparecesse a marca no telão (mas o Palmeiras já indicou que isso não será possível).

O novo contrato prevê um valor de R$ 78 milhões. O valor anterior era de R$ 54 milhões. Ou seja, de 4,5 milhões por mês, passou para 6,5 milhões por mês. E em vez de direcionar o uso do dinheiro no futebol, agora a financeira deu carta branca para a agremiação usar como quiser.

A divergência

A Crefisa havia reclamado com o clube de ação envolvendo o Avanti, programa de sócio-torcedor da Palmeiras, que foi estampado na camisa do time no lugar do nome dos jogadores durante jogo com a Ferroviária, pelo Paulista. Anteriormente, a patrocinadora já havia ameaçado romper contrato quando foi aventada a possibilidade do lançamento de uma camisa retrô com a marca da Parmalat.

A Crefisa acredita ser “dona” de todo o espaço nas camisas, enquanto o Palmeiras argumentou que o espaço dos nomes dos jogadores ainda é sua propriedade. Por este imbróglio, a financeira resolveu fazer as mudanças no contrato. Segundo apuração, o pagamento da mais recente cota de patrocínio ainda não caiu na conta do clube.

Procurada pelo blog, a Crefisa não se manifestou oficialmente para comentar o assunto.


Del Nero Filho vira termômetro do pai ao concorrer a vitalício no Palmeiras
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Eduardo Ohata

Marco Polo Del Nero Filho, filho do presidente afastado da CBF, disputará na próxima segunda-feira a eleição a conselheiro vitalício do Palmeiras. Internamente, o resultado da candidatura de Del Nero Filho é encarada como termômetro da popularidade do pai dentro do clube que deu origem à carreira dele como cartola. Del Nero também foi presidente da Federação Paulista de Futebol.

Não se trata apenas uma questão de Del Nero Filho ser ou não eleito, mas a maneira como isso acontecerá será observado com atenção: Sede fato  conseguir virar vitalício, o número de votos com o qual conseguir certamente vai gerar comentários.

Na eleição de vitalícios do ano passado, que aconteceu durante o momento mais conturbado na CBF e que respingou diretamente na imagem de seus dirigentes, Del Nero Filho filho chegou a lançar candidatura, mas acabou retirando-a. Alguns vão além e encaram a simples candidatura de seu filho como um ensaio de reação de Marco Polo Del Nero, que até o momento tem adotado o low profile.

Para se eleger conselheiro vitalício, o candidato tem que reunir, no mínimo, 50% dos votos dos conselheiros presentes mais um. E, apesar de haver apenas 18 candidatos para 25 vagas, isso não é garantia para eleição. No último pleito, do qual Del Nero Filho desistiu de participar, nenhum conselheiro vitalício foi eleito.

Tal cenário motivou o ex-presidente Mustafá Contursi a coordenar uma reunião na última terça-feira, no hotel Braston, na qual compareceram 115 conselheiros, enquanto algumas outras dezenas de cartolas ligaram justificando que já tinham compromisso.

No final, o evento do ex-presidente mobilizou cerca de 140 conselheiros (de um total de 275). Na organização do evento Mustafá contou com a ajuda do ex-vice e provável candidato Roberto Frizzo; do ex-vice do conselho e provável candidato a vice-presidente Elio Esteves; do vice do conselho deliberativo, Mauro Yasbek, e do membro do Conselho de Orientação Fiscal Gilto Avallone.

Não foram chamados nenhum dos 18 candidatos para evitar situações constrangedoras de assédio por voto.

Na reunião, Mustafá pediu que os conselheiros votassem no maior número de candidatos, não importando de qual grupo são os candidatos. Geralmente, cada conselheiro vota em dois ou três candidatos, apesar de poder votar em todos os candidatos de uma vez. O ex-presidente está preocupado com a diminuição do número de conselheiros vitalícios.

Enquanto a performance de Del Nero Filho, cujo número é o 16, é uma incógnita e certamente refletirá o grau de popularidade de seu pai, conselheiros acreditam que a grande estrela da eleição será uma mulher, a conselheira Neiva Andrade, que concorre com o número 18, já ocupou cargos de diretoria no clube e que transita bem entre vários grupos políticos, inclusive o que esteve reunido na terça-feira. Ela também tem bom relacionamento com o presidente palmeirense, Paulo Nobre.

Outro candidato que tem boas chances de ser eleito é o vereador Nelo Rodolfo (PMDB).


