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Arquivo : Sportv

Assinante ajudará a definir qual clube levará maior quinhão do pay-per-view
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Eduardo Ohata

Como resultado da disputa entre Globo (por meio do SporTV) e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, a Globosat já colocou em teste um novo critério para a divisão para os clubes de futebol da renda do pay-per-view dos jogos do Nacional. E é o assinante que ajudará a definir qual clube receberá o maior quinhão da venda de assinaturas do canal Premiere, este blog apurou.

A ideia é criar um banco de dados de assinantes do Premiere, com a informação de para qual time ele torce.

A divisão do “bolo” será proporcional à representatividade de cada clube. Ou seja, quem tiver mais torcedores entre os assinantes do Premiere, receberá mais dinheiro, e assim sucessivamente.

O levantamento usará como ferramenta de autenticação o cadastro do Premiere Play (aplicativo por meio do qual o assinante assiste a programação do Premiere no tablet, computador e celular). Para fazer o cadastro é pedida senha e login, disponibilizados individualmente pelas operadoras aos assinantes. Desta forma, somente o titular da assinatura do pay-per-view poderá participar.

Popularidade não garantirá maior renda para os clubes, mas sim o número de torcedores que pagam a assinatura do pay-per-view.

O objetivo inicial é que esse levantamento possa identificar o time de 80% da base de assinantes, e dividir essa informação com os presidentes dos clubes durante a reunião anual para aprovação (ou não) dessa metodologia. Em um primeiro momento, esses resultados serão utilizados de forma meramente ilustrativa, não interferindo na divisão da receita entre os clubes em 2016.

Caso haja consenso entre os clubes, será iniciada negociação para que esses dados sejam usados no cálculo da divisão do repasse, possivelmente a partir de 2018.

O Premiere está comunicando, durante as transmissões dos jogos ao vivo, por meio de chamadas dos narradores e insert animado, e informando o endereço do hotsite onde o assinante poderá indicar o clube para o qual torce (www.premiere.tv.br/seutime)

Atualmente, a divisão do repasse da receita do pay-per-view aos clubes é feita com base em duas pesquisas, realizadas anualmente pelo Ibope e Datafolha, com base em amostragens. Essa metodologia já causou muitos questionamentos da parte de dirigentes.

Cartolas aproveitaram a disputa entre Esporte Interativo e Globosat pelos direitos do Brasileirão na TV fechada para apresentar um pacote de reivindicações, entre elas uma forma mais precisa para medir a audiência e a divisão de receitas do pay-per-view.

 


Na Rio-16, Sportv planeja como cobrir de ato terrorista a beijo em repórter
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Eduardo Ohata

A possibilidade de atentados terroristas durante a Rio-2016 está contemplada no plano de contingência do SporTV, canal por assinatura oficial dos Jogos Olímpicos. Além de planejar a estratégia em caso de uma eventual cobertura de atentado, procedimentos para lidar com manifestações de cunho político e até beijo em repórter durante transmissão são estudados pela cúpula da emissora.

“Se acontecer um atentado no Parque Olímpico, quanto tempo leva de nosso estúdio lá em frente, onde haverá uma equipe 24 horas, até o local? O caminho estará interditado? Haverá barreiras? Quem seria escalado para essa cobertura? Com base em perguntas como essas, para cada cenário possível que levantamos, é traçado um plano de ação”, explica Bianca Maksud, diretora de Marketing e Produto dos canais SporTV.

No caso de se repetirem manifestações de cunho político, que marcaram a Copa das Confederações, em 2013, a ordem é para “não usar carro adesivado com o logo do SporTV”.

Há também orientações para situações inesperadas, pouco usuais, mas que não representam perigo. Longe disso.

“Se não há agressão, é algo que não leva perigo, como uma torcedora abraçar ou beijar o repórter [como aconteceu com Thiago Crespo na Euro], a orientação é manter o bom-humor.”

Na dinâmica dentro do estúdio, haverá novidades em relação à Copa do Mundo.

Em vez de haver às vezes até quatro profissionais fazendo traduções simultâneas em quatro línguas diferentes, o que por vezes pode se tornar confuso, desta vez os comentaristas estrangeiros e o mediador André Rizek darão suas opiniões em uma só língua, o inglês.

