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Galiotte escolhe aliados, põe rebeldes na geladeira e dá sua cara à gestão
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Eduardo Ohata

O presidente palmeirense, Mauricio Galiotte, começa a impor a sua cara à gestão. O cartola aproxima aliados à administração e isola quem já o colocou em uma saia-justa política logo no início de sua gestão.

A eleição de Galiotte foi produto de uma grande (e eclética) aliança política: Foi indicado por seu padrinho político e antecessor, Paulo Nobre, teve a candidatura ratificada por outro ex-presidente, Mustafá Contursi, e recebeu o apoio da patrocinadora Crefisa, entre outros setores do Parque Antarctica. Ou seja, sua candidatura única foi fruto de uma situação rara de se encontrar na história do clube.

O blog apurou que um membro da chapa Palmeiras Forte, de Mustafá Contursi, principal articulador nos bastidores do clube, foi sondado por Galiotte para assumir um dos mais altos cargos na diretoria do Palmeiras.

Galiotte se distanciou dos três vices, eleitos, que não acompanharam seu voto no episódio da validação da eleição de Leila Pereira, proprietária da Crefisa, a uma cadeira no conselho deliberativo, o que durante a assembleia chamou a atenção de conselheiros. O cartola não delega tarefas ao trio (José Carlos Tomaselli, Victor Frugis e Genaro Marino).

Mas vai aumentando a proximidade de Galiotte com o vice que o acompanhou no voto, Jesse Ribeiro. O vice, que vai ao gabinete do presidente com mais frequência do que seus pares, integrou a comitiva palmeirense que acompanhou o presidente a uma visita ao prefeito de São Paulo, João Dória, na sexta-feira da semana passada.

O presidente também tem trabalhado em sintonia com o recém-eleito presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, que tem marcado reuniões semanais com os conselheiros para eles deem sugestões e apresentem propostas. Os encontros são marcados na setor administrativo do clube, o que indica um alinhamento de suas ações com a presidência, já que a ação ajuda também a reforçar sua sustentação dentro do conselho. A candidatura de Del Grande à presidência do conselho também foi apadrinhada por Mustafá.

É bem provável que uma das primeiras ações conjuntas entre Del Grande e Galiotte será a organização de eleições para conselho vitalício, já que há vagas disponíveis.

Na costura de um grupo de coalizão, Galiotte mantém em seus quadros integrantes da chapa Academia, que já vinham da gestão de Paulo Nobre. Mas a interlocução com eles é feita diretamente por Galiotte, sem a intermediação do ex-presidente.

Um dos correligionários que havia aconselhado Galiotte a formar um grupo de apoio próprio que garantisse sua tranquilidade política foi o ex-vice de futebol do Palmeiras Roberto Frizzo.


À la Champions, Paulista pode ter teto de 25 inscritos, e uso livre da base
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Eduardo Ohata

A Federação Paulista de Futebol encaminhará aos clubes uma proposta que atende a uma de suas principais reivindicações: Condições para escalar atletas de suas bases no Paulista para propiciar experiência a eles.

Hoje, alegam cartolas de clubes que disputam o Paulista, incluindo os quatro grandes, o limite de 28 inscritos por time impede a inclusão de muitos garotos da base em suas equipes. Com tão poucas vagas na competição, têm que colocar suas fichas em profissionais tarimbados, e não apostar e jovens promessas.

A proposta para o Paulista-2018, segue o exemplo do que é feito na Champions e em algumas ligas da Europa: Diminuir o limite de 25 inscritos do profissional, porém permitir a inscrição de um número ilimitado de atletas da base.

Dentro da federação, há o entendimento de que limitar é importante para a saúde financeira dos clubes, que não podem contratar jogadores a qualquer custo.

A proposta tem como idealizadores o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e o vice de integração com atletas, Mauro Silva, que ouviram os questionamentos dos clubes.

A ideia será apresentada e debatida com os clubes, que decidirão a forma adotada para o ano que vem.

Pelo menos um técnico de clube “grande” da capital já discutiu a ideia da redução de 28 para 25 inscritos e a liberação da base com Mauro Silva, o blog apurou.

