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Arquivo : Esporte Interativo

Globo turbina contratos com Atlético-MG e Cruzeiro para a TV fechada
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Eduardo Ohata

A Globosat reuniu-se esta semana com dirigentes de Atlético-MG e Cruzeiro, os dois clubes mineiros com quem havia renovado contratos para a TV fechada, para atualizar os termos dos documentos e estender as suas durações.

Agora, os contratos que fechou com os dois clubes foram estendidos para até 2024 e eles passaram a seguir um modelo semelhante ao inglês, adotando a divisão do dinheiro em 40%, 30% e 30%. Ou seja, os clubes que fecharem com a Globosat dividirão equalitariamente 40% do valor total disponibilizado pela programadora, outros 30% serão divididos de acordo com suas performances dentro de campo e os 30% restantes será distribuído de acordo com as audiências alcançadas por cada time.

Trata-se de uma medida para fidelizar os dois clubes, já que Globosat e Esporte Interativo travam uma disputa pelos direitos do Brasileiro a partir de 2019.


Inter tem apenas proposta de rival da Globo para referendar em reunião
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Eduardo Ohata

Com Jeremias Werneck, do Uol, em Porto Alegre

O Internacional tem na mesa apenas a proposta do Esporte Interativo pelas temporadas 2019-24 do Brasileiro na TV fechada para referendar. Este blog apurou com uma fonte ligada à Globosat que não há uma proposta concreta da programadora para o clube gaúcho realizar uma comparação.

O Internacional convocou uma reunião extraordinária no conselho deliberativo para o próximo dia 14 para apresentar seu parecer aos conselheiros sobre a questão da TV fechada. A informação que circula no mercado há semanas é que já há acerto prévio entre o clube gaúcho e o grupo Turner. A diretoria não confirma oficialmente.

Interlocutores afirmam que os cartolas do clube gaúcho foram taxativos em afirmar que queriam fechar com o Esporte Interativo. Tal postura fechou as portas para uma negociação com a Globosat ter andamento.

O encontro no conselho deliberativo é necessário por conta da duração do contrato a ser assinado: seis anos. Como o documento ultrapassa o período do mandato da atual diretoria e invade o próximo, os conselheiros têm que aprovar o negócio.

Procurados pela reportagem e pelo blog para comentar as informações, cartolas do Inter, incluindo o presidente Vitorio Piffero não responderam os contatos realizados até o fim da noite desta terça-feira (8).

A Globosat já fechou com pelo menos dez clubes; o Esporte Interativo assinou com ao menos dois times e está acertado com o Santos.

Pela Lei Pelé, os dois times têm que estar assinados com a mesma emissora para que sua partida seja transmitida. Ou seja, não prevalece o mando de campo. Com os times divididos em dois canais, diversas partidas deixarão de ser exibidas na TV a cabo.

O Esporte Interativo, que adquiriu os direitos da Liga dos Campeões, entrou este ano na grade da NET, principal operadora de canais por assinatura. Não está na grade da Sky.


Por divisão de cotas, Globo mudará medição de audiência do PPV em 2019
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Eduardo Ohata

As propostas encaminhadas pela Globo aos clubes de futebol pelos direitos de TV do Brasileiro trazem um novo modelo de medição de audiência para o rateio das cotas do pay-per-view entre 2019 e 2024. A nova metodologia se baseará em um cadastro formal, a ser criado, dividido por torcida de cada time, dos assinantes do pacote de pay-per-view do Brasileiro, o Premiere Futebol Clube. Essa ideia surgira de uma discussão da Globo com os clubes no fim do ano passado.

A partir de 2019, quem quiser adquirir o pacote de jogos do Brasileiro terá, obrigatoriamente, que identificar o time pelo qual torce à operadora. A divisão, assim, se tornará mais precisa. Hoje, a abordagem das operadoras é informal, já que não insistem se o assinante preferir não quiser dizer por qual time torce. Há também relatos de assinantes dando conta de que nunca foram consultados sobre para qual times torcem. O rateio, atualmente, tem como base principal os relatórios dos institutos de pesquisa Datafolha e Ibope sobre a popularidade dos clubes de futebol, decisão que contou com a participação dos clubes.

