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Possível oferta de US$ 60 bi em dinheiro ameaça união de Fox Sports e ESPN
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Eduardo Ohata

A aquisição de propriedades da Fox, incluindo os canais Fox Sports de territórios fora dos Estados Unidos, pela Disney, dona da ESPN, por US$ 52 bilhões, passou a ser ameaçada por uma possível oferta de US$ 60 bilhões, em dinheiro, da Comcast.

A operadora americana de TV paga pediu um empréstimo ponte a bancos de investimento para viabilizar a oferta. A Comcast levará adiante seus planos, dependendo da decisão positiva da Justiça americana de permitir ou não a compra da Time Warner pela AT&T, uma situação muito similar à eventual aquisição dos ativos da Fox por ela. Se a Justiça permitir a aquisição da AT&T, seria interpretado como um “sinal verde” aos planos da Comcast.

Coincidência ou não, fontes ligadas às emissoras no Brasil ressaltaram nos últimos dias que Fox Sports e ESPN não podiam ainda ser considerados co-irmãos, já que o negócio precisa do aval da agência antitruste americana. Por isso, repetiram, os dois canais não fazem “jogo de equipe” na compra de direitos de TV e tampouco “colocaram o pé no freio” nas negociações de aquisições de propriedades que os interessam. A justificativa vinha na forma de questões: “E se a aquisição for barrada nos EUA? Como é que fica o canal que deixar de adquirir programas e competições para sua grade confiando que tudo vai dar certo?”

Embora executivos da Disney tenham manifestado despreocupação em relação à oferta da Comcast, a cautela é adotada quando se fala no reflexo do negócio.

O vice-presidente executivo da ESPN, Russell Wolff, visitou afiliadas pelo mundo, incluindo a ESPN Brasil, explicando detalhes sobre a aquisição do Fox Sports, como o cronograma, e como a aquisição impacta o lançamento do aplicativo da ESPN, lançado há poucas semanas no mercado norte-americano.

Ele explicou que, se sair a aquisição da Fox pela Disney, que por seus cálculos levará ainda entre 12 e 18 meses, a ESPN terá uma gama de direitos de TV diferente da que o canal tem atualmente.

 

 


Prazo para definir TV que exibirá Francês expira. E Neymar é um dos motivos
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Eduardo Ohata

O prazo para análise dos lances do leilão dos direitos de TV do Francês no Brasil expirou, sem que fosse declarado um vencedor. Os lances encaminhados pelas emissoras de TV em meados de janeiro à agência BEin, que representa o torneio, perderam sua validade.

O título da temporada 2017/18 do Francês foi definido com cinco rodadas de antecedência neste domingo (15), com uma goleada de 7 a 1 do PSG, que garantiu o título, sobre o Monaco, campeão da temporada passada. A falta de competitividade do Francês, demonstrado pelo placar do fim de semana, foi apontado como um fator a trabalhar contra um leilão de TV bem-sucedido no Brasil.

Mas as dúvidas em torno do futuro de Neymar é que foram decisivas em deixar os executivos de TV inseguros em relação ao Francês. Os recorrentes rumores de que o brasileiro estaria insatisfeito no PSG e que deseja voltar à Espanha, aliados à contusão no pé direito do meia, fez com que executivos brasileiros decidissem por “não cometer loucuras” ao disputar os direitos, e até afugentou emissoras.

Atrapalhou também o afunilamento de diversos leilões de direitos esportivos nos últimos meses, como o das partidas da seleção brasileira e o da Libertadores, para citar apenas os dois mais aguardados.

A aposta do mercado, agora, é que os direitos de TV do Francês retornem ao mercado, com uma forte tendência de que o formato de leilão seja descartado, em favor do mesmo “corpo a corpo” que marcou a negociação dos direitos do Mundial de Clubes da Fifa, cujos direitos de transmissão foram definidos entre a Dentsu, representante da Fifa, e Globo apenas às vésperas do início da competição.

Inicialmente, o Francês, turbinado pela presença de Neymar no PSG, atingiu índices de audiência imbatíveis, catapultando SporTV e ESPN na liderança não apenas entre os pares esportivos, mas em toda a TV paga, incluindo canais de filmes, desenhos e variedades.

