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Modesto critica Santos reatar com Globo e diz: “Peres caiu de paraquedas”
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Eduardo Ohata

O ex-presidente do Santos, Modesto Roma, questiona em entrevista os rumos do clube sob a direção de seu sucessor, José Carlos Peres, critica a assinatura do contrato de TV aberta e pay-per-view com a Globo e rebate acusações sobre a sua gestão.

Blog do Ohata: Torcedores santistas comemoram que, após sete anos, a Globo exibiu na TV aberta uma partida do Santos na TV aberta que não era um clássico. Concorda que a política do seu sucessor em abrir diálogo já gerou frutos?

Modesto Roma: Isso só aconteceu por causa do interesse que a Globo tinha em assinar com o Santos na TV aberta e no pay-per-view, o que aconteceu nessa semana, como o seu blog informou. Quero ver agora que já assinou, se isso vai se repetir. Não é um jogo em TV aberta que muda um desgaste de décadas. Ou será que o torcedor santista se esquece que a Globo reclamou da final de 2010 entre Santos e Santo André? Que preferiu um filme do Homem-Aranha ao jogo de quartas do Paulistão do Santos em 2005? Nessa época, o Santos não havia assinado com o Esporte Interativo, ou seja, essas ações não podem ser rotuladas de retaliação. O torcedor santista até perdoa, mas nunca esquece. É dever do dirigente jamais esquecer.

Aliados de Peres dizem que ele ficou insatisfeito com o contrato com o Esporte Interativo, e que o clube perdeu dinheiro. Você está arrependido?

Não. A Globo sempre nadou de braçada no negócios de transmissões no país. Agora, existem concorrentes de peso com o advento do Grupo Turner, segundo maior grupo de mídia mundial e que comprou o Esporte Interativo. Optamos em vender os direitos de TV fechada ao Grupo Turner a partir de 2019 pois a proposta feita ao Santos é muito superior à da Globo. No atual contrato, o total pago ao conjunto dos clubes da Série A do Brasileiro pela TV fechada é de R$ 60 milhões, dividido de acordo com a classificação do Brasileiro, onde o primeiro colocado recebe R$ 17 milhões e os valores vão diminuindo até o 16º lugar. Esse pagamento é chamado por todos como premiação da CBF mas, na verdade, é o valor pago pela Globo pela TV fechada. O negócio com o Esporte Interativo previa, caso todos os clubes optassem por ele, um investimento total de R$ 400 milhões, fora luvas, sendo 50% igual para todos, 25% pela classificação e 25% pela audiência. Com isso, os clubes têm valor expressivo garantido na TV fechada. Ao contrário do que o atual presidente afirma, o Santos não perdeu nada em assinar com a Turner. Só ganhou, financeiramente, e em respeito. O contrato prevê garantias em caso de retaliação da Globo nas transmissões de TV aberta e pay-per-view. Acho que o atual presidente precisa entender que ele foi eleito para defender o Santos, e não uma emissora de TV.

Membros do estafe de Peres apontam que você deixou o caixa do clube vazio, e foi noticiado que ele teve que pegar empréstimo para pagar as despesas.

O Santos, como todo clube de futebol no país, enfrenta dificuldades de fluxo de caixa e problemas financeiros. O que houve é que o clube precisava fazer um negócio bancário a fim de pagar a segunda parcela do décimo-terceiro dos funcionários. O Peres falou em R$ 30 milhões. O Santos movimenta cerca de R$ 300 milhões por ano, o que dá uns R$ 30 milhões por mês. Natural ter que fazer negócios com bancos. Ganhamos recursos de solidariedade da Fifa e vendemos Thiago Maia, mas equacionamos débitos históricos do clube como com a Doyen. Administrar clube de futebol é saber que todo mês tem de ir buscar receitas. Fizemos isso sem antecipar receitas de TV, de nada. Fizemos apenas negócios bancários usando recebíveis como garantia, algo normal de mercado. O que parece, é que o Peres não estava preparado para ganhar a eleição. Quando fui eleito em 2014, tinha total consciência da situação do clube. Já tinha anunciado todo o comitê de gestão e meu executivo de futebol. O Peres assumiu o clube e demorou para anunciar seus gestores, seu homem do futebol caiu em 45 dias, sem sequer ter contrato assinado, e mostra total desconhecimento do fluxo de caixa… Ou seja, foi eleito presidente, só saiu candidato pelo seu desejo pessoal e não se preparou para enfrentar os desafios da função. Ele não esperava vencer. O Peres caiu de paraquedas na presidência.

Qual sua opinião sobre a demissão do diretor de futebol Gustavo Vieira?

Prova de que eles não estavam preparados para assumir o clube e a gestão do time.

Por que o Santos registrou comissão de 5% para uma empresa com sede em um paraíso fiscal sobre o valor que o clube recebeu pela venda de Neymar ao PSG?