Um ponto importante que precisa ser definido, caso a proposta seja aceita, é qual a definição de “base”. É necessário responder questões como “quantos anos cada jogador deve estar em seu clube para que possa ser inscrito como jogador de base daquele time”?

Uma das tendências mais fortes, adotada na Europa, é estabelecer 18 meses como período mínimo de permanência no clube para que o jogador seja considerado da sua “base”.

Essa exigência do período mínimo da ligação do atleta com o clube visa evitar que uma equipe adquira um jogador de outra equipe e o inscreva pouco tempo depois como se fosse um produto de sua própria categoria de “base”.

Além disso, será necessário definir qual é a idade limite para que o jogador seja considerado da “base”. A ideia mais forte, por enquanto, é que ele seja sub-20.


Com mais de 500 mil inscritos no Youtube, Palmeiras é ‘maior das Américas’
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Eduardo Ohata

O Palmeiras superou a marca de meio milhão de inscritos no Youtube (528 mil), e detém o melhor número de um time das Américas, e a nona melhor marca entre equipes de futebol no mundo.

O segundo time brasileiro com mais seguidores no Youtube no país e nas Américas é o Santos, com 446 mil seguidores.

O time do Parque Antarctica superou a Juventus (519,5 mil). Em oitavo, com pouco menos de 20 mil inscritos à frente do time brasileiro, está o Liverpool (547,7 mil).

Na era em que saber utilizar as mídias sociais vem ganhando importância, vide o episódio do jogo entre Atlético-PR e Coritiba, exibido por Facebook e Youtube, e a projeção alcançada pela Chapecoense que pode ser mensurado por meio das mídias sociais, a equipe alviverde consegue um status interessante.

O top 10 fica assim, com números arredondados:

1) Barcelona: 2,8 milhões
2) Real Madrid: 2,2 milhões
3) Manchester City: 860 mil
4) Bayern: 632 mil
5) Al Hilal: 598 mil
6) Chelsea: 592 mil
7) Arsenal: 548 mil
8) Liverpool: 548 mil
9) Palmeiras: 528 mil
10) Juventus: 519 mil

Considerados os últimos seis meses, o Palmeiras apresentou crescimento de 91 mil inscritos.

Menos do que Barcelona (288 mil), Manchester City (124 mil), Real Madrid (119 mil) e Arsenal (100 mil). Porém mais do que Bayern (81 mil), Chelsea (61 mil), Al Hilal (36 mil), Liverpool (76 mil) e Juventus (36 mil).


As 4 decisões que Galiotte terá que tomar no Palmeiras nas próximas semanas
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Eduardo Ohata

A eleição à presidência do conselho deliberativo e a não-impugnação da candidatura de Leila Pereira, dona da Crefisa, ambos ocorridos no ínicio desta semana, jogou quatro questões no colo do presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte.

A expectativa dentro do clube é de que sejam respondidas a partir das próximas semanas.

1) Qual o papel que o presidente quer que a agora conselheira Leila exerça?

Leila tem dito enfaticamente que pretende ser a fiel escudeira da gestão de Galiotte. Ela indicou que pode lançar mão de incentivos fiscais para realizar benfeitorias na parte social do clube e também incentivar esportes amadores. Além disso, Leila pode desempenhar um papel de influenciadora dentro do conselho, já que recebeu a votação mais expressiva para um conselheiro na história do clube.

2) Galiotte contemplará membros de grupos aliados com posições em sua diretoria?

Galiotte tem ótimo trânsito com Mustafá Contursi, aliado político que se firmou como cartola mais influente dos bastidores do clube ao eleger o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande. Este ano já registrara vitória no Conselho de Orientação Fiscal.

Dito isso, Galiotte encaixará em sua diretoria conselheiros com quem tem vínculo mais forte ou abrirá bom espaço para membros da chapa Palmeiras Forte, de Mustafá? Como tratará o subgrupo do ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que ajudou a lhe dar sustentação e que já monta estratégia para eleger um grupo no pleito de conselheiros vitalícios?

Galiotte contemplará as chapas Palestra e UVB, que também se uniram em torno de sua candidatura?