A disputa entre Sportv e Esporte Interativo pode afetar os números de audiência pay-per-view. Com menos jogos para cada canal, possivelmente os canais começarão a passar mais partidas dos mesmos times na TV fechada (para poder passar um jogo, os dois times têm que estar fechados com o mesmo canal), o que tem o potencial para afetar negativamente a venda de pacotes de pay-per-view.

Apesar de cartolas apontarem que a Globosat termina com 62% da renda do pay-per-view, enquanto os clubes ficam com 38%, esses números se referem aos valores brutos. Quando se fala em valores líquidos, este blog apurou com gente que conhece o funcionamento do sistema de pay-per-view, os clubes ficam com 48% da renda líquida e a Globosat, com menos de um terço do bruto arrecadado.

Sobre o total de 62% da Globosat, são subtraídos os pagamentos referentes a impostos, satélites para transmissão, caminhões, engenharia, logística e pessoal (narrador, comentarista etc). É desse percentual que também sai o pagamento das operadoras pela operação e manutenção dos canais de pay-per-view, que inclui despesas com tecnologia, como rede de satélites, decoders, criptografia, central de atendimento e pessoal que gerencia o pay-per-view.

A Globosat fechou com pelo menos dez times, enquanto dois clubes anunciaram ter assinado com o Esporte Interativo.


Clubes dissidentes analisam também proposta da Globo por Brasileirão
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Eduardo Ohata

Clubes que integram o grupo de cinco agremiações lideradas pelo Santos nas negociações com o canal Esporte Interativo pela TV fechada a partir de 2019 discutirão também a proposta da Globo a seus conselhos deliberativos, a exemplo do que fez o São Paulo. A decisão de Ataíde Gil Guerreiro em levar a discussão ao conselho deliberativo rendeu ao cartola repercussão extremamente positiva.

Um dos clubes que faz parte do grupo de cinco times teoricamente liderados pelo Santos e praticamente fechados com o Esporte Interativo, mas que levará propostas das duas emissoras ao seu conselho deliberativo é o Atlético-PR, que incluiu um comparativo na pauta da reunião de seu conselho deliberativo marcado para segunda (29), às 19h.

Diferentemente do que aconteceu após a reunião com o São Paulo, não existe previsão de que um contrato seja fechado com nenhuma emissora após a reunião do conselho, cujo presidente é Mario Celso Petraglia, que recentemente disparou farpas na direção da Globo. “Vamos analisar as duas propostas no conselho porque o acordo invade a próxima gestão do clube”, argumentou Petraglia.

A proposta da Globo que Petraglia tem em mãos trata em um mesmo pacote dos direitos de TV fechada e TV aberta. Já a proposta da Globo analisada na última terça-feira pelo São Paulo havia sido alterada nos dias que precederam a reunião em relação à versão original: Executivos da emissora separaram a proposta da TV fechada do acordo pela TV aberta, tornando mais fácil a comparação com o que apresentava o Esporte Interativo (só TV fechada). Segundo Petraglia, para efeito de comparação, ele também prefere ter em mãos proposta da Globo que tivesse apenas TV fechada.

O valor das luvas oferecidas pela Globo e Esporte Interativo ao Atlético-PR são iguais, R$ 40 milhões.

Segundo Petraglia, uma diferença entre as propostas da Globo e Esporte Interativo é que o Esporte Interativo dividirá o dinheiro em uma proporção de 50%-25%-25% e a Globo, na proporção de 40%-30%-30% (o primeiro percentual se refere a um valor global a ser dividido entre todos os clubes que fecharem com as respectivas emissoras, o segundo representa um percentual por exposição e o terceiro, por performance). Esse tipo de divisão foi inspirado no esquema que existe no futebol inglês.