Importante sua pergunta. Pagar comissão por cláusula de solidariedade da Fifa é algo normal e frequente no Santos. Várias delas tiveram intermediário, em sua maioria escritórios de advocacia que cobravam 10%. A venda do Neymar para o PSG foi um caso especial. Afinal, não houve negociação entre Barcelona e PSG. Houve o pagamento da cláusula penal. Havia divergências jurídicas se o Santos teria direito a esse dinheiro nessas circunstâncias. Há declarações do empresário Wagner Ribeiro e do advogado Marcos Motta que entendiam que o Santos não teria direito. O próprio conselho fiscal em seu relatório afirmou que não havia certeza do recebimento desse dinheiro. Como precisávamos do dinheiro para aliviar o fluxo de caixa, firmamos acordo com uma empresa de intermediação que cobrou 5%, sendo que o usual são 10%. O próprio Marcos Motta já ganhou honorários dos Santos de cláusulas de solidariedade. E não é porque a empresa fica em Malta que quer dizer que ela é ilegal. Temos provas da participação da empresa por troca de e-mails. Determinei ao jurídico do Santos, que acompanhasse tudo isso de perto, a elaboração do contrato em setembro. Não o fizeram. E como não usamos os recursos vindos deste negócio para pagar essa dívida, ficou esse débito. Então, pós-eleição, ao ser cobrado do contrato não-feito, determinei ao assessor da presidência, que é meu sobrinho, que resolvesse a questão documental da dívida com a empresa junto ao jurídico, que se mostrou lento. Foi feita a confissão da dívida, afinal a empresa trabalhou. Há diversos documentos, troca de e-mails, que comprovam isso. Enviaram à Comissão de Inquérito e Sindicância do conselho para apurar? Ótimo. Que apurem. É difícil ser presidente de clube. Todos os presidentes do Santos que conheci fizeram muito pelo clube. Erraram? É claro que sim. Uns mais, outros menos, mas errar é inerente aos que estão a função de decisão. E todos saíram com fama de ladrão, com seus sucessores acusando diversas irregularidades, e quase nenhum foi punido. Isso só prova que o jogo político do Santos é a capital mundial do fake news. Alimentam essa história porque nada acharam em nossa gestão. Querem fazer esse caso ser algo como os casos do bingo do Kodja, a venda do Giovanni do Samir, a venda do Tabata na gestão do Marcelo, a venda de Neymar na do Luiz Álvaro e a compra do Damião na do Odílio. Isso só para ficar nos últimos presidentes do Santos. Não será.

O que acha da reaproximação promovida pela nova gestão com Pelé e Neymar?

É preciso esclarecer que jamais ficamos distantes do Pelé. Corrigimos os acordos mal feitos na gestão anterior com ele, pagamos o que o Santos devia e tínhamos uma relação próxima. Meu pai era vice-presidente quando o Pelé veio para o clube, então temos uma relação próxima. Quanto ao Neymar, há o processo na Fifa contra o Barcelona que ele não entendeu e disse que não voltaria para o clube enquanto eu fosse presidente. Na época, falei ‘basta ele dizer quando retorna que eu peço demissão da presidência’. Sempre respeitei o ídolo Neymar, estava em um processo de reaproximação com ele, e pretendíamos efetivar isso após a eleição, após o trâmite do processo que hoje está em fase final no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte). Agora o Peres quer trazer os ídolos de volta e demite campeões do mundo como Clodoaldo, da Libertadores, como Elano, campeões paulistas como Juary, João Paulo, Nenê e Marcelo Fernandes. Fora o que o pessoal ligado a ele espalha por aí sobre salários com valores mentirosos pagos a outros ex-jogadores. Isso é faltar com o respeito com os ídolos do clube.

Foi noticiado que o contrato com a Umbro foi melhorado, já que Grêmio e Cruzeiro tinham contratos melhores do que o do Santos.

O Peres deu entrevista dizendo que melhorou o contrato e que o Santos vai homenagear a seleção da Inglaterra em seu terceiro uniforme. Tudo isso já estava acertado, os conselheiros aprovaram esse terceiro uniforme ainda na nossa gestão. Peres também me acusou de fazer esse contrato e descumprir o estatuto, mas nem o estatuto do clube ele conhece. Ele que mostre qual a cláusula que descumpri nessa questão. O estatuto do Santos proíbe venda e contratação de jogador sem aprovação do conselho três meses antes do pleito. Para outros negócios não há restrições. Ele é presidente e mostra total desconhecimento do estatuto, o que por si só é uma temeridade. O contrato que firmamos com a Umbro foi o melhor da história do clube. Em 2015, pegamos o clube sem contrato com fornecedor de material esportivo. A gestão anterior firmou um contrato com um varejista, o que deixou outros pontos de venda revoltados, e nenhum vendia mais camisas do Santos, o que resultou em queda de venda e material e de royalties. Após isso, fizemos uma licitação e voltamos com a Umbro, fornecedor parceiro de conquistas relevantes do Santos nesse milênio. Desafio o presidente a mostrar o contrato anterior e o “novo” que ele firmou. E não vale a desculpa de que o anterior foi “rasgado” como ele afirmou em entrevista. É total falta de profissionalismo e de gestão rasgar qualquer contrato. Não é ele que afirma que é profissional do futebol? Não é assim que rege o mercado. Aliás, são dois meses de gestão e a gerência de marketing, especialidade do presidente, segundo ele próprio, já está ocupada? Não. As decisões do presidente são lentas porque ele não esperava vencer o pleito. Nem mesmo ele acreditava no que dizia. Mas os sócios acreditaram. Agora ele precisa fazer o discurso acontecer, tirar as ideias do papel, que aceita tudo. Daí falta competência e base, afinal, não é segredo, ele fez alianças com outros grupos que buscam o poder de qualquer forma no clube. Espero que o gerente de marketing, que eles criticaram tanto na nossa gestão, saia logo e as ações da área aconteçam. Afinal, essa foi a vontade dos sócios do Santos e essa vontade tem meu respeito. Tá na hora de trabalhar.

Teme uma auditoria para apurar sua gestão?

Não, até porque o Santos convive com auditoria há anos. E tenho plena consciência que não cometi nenhuma ilegalidade na presidência. Pegamos um clube em 2015 com oito folhas atrasadas, de salários, de direitos de imagem e mesmo do 13º. Em poucos meses, graças a um trabalho de gestão, as contas entraram no rumo. Com dificuldades, mas entraram. Podem auditar o que quiser. Façam com uma auditoria independente, séria, que não há problemas. Acho inclusive que devemos Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras fazer uma séria auditoria no G 4 Aliança Paulista. Errei ao não procurar os outros presidentes e promover isso. Afinal, o G4 nada faz há anos. E teve auditoria no G4? Auditoria tem empresa dirigida de forma séria. Comparem o balanço do Santos de 2014 com o de 2017, que será votado em abril. Lá estrará retratado de forma isenta a gestão do clube e como avançamos nesta questão. Quem não deve, não teme. Quem mente, sim!

Qual sua posição sobre a suspeita sobre as urnas nas quais você foi vitorioso na eleição e o episódio dos chineses que não sabiam em quem estavam votando?

Fiquei revoltado com a intimidação aos sócios feita durante o pleito. O sócio merece respeito, e com pré-julgamento e atitudes policialescas tentaram tratar os sócios como bandidos. Não o são. Sempre fui contra esse artigo que permite sócios com um ano de filiação votarem, aprovado na época em que o Orlando Rollo era vice-presidente do conselho. Sou favorável ao retorno do tempo mínimo de três anos de associação que vigorou até a eleição de 2009. Respeitado o direito dos atuais sócios. Quanto às urnas, elas são soberanas. Jamais concordei com nada ilegal e jamais quis deturpar a vontade dos sócios, quem constrangeu os sócios nas filas é que sim. Essas infundadas acusações são ridículas. Meus adversários deram coletivas dizendo que o Gaeco ia investigar. E até agora o Gaeco não se envolveu. Uma fake news como essa afirmação que eu deturpei o resultado das urnas. Não o fiz.

Mas a diferença de votos na última urna em Santos foi grande

Natural, veja as urnas foram divididas por tempo de associação. Os sócios votam de acordo com o grupo político que estava no poder na época de sua associação. É só ver que eu venci nas urnas em Santos, até chegar a gestão do Luiz Álvaro e voltei a vencer nos sócios que entraram nos últimos anos. É tendência.

Acho que foi um erro manter o criticado Dagoberto, que não era benquisto no vestiário, recebia salário de R$ 140 mil e bicho triplo?

Outra mentira. O salário do Dagoberto era menos que isso e ele não ganhava bicho, nem duplo e nem triplo. Essa é uma mentira que inventaram. Quem fala isso que prove. Se errei ao mantê-lo, eu conheço o mercado. O Santos teve o melhor custo-benefício do futebol brasileiro nos três anos de nossa gestão. Fruto do trabalho do Dagoberto. Executivo de Futebol é posição de confiança, confiava no trabalho dele e não vi motivos para mudar nos três anos. Pode ter sido um erro, na visão de alguns, mas eu sigo o que planejei na gestão e os resultados do Dagoberto falam pelo trabalho dele. Se ia seguir com a mesma filosofia em uma nova gestão é outra questão. Mas que o trabalho foi bem feito, foi.

Internamente dizem que sua gestão era um cabide de emprego, com 900 funcionários e salários fora do mercado, e que a nova gestão fez cortes que adequaram o orçamento de R$ 2 milhões de reais.

Mais uma mentira. Tínhamos cerca de 300 funcionários no clube, contando os atletas. Poucos serviços foram terceirizados. Havia sim, contratações pontuais para serviços específicos, como porteiros, seguranças, árbitros e bandeirinhas para os jogos. E o Peres e os outros adversários contabilizavam todos eles, por um questionamento da antiga Comissão Fiscal. Imagina se eu pudesse demitir um juiz que prejudicou o Santos. Ridículo. O próprio Peres já falou em entrevistas em 900, 400, 300 funcionários. Ele nem sabe. O que vale é dizer a mentira que diminuiu a Folha. O que não deve ser verdade e vamos acompanhar no Conselho. Afinal, só para dar um exemplo, eles demitiram o gerente do CT Meninos da Vila e contrataram três pessoas para o lugar dele. Todas indicações políticas. Duvido que gastando menos. Peça ao Peres que mostre os números, os direitos trabalhistas pagos, as demissões. Ele mostra? Não. Nem mesmo sabe quantos demitiu. E nem quantos contratou, já que conforme o [repórter] Samir Carvalho noticiou no próprio UOL que ele baixou portaria dizendo que só ele contrata. Mas, antes da portaria não era? Quem manda no Santos?

Por meio de sua assessoria de imprensa, José Carlos Peres respondeu aos comentários específicos de Modesto sobre ele:

“O Peres assumiu o clube e demorou para anunciar seus gestores, seu homem do futebol caiu em 45 dias, sem sequer ter contrato assinado, e mostra total desconhecimento do fluxo de caixa… Ou seja, foi eleito presidente e só saiu candidato pelo seu desejo pessoal e não se preparou para enfrentar os desafios da função. Ele não esperava vencer”

Resposta de José Carlos Peres: “Foi nossa proposta e por saber que ela será cumprida que fomos eleitos, quando um profissional necessitar ser substituído, será. Sempre farei o que for mais importante para o Santos. Diz o ditado popular que errar é humano, mas persistir no erro é burrice.”

“Agora o Peres quer trazer os ídolos de volta e demite campeões do mundo como Clodoaldo, da Libertadores, como Elano, campeões paulistas como Juary, João Paulo, Nenê e Marcelo Fernandes. Fora o que o pessoal ligado a ele espalha por aí de salários com valores mentirosos pagos a outros ex-jogadores. Isso é faltar com o respeito com os ídolos do clube”

Peres: “Tenho a responsabilidade e compromisso com o Santos, gostaria de poder contar muito com quem fez parte da história de conquistas no Santos, porém preciso honrar com os salários assumidos e se não há como, é melhor ter a dignidade de dispensar quem não se pode pagar. Temos um time que necessita desses recursos e não posso atrasar salários e viver de desculpas. Meu compromisso é organizar e reequilibrar financeiramente o clube”

“Desafio o presidente a mostrar o contrato anterior e o “novo” que ele firmou. E não vale a desculpa de que o anterior foi “rasgado” como ele afirmou em entrevista. É total falta de profissionalismo e de gestão rasgar qualquer contrato. Não é ele que afirma que é profissional do futebol? Não é assim que rege o mercado. Aliás, são dois meses de gestão e a gerência de marketing, especialidade do presidente, segundo ele próprio, já está ocupada? Não. As decisões do presidente são lentas porque ele não esperava vencer o pleito. Nem mesmo ele acreditava no que dizia”

Peres: “Em relação ao contrato de fornecimento de material esportivo, deixo claro dois aspectos: O contrato foi feito dentro de um período proibido pelo estatuto do Santos, em virtude do período eleitoral, e refeito atendendo às leis do clube e em melhores bases financeiras. Estamos escolhendo no mercado um profissional que venha comprometido e sabendo da responsabilidade que temos com o Santos. Esse profissional vem para fazer parte de um projeto que visa resgatar a credibilidade do clube, por isso temos um compromisso, o de errar o menos possível. O Santos está sempre em primeiro lugar”

“Acho inclusive que devemos Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras fazer uma séria auditoria no G4 Aliança Paulista. Errei ao não procurar os outros presidentes para promover isso. Afinal, o G4 nada faz há anos. E teve auditoria no G4? Auditoria tem empresa dirigida de forma séria”

Peres: “Estamos muito próximos de fechar com a empresa que vai fazer a auditoria do clube, algo que todos querem por aqui. Aí vamos deixar muito claro se houve, ou não, uma péssima administração do presidente que saiu. Se não houver uma auditoria no G4, e existem quatro clubes sócios, foi porque tudo foi feito dentro da maior lisura. Não entendo o desespero do ex-presidente, se tudo estivesse bem, eu não teria sido eleito, e se tudo estivesse bem, não seria necessário cortar na carne como estamos fazendo”

“O próprio Peres já falou em entrevistas em 900, 400, 300 funcionários. Ele nem sabe. O que vale é dizer a mentira que diminuiu a folha”

Peres: “Foram cerca de 300 pessoas que deixaram seus postos, uns foram demitidos, outros não tiveram seus contratos renovados. A economia já chega a R$ 2 milhões por mês, R$ 24 milhões por ano, e ainda estamos analisando os números, temos responsabilidade e vamos fazer as mudanças necessárias para que o Santos possa estar equilibrado e com profissionais que recebam em dia. Como você vai cobrar alguém, se você não paga em dia?”

 

 

 

 

 

 


Santos fecha com Globo contrato do Brasileiro para TV aberta e pay-per-view
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Eduardo Ohata

O Santos fechou com a Globo contrato de TV aberta e pay-per-view para o Brasileiro durante o período entre 2019 e 2024.

Na TV fechada, Modesto Roma, antecessor do atual presidente José Carlos Peres, havia fechado com o canal Esporte Interativo. Na gestão de Modesto, o Santos havia se aliado a Atlético-PR e Coritiba, no grupo de clubes a impor uma “linha dura” frente à Globo. Havia até uma ideia de as transmissões das partidas serem realizadas de forma independente, sem exibição pela emissora carioca.

Peres, porém, foi na contramão de Modesto e abriu uma linha de diálogo com a Globo, mesma posição de outros candidatos oposicionistas durante a campanha eleitoral. Santos é, ao lado do Corinthians, o segundo grande de São Paulo a fechar contrato de TV aberta e pay-per-view com a Globo. São Paulo e Palmeiras ainda não assinaram.

O Santos é o quarto clube a ter assinado com o canal do Grupo Turner que fecha com a Globo um contrato que abrange TV aberta e pay-per-view. Os outros são Ponte Preta, Paraná e Ceará.

No total, o Grupo Globo fechou com 28 clubes contratos relativos às edições do Brasileiro a partir de 2019.

“José Carlos Peres e o comitê de gestão comemoram um acordo onde marcas maravilhosas como a Globo e Santos Futebol Clube se unem para um futebol mais democrático, e juntos vão trabalhar para que este produto finalmente se transforme em entretenimento e alegria dos clientes [torcedores]”, comemorou o presidente santista, José Carlos Peres. “Esta parceria será sem dúvida a da participação visando resultados.”

“Com orgulho e alegria, confirmamos hoje acordo com o Santos referente aos direitos de TV aberta e pay-per-view da Série A para as próximas temporadas, reforçando assim o conjunto de clubes no novo modelo 2019 a 2024”, confirmou Fernando Manuel Pinto, diretor de direitos esportivos do Grupo Globo. “O reforço é de peso: o Santos é o Reino do Futebol como corretamente indica aquela faixa habitualmente vista na Vila Belmiro. Agradeço pela confiança e diálogo construtivo desenvolvido com o Santos.”

 


Novo presidente do Santos abre diálogo com a Globo, na contramão de Modesto
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Eduardo Ohata

O recém-eleito presidente do Santos, José Carlos Peres, abriu um canal de comunicação com a Globo. Sua posição vai na contramão da postura pública de seu antecessor, Modesto Roma Junior, em relação à emissora.

Os três candidatos de oposição, incluindo Andres Rueda, que passou a integrar o conselho gestor do clube, eram favoráveis a estreitar os laços com a Globo, até para entender e tentar reverter uma das maiores reclamações da torcida, a escassez de jogos do Santos na TV aberta. Por outro lado, há da parte da Globo o desejo de esclarecer que não há nenhum tipo de boicote ao clube, e demonstrar que as decisões de programação passam por critérios estritamente técnicos.

A aproximação de Peres à Globo não significa que o Santos deixará de cumprir o contrato assinado durante a gestão de Modesto com o canal por assinatura Esporte Interativo referente às partidas do Brasileiro a partir de 2019. Essa hipótese já foi afastada pela atual gestão. Mas deve entrar na pauta entre cartola e emissora a negociação dos direitos de TV aberta e pay-per-view dos jogos do Brasileiro de 2019 a 2024.

“Entendemos os veículos de mídia e imprensa como parceiros, e não inimigos. Não nos cabe pré-julgamento. Nos cabe ouvir a todos para buscar o melhor para o clube. E isso inclui, claro, ouvir um grande player como a Rede Globo. Queremos ouvir a Globo para negociarmos o que for melhor para o Santos. É esse ‘melhor para o Santos’ que não abrimos mão”, explica Peres.

O meio-campo, segundo pessoas próximas a Peres, foi trabalhado pela TV Tribuna, afiliada da Globo em Santos. Em questão de dias após a cerimônia de posse do cartola, aconteceu um encontro entre Peres e um representante da emissora, que deixou a reunião com uma boa impressão, o blog apurou.


Empresa retira nome do novo presidente do Santos de ação de despejo
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Eduardo Ohata

O nome do novo presidente do Santos, José Carlos Peres, foi retirado do processo de despejo e pagamento de dívida contra o G4, entidade que tem à sua frente Peres. A ação, que agora tem como alvo apenas o G4, foi movida pela Laticínios Catupiry Ltda.

Peres era citado até a noite desta quinta (28) na versão online do processo, o que deixou de acontecer nesta sexta (29). Segundo a assessoria do clube, apesar de Peres ainda estar no comando do G4, foi argumentado que por Peres não ser uma pessoa jurídica, inexistiria motivo para ele ser citado. Após essa argumentação, segundo a assessoria de imprensa do Santos, a autora da ação concordou em pedir que seu nome fosse retirado.

Por conta de ter vencido a eleição no Santos, Peres pretende se desligar do G4 dentro dos próximos dias.

O G4 é um grupo formado por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, que dão à entidade o direito sobre as marcas dos clubes e a retenção de um percentual por negócios gerados. Nenhum dos clubes havia sido denunciado no processo, só o G4 e Peres.

Desde que foi fundado, em 2010, o G4 gerou um valor de cerca de R$ 80 milhões aos clubes em licenciamentos, de acordo com cálculo de Peres.

A inadimplência aconteceu após os clubes terem deixado de contribuir financeiramente com os cofres do G4, justificou fonte com trânsito na entidade ouvida pelo blog.

A assessoria do Santos, procurada pelo blog na quarta-feira (27), inicialmente havia optado por não se pronunciar sobre o assunto. Posteriormente, após a publicação do post nesta quinta (28), enviou ao blog uma nota da empresa na qual ela pedia aditamento do texto com a exclusão do nome de Peres, após consulta online do blog, reconheceu que isso não havia acontecido até a tarde desta quinta, e apontou que a alteração ocorreu nesta sexta-feira (29).

 

 

 

 


Novo presidente do Santos é alvo de ação de despejo por inadimplência
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Eduardo Ohata

O novo presidente do Santos, José Carlos Peres, é citado, juntamente com o G4, entidade que tem à frente o cartola, em um processo de despejo e pagamento de dívida, distribuído na 19ª Vara Cívil, e cujo valor nominal é de R$ 46,3 mil. Peres, por conta de ter vencido as eleições no Santos, pretende se desligar do G4 dentro dos próximos dias.

O autor da ação é a Laticínios Catupiry Ltda, e a decisão está prevista para o próximo dia 5.

O G4 é um grupo formado por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, que dão à entidade o direito sobre as marcas dos clubes e a retenção de um percentual por negócios gerados. Porém nenhum dos quatro clubes é denunciado no processo, apenas Peres e o G4.

A proprietária do imóvel alega no processo que firmou com os réus um contrato de aluguel para fins comerciais e que o locatário deixou de pagar todos os encargos da locação. Além do despejo, requer o pagamento do valor em atraso.

A inadimplência aconteceu após os clubes terem deixado de contribuir financeiramente com os cofres do G4, justificou uma fonte com trânsito na entidade ouvida pelo blog.

Outro lado

A assessoria de imprensa do Santos, que fora contatada pelo blog nesta quarta-feira (27) e havia optado por não se pronunciar, encaminhou na tarde desta quinta (28), após publicação do post, nota da Laticínios Catupiry Ltda., endereçada ao juiz responsável pelo caso, pedindo aditamento no texto do processo com readequação do valor da causa para R$ 32 mil e a exclusão de Peres do rol dos réus, mantendo apenas o G4.

Sobre o fato de o nome de Peres ainda constar do processo até a tarde desta quinta, a assessoria esclareceu que esse fato será corrigido após o ajuizamento do caso.

 


‘Globo Esporte’ não cita resultado da eleição no Santos e irrita torcedores
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Eduardo Ohata

Torcedores santistas se irritaram ao perceber que a edição do “Globo Esporte” desta segunda-feira (11) não trouxe o resultado da eleição no Santos realizada no último sábado. Alguns deles reclamaram de “má vontade” da emissora para com o clube.

O programa vai ao ar de segunda a sábado.

Procurada pelo blog, a Globo explicou que houve um problema técnico que impossibilitou a exibição da matéria, mas que a edição desta terça-feira (13) trará uma matéria apresentando o vencedor do pleito, José Carlos Peres.

A eleição santista, inclusive o resultado, teve ampla cobertura em outras plataformas do Grupo Globo.