(A única exceção será o cubano Javier Sotomayor, que terá um tradutor de castelhano).


Futebol ditará quantos esportes SporTV exibirá simultaneamente na Rio-2016
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Eduardo Ohata

O SporTV, braço de TV por assinatura da Globo, terá até 16 canais para transmitir competições olímpicas durante a Rio-2016. Porém, por questões técnicas, dividirão o mesmo espaço (frequências) hoje ocupadas pelos canais do Premiere, pay-per-view de futebol.

Ou seja, quando houver jogos do Brasileiro no Premiere, já que o Nacional prosseguirá durante a Olimpíada, menos canais estarão disponíveis para a transmissão das competições e eventos olímpicos. A Olimpíada acontece entre 5 e 21 de agosto.

Por exemplo, durante a 19ª rodada do Brasileiro, na qual há pelo menos quatro jogos no dia 7, um domingo, que começam às 16h ou 16h15, a grade olímpica terá que “devolver” nesse período quatro canais para o Premiere. Ou seja, de 16 canais transmitindo ao vivo eventos olímpicos, esse número baixará para 12 canais durante esse período.

Os 16 canais SporTV terão forçosamente que dividir as frequências com o Premiere porque as operadoras de TV por assinatura têm um número finito de frequências para usar.

Por isso mesmo elas não podem adicionar canais às suas grades a seu bel-prazer. Se uma operadora começa a colocar no ar uma quantidade de canais acima de sua capacidade a qualidade do sinal piora.

A Globosat argumenta que não haverá prejuízo algum para o telespectador, já que os destaques da Olimpíada serão transmitidos sempre nos canais SporTV de 1 a 3.

O rodízio com os canais do Premiere também levantaram outra preocupação: Como eles têm numeração muito superior aos três canais SporTV (outra questão discutida no momento com as operadoras), como o telespectador faria para localizá-los?

Assim, excepcionalmente durante a Rio-2016, entrará no ar o canal SporTV 4, que será um mosaico com tudo o que estará sendo exibido nos outros canais para orientar o assinante na hora de procurar pela modalidade que ele quiser acompanhar. Na grade, ele ficará “colado” nos três canais SporTV tradicionais.

Para minimizar o impacto do futebol na cobertura olímpica, a Globosat estuda suspender a exibição durante o período da Olimpíada de programas dos clubes, como o “Vai, Corinthians”, “São Paulinos”, “Universo Santástico” e “Palmeiras na TV”, o que abriria espaço para mais exibição ininterrupta dos eventos olímpicos.

 

 


Clubes fechados com a Globo até 2020 estendem vínculo por mais quatro anos
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Eduardo Ohata

O vínculo da Globo com os sete clubes que haviam fechado com ela contrato para a transmissão do Brasileirão na TV fechada até 2020 foi estendido por mais quatro anos, até 2024. Ou seja, agora todos os times que renovaram com a Globosat têm contrato até 2024.

Os clubes, cujos contratos foram estendido em diferentes momentos, são Corinthians, Vasco, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Sport e Vitória, que reformulou seu contrato nesta segunda-feira (30).

O novo modelo prevê o novo rateio entre os clubes na proporção de 40% (a ser dividido equitativamente entre os times), 30% (baseado em resultado em campo) e 30% (de acordo com a audiência do time) a partir de 2019.

O Sportv, braço na TV fechada da Globosat, enfrenta a concorrência do Esporte Interativo pelo Brasileiro de 2019 a 2024.

Para transmitir uma partida de futebol, os dois times têm que estar fechados com o mesmo canal. As partidas nas quais uma equipe fechou com uma emissora e a outra com outro canal, não serão transmitidos na TV fechada, conforme manda a legislação brasileira. Ou seja, a transmissão não é definida pelo mando de campo.

O Esporte Interativo também busca fechar contratos com os clubes até 2024.

Há situações, porém, em que isso não é possível, como o caso do Internacional.

