‘Black Fraude’ justifica adesão de peso ao impeachment no Corinthians
Eduardo Ohata
Um trio de conselheiros corintianos de peso aderiram esta manhã ao movimento que busca o impeachment do presidente corintiano, Roberto de Andrade, fragilizando ainda mais sua situação: Alexandre Husni, ex-presidente do Conselho de Orientação do clube, Carlos Senger, ex-presidente do conselho deliberativo, e o desembargador Celso Limongi, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Com a adesão do trio, a lista de conselheiros pró-impeachment passou, agora, de 70 conselheiros signatários. Para a a aprovação da iniciativa, é necessário que seja alcançada a maioria simples, ou seja, metade mais um do quórum presente no dia da eventual votação.
A base do pedido de impeachment é a acusação de ter assinado documentos do clube sem ter sido eleito, em fevereiro de 2015.
“Há fundamento jurídico que justifica a apuração”, argumenta Limongi. “Há algo que soa falso.”
Mas as adesões não se justificam só pelo cenário jurídico, mas pelo administrativo também.
“Há um ano, o Corinthians tinha um baita time. E o que aconteceu de lá para cá?”, questiona, de forma retórica, Husni. “Vendemos jogadores a preço de ‘Black Friday’ e compramos pela ‘Black Fraude’. Foram distribuídas este ano oito vagas para a Libertadores e o Corinthians não aproveitou nenhuma. Por quê no Corinthians se paga comissão na compra e na venda?”
O presidente do conselho deliberativo, Guilherme Strenger, enviou o pedido de impeachment à comissão de ética, que terá de produzir e encaminhar um parecer ao presidente do conselho para que ele submeta o pedido de votação.
Andrade, há algumas semanas, ficou internado por três dias no hospital Albert Einstein, por conta de uma angina.