Antes da inesperada transferência de Neymar do Barcelona ao PSG, o Grupo Globo, detentor dos direitos do Francês, havia indicado que não pretendia renová-los.


Globo não recebe proposta e exibirá sozinha Brasileiro-2018 na TV aberta
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Eduardo Ohata

A Globo exibirá sozinha na TV aberta o Brasileiro-2018 que começa no próximo fim de semana. Nenhuma outra emissora apresentou proposta à Globo, que tampouco foi ao mercado buscar parceria, mas que sinalizou que estava aberta a negociar um sublicenciamento.

O Grupo Globo só fechou na TV por assinatura acordos de sublicenciamento de produtos como hightlights do Nacional, um pacote melhor do que o compacto que por lei é obrigado a ceder a outros canais, com a ESPN, e highlights e VT de jogos com o Fox Sports.

Na TV aberta, a mais tradicional parceira da Globo, a Band, que por anos exibiu partidas do Brasileiro e do Paulista, não fez proposta pelo Nacional. Em 2016, a emissora paulista anunciou dias antes do início do Brasileiro que “por questões financeiras” decidira não exibir a edição do Brasileiro daquele ano, e desde então não exibiu mais o Nacional, o Estadual e também desistiu da Copa do Mundo.

Na rodada de abertura, o Corinthians, campeão da edição passada, enfrenta em casa o Fluminense, às 16h, no domingo (15).


ESPN adquire direitos de versão feminina da Champions e de ligas de vôlei
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Eduardo Ohata

A ESPN adquiriu os direitos de TV da Champions League de futebol feminino, além de competições femininas de vôlei, como o Italiano, a Champions League e o Montreaux Masters, que conta com a participação da seleção brasileira, que inclusive defenderá o título de campeã da competição.

A maior parte das partidas dessas ligas de vôlei serão exibidas no canal ESPN Extra, quarto canal da emissora, que tem o esporte feminino como um dos destaques da sua programação.

“Os novos acordos reforçam o nosso comprometimento com o esporte feminino, ampliando a visibilidade da plataforma espnW, levando aos fãs de esportes algumas das principais ligas femininas nas mais diversas modalidades”, aponta Carlos Maluf, diretor de aquisições, programação e novos negócios da ESPN no Brasil.

Nesta semana, o canal ESPN Extra e o WatchESPN exibem as finais do basquete feminino da NCAA, com reprise dos jogos na ESPN e ESPN+. As semifinais acontecem na sexta (30) e a final, no domingo (1).


ESPN renova com Djalminha e Fábio Luciano para evitar assédio pré-Copa
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Eduardo Ohata

A ESPN Brasil agilizou para esta semana a renovação dos contratos dos ex-jogadores e comentaristas Djalminha e Fábio Luciano. O canal, há semanas, ligou o sinal de alerta em relação aos contratos de comentaristas boleiros que estavam para expirar.

Trata-se de um processo de blindagem para se proteger do assédio de emissoras rivais, que estão no mercado à procura de “talents” com perfil boleiro às vésperas da Copa do Mundo da Rússia, e que havia se tornado um motivo de preocupação, o blog apurou.

Com essa estratégia, a direção do canal garantiu a permanência na emissora do time-base de uma de suas principais atrações, o “Resenha ESPN”, programa exibido nas noites de domingo. O quinteto de ex-jogadores formado por Zetti, Amoroso, Luizão, Zé Elias e Alex já havia renovado com o canal, enquanto o ex-palmeirense Cesar Sampaio foi contratado pela emissora na semana passada.


Elite do surfe mundial renova contrato de TV com ESPN por mais dois anos
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Eduardo Ohata

A WSL (World Surf League), elite do surfe mundial, e a ESPN renovaram o contrato de direitos de TV pelos próximos dois anos. O acerto engloba transmissões pela TV por assinatura, bem como mídias digitais, no caso o WatchESPN.

A ESPN Brasil transmite todas as etapas do circuito mundial desde 2010. Este ano, o calendário da elite do surfe começa com a etapa de Gold Coast, na Austrália, no dia 11 de março, e termina em Pipe Masters, no Havaí , no dia 20 de dezembro. Está prevista a transmissão dos Mundiais masculino, feminino e também de eventos de ondas gigantes.