Ainda falando da Palestra, apesar de não ter apoiado a vice do conselho Guilherme Pereira, filho de Clemente, líder da chapa, como agirá em relação a ela, já que é bastante representativa?

Esse será um quebra-cabeças desgastante para montar.

3) Qual será a atitude de Galiotte em relação aos vices “rebeldes”, que não acompanharam seu voto no caso Leila?

Na sessão do conselho na segunda-feira, chamou a atenção os votos dos vices Tomaselli, Genaro Marino e Victor Frugi, que não acompanharam Galiotte em seu voto pela não-impugnação de Leila. O trio esteve vinculado à gestão de Paulo Nobre.

Como os vices são eleitos, o presidente não pode destituí-los. Porém, pode diminuir seu poder e relegá-los a um papel meramente decorativo, ou conferir poder a eles para que cumpram metas. Vai dar um gelo, poder ou mais uma chance?

4) Como agirá em relação ao antecessor Paulo Nobre? Romperá de vez ou optará por manter uma “ponte”?

Alguns membros da chapa Academia, de Paulo Nobre, já considerados dissidentes, acompanharam o voto de Galiotte em Leila. Na composição de sua gestão, Galiotte acomodará só membros da chapa próximos a ele, ou deixará a porta aberta para aqueles mais ligados a Nobre, seu ex-padrinho político, cuja influência política no clube tem diminuído?


Mustafá se fortalece ao fazer líder de conselho e validar eleição de Leila
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi consolidou, uma vez mais, sua influência nos bastidores do clube ao eleger dois apadrinhados presidente e vice do conselho deliberativo do clube, e ver o pedido de impugnação de Leila Pereira, dona da Crefisa e Faculdade das Américas, também sua apadrinhada, ser arquivado por votação, durante sessão dupla na noite desta segunda-feira.

Na eleição do Conselho de Orientação Fiscal, em janeiro, dos 15 conselheiros titulares eleitos, 13 eram apoiados direta ou indiretamente por Mustafá. E, na eleição ao conselho, mês passado, quando Leila foi eleita, a sua chapa Palmeiras Forte empatou na liderança com a Palestra, com 27 conselheiros eleitos cada.

O controle das duas casas pode ser, em certos casos, até mais importante do que deter o poder executivo no clube, que por vezes pode ser “travado” pelas ações dos dois conselhos. Arnaldo Tirone sentiu isso na pele ao romper com Mustafá ao chegar à presidência.

Leila, que teve a validade de sua candidatura questionada por Paulo Nobre quando este deixou a presidência do clube, no fim do ano passado, viu a maioria do conselho apontar a validade de sua eleição nesta segunda-feira. Associados haviam seguido os passos de Nobre e questionado formalmente sua situação.

Na verdade, a decisão favorável dos conselheiros a Leila foi diretamente um voto de confiança em Mustafá, pois foi o ex-presidente que repetiu à exaustão que conferiu o título de sócia a ela em 1996.

Defenderam Leila os conselheiros Gilto Avallone, Elio Esteves, Paulo Serdan e Corona Romano. Contra, discursou José Antonio, que concorria à presidência do conselho.

De cerca de 228 conselheiros presentes, apenas cerca de 29 foram favoráveis à impugnação da candidatura de Leila, incluindo os vices Genaro Marino, Victor Frugis e José Carlos Tomazelli, que votaram diferente do presidente Mauricio Galiotte e do outro vice, Jesse Ribeiro.

Para a eleição à presidência do conselho, que ocupou a segunda das sessões que aconteceram nesta segunda-feira, foi alinhavada uma costura política que permitiu a Mustafá alçar Seraphim del Grande (151 votos) e Carlos Faedo (110), respectivamente, à presidência e vice-presidência do conselho.

Ainda na eleição à presidência, Sylvio Mukai, da UVB, conseguiu 38 votos, um a mais do que o candidato independente José Antonio, 37. No pleito à vice-presidência, Guilherme Pereira, da chapa Palestra, recebeu 69 votos e Tasso Gouveia, da UVB, teve 53 votos.