‘A Globo não é o Lobo Mau do Santos’, dispara pré-candidato da oposição
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Eduardo Ohata

O empresário Andrés Rueda, 61, um dos pré-candidatos de oposição na eleição presidencial no Santos, tem como uma das plataformas eleitorais a abertura de uma maior linha de diálogo com a TV Globo, o que vai no sentido contrário da atual gestão, capitaneada por Modesto Roma, que já anunciou que tentará a reeleição à presidência do clube da Vila Belmiro.

Andrés Rueda, um dos pré-candidatos à presidência do Santos

Rueda já é conhecido no Santos. Além de ter integrado o conselho gestor da atual gestão, Rueda emprestou ao clube R$ 1,1 milhão que possibilitou a contratação do meia Lucas Lima. Segundo o empresário, proprietário da Uranet, empresa que atua na área de projetos de sistemas, sua saída do conselho não teve a ver com o empréstimo.

“A dívida foi repassada do clube a fornecedores, não havia impedimento para eu participar do conselho gestor, além do mais esse dinheiro já foi pago”, argumenta Rueda, sobre a insinuação de um possível conflito de interesses no passado.

O lançamento da pré-candidatura, agora em oposição à atual gestão, é justificada sob o argumento de que pretende ser uma opção à cultura tradicional dos cartolas do futebol. O plano, segundo ele, é implantar conceitos de gestão empresarial ao Santos, separando o futebol do cenário político do clube.

Rueda revelou ao blog a plataforma da Santástica União. Três dos principais itens:

Relação do clube com a TV Globo

“Não concordo com o relacionamento da atual gestão com a Globo, tem que parar com esse negócio de que a Globo é o monstrinho, o Lobo Mau, e o Santos a Chapeuzinho Vermelho; acredito que uma das primeiras coisas a ser feitas [se for eleito] será chamar Globo para sentar e conversar, assim como todos os parceiros. Acredito que a relação da atual gestão do clube com a Globo [assinatura com o Esporte Interativo sem ouvir a proposta da Globo e o episódio Eric Faria] tem a ver com o desaparecimento do Santos da TV aberta.”

Encolhimento da torcida

“Está para sair uma pesquisa que mostra que houve uma reação nesse sentido, foi registrado um crescimento. Para rejuvenescer a torcida, podem ser pensados convênios com a Prefeitura e o Governo do Estado, que têm à frente dois santistas [João Dória e Geraldo Alckmin], para levar a garotada das escolas aos estádios. Outra coisa, tem que acabar essa rivalidade entre torcedores que moram em Santos e em São Paulo. Quando o jogo for na Vila Belmiro, temos que pensar em um sistema que facilite a ida dos sócios adimplentes à Baixada, assim como tem que haver uma forma de facilitar a vinda dos sócios adimplentes da cidade de Santos para São Paulo quando a partida for no Pacaembu.”

“Big Brother” nas reuniões do conselho gestor

“Quero que as atas das reuniões do conselho gestor fiquem à disposição, algo que já estava previsto mas que nunca foi colocado em prática. O melhor mesmo, na minha opinião, seria filmar as reuniões, cada um dos membros do conselho teria de arcar com a responsabilidade de suas decisões sem ter condições de negar depois. Cada um dos membros do conselho representa uma base, com dezenas de conselheiros e sócios, e tem que dar satisfação para eles.”

 


Globo insiste em Corinthians e Santos (Libertadores) terá só exibição local
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Eduardo Ohata

A Globo repetirá nesta quarta-feira o esquema de transmissão para a TV aberta adotado na semana passada, com Racing x Corinthians, pela Sulamericana, e Grêmio x Botafogo, pela Libertadores, para a rede.

A partida do Corinthians será exibida na TV aberta para todo o estado de São Paulo e o jogo do Santos, contra o Barcelona, pela Libertadores, em casa, para a baixada santista.

Havia a possibilidade de o esquema ser invertido, com o duelo do Santos passando para todo o estado. Um dos cenários que permitiria tal mudança seria o Corinthians aplicar uma goleada no Racing no jogo de ida, que tirasse a atratividade da partida de volta.

Na Globo, a escolha é justificada pelo momento do Corinthians, que segue na liderança do Brasileiro. Além disso, tradicionalmente, há o argumento de que o time do Parque São Jorge atrai mais audiência.

A partida de volta do Santos com o Barcelona será transmitido na TV por assinatura pela Fox Sports 2.

Apesar de ter registrado menos audiência do que Corinthians x Racing (1,35 pontos de audiência, no Fox Sports), Santos x Barcelona (0,89 ponto, no Fox Sports 2) atingiu números considerados bons, já que o Fox Sports está em mais pacotes do que o Fox Sports 2.

Na Vila Belmiro, a Libertadores é tratada como prioridade. Além disso, a Conmebol já enviou comunicado ao Santos com informações sobre ingressos e pacotes de viagem para o Mundial de Clubes. O clube só irá ao Mundial se for campeão da Libertadores.