Presidente do Santos dispara contra a Conmebol: ‘Tem que acabar’
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Eduardo Ohata

O presidente do Santos, Modesto Roma, engrossa a fileira de dirigentes dos grandes clubes paulistas que disparam contra a Conmebol. Mas, diferentemente de Corinthians e Palmeiras, seus motivos nada têm a ver com a atual edição da Libertadores, que seu clube não disputa.

Modesto acredita que a Conmebol, que viu vários de seus dirigentes caírem após denúncias de corrupção, está ultrapassada, deveria desaparecer e dar lugar a uma nova entidade que organizasse um torneio que envolvesse também os clubes de futebol dos Estados Unidos.

“A Conmebol tem que acabar, fechar a porta, não sabe organizar o espetáculo, por isso o futebol sul-americano está muito atrás do europeu. Essa confederaçãozinha deveria dar lugar a uma entidade que surgisse da fusão da Conmebol com Concacaf e que organize um grande torneio continental incluindo os times de lá [América]. É uma evolução natural a unificação das Américas”, disparou Modesto Roma. “Todos sabemos que os americanos tem o know-how para fazer dinheiro, certamente saberiam organizar tudo o que tem a ver com o espetáculo, o que melhoraria a arrecadação, inclusive saberiam negociar melhor as cotas [de transmissão] etc.”

Modesto não é o primeiro cartola de um dos grandes de São Paulo a disparar contra a Conmebol. O corintiano Andres Sanchez, cujo clube reclamou ano passado das cotas que receberia por seus jogos na Libertadores, afirmou recentemente que o Corinthians poderia boicotar o torneio continental se o Palmeiras resolvesse fazer o mesmo. A declaração de Sanchez aconteceu após a Conmebol ter ameaçado impedir o Palmeiras de atuar no Allianz Parque na Libertadores por causa da exposição de patrocinadores que não são os oficiais do torneio.

Esse não seria o único movimento polêmico no qual o Santos ocupa um papel de destaque. Sob o comando de Modesto Roma, o Santos assumiu a posição de líder de um grupo de clubes que começaram a negociar com o canal pago Esporte Interativo. O clube da baixada foi o primeiro a anunciar oficialmente que fechou com a emissora, e não com a Globosat, os direitos da TV fechada.


‘Mundial do Palmeiras é subaproveitado’, diz cartola que o resgatou na Fifa
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Eduardo Ohata

O Palmeiras foi reconhecido pela Fifa como campeão do primeiro título mundial de clubes da história, porém não sabe usá-lo bem como uma ferramente voltada ao marketing, enquanto outros clubes sabem tirar proveito de seus títulos. Essa é a conclusão de Roberto Frizzo, responsável pelo trabalho de pesquisa para a produção do dossiê que foi entregue à Fifa, que chancelou a conquista.

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Frizzo diz que não entende quando vê outros clubes usando seus título de campeão mundial de clubes ou bicampeonato para se promover, e percebe que seu próprio clube não valoriza a conquista de 1951. Sim, foi o título foi assunto durante a semana em que finalmente foi chancelado pela Fifa, mas poucos dias depois já não era mais mencionado.

O cartola defende que o título palmeirense tem ainda um diferencial, que o torna único, por ter sido o primeiro. Por isso, planeja fazer um evento em agosto, mês de aniversário do clube, para mostrar a importância do clube, como foi o trabalho de pesquisa, as dificuldades, os episódios engraçados com que se depararam e como acredita que poderia ser melhor utilizado.

O ex-vice de futebol disse que o evento com duração entre dois e três dias poderia ser organizado em conjunto com o clube.

Ou, diz ele, poderia até realizá-lo sozinho, já que o próprio trabalho de pesquisa e viagens bancou “do próprio bolso”. (O clube pagou os salários do jornalista Arnaldo Branco, que auxiliou Frizzo).

Em 2014, a Fifa reconheceu a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras, como o primeiro título mundial de clubes da história. O comitê executivo da entidade que controla o futebol mundial reconheceu em nota oficial que essa foi a primeira competição de abrangência mundial (entre clubes).

A Copa Rio foi organizada pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com 8 clubes, campeões nacionais, além de Palmeiras, como campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1951, e Vasco, campeão carioca do mesmo ano: Sporting (Portugal), Austria Vienna (Áustria), Nacional (Uruguai), Juventus (Itália), Estrela Vermelha (Iugoslávia) e Nice (França).