Eleição de Leila será mantida, apontam alianças no conselho do Palmeiras
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Eduardo Ohata

O pedido de impugnação de Leila Pereira, dona da Crefisa e Faculdade das Américas, a uma cadeira no conselho deliberativo do Palmeiras fará água, aponta a configuração do órgão. A sessão dupla, marcada para esta segunda-feira, deve terminar com uma coleção de vitórias políticas para o ex-presidente Mustafá Contursi, padrinho político de Leila, que também apoia candidatos favoritos a presidente e vice do conselho.

Além do apoio de Mustafá, líder da chapa Palmeiras Forte, Leila conta com boa parte dos votos da chapa Palestra, onde teve membros atuando como cabos eleitorais, e até da UVB, grupo tradicionalmente rival ao de Mustafá.

Até a oposição que enfrentava em subgrupos do Palmeiras Forte, como o do ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que falava abertamente nos últimos dias entender que o caso deveria ser decidido administrativamente, foi extinta. Após reunião interna com seu grupo, Frizzo fechou apoio à manutenção de Leila.

Contra Leila, resta o ex-presidente Paulo Nobre, que orientou pela impugnação da candidatura de Leila ao deixar o cargo, e pessoas próximas a ele.

O voto, por tradição estatutária, deve ser aberto, como foi nos julgamentos dos ex-presidentes Luiz Gonzaga Belluzzo e Arnaldo Tirone.

Após a primeira sessão, da qual participarão os atuais membros do conselho, assumem os conselheiros eleitos no último dia 11, que elegerão o presidente do conselho, entre três candidatos: Seraphim del Grande, Sylvio Mukai e José Antonio.

O favorito é Del Grande, que conta com o apoio de Mustafá. Mukai representa a UVB e José Antonio é candidato independente.

A grande disputa deve ficar pela vice-presidência, entre Carlos Faedo, dissidente do grupo Palestra, de Clemente Pereira. Ele também conta com o apoio de Mustafá e disputará o cargo justamente contra o filho de Clemente, Guilherme.

Segundo pessoas próximas a Faedo, ele fará entre 140 e 160 v0t0s (de um total de aproximadamente 272 conselheiros em condições de voto). O próprio candidato fez essa projeção durante evento eleitoral em uma pizzaria na última sexta-feira.

Apoiadores de Guilherme, porém, afirmam que a disputa não será um passeio e apostam em votação expressiva em seu candidato.

Tasso Gouveia, da UVB, deve ficar em terceiro na eleição a vice.

Se os votos forem favoráveis a Leila, Del Grande e Faedo, não demonstrarão apenas um bom momento político de Mustafá, mas do presidente do executivo, Mauricio Galiotte, aliado político de Mustafá.


Derby polêmico rende denúncia na federação a presidente do Corinthians
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Eduardo Ohata

Como consequência direta da polêmica criada em torno do derby do último dia 22, o Sindicato dos Árbitros de Futebol de São Paulo protocolou no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol denúncia contra o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.

O presidente da Safesp, Arthur Alves Junior, pede ao TJD que apure a declaração do cartola de que “[o presidente do Sindicato de Arbitragem de São Paulo] foi demitido pela Federação Paulista de Futebol após supostos escândalos sexuais no fim de 2016”.

Alves Junior afirma que “esses fatos são mentirosos, difamatórios e caluniosos”, ao pedir que o TJD “apure os fatos e tome todas as providências cabíveis na esfera esportiva”.

O dirigente também considera entrar com ações nas esferas civil e criminal contra Andrade.

O presidente da Safesp atacou o Corinthians e a punição ao árbitro Thiago Duarte Peixoto, que cometeu erro grave no clássico entre Corinthians e Palmeiras.

Peixoto expulsou, equivocadamente, o volante Gabriel, que levou segundo amarelo por uma falta cometida, na verdade, por Maycon.

Alves Junior classificou como “infeliz” a declaração de Andrade de que Peixoto deveria ser banido do futebol.

Em resposta, em entrevista à Fox Sports, o presidente corintiano questionou a ética do presidente do sindicato ao citar o caso de suposto abuso sexual.


Palmeiras marca para o dia 6 julgamento da validade de eleição de Leila
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Eduardo Ohata

A legitimidade, ou não, da eleição de Leila Pereira, dona da Crefisa e Faculdade das Américas, patrocinadoras do Palmeiras, a uma cadeira no conselho deliberativo do clube será definida dia 6 de março, oficializou edital publicado no fim de semana.

Leila foi eleita no último dia 11. Mas associados do clube questionaram oficialmente a candidatura de Leila. Eles alegaram, assim como fizera o ex-presidente Paulo Nobre, que ela não era sócia desde 1996 e que por isso não teria tempo de clube para concorrer.

Cumprir dois mandatos no conselho é pré-requisito para quem quer, no futuro, chegar à presidência do clube do Parque Antarctica.

No dia 6, primeira segunda-feira após o Carnaval, acontecerão duas sessões. A pauta cheia criou dúvida entre conselheiros se a sessão na qual será analisada a situação de Leila poderia até ser adiada para outra data, em uma sessão extraordinária.

A primeira definirá a situação de Leila e na segunda será eleito o novo presidente e vice do conselho.

Votarão na primeira sessão, que será presidida pelo atual presidente, Antonio Augusto Pompeu de Toledo, os conselheiros da formação atual. O voto será aberto, como aconteceu nos julgamentos dos ex-presidentes Luiz Gonzaga Belluzzo e Arnaldo Tirone.

Haverá uma explanação do caso, com acusação e defesa. A defesa, provavelmente, ficará a cargo do ex-presidente e padrinho político de Leila, Mustafá Contursi. Afinal, o título de sócia de Leila, em 1996, teria sido conferido por ele.

A acusação ficará a cargo de um conselheiro ou de um dos associados que questionaram a candidatura de Leila antes mesmo do pleito.

A tendência é de que o conselho ratifique a validade do título de Leila, já que até gente de outras chapas participou de sua campanha.

Porém, se ela for impugnada, a chapa Palmeiras Forte, de Mustafá perderá os 248 votos de Leila e, por conta do coeficiente eleitoral, a chapa perderia conselheiros eleitos a reboque da expressiva votação em Leila.

A diferença de votos seria “distribuída”, proporcionalmente, entre as outras três chapas.

A segunda sessão da noite definirá o presidente e vice do conselho deliberativo e será presidida pelo presidente do executivo, Mauricio Galiotte. Esse pleito, sim, em voto secreto, como é tradição no clube.

Seraphim Del Grande é, até agora, candidato único à presidência do conselho. Mas o prazo de inscrição termina no dia 24. Nos corredores do clube comenta-se que a UVB pode lançar também um candidato, Sylvio Mukai.

A grande disputa, porém, deve ficar por conta da vice-presidência. Dois membros do grupo Palestra apresentam-se como candidatos: Carlos Faedo e Guilerme Pereira, filho de Clemente Pereira.

Faedo, que deve contar com o apoio de Mustafá e por isso é o favorito, enfrenta rejeição dentro do próprio grupo do ex-presidente, o que pode abrir oportunidade para Guilherme.


Efeito Crefisa fortalece de novo Mustafá, padrinho de Leila no Palmeiras
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Eduardo Ohata

O resultado da eleição ao conselho deliberativo do Palmeiras mostrou que saiu fortalecido do pleito o ex-presidente Mustafá Contursi, padrinho político de Leila Pereira e José Roberto Lamachia, casal dono da Crefisa e Faculdade das Américas, patrocinadoras do clube.

A chapa Palmeiras Forte, de Mustafá, fez 27 conselheiros. Mesmo número que a Palestra, de Clemente Pereira.

Mas como na eleição anterior a Palestra havia feito mais conselheiros do que a Palmeiras Forte, o empate neste fim de semana mostra um crescimento da chapa do ex-presidente.

A chapa foi beneficiada pela expressiva votação em Leila (248 votos) e Lamachia (62), já que o clube segue o sistema de votação proporcional, que lembra as eleições a vereador ou deputado, por exemplo, onde um puxador de votos “elege” outros candidatos.

No pleito ao Conselho de Orientação Fiscal, no fim do mês passado, o grupo Palmeiras Forte, de Mustafá, foi o que mais conselheiros elegeu.

O grupo de oposição de Wlademir Pescarmona, a UVB, manteve mais ou menos o mesmo espaço da eleição anterior, com 13 cadeiras.

Quem registrou queda foi a Academia, grupo do ex-presidente Paulo Nobre, com nove cadeiras.

Surpreendente porque Nobre deixou o cargo há menos de dois meses e, até então, tinha sua gestão envolta em elogios.

Outro fator que mostra o bom momento vivido por Mustafá é a gentileza dispensada em sua direção pelo atual presidente, Mauricio Galiotte. Aliados de Mustafá contam que Galiotte tem se mostrado atencioso com eles e sempre agradece a “ajuda que vocês estão nos dando”. Por “vocês”, entenda-se mais Mustafá do que esses próprios aliados.

Além de Lamachia e Leila, cuja campanha contou com estrutura compatível com a de uma campanha política, outros dois candidatos famosos fora do Parque Antarctica conseguiram cadeiras no conselho.

O ex-vereador Domingos Dissei, hoje no Tribunal de Contas do Município, em campanha desde meados do ano passado, quando passou a interagir com os sócios, se elegeu com 70 votos. Ele contou com forte trabalho de Elio Esteves, ex-vice do conselho.

O conselheiro de Michel Temer e presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antonio Neto, se elegeu com 44 votos. Em uma campanha considerada rápida, com apenas dois meses de duração, contou com o apoio do atual vice do conselho, Mauro Yasbek, do ex-vice de futebol Roberto Frizzo e teve a campanha coordenada por Ricardo Pellegrini Pisani, ex-secretário geral do clube.

Os 76 novos conselheiros (no total, o conselho tem mais ou menos 270 membros) já estreiam em março com a responsabilidade de escolher o novo presidente do conselho, que já tem um postulante: Seraphim del Grande.

A disputa pela vice-presidência deve ficar entre Guilherme Pereira, filho de Clemente, e Carlos Faedo, ambos do grupo Palestra. Segundo pessoas que transitam junto a lideranças, só Faedo deve ter o apoio de Mustafá.


Por Mundial, patrocínio de Leila no Palmeiras pode bater em R$ 200 milhões
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Eduardo Ohata

Se o Palmeiras disputar e conquistar o Mundial de clubes no fim do ano, bem como as demais competições da temporada, o investimento de Leila Pereira, por meio do patrocínio de suas empresas Crefisa e Faculdade das Américas, no clube chegará perto dos R$ 200 milhões este ano.

Esse valor pode ser até superado com o uso de incentivos fiscais para investimentos adicionais no clube, possibilidade que já é discutida há semanas dentro das duas empresas, o blog apurou.

Em um período inferior a 24 horas, de quarta para quinta-feira, o valor anual do patrocínio aumentou por causa do “efeito Borja”.

Além do investimento de 32 milhões e aos R$ 3,2 de luvas referentes à contratação do jogador, para viabilizar a vinda do atacante para o clube do Parque Antarctica, a cota anual de patrocínio, que era de R$ 72 milhões, pulou para R$ 74,4 milhões

A financeira ajudará com R$ 200 mil extras por mês para ajudar a pagar o salário do atacante.

A patrocinadora também arca com R$ 12 milhões referente ao salário de Lucas Barrios.

A financeira já havia injetado R$ 31,1 milhões, para as contratações de Guerra e Fabiano e pagamento de parcela de Dudu, valor que não será descontado do valor do patrocínio.

Se o Palmeiras cumprir o programa de títulos e bônus proposto pelas patrocinadoras, conquistando os títulos do Paulista, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileiro e Mundial, somadas as premiações ganhará no total R$ 40 milhões.

Apesar de Leila negar, ela e o marido, José Roberto Lamachia, dão, sim, grande importância ao título mundial de clubes.

Nesse cenário, o valor total colocado pela patrocinadora no clube, no ano, cumpridas todas as metas, será de pouco mais de R$ 192 milhões.

Está em estudo pelo departamento financeiro de Crefisa e FAM o uso de incentivos fiscais para investimentos adicionais no clube, mas na área social.