O Brasil estará representado nesta temporada por 11 surfistas brasileiros, dentre os 34 atletas que perseguem o título: Adriano de Souza, o “Mineirinho”, Gabriel Medina, Caio Ibelli, Filipe Toledo, Ian Gouveia, Ítalo Ferreira, Jessé Mendes, Michael Rodrigues, Tomas Hermes, Willian Cardoso e Yago Dora. Entre as mulheres, Silvana Lima é a representante do país entre as 17 competidoras na elite feminina.

“Os fãs de esportes no Brasil sempre tiveram afinidade com esportes radicais e a ESPN possui em seu DNA a exibição dessas modalidades. É gratificante ampliarmos nossa parceria de quase uma década com a WSL e seguirmos disponibilizando o melhor surfe do mundo aos fãs brasileiros”, comemora Carlos Maluf, diretor de aquisições, programação e novos negócios da ESPN Brasil.

“Estamos entusiasmados em continuar nossa parceria com a ESPN e oferecer o melhor surfe do mundo para nossos fãs brasileiros”, festeja Joe Carr, diretor de estratégia da WSL. “O Brasil é o lar de uma série de atletas da Liga Mundial e do campeonato de ondas grandes, e esse talento será exibido durante a temporada.”

Tags : ESPN WSL


Efeito Neymar: TVs fazem propostas, mas leilão do Francês segue indefinido
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Eduardo Ohata

O leilão para o Brasil dos direitos de TV do Francês, turbinado pela participação de Neymar, foi realizado pela agência BEin há mais de um mês. Mas até agora não foi anunciado o vencedor da disputa, processo que geralmente leva menos de uma semana para acontecer.

O fator Neymar é uma faca de dois gumes: Ao mesmo tempo em que catapultou os índices de audiência do Francês no Brasil, mesmo com partidas do PSG exibidas simultaneamente pela ESPN e SporTV, os insistentes rumores de que Neymar pode deixar o clube francês diminuiu, e muito, o apetite dos executivos das emissoras do Brasil por apresentar lances mais ousados para três ou seis anos, os dois formatos apresentados. Os discursos pré-leilão nas TVs iam do conservador “ninguém aqui vai fazer loucuras” ao desinteresse total pelos direitos da competição, cujos direitos no Brasil vencem ao final da temporada atual, no meio deste ano.

Diante do silêncio dos representantes do Francês, que até o feriado de Carnaval não haviam se pronunciado sobre o vencedor do leilão dos direitos de TV, executivos das emissoras brasileiras trabalham com três cenários:

1) As propostas pelo Francês ficaram aquém do que gostariam e o vencedor não foi anunciado porque a agência ainda estuda se reconhece como vencedor o autor do maior lance, ou volta ao mercado.

2) A agência espera o melhor momento para propor e realizar uma segunda rodada de lances, mesmo com a perspectiva dos leilões da Libertadores e Champions, entre outros, nos próximos meses.

3) As emissoras serão procuradas para um corpo-a-corpo, como aconteceu com o leilão do Mundial de Clubes, que se estendeu durante meses e cujo acerto saiu em cima do início da competição.

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Libertadores pretende realizar leilão de direitos de TV em fevereiro
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Eduardo Ohata

A Conmebol, por meio do grupo formado pelas agências de marketing IMG e Perform, pretende realizar o leilão dos direitos de transmissão da Libertadores em fevereiro, o blog apurou.

O leilão da Libertadores é esperado ansiosamente pelo mercado não apenas pelas emissoras, mas também por agências concorrentes, que “seguram” os leilões de suas propriedades para evitar a competição direta com a Libertadores, caso da Champions, por exemplo.

Os direitos da Libertadores entre 2019 e 2022 interessam aos quatro principais canais de esporte na TV por assinatura: SporTV, Fox Sports, ESPN e Esporte Interativo. Na TV aberta, os jogos do torneio continental são transmitidos atualmente pela Globo.

O novo formato do leilão, apresentado pela IMG/Perform informalmente ao mercado, é totalmente inédito para o mercado brasileiro. Os direitos foram divididos em quatro pacotes diferentes, que se forem mantidos impedirão o sublicenciamento dos direitos dos jogos do canal ganhador a emissoras parceiras, como acontece atualmente entre Fox Sports (atual detentor) e SporTV (sublicenciada).