Outro clube que levará a negociação para seu conselho deliberativo é o Bahia. A reunião está prevista para a próxima terça-feira (1), a partir das 18h30. A definição da assinatura com uma das TVs, teoricamente, não precisaria passar pelo conselho deliberativo, mas uma questão política pautou a decisão do executivo do clube: A última eleição foi marcada pela eleição de muitos conselheiros de oposição.

Cartolas do Bahia reconhecem estar mais alinhados com a proposta do Esporte Interativo, mas ressaltam que as propostas das duas emissoras estão sendo analisadas no momento. Uma nova proposta da Globo, formulada após a emissora ter fechado com o São Paulo na última terça-feira, foi encaminhada ao Bahia e o clube já confirmou a este blog que já foi recebida por cartolas da equipe baiana.

Submeter a proposta primeiro ao conselho deliberativo, aliás, tem se tornado uma opção popular nos clubes. No Palmeiras, que ainda não fechou com nenhuma das emissoras, o ex-vice de futebol Roberto Frizzo sugeriu que Paulo Nobre também apresente a proposta do Esporte Interativo ao conselho. Frizzo, que estuda se concorrerá na próxima eleição do clube, argumenta que a decisão influenciará as próximas gestões. Ao justificar sua sugestão, ele disse que todos já sabem como a Globo trabalha, mas que poucos conhecem o funcionamento do Esporte Interativo como parceiro com clubes.

Os clubes teoricamente fechados com o Esporte Interativo são Santos, que anunciou que já assinou contrato com a emissora, Atlético-PR, Coritiba, Internacional e Bahia. Pelo menos nove clubes já assinaram com a Globo.

Após a publicação do post, o executivo Fernando Manuel Pinto, da Globo, entrou em contato com o blog para confirmar oficialmente a retomada de diálogo com os clubes dissidentes.

“Li seu blog e confirmo que o diálogo com clubes que anteriormente indicavam estar mais alinhados com outros canais foi retomado. Vejo isso de forma positiva pois tem ocorrido como uma via de mão-dupla, iniciativa deles e nossa também. Na Globo, creditamos isso à melhor compreensão do tema que está na mesa e do novo modelo 2019-24 que temos proposto, com consistentes critérios de divisão de receitas para o conjunto de clubes do futebol brasileiro e não para alguns apenas, o que a abordagem concorrente parece pressupor e, por si só, pode ser destrutivo para os clubes. Realmente acreditamos que o modelo que propusemos traz benefícios e é o passo correto para o futebol brasileiro”, afirmou o executivo.

A seguir, sobre o caso do Atlético-PR, cujo presidente do conselho deliberativo, Mario Celso Petraglia, afirmou trabalhar ainda com uma proposta antiga da Globosat, Fernando Manuel comentou:

“Sua matéria cita propostas feitas ou a ser feitas a determinados clubes. Estamos entusiasmados em contar com a atenção de todos eles às nossas ideias, mas devo salientar que ainda encontra-se em avaliação a realização e efetivo conteúdo de algumas dessas propostas. Entendendo que nossa abordagem reflete uma mudança significativa e positiva para o futebol brasileiro e que isso depende também do efetivo engajamento e crença percebida em cada um dos clubes”, complementou o executivo.

 

 


Como a Globo virou o jogo sobre o EI no final para ganhar o São Paulo
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Eduardo Ohata

Foi cheio de reviravoltas seus bastidores e definido apenas aos 45 minutos do segundo tempo o episódio no qual a Globo fechou com o São Paulo na última terça-feira a renovação dos direitos de TV fechada a partir de 2019. O Esporte Interativo também concorria. A versão final do contrato que foi submetido ao conselho deliberativo foi concluída por executivos da Globo horas antes da reunião na qual foi aprovado, o que provou ser uma ação decisiva.

A equipe da Globo trabalhou de forma exaustiva, especialmente no fim de semana, para modificar o formato do contrato. Nos dias que precederam a reunião, conselheiros receberam e-mails nos quais era argumentado que a Globo apresentava um pacote que misturava os direitos de TV fechada com as da TV aberta, enquanto a proposta do Esporte Interativo tratava exclusivamente de TV fechada. Ou seja, argumentava que a Globo queria comparar maçã com laranja. Executivos da Globo, então, lançaram mão do jogo de cintura e alteraram o formato da proposta, do fim de semana para a terça-feira, para incluir somente os direitos de TV por assinatura. Ou seja, passou a comparar maçãs com maçãs.

