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Globo triplica premiação a clubes por título do Brasileiro a partir de 2019
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Eduardo Ohata

A Globo triplicou, em relação à premiação do ano passado, o bônus que o clube campeão do Campeonato Brasileiro levará a partir de 2019: De R$ 10 milhões em 2015, passou para R$ 30 milhões a partir de 2019, o blog apurou.

Para efeito de comparação, é quase o dobro do que o Internacional recebeu de luvas para acertar com o Esporte Interativo (R$ 17 milhões) e metade do que o São Paulo levou para renovar com a Globosat (R$ 60 milhões).

O aumento da premiação acontece no momento em que a programadora e o canal fechado Esporte Interativo duelam pelos direitos da TV fechada do Brasileiro a partir de 2019 e está previsto no acordo de renovação entre os clubes que fecharam com a Globosat.

Os valores dos bônus pagos aos clubes, de acordo com suas performances no Nacional, aumentaram de maneira proporcional.

Por exemplo, o vice-campeão, que ganhou no ano passado R$ 6,3 milhões, receberá na edição de 2019 do Brasileiro aproximadamente R$ 19 milhões. E assim sucessivamente de acordo com a posição na tabela classificatória.

Trata-se da resposta da Globosat aos clubes que pediram que o dinheiro fosse dividido respeitando critérios de meritocracia.

Nessa mesma linha, a programadora atendeu uma reivindicação dos clubes ao usar um modelo semelhante ao inglês para a distribuição do dinheiro, adotando a divisão em 40%, 30% e 30%. Ou seja, os clubes que fecharem com a Globosat dividirão equalitariamente 40% do valor total disponibilizado pela programadora, outros 30% serão divididos de acordo com suas performances dentro de campo e os 30% restantes serão distribuídos de acordo com as audiências alcançadas por cada time.

O Esporte Interativo, que tem como principais atrações a Liga dos Campeões e a Copa do Nordeste, busca mais atrações ao vivo para preencher sua grade, especialmente no período noturno e nos finais de semana. A necessidade aumentou após o canal entrar este ano na grade da NET.

A Sky não tem previsão de incluir o Esporte Interativo, do grupo Turner, em sua grade de programação.

A disputa entre os canais não está restrito ao Brasileiro: Sportv, da Globosat, Fox Sports e Esporte Interativo já abordaram a CBF interessadas nos direitos da Copa do Brasil, que atualmente são da Globosat, que já renovou os direitos do Campeonato Paulista até 2019 e a Série B do Brasileiro até 2020. Até mesmo os direitos do WSL (World Surf League), primeira divisão do surfe mundial, foi motivo de disputa entre os canais.

A Globosat fechou com, pelo menos, dez clubes: Corinthians, São Paulo, Grêmio, Fluminense, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

O Esporte Interativo acertou com, no mínimo, sete clubes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Paysandu e Sampaio Corrêa.

 

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Por divisão de cotas, Globo mudará medição de audiência do PPV em 2019
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Eduardo Ohata

As propostas encaminhadas pela Globo aos clubes de futebol pelos direitos de TV do Brasileiro trazem um novo modelo de medição de audiência para o rateio das cotas do pay-per-view entre 2019 e 2024. A nova metodologia se baseará em um cadastro formal, a ser criado, dividido por torcida de cada time, dos assinantes do pacote de pay-per-view do Brasileiro, o Premiere Futebol Clube. Essa ideia surgira de uma discussão da Globo com os clubes no fim do ano passado.

A partir de 2019, quem quiser adquirir o pacote de jogos do Brasileiro terá, obrigatoriamente, que identificar o time pelo qual torce à operadora. A divisão, assim, se tornará mais precisa. Hoje, a abordagem das operadoras é informal, já que não insistem se o assinante preferir não quiser dizer por qual time torce. Há também relatos de assinantes dando conta de que nunca foram consultados sobre para qual times torcem. O rateio, atualmente, tem como base principal os relatórios dos institutos de pesquisa Datafolha e Ibope sobre a popularidade dos clubes de futebol, decisão que contou com a participação dos clubes.

A disputa entre Sportv e Esporte Interativo pode afetar os números de audiência pay-per-view. Com menos jogos para cada canal, possivelmente os canais começarão a passar mais partidas dos mesmos times na TV fechada (para poder passar um jogo, os dois times têm que estar fechados com o mesmo canal), o que tem o potencial para afetar negativamente a venda de pacotes de pay-per-view.

Apesar de cartolas apontarem que a Globosat termina com 62% da renda do pay-per-view, enquanto os clubes ficam com 38%, esses números se referem aos valores brutos. Quando se fala em valores líquidos, este blog apurou com gente que conhece o funcionamento do sistema de pay-per-view, os clubes ficam com 48% da renda líquida e a Globosat, com menos de um terço do bruto arrecadado.