Um fato que está no radar dos vários representantes das emissoras é o provável inflacionamento dos valores dos direitos da Libertadores, dado os altos valores acertados como garantia à Conmebol pelo grupo IMG/Perform.


Futuro de Neymar deixa TVs inseguras com leilão de direitos do Francês
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Eduardo Ohata

As recorrentes notícias que tiram Neymar do PSG e o colocam em outras equipes, como o Real Madrid, recentemente, geraram um clima de insegurança entre executivos de emissoras brasileiras de TV em relação ao leilão dos direitos de transmissão do Francês. Os direitos do campeonato, hoje do Grupo Globo que os sublicencia à ESPN, vencem ao final da temporada atual, em meados deste ano.

A apresentação das propostas prevê duas modalidades de ofertas, uma com duração de até seis temporadas e outra mais breve, com previsão de três temporadas. Representantes dos quatro principais canais em condições reais de participar do leilão demonstraram reações que vão do pouco interesse à cautela, sob o discurso de “não fazer loucuras”, em relação ao Francês.

O argumento recorrente dos executivos, que reconhecem defasagem no valor atual do Francês com Neymar, é justamente que se Neymar trocar o PSG por outro time, terão um mico nas mãos, dada a pouca atratividade do campeonato sem Neymar. É apontado que o Francês carece de um clássico como um Barcelona x Real Madrid, e que até os impressionantes índices do início da temporada, quando o Francês liderava toda a audiência da TV paga (incluindo canais de filmes, infantis, variedades etc) perderam o fôlego.

Há um outro complicador para os cofres das emissoras, com a realização dos leilões dos direitos de TV da Libertadores, atualmente em poder do Fox Sports e licenciado à Globo, prioridade dos quatro principais canais por assinatura de esportes, e o da Champions, hoje do canal Esporte Interativo, entre outros campeonatos que terão os seus direitos de TV em disputa dentro dos próximos meses.


Fox Sports e ESPN, ambos da Disney, não farão ‘jogo de equipe’ em leilões
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Eduardo Ohata

Os canais Fox Sports do Brasil, cuja aquisição foi anunciada pela Disney, não tem planos para fazer um “jogo de equipe” na aquisição de direitos de TV com os canais ESPN, que já eram propriedade do Grupo Disney.

Não há determinação da parte da Disney, ao menos no momento, para qualquer um dos canais no sentido de realizar no mercado brasileiro lances conjuntos por direitos de TV de competições esportivas ou de obedecer um teto nos lances para não inflacionar o mercado. Tampouco existe previsão de uma reunião entre as cúpulas de Fox Sports e ESPN no Brasil para discutir o assunto.

A ideia é que no curto a médio prazo Fox Sports e ESPN sigam suas rotinas no que toca à grade de programação e aquisições. Alianças apalavradas com terceiros, relacionadas a participações em leilões de direitos de TV e ramificações, no caso de direitos de TV que interessam também à agora emissora co-irmã, continuam de pé, o blog apurou.

Um dos argumentos ouvidos pelo blog de um dos canais da Disney para que “cada um siga sua vida” foi a mega-aquisição nos EUA do Grupo Warner pela AT&T. Anunciado em 2016, o negócio não foi concluído até agora pois precisa do aval de órgãos regulatórios dos EUA, além de enfrentar oposição do Departamento de Justiça dos EUA. O canal por assinatura Esporte Interativo, interessado no desenrolar dessa negociação por questões legais, manteve inalterada sua rotina, inclusive no que toca às aquisições de direitos de TV.

No caso de Fox Sports e ESPN, uma fonte com conhecimento interno do caso lembra que a mesma indefinição que aflige o negócio entre AT&T e Warner pode afetar o negócio entre Disney e Fox. Se um dos canais “colocar o pé no freio” no campo de aquisições, e o negócio sofrer um grande atraso ou mesmo for vetado, o que é altamente improvável, mas não impossível, pode se ver profundamente prejudicado. Pela mesma lógica, não há sentido de os dois canais começarem a fazer um “jogo de equipe”, pelo menos nesse momento.

Nos próximos meses serão realizados leilões de importantes competições, como Libertadores, Champions e Francês, para citar alguns.