 


Fifa deixa congelado prêmio de Mundial de Clubes; veja quanto campeão leva
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Eduardo Ohata

A Fifa repetirá na edição do fim do ano do Mundial de Clubes a premiação da edição passada da competição.

Entre os clubes brasileiros, têm chance de ir ao Mundial Botafogo, Grêmio e Santos. O trio luta para ir à competição por meio da Libertadores, cujo vencedor será o representante da Conmebol no Mundial que será disputado nos Emirados Árabes.

As três equipes entram em campo pelo torneio continental nesta quarta-feira (13).

A entidade que controla o futebol mundial encaminhou aos clubes que participam das quartas-de-final da Libertadores comunicado, ao qual o blog teve acesso, com as premiações de 2017, que repetem os valores da temporada passada.

O campeão levará US$ 5 milhões (R$ 15,5 milhões); o vice, US$ 4 milhões (R$ 12,4 milhões); o terceiro colocado, US$ 2,5 milhões (R$ 7,75 milhões). A partir do quarto colocado, as premiações vão diminuindo em US$ 500 mil de acordo com a colocação até o sétimo colocado, que levará para casa US$ 500 mil (R$ 1,55 milhão).

Em uma aparente contradição, o campeão da Libertadores embolsará mais do que o campeão do Mundial de Clubes. Se Grêmio ou Santos, que entraram na fase de grupos da competição continental, levantar o troféu, ganhará US$ 7,75 milhões (R$ 24 milhões). Além da premiação fixa de US$ 3 milhões (R$ 9,3 milhões), há distribuição de bônus pela participação nas fases da Libertadores.

É justamente essa característica de competição de fôlego da Libertadores que permite que seu ganhador receba mais do que em um eventual título do Mundial de Clubes.

A Fifa também divulgou os valores oficiais dos ingressos do Mundial, que já tem garantidas as participações de Real Madrid, Pachuca, Auckland City e Al Jazeera.

A disputa pelos direitos de TV do Mundial de Clubes não animou as emissoras de TV e encalharam no Brasil. A versão estendida da Libertadores também causou problemas de logística para a competição.


Mundial de Clubes encalha no Brasil, e Fifa adia leilão por direitos de TV
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Eduardo Ohata

O leilão dos direitos de TV do Mundial de Clubes da Fifa não atingiu, pela segunda vez seguida, o patamar mínimo esperado, mas desta vez a entidade que controla o futebol mundial decidiu encerrar o leilão atual e adiar a realização de uma nova rodada de lances.

Esta já era a segunda rodada de lances convocada pela Fifa.

Os lances da segunda rodada foram feitos enquanto o Palmeiras ainda estava vivo na Libertadores, cujo campeão garante vaga em uma das semifinais do Mundial, que este ano será realizado nos Emirados Árabes.

Em um cenário com a possibilidade de o Palmeiras participar do Mundial de Clubes, o apetite por seus direitos era maior. Não apenas pelo “nome” do Palmeiras, mas por conta de sua patrocinadora, a Crefisa.

Executivos de TV argumentam que, com o Palmeiras no Mundial, haveria o interesse natural da financeira em adquirir cotas de TV do Mundial. Não é segredo que um dos objetivos da dona da Crefisa, Leila Pereira, é ver o clube do Parque Antarctica ganhar o Mundial.

Assim, a eliminação do Palmeiras diminuiu o apetite das emissoras.

Agora, restam três times brasileiros no torneio continental: Santos, Grêmio e Botafogo. Se nenhum brasileiro se classificar ao Mundial, a Fifa corre o risco de ver o torneio ficar ainda mais desvalorizado no país.

Um terceiro fator que trabalha contra as chances do Mundial são os planos da Fifa de substituí-lo por um outro modelo. No mercado, o raciocínio é o de que os planos da Fifa servem como uma admissão de que o formato atual não está funcionando. A analogia é com o modelo de um carro que já se sabe que será substituído daqui a seis meses: “Quem terá o interesse de comprar o modelo atual?”.

A escassez de tempo entre a final da Libertadores e a estreia de seu campeão no Mundial de Clubes se transformou em problema de logística: entre a segunda partida da final da Libertadores, em 29 de novembro, e a estreia do representante sul-americano na competição, em 12 de dezembro, há uma janela de menos de duas semanas.

Há também a questão de prioridades, já que os próximos meses acontecerão os leilões dos direitos dos jogos da seleção, Champions e Libertadores, entre outros direitos de TV, conjugada à forte crise financeira que o país atravessa, que afetou negativamente o mercado publicitário.

Os direitos do Mundial de Clubes já foram definidos em outros mercados que têm representantes na Libertadores, como é o caso da Argentina. Lá, a Fox Sports adquiriu os direitos de TV.