Sobre o total de 62% da Globosat, são subtraídos os pagamentos referentes a impostos, satélites para transmissão, caminhões, engenharia, logística e pessoal (narrador, comentarista etc). É desse percentual que também sai o pagamento das operadoras pela operação e manutenção dos canais de pay-per-view, que inclui despesas com tecnologia, como rede de satélites, decoders, criptografia, central de atendimento e pessoal que gerencia o pay-per-view.

A Globosat fechou com pelo menos dez times, enquanto dois clubes anunciaram ter assinado com o Esporte Interativo.


Globo agora ganha rivais também na disputa pelos direitos da Copa do Brasil
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Eduardo Ohata

Globosat, Esporte Interativo e Fox Sports abordaram a CBF interessados nos direitos de transmissão da Copa do Brasil, este blog apurou com uma fonte na CBF ligada diretamente às negociações de TV. A informação foi confirmada ao blog pelo representante de uma das TVs que conversou com a CBF no fim do ano passado e que foi informado pela confederação sobre a existência de outros interessados.

A CBF, porém, apesar do interesse das três emissoras, não abriu negociação com nenhuma das emissoras, por considerar “muito prematuro”. Afinal, o contrato em vigor da CBF com a Globo/Globosat para a transmissão da Copa do Brasil se estende até 2018.

A Fox Sports já exibe algumas partidas da Copa do Brasil por conta de um acordo de repasse com a Globosat.

O canal fechado Sportv, do sistema Globosat, e Esporte Interativo protagonizam uma disputa pelos direitos de 2018 em diante do Campeonato Brasileiro de Futebol  para a TV fechada. Atualmente os direitos são da Globo/Globosat, que já renovou com sete clubes: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e Atlético-MG.

Segundo clubes que negociam com o Esporte Interativo, o canal fixou o final desta semana como deadline para uma decisão dos clubes com quem negocia sua proposta.

O Esporte Interativo intensificou o diálogo com os clubes de futebol que ainda não fecharam com a Globosat depois de ter garantido sua entrada na grade da operadora de TV a cabo NET, fechada no fim do ano passado e concretizada este mês. Há, da parte do Esporte Interativo, a expectativa de entrar na grade de outra grande operadora, a Sky.

Com a Liga dos Campeões e Copa do Nordeste como principais atrações, o canal necessita de outras atrações de peso ao vivo para preencher a grade no período noturno e aos finais de semana. Como os direitos da Série B do Brasileiro foi renovada até 2020 com a Globosat, assim como os direitos do Paulista, as competições mais interessantes que ainda estão no mercado são o Brasileirão e a Copa do Brasil.

O Esporte Interativo, que foi adquirido pelo grupo Turner, chamou a atenção dos clubes ao ofertar uma soma que pode chegar a até entre cinco e seis vezes o que a Globosat paga pelos direitos em TV fechada, por concordar com o modelo inglês de distribuição do dinheiro, uma reivindicação dos clubes, e pelo fato de ter adquirido a Liga dos Campeões.

Mas quem conhece a fundo o funcionamento do sistema de pay-per-view alerta que a exposição de clássicos regionais, como o Grenal, pelo Esporte Interativo em suas praças pode prejudicar a atratividade do pay-per-view, o que pode mexer no bolso dos clubes. Hoje, 38% da receita do pay-per-view é direcionado para os cofres dos clubes de futebol.

Há o potencial também de que muitos jogos fiquem fora da TV por assinatura se parte dos clubes assinar com o Esporte Interativo e a outra parte permanecer com a Globosat. Segundo a legislação brasileira, não prevalece o mando de campo. Pela Lei Pelé, os dois times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que a partida seja transmitida.

Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que culminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo.


Globo fecha com 7 clubes, e pay-per-view ‘ameaça’ castigar quem não assinar
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Eduardo Ohata

A Globosat já assinou com sete clubes a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. Segundo este blog apurou são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

Além dos sete clubes com quem já fechou, Globosat negocia com Flamengo, Fluminense, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter e Coritiba.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo. A notícia não agradou clubes que conversam com o Esporte Interativo, que acreditavam que se uma TV aberta entrasse na disputa, fortaleceria a causa do canal que acaba de entrar na grade da operadora NET.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria “sensivelmente” suas receitas.

O exemplo hipotético invocado foi no caso de os dois clubes gaúchos, Grêmio e Internacional, acertarem com o Esporte Interativo. Se a emissora tiver o clássico Grenal, naturalmente irá exibi-lo para o Rio Grande do Sul, o que diminuiria a atratividade do Premiere para os gaúchos. O efeito colateral é que a dupla de times perderia em números do pay-per-view, o que por sua vez afetaria seus ganhos.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. “Pela Lei Pelé, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que sua partida possa ser transmitida”, explica o especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.

 


Globo fica sem rivais na disputa por Brasileirão e clubes perdem trunfo
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Eduardo Ohata

Record e Rede TV!, emissoras que protagonizaram com a TV Globo em 2011 a última grande negociação de direitos do Brasileiro para a TV aberta, que culminou na implosão do Clube dos 13, descartam disputar com a emissora do Rio os direitos do Brasileiro-18/19 para a TV aberta.