O fator luvas também desempenhou um papel decisivo para a finalização do acordo. Como o Esporte Interativo havia indicado a cartolas que cobriria as ofertas de luvas da Globo, os cartolas são-paulinos já contavam que isso aconteceria. Pares do vice são-paulino Ataíde Gil Guerreiro, que pilotou a negociação pelo São Paulo, ouviram dele que o Esporte Interativo igualaria a proposta da Globo de luvas de R$ 60 milhões. Horas antes da reunião era isso que comentavam no Morumbi quem havia se reunido com ele para discutir as propostas. Aliás, Ataíde não foi um caso isolado. Cartolas de outros dois grandes clubes do eixo Rio-São Paulo foram bater às portas da Globosat para argumentar que o Esporte Interativo havia indicado que cobriria o valor das luvas da Globosat, conforme relatado no post anterior deste blog. Não foi o que aconteceu.

O Esporte Interativo justificou que não igualaria as luvas de R$ 60 milhões e manteria a proposta de R$ 40 milhões. Horas antes da reunião do conselho deliberativo, Ataíde ligou para o Esporte Interativo algumas vezes, insistindo para que igualassem o valor. Em vão. Defensor da livre concorrência, vide o episódio que culminou na implosão do Clube dos 13, Ataíde alertou sobre a discrepância.

Ironicamente, o fato de conhecer desde aquele episódio alguns executivos da Globo com ideias progressistas, Pedro Garcia e Fernando Manuel Pinto, influiu positivamente na comunicação entre São Paulo e Globo. Em vez de levar um sentimento de vingança à mesa de negociação pelo que ocorreu ao Clube dos 13, os contatos entre Ataíde e Fernando Manuel Pinto, seu interlocutor direto mais frequente pela Globosat, foram tranquilos (para uma negociação). Tratar as duas propostas de forma igual foi também de uma prova de lealdade da parte de Ataíde ao presidente são-paulino, Leco, que tinha preferência pela Globo.


EI aumenta oferta e iguala valor de luvas oferecido pela Globo a clubes
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Eduardo Ohata

O canal fechado Esporte Interativo aumentou em R$ 20 milhões o valor das luvas oferecidas a clubes para fecharem com ele, de R$ 40 milhões para R$ 60 milhões, segundo este blog apurou com fontes envolvidas nas negociações e que estão baseadas no eixo Rio-São Paulo.

Na prática, o Esporte Interativo igualou a proposta de luvas apresentado aos clubes pela Globosat, também de R$ 60 milhões, para os direitos do Brasileirão na TV por assinatura no período entre 2019 até 2024. A negociação entre Esporte Interativo e clubes envolve apenas a TV fechada. Não há proposta do canal para a TV aberta ou para o pay-per-view.

Uma fonte ligada a um grande clube do eixo Rio-São Paulo que confirmou, e reiterou, que a proposta de aumento do valor das luvas para sua agremiação, comemorou o fato de que a disputa entre os canais esteja se convertendo em benefícios financeiros, apesar de não saber informar se o valor das luvas do Santos, único time que já admitiu ter fechado com o Esporte Interativo, também será alterado para cima. O argumento é de que quem souber manter o sangue frio nesse momento possivelmente terá mais vantagem.

Com o São Paulo, que acertou ontem à noite, nove clubes já fecharam com a Globosat. Os outros são Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense.

Se o Esporte Interativo cedeu ao aumentar as luvas, segundo fontes ligadas a grandes clubes do eixo Rio-São Paulo, a Globosat também cedeu ao adequar sua fórmula de distribuição de cotas para o que a maioria dos clubes defende, que é 0 modelo inglês: 40% distribuídos de forma igual, 30% por premiação e 30% por audiência.