“O Internacional fechou com a Turner só até 2020 porque o estatuto proíbe que um presidente feche acordos comerciais cuja abrangência extrapole em mais de quatro anos o fim de seu mandato”, argumenta Marcelo Feijó de Medeiros, ex-vice de futebol do clube. “Exceções podem ser permitidas se forem aprovadas pelo conselho deliberativo, o que não aconteceu.”

A Globosat fechou com pelo menos 17 clubes: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem pelo menos 13 equipes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta e Sampaio Corrêa.

Globosat e Esporte Interativo afirmam ter assinado com Santa Cruz e Figueirense e seus respectivos casos podem ser decididos na Justiça.

O único clube grande que ainda não fechou com nenhuma das emissoras é o Palmeiras.

 

 


Popó pede vaga par lutar na Rio-2016 e argumenta ser ‘resultado garantido’
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Eduardo Ohata

 

O ex-campeão mundial de boxe Acelino “Popó” Freitas, 40, se colocou à disposição da Confederação Brasileira de Boxe para representar o Brasil na Olimpíada do Rio-2016. A Aiba (Associação Internacional de Boxe) decide em assembleia no próximo dia 1º se permitirá ou não a participação de pugilistas profissionais na competição nos Jogos Olímpicos do Rio.

“Se a confederação permitir, quero participar da Olimpíada, seria uma honra, um sonho, poder representar o país”, afirmou Popó a este blog. “Tem gente que participou de três, quatro, cinco olimpíadas e nunca trouxe nada. Comigo, é resultado garantido.”

“Queria muito ter participado da Olimpíada de Atlanta [em 1996], mas por causa da minha situação financeira tive que passar para o profissionalismo antes [dos Jogos] para não passar fome”, complementa o boxeador, que tem como principal incentivador na empreitada olímpica Armando Fernandes, proprietário da Monumento Sports, que apoia Popó desde a época do amadorismo.

O baiano, que como profissional foi campeão mundial nas categorias superpena e leve, tem uma motivação especial para integrar a seleção olímpica. “Dizem que o [Manny “Pacman”] Pacquiao vai participar da Rio-2016, para mim seria uma honra enfrentá-lo.”

Há tempos Popó insiste em enfrentar o filipino. “Seria uma disputa entre dois boxeadores que se tornaram políticos”, não se cansa de repetir Popó, que ocupou uma cadeira no Congresso como deputado federal pela Bahia.

Popó, que pesa atualmente 78 quilos, afirma que poderia competir em qualquer categoria entre 64 quilos e 69 quilos, já que durante sua carreira conseguia perder vários quilos às vésperas de suas lutas. Se a Aiba aprovar a participação de profissionais e Pacquiao confirmar sua participação, o filipino deverá competir na categoria até 64 quilos (meio-médios).

“Já estou acertado como comentarista na Olimpíada do [canal] Sportv, mas abro mão disso se me derem a chance de competir na Olimpíada.”

Da parte da confederação, não haveria objeção, caso a Aiba aprove a participação de profissionais nos Jogos.

“É quase certo que a Aiba irá aprovar a mudança”, afirma Mauro Silva, presidente da CBBoxe. “Se o Popó quiser, ele pode disputar a vaga da categoria até 79 quilos [médios] com o Roberto Custódio. Eles fariam um confronto entre eles e o vencedor iria para o Azerbaijão, em julho, buscar a classificação olímpica.”

“Mas não sei se o Popó poderia participar por conta da idade”, aponta Silva. “O regulamento atual proíbe quem tem mais de 40 anos de participar de Olimpíada, e o Popó completará 41 anos em setembro [a Olimpíada acontece em agosto]. Mas isso pode mudar.”


Globo fecha com mais 2 clubes e atinge 17 na TV fechada, rival acerta com 9
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Eduardo Ohata

A Globo fechou com mais dois clubes a renovação dos direitos de TV do Brasileiro a partir de 2019. Agora, com Goiás e Londrina, com quem acaba de assinar, a Globosat contabiliza um total de 17 times. O canal Esporte Interativo, com quem a Globosat trava um duelo pelos direitos de TV fechada, oficialmente acertou com 9 agremiações.