Ou seja, o caminho está aberto para a Globo negociar com os clubes de futebol sem a pressão de ter de igualar ou melhorar as propostas de concorrentes.

A decisão frustra os grandes clubes do futebol brasileiro que conversam com o canal Esporte Interativo sobre a venda dos direitos do para a TV fechada do Nacional no período. Cartolas de ao menos dois clubes que conversam com o Esporte Interativo ouvidos por este blog acreditavam que seu poder de negociação seria fortalecido pela presença de concorrentes da Globo na TV aberta.

Entre os clubes que chegaram a conversar com o Esporte Interativo estão Santos, Fluminense, Grêmio, Inter, Atlético-PR, Coritiba, Bahia e Sport.

“Nesse momento, a Record não tem interesse na disputa por esses direitos”, informou ao Blog Hiran Silveira, diretor de aquisições e relações internacionais da TV Record. “Essa eventual compra [dos direitos do Brasileiro-18/19] não está incluída em nossos planos de investimentos para o próximo biênio.”

O setor de aquisições da Rede TV!, comandada por Franz Vacek, respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que “não há interesse [em adquirir os direitos do Brasileiro-18/19]”. Segundo apuração do Blog, os motivos seriam estratégicos.

Este blog revelou no último dia 23 que grandes clubes de futebol conversavam com o Esporte Interativo os direitos do Brasileiro-18/19. A emissora chegou a acenar com um bônus de cerca de R$ 40 milhões para os clubes que assinassem.

O executivo que tradicionalmente negociava pela Globo os direitos de transmissão com os cartolas era Marcelo Campos Pinto, que deu lugar a Pedro Garcia e Roberto Marinho Neto. Cartolas comentam que ainda “estão se acostumando” ao estilo da dupla, após muitos anos negociando com seu antecessor. Em 2011, com a concorrência de Record e Rede TV!, Campos Pinto negociou individualmente com todos os clubes os direitos do Nacional.

O Esporte Interativo necessita dos direitos de transmissão do Brasileiro para preencher sua grade, especialmente agora que passaram a fazer parte da grade da programadora NET, que detém 51,75 % de participação do mercado (10 milhões de assinantes). O canal ainda não fechou com a Sky, dona de quase 29% do mercado.

A emissora tem como destaques a Liga dos Campeões e a Copa do Nordeste, mas precisa de mais atrações ao vivo de futebol para atrair o espectador no período da noite e fins de semana. A aquisição do Esporte Interativo pelo grupo Turner anima os cartolas brasileiros. Eles argumentam que se a Turner conseguiu adquirir a Liga dos Campeões é porque tem os bolsos fundos o bastante para apresentar ótimas propostas pelo Campeonato Brasileiro.


Saiba como o Esporte Interativo tenta conquistar os clubes do Brasileirão
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Eduardo Ohata

O canal fechado Esporte Interativo ofereceu um pacote para os clubes com os quais negocia os direitos para transmitir suas partidas do Brasileiro nas temporadas 2018/19. Segundo clubes consultados por este blog e que negociam com a emissora, o principal atrativo são os valores com os quais a emissora acenou, no mínimo cinco vezes superior àquele oferecido pela Globosat pelos direitos de TV a cabo.

O “lastro” para tal oferta, que também impressionou os clubes, é o nome da gigante de mídia Turner por trás do Esporte Interativo e o efeito “Champions”. Cartolas comentam que se a emissora conseguiu para si os direitos para o Brasil da Liga dos Campeões é porque está capitalizada e reúne condições financeira para cumprir sua proposta.

Executivos do Esporte Interativo ouviram dos cartolas a proposta de um novo formato de contrato, em relação ao atual com a Globosat. Eles querem seguir o modelo inglês, que reparte 50% do valor total igualitariamente entre todos os 20 clubes da Série A, 25% seriam repartidos de acordo com os méritos técnicos, ou a colocação dos clubes na tabela ao término do Nacional, e a divisão dos 25% restantes obedeceria aos critérios de audiência.

É justamente esse último detalhe que, segundo o grupo de cartolas que conversam com o Esporte Interativo, tornariam o negócio atrativo também para Corinthians e Flamengo. Como as partidas de seus times lideram a audiência, continuariam arrecadando mais do que os demais. Talvez um pouco menos, pondera um dirigente, ao argumentar que essa nova fórmula diminuiria a disparidade entre os valores pagos a grandes e a pequenos.

O Esporte Interativo pede a exclusividade nos direitos da TV fechada. Mas poderiam sublicenciar os direitos posteriormente, a exemplo do que fez a Fox Sports com a Libertadores.

O cartolas alegam que a Globosat ainda manteria um quinhão do Brasileiro, já que ficaria livre para negociar os direitos da TV aberta e do pay-per-view.

O Esporte Interativo negocia os direitos do Brasileiro pela necessidade de preencher sua grade com eventos ao vivo, especialmente à noite e aos finais de semana. Os dois destaques de sua grade são a Champions e a Copa do Nordeste. A necessidade aumentou após sua entrada na grade da operadora NET.