O Esporte Interativo, que faz parte do grupo Turner, tem a Copa do Nordeste e a Liga dos Campeões. O canal entrou este ano na grade da operadora NET, mas não há previsão de sua inserção na grade da Sky, segunda maior operadora do país.

As principais atrações do canal são a Copa do Nordeste e a Liga dos Campeões.

Um terceiro canal, Fox Sports, entrou na disputa com Globosat e Esporte Interativo pela Copa do Brasil. Os três canais já abordaram a CBF interessados nos seus direitos, porém a entidade ainda não abriu negociações com nenhum dos três canais.

 

 


São Paulo aprova proposta da Globo por aclamação
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Eduardo Ohata

Por aclamação do Conselho Deliberativo, o São Paulo aprovou a proposta da Globo pela renovação dos direitos de TV fechada dos jogos do clube pelo Campeonato Brasileiro a partir de 2019, vencendo o Esporte Interativo. A oferta apresentada nesta terça-feira pela dona do SporTV é melhor do que a que vinha sendo divulgada nos últimos dias na disputa com o canal da Turner. A emissora carioca também detém os direitos para TV aberta e pay-per-view.

Uma das conquistas que o São Paulo obteve na negociação com a Globo, por exemplo, foi o direito de negociar, nesses jogos, a publicidade estática, o que pode fazer com que o clube dobre os R$ 5 milhões que isso já rende atualmente.

Por causa da concorrência com o Esporte Interativo, a TV Globo deu R$ 60 milhões em luvas para o São Paulo, que criará fundo com o montante que terá como objetivo quitar dívidas. Atualmente, o clube deve direitos de imagem para parte dos jogadores.

Além disso, todo aumento em novos contratos para Corinthians e Flamengo, clubes que tradicionalmente recebem uma fatia maior do bolo pelos jogos do Brasileirão, de acordo com o que foi acertado, implicará em reajuste automático para o São Paulo.

O vice Ataíde Gil Guerreiro, que coordenou a negociação com a Globo, foi aplaudido de pé pelos conselheiros. Ou seja, no reencontro de Ataíde e o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, desde o fatídico café da manhã no hotel, Gil Guerreiro saiu fortalecido.

O episódio, aliás, serviu como demonstração de lealdade do vice a Leco. Ataíde Gil Guerreiro, favorável à concorrência de mercado e teoricamente ao enfraquecimento da Globo, vide o episódio que terminou com a implosão do Clube dos 13 há alguns anos, buscou melhores condições da Globo, pois sabia ser essa a preferência do presidente.

Com o São Paulo, nove clubes já fecharam com a Globo. Os outros são Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense. O Santos foi o único clube, até o momento, a declarar que assinou com o Esporte Interativo.

O canal que faz parte do grupo Turner tem a Copa do Nordeste e a Liga dos Campeões, mas sonha ter os direitos do Brasileirão. A emissora entrou este ano na grade da operadora NET, porém não há previsão de sua inserção na SKY, segunda maior operadora do país.

Em breve, a Globo pode ter uma dor de cabeça com outro torneio. Um terceiro canal, Fox Sports, entrou na disputa com Globosat e Esporte Interativo pela Copa do Brasil. As três emissoras já abordaram a CBF interessadas nos seus direitos, porém a entidade ainda não abriu negociações com nenhum dos três canais.


Fluminense acerta com a Globo e é oitavo a fechar; veja quais são os outros
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Eduardo Ohata

A Globosat acaba de fechar com o oitavo clube a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. O último a renovar com a emissora é o Fluminense, segundo este blog apurou com fontes ligadas à negociação. Ele se junta a Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol e que recentemente entrou na grade da operadora NET. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria “sensivelmente” suas receitas.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. Para uma partida ser transmitida, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal. Segundo cartolas, o canal oferece até seis vezes mais do que a Globosat pelos direitos de TV fechada.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana. Seus destaques são a Liga dos Campeões e a Copa do Nordeste.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.

 


Globo agora ganha rivais também na disputa pelos direitos da Copa do Brasil
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Eduardo Ohata

Globosat, Esporte Interativo e Fox Sports abordaram a CBF interessados nos direitos de transmissão da Copa do Brasil, este blog apurou com uma fonte na CBF ligada diretamente às negociações de TV. A informação foi confirmada ao blog pelo representante de uma das TVs que conversou com a CBF no fim do ano passado e que foi informado pela confederação sobre a existência de outros interessados.

A CBF, porém, apesar do interesse das três emissoras, não abriu negociação com nenhuma das emissoras, por considerar “muito prematuro”. Afinal, o contrato em vigor da CBF com a Globo/Globosat para a transmissão da Copa do Brasil se estende até 2018.

A Fox Sports já exibe algumas partidas da Copa do Brasil por conta de um acordo de repasse com a Globosat.

O canal fechado Sportv, do sistema Globosat, e Esporte Interativo protagonizam uma disputa pelos direitos de 2018 em diante do Campeonato Brasileiro de Futebol  para a TV fechada. Atualmente os direitos são da Globo/Globosat, que já renovou com sete clubes: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e Atlético-MG.

Segundo clubes que negociam com o Esporte Interativo, o canal fixou o final desta semana como deadline para uma decisão dos clubes com quem negocia sua proposta.

O Esporte Interativo intensificou o diálogo com os clubes de futebol que ainda não fecharam com a Globosat depois de ter garantido sua entrada na grade da operadora de TV a cabo NET, fechada no fim do ano passado e concretizada este mês. Há, da parte do Esporte Interativo, a expectativa de entrar na grade de outra grande operadora, a Sky.

Com a Liga dos Campeões e Copa do Nordeste como principais atrações, o canal necessita de outras atrações de peso ao vivo para preencher a grade no período noturno e aos finais de semana. Como os direitos da Série B do Brasileiro foi renovada até 2020 com a Globosat, assim como os direitos do Paulista, as competições mais interessantes que ainda estão no mercado são o Brasileirão e a Copa do Brasil.

O Esporte Interativo, que foi adquirido pelo grupo Turner, chamou a atenção dos clubes ao ofertar uma soma que pode chegar a até entre cinco e seis vezes o que a Globosat paga pelos direitos em TV fechada, por concordar com o modelo inglês de distribuição do dinheiro, uma reivindicação dos clubes, e pelo fato de ter adquirido a Liga dos Campeões.

Mas quem conhece a fundo o funcionamento do sistema de pay-per-view alerta que a exposição de clássicos regionais, como o Grenal, pelo Esporte Interativo em suas praças pode prejudicar a atratividade do pay-per-view, o que pode mexer no bolso dos clubes. Hoje, 38% da receita do pay-per-view é direcionado para os cofres dos clubes de futebol.

Há o potencial também de que muitos jogos fiquem fora da TV por assinatura se parte dos clubes assinar com o Esporte Interativo e a outra parte permanecer com a Globosat. Segundo a legislação brasileira, não prevalece o mando de campo. Pela Lei Pelé, os dois times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que a partida seja transmitida.

Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que culminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo.


Globo fecha com 7 clubes, e pay-per-view ‘ameaça’ castigar quem não assinar
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Eduardo Ohata

A Globosat já assinou com sete clubes a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. Segundo este blog apurou são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

Além dos sete clubes com quem já fechou, Globosat negocia com Flamengo, Fluminense, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter e Coritiba.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo. A notícia não agradou clubes que conversam com o Esporte Interativo, que acreditavam que se uma TV aberta entrasse na disputa, fortaleceria a causa do canal que acaba de entrar na grade da operadora NET.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria “sensivelmente” suas receitas.

O exemplo hipotético invocado foi no caso de os dois clubes gaúchos, Grêmio e Internacional, acertarem com o Esporte Interativo. Se a emissora tiver o clássico Grenal, naturalmente irá exibi-lo para o Rio Grande do Sul, o que diminuiria a atratividade do Premiere para os gaúchos. O efeito colateral é que a dupla de times perderia em números do pay-per-view, o que por sua vez afetaria seus ganhos.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. “Pela Lei Pelé, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que sua partida possa ser transmitida”, explica o especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.