Para poder transmitir uma partida, cada canal terá que ter contrato com os dois times. Ou seja, várias partidas não serão transmitidas pela TV fechada, já que os clubes estão assinando individualmente com o canal de sua preferência.

“O Goiás é um time conservador, então pesou o bom histórico que o clube tem com a Globo”, explicou a este blog o presidente do clube, Sergio Rassi. “Também ficamos contentes com a nova forma de distribuição do dinheiro, na proporção de 40-30-30 [valor fixo, índice técnico e audiência], que se aproxima do padrão europeu e da mudança na forma de medir quanto cada clube vale no pay-per-view, que deixou de ser por meio de simples contato telefônico com assinantes do pacote.”

A Globosat, cujo canal de esportes é o Sportv, acertou com Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás e Londrina.

O Esporte Interativo fechou com Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Sampaio Corrêa, Paysandu e Coritiba.

Os dois canais cortejam o Palmeiras, principal time a não ter fechado com nenhuma das emissoras.

 

 


Globo agora ganha rivais também na disputa pelos direitos da Copa do Brasil
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Eduardo Ohata

Globosat, Esporte Interativo e Fox Sports abordaram a CBF interessados nos direitos de transmissão da Copa do Brasil, este blog apurou com uma fonte na CBF ligada diretamente às negociações de TV. A informação foi confirmada ao blog pelo representante de uma das TVs que conversou com a CBF no fim do ano passado e que foi informado pela confederação sobre a existência de outros interessados.

A CBF, porém, apesar do interesse das três emissoras, não abriu negociação com nenhuma das emissoras, por considerar “muito prematuro”. Afinal, o contrato em vigor da CBF com a Globo/Globosat para a transmissão da Copa do Brasil se estende até 2018.

A Fox Sports já exibe algumas partidas da Copa do Brasil por conta de um acordo de repasse com a Globosat.

O canal fechado Sportv, do sistema Globosat, e Esporte Interativo protagonizam uma disputa pelos direitos de 2018 em diante do Campeonato Brasileiro de Futebol  para a TV fechada. Atualmente os direitos são da Globo/Globosat, que já renovou com sete clubes: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e Atlético-MG.

Segundo clubes que negociam com o Esporte Interativo, o canal fixou o final desta semana como deadline para uma decisão dos clubes com quem negocia sua proposta.

O Esporte Interativo intensificou o diálogo com os clubes de futebol que ainda não fecharam com a Globosat depois de ter garantido sua entrada na grade da operadora de TV a cabo NET, fechada no fim do ano passado e concretizada este mês. Há, da parte do Esporte Interativo, a expectativa de entrar na grade de outra grande operadora, a Sky.

Com a Liga dos Campeões e Copa do Nordeste como principais atrações, o canal necessita de outras atrações de peso ao vivo para preencher a grade no período noturno e aos finais de semana. Como os direitos da Série B do Brasileiro foi renovada até 2020 com a Globosat, assim como os direitos do Paulista, as competições mais interessantes que ainda estão no mercado são o Brasileirão e a Copa do Brasil.

O Esporte Interativo, que foi adquirido pelo grupo Turner, chamou a atenção dos clubes ao ofertar uma soma que pode chegar a até entre cinco e seis vezes o que a Globosat paga pelos direitos em TV fechada, por concordar com o modelo inglês de distribuição do dinheiro, uma reivindicação dos clubes, e pelo fato de ter adquirido a Liga dos Campeões.

Mas quem conhece a fundo o funcionamento do sistema de pay-per-view alerta que a exposição de clássicos regionais, como o Grenal, pelo Esporte Interativo em suas praças pode prejudicar a atratividade do pay-per-view, o que pode mexer no bolso dos clubes. Hoje, 38% da receita do pay-per-view é direcionado para os cofres dos clubes de futebol.

Há o potencial também de que muitos jogos fiquem fora da TV por assinatura se parte dos clubes assinar com o Esporte Interativo e a outra parte permanecer com a Globosat. Segundo a legislação brasileira, não prevalece o mando de campo. Pela Lei Pelé, os dois times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que a partida seja transmitida.

Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que culminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo.