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Arquivo : Globosat

Globo recupera Inter a partir de 2021 e fecha direitos para todas as mídias
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Eduardo Ohata

O Internacional fechou com a Globo/Globosat os direitos de seus jogos no Campeonato Brasileiro em todas as mídias (TV aberta, fechada e pay-per-view) para o período entre 2021-24. O clube gaúcho havia acertado com o Esporte Interativo, na TV fechada, os direitos do biênio 2019-20.

À época em que negociava com o Esporte Interativo, dirigentes do Internacional chegaram a “fechar a porta” para representante da Globo.

Parte do grupo Turner, o Esporte Interativo, que conseguiu inclusão nas grades das operadoras NET e Sky, precisa de eventos de futebol ao vivo para preencher sua grade de programação. Hoje, sua principal atração é a Liga dos Campeões. A Copa do Brasil também despertou o interesse do Esporte Interativo, que chegou a fazer proposta à CBF pela competição.

Porém executivo da Globo conseguiu desde então abrir negociações com o clube, que foram concluídas entre a noite de ontem e a manhã desta quarta-feira.

Pesou na decisão do clube o fato de a Globosat, via SporTV, ter conseguido atrair um maior número de clubes mais atraentes do ponto de vista comercial: os principais que assinaram com o Esporte Interativo foram Santos, Inter, Atlético-PR e Coritiba.

Além disso, foi visto com bons olhos o fato de a Globo/Globosat ter aceitado o modelo 40-30-30 de repartição de dinheiro, muito semelhante ao adotado na Europa.

O primeiro clube a ter fechado com o Esporte Interativo pelo biênio 2019-20 a assinar com a Globo/Globosat durante o período entre 2021-24 foi a Ponte Preta.


Globo e Esporte Interativo dividem transmissão ao vivo de Santos x Benfica
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Eduardo Ohata

A Globo, na TV aberta, e o Esporte Interativo, na TV fechada, transmitirão o amistoso entre Santos e Benfica, marcado para o dia 8 de outubro, às 16h20. A Globosat, por meio do SporTV, seu braço na TV a cabo, e Esporte Interativo, travam disputa pelos direitos do Brasileirão na TV fechada a partir de 2019.

“A Globo nos procurou na sexta-feira e, como é parceira, fechamos com ela para a TV aberta”, comentou o presidente santista, Modesto Roma. “Já havíamos fechado na TV por assinatura com o Esporte Interativo, desde a época em que negociávamos [com o canal os direitos do Brasileiro na TV a cabo a partir de 2019].”

A transmissão da partida pela Globo indica, uma vez mais, que não há represálias da parte da emissora em relação aos clubes “rebeldes”.

Na Globo, aliás, foi bem recebida a disposição e flexibilidade de Modesto em permitir que o horário da partida fosse alterado das 16h para as 16h20, para acomodar a grade da emissora. Por outro lado, favorece o clube o fato de isso permitir maior tempo de exposição das placas no campo.

A partida faz parte de uma série de eventos em comemoração aos 100 anos da Vila Belmiro.  A Globo exibirá para todo o Estado de São Paulo, capital e interior e, para transmitir o jogo ao vivo, adapta sua programação paulista para permitir o encaixe da partida.

Santos e Benfica já decidiram um Mundial, em 1962. Foi o primeiro mundial do Santos de Pelé.

A partida terá, também, transmissão via internet pelo acordo com a Globosat.


Globo fecha com Ponte e destrói rumor de retaliação contra clubes rebeldes
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Eduardo Ohata

A Globo e o Premiere, braço em pay-per-view da Globosat, fecharam contrato com um clube que já havia acertado ter seus jogos transmitidos, na TV fechada, pelo Esporte Interativo, a Ponte Preta. Ou seja, durante um mesmo período, Globo (TV aberta), Esporte Interativo (TV fechada), e Premiere (pay-per-view) exibirão partidas da equipe de Campinas.

É o primeiro contrato firmado entre Globo/Globosat com um time que anteriormente acertara com o canal rival do SporTV na TV fechada. Sua duração contempla o período entre 2019 e 2024. No biênio 2017-18, todos os direitos de transmissão dos jogos da Ponte Preta são da Globo/Globosat. O acerto com o time de Campinas não implicou negociação da Globo com o canal do grupo Turner.

O blog apurou que a Globo/Globosat negocia com outros clubes que fecharam com o Esporte Interativo na TV fechada.

O acordo entre Globo e Ponte Preta destrói dois mitos criados no início da negociação entre clubes e Esporte Interativo pelo Brasileiro na TV fechada: que a Globo usaria a TV aberta para boicotar os clubes que assinassem com o Esporte Interativo, talvez até com a recusa de assinar com os clubes rebeldes, e a noção de que os clubes que não assinaram com o SporTV fariam tudo que se referia à negociação com a TV dali em diante “em bloco”.

Além da Ponte Preta, a Globosat fechou, desta vez com exclusividade, com Atlético-GO e Brasil de Pelotas, times hoje no G4 da Série B do Brasileiro, e com o CRB.


Assinante ajudará a definir qual clube levará maior quinhão do pay-per-view
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Eduardo Ohata

Como resultado da disputa entre Globo (por meio do SporTV) e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, a Globosat já colocou em teste um novo critério para a divisão para os clubes de futebol da renda do pay-per-view dos jogos do Nacional. E é o assinante que ajudará a definir qual clube receberá o maior quinhão da venda de assinaturas do canal Premiere, este blog apurou.

A ideia é criar um banco de dados de assinantes do Premiere, com a informação de para qual time ele torce.

A divisão do “bolo” será proporcional à representatividade de cada clube. Ou seja, quem tiver mais torcedores entre os assinantes do Premiere, receberá mais dinheiro, e assim sucessivamente.

O levantamento usará como ferramenta de autenticação o cadastro do Premiere Play (aplicativo por meio do qual o assinante assiste a programação do Premiere no tablet, computador e celular). Para fazer o cadastro é pedida senha e login, disponibilizados individualmente pelas operadoras aos assinantes. Desta forma, somente o titular da assinatura do pay-per-view poderá participar.

Popularidade não garantirá maior renda para os clubes, mas sim o número de torcedores que pagam a assinatura do pay-per-view.

O objetivo inicial é que esse levantamento possa identificar o time de 80% da base de assinantes, e dividir essa informação com os presidentes dos clubes durante a reunião anual para aprovação (ou não) dessa metodologia. Em um primeiro momento, esses resultados serão utilizados de forma meramente ilustrativa, não interferindo na divisão da receita entre os clubes em 2016.

Caso haja consenso entre os clubes, será iniciada negociação para que esses dados sejam usados no cálculo da divisão do repasse, possivelmente a partir de 2018.

O Premiere está comunicando, durante as transmissões dos jogos ao vivo, por meio de chamadas dos narradores e insert animado, e informando o endereço do hotsite onde o assinante poderá indicar o clube para o qual torce (www.premiere.tv.br/seutime)

Atualmente, a divisão do repasse da receita do pay-per-view aos clubes é feita com base em duas pesquisas, realizadas anualmente pelo Ibope e Datafolha, com base em amostragens. Essa metodologia já causou muitos questionamentos da parte de dirigentes.

Cartolas aproveitaram a disputa entre Esporte Interativo e Globosat pelos direitos do Brasileirão na TV fechada para apresentar um pacote de reivindicações, entre elas uma forma mais precisa para medir a audiência e a divisão de receitas do pay-per-view.

 


Por que julho já é o mês mais importante para o MMA brasileiro
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Eduardo Ohata

O MMA no Brasil precisa de um “puxador de audiência”. Por isso, desde essa madrugada, com a perda do título de Rafael dos Anjos, julho já é um mês decisivo para o MMA brasileiro. Com a derrota do brasileiro para Eddie Alvarez, o Brasil ficou sem nenhum cinturão do UFC. Mas até o dia 30, quatro outros brasileiros disputarão cinturões no UFC.

Porém, mais importante até que essas disputas de título, será o retorno de Anderson “Spider” Silva ao octógono, no UFC 200, na madrugada deste domingo.

Não importa que o título do atual campeão dos meio-pesados Daniel Cormier não esteja em jogo e que a luta esteja prevista para apenas três assatos, uma vitória do “Spider” fará maravilhas pelo status da modalidade no Brasil.

Quão importante é um Spider no topo do esporte?

Ao ser questionado sobre o MMA na TV durante congresso da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), na semana passada, o diretor de direitos esportivos da Globo e Globosat, Pedro Garcia, começou falando animado sobre a modalidade, mas terminou com um “mas o Anderson Silva acabou perdendo…”

O recado estava dado. Anderson é um produto único, capaz de unir as vitórias dentro do octógono e, fora dele, o carisma. Quem poderia ser um melhor “puxador de audiência” do que o “Spider”? Se vencer Cormier, se posiciona para uma revanche com o título em jogo, ou, (alguém duvida?), ganhará a oportunidade de recuperar o cinturão dos médios.

Na eventual derrota do “Spider”, que contra Cormier será o azarão, qual seria o próximo melhor cenário?

Claro, quatro brasileiros campeões do UFC simultaneamente, igualando o melhor momento do Brasil dentro da promoção.

A este blog, um executivo do UFC confidenciou ter ouvido muito por aqui que “brasileiro não gosta de esporte, brasileiro gosta é de brasileiro campeão e vencedor”.

De certa forma, foi o que se observou na época de Ayrton Senna e Guga, por exemplo.

Claro, há exceções, como o falastrão Conor McGregor, que apesar de não ser brasileiro registra bons índices de audiência. Mas, novamente, lutadores como o irlandês ou Ronda Rousey são as exceções.

Agora, imagine o efeito de quatro brasileiros campeões do UFC E uma vitória do “Spider” sobre um campeão do UFC?

“Sem dúvida, [julho] é um mês decisivo. O primeiro semestre dos brasileiros deixou a desejar, o canal sofre com isso, são coisas que não podemos controlar”, explica Daniel Quiroga, gerente de negócios do canal Combate. “Estamos otimistas com o segundo semestre, especialmente com o mês de julho.”

E, não, o sucesso dos brasileiros não serviria apenas para alavancar as vendas do canal e garantir bons números até o fim de 2016.

Por exemplo, a nova estrutura do contrato da Globo com o UFC prevê que o canal promova durante sua programação eventos sem transmissão na TV aberta. Mais campeões significa mais exposição. Além disso, um número maior de brasileiros campeões possivelmente abriria oportunidades para uma maior quantidade de eventos no Brasil.

Além da luta de Rafael dos Anjos e o retorno de Anderson Silva, José Aldo, Claudia Gadelha, Amanda Nunes e Wilson Reis disputam cinturões frente Frankie Edgar (UFC 200), Joanna Jedrzejczyk (TUF Finale, hoje), Miesha Tate (UFC 200) e Demetrius Johnson (UFC 201, 30 de julho), respectivamente.


Na Rio-16, Sportv planeja como cobrir de ato terrorista a beijo em repórter
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Eduardo Ohata

A possibilidade de atentados terroristas durante a Rio-2016 está contemplada no plano de contingência do SporTV, canal por assinatura oficial dos Jogos Olímpicos. Além de planejar a estratégia em caso de uma eventual cobertura de atentado, procedimentos para lidar com manifestações de cunho político e até beijo em repórter durante transmissão são estudados pela cúpula da emissora.

“Se acontecer um atentado no Parque Olímpico, quanto tempo leva de nosso estúdio lá em frente, onde haverá uma equipe 24 horas, até o local? O caminho estará interditado? Haverá barreiras? Quem seria escalado para essa cobertura? Com base em perguntas como essas, para cada cenário possível que levantamos, é traçado um plano de ação”, explica Bianca Maksud, diretora de Marketing e Produto dos canais SporTV.

No caso de se repetirem manifestações de cunho político, que marcaram a Copa das Confederações, em 2013, a ordem é para “não usar carro adesivado com o logo do SporTV”.

Há também orientações para situações inesperadas, pouco usuais, mas que não representam perigo. Longe disso.

“Se não há agressão, é algo que não leva perigo, como uma torcedora abraçar ou beijar o repórter [como aconteceu com Thiago Crespo na Euro], a orientação é manter o bom-humor.”

Na dinâmica dentro do estúdio, haverá novidades em relação à Copa do Mundo.

Em vez de haver às vezes até quatro profissionais fazendo traduções simultâneas em quatro línguas diferentes, o que por vezes pode se tornar confuso, desta vez os comentaristas estrangeiros e o mediador André Rizek darão suas opiniões em uma só língua, o inglês.

(A única exceção será o cubano Javier Sotomayor, que terá um tradutor de castelhano).


Futebol ditará quantos esportes SporTV exibirá simultaneamente na Rio-2016
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Eduardo Ohata

O SporTV, braço de TV por assinatura da Globo, terá até 16 canais para transmitir competições olímpicas durante a Rio-2016. Porém, por questões técnicas, dividirão o mesmo espaço (frequências) hoje ocupadas pelos canais do Premiere, pay-per-view de futebol.

Ou seja, quando houver jogos do Brasileiro no Premiere, já que o Nacional prosseguirá durante a Olimpíada, menos canais estarão disponíveis para a transmissão das competições e eventos olímpicos. A Olimpíada acontece entre 5 e 21 de agosto.

Por exemplo, durante a 19ª rodada do Brasileiro, na qual há pelo menos quatro jogos no dia 7, um domingo, que começam às 16h ou 16h15, a grade olímpica terá que “devolver” nesse período quatro canais para o Premiere. Ou seja, de 16 canais transmitindo ao vivo eventos olímpicos, esse número baixará para 12 canais durante esse período.

Os 16 canais SporTV terão forçosamente que dividir as frequências com o Premiere porque as operadoras de TV por assinatura têm um número finito de frequências para usar.

Por isso mesmo elas não podem adicionar canais às suas grades a seu bel-prazer. Se uma operadora começa a colocar no ar uma quantidade de canais acima de sua capacidade a qualidade do sinal piora.

A Globosat argumenta que não haverá prejuízo algum para o telespectador, já que os destaques da Olimpíada serão transmitidos sempre nos canais SporTV de 1 a 3.

O rodízio com os canais do Premiere também levantaram outra preocupação: Como eles têm numeração muito superior aos três canais SporTV (outra questão discutida no momento com as operadoras), como o telespectador faria para localizá-los?

Assim, excepcionalmente durante a Rio-2016, entrará no ar o canal SporTV 4, que será um mosaico com tudo o que estará sendo exibido nos outros canais para orientar o assinante na hora de procurar pela modalidade que ele quiser acompanhar. Na grade, ele ficará “colado” nos três canais SporTV tradicionais.

Para minimizar o impacto do futebol na cobertura olímpica, a Globosat estuda suspender a exibição durante o período da Olimpíada de programas dos clubes, como o “Vai, Corinthians”, “São Paulinos”, “Universo Santástico” e “Palmeiras na TV”, o que abriria espaço para mais exibição ininterrupta dos eventos olímpicos.

 

 


Clubes fechados com a Globo até 2020 estendem vínculo por mais quatro anos
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Eduardo Ohata

O vínculo da Globo com os sete clubes que haviam fechado com ela contrato para a transmissão do Brasileirão na TV fechada até 2020 foi estendido por mais quatro anos, até 2024. Ou seja, agora todos os times que renovaram com a Globosat têm contrato até 2024.

Os clubes, cujos contratos foram estendido em diferentes momentos, são Corinthians, Vasco, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Sport e Vitória, que reformulou seu contrato nesta segunda-feira (30).

O novo modelo prevê o novo rateio entre os clubes na proporção de 40% (a ser dividido equitativamente entre os times), 30% (baseado em resultado em campo) e 30% (de acordo com a audiência do time) a partir de 2019.

O Sportv, braço na TV fechada da Globosat, enfrenta a concorrência do Esporte Interativo pelo Brasileiro de 2019 a 2024.

Para transmitir uma partida de futebol, os dois times têm que estar fechados com o mesmo canal. As partidas nas quais uma equipe fechou com uma emissora e a outra com outro canal, não serão transmitidos na TV fechada, conforme manda a legislação brasileira. Ou seja, a transmissão não é definida pelo mando de campo.

O Esporte Interativo também busca fechar contratos com os clubes até 2024.

Há situações, porém, em que isso não é possível, como o caso do Internacional.

“O Internacional fechou com a Turner só até 2020 porque o estatuto proíbe que um presidente feche acordos comerciais cuja abrangência extrapole em mais de quatro anos o fim de seu mandato”, argumenta Marcelo Feijó de Medeiros, ex-vice de futebol do clube. “Exceções podem ser permitidas se forem aprovadas pelo conselho deliberativo, o que não aconteceu.”

A Globosat fechou com pelo menos 17 clubes: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem pelo menos 13 equipes: Santos, Internacional, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta e Sampaio Corrêa.

Globosat e Esporte Interativo afirmam ter assinado com Santa Cruz e Figueirense e seus respectivos casos podem ser decididos na Justiça.

O único clube grande que ainda não fechou com nenhuma das emissoras é o Palmeiras.

 

 


Palmeiras endurece jogo com Globo e EI pelos direitos do Brasileirão
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Eduardo Ohata

Executivos da Globo/Globosat chegaram ao limite do que poderiam oferecer em termos financeiros ao Palmeiras pelos direitos do Brasileiro entre o período 2019/24, e inclusive informaram o clube da situação, este blog apurou.

O Palmeiras é o último dos grandes clubes a permanecer um “agente livre”, ou seja, não assinou com Globo e tampouco com o o canal fechado Esporte Interativo, rival do SporTV pelos direitos do Nacional no período 2019/24.

A negociação é de extrema importância porque para que um canal transmita um jogo, é necessário que os dois times estejam fechados com ele. Ou seja, o que decide qual canal que irá exibir a partida não é o mando de campo. E partidas em que uma equipe fechou com um canal e o rival com outra emissora não terão transmissão na TV fechada.

Na reunião de ontem à noite do Conselho Deliberativo do Palmeiras, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou que seu objetivo é diminuir a distância entre seu clube e Corinthians e Flamengo, em termos de valores de TV. Explicou que ainda há distância, mas que ela diminuiu em relação ao início das negociações e ressaltou, uma vez mais, que a negociação com a Globo continua, por ser um parceiro importante.

Nobre, definido por executivos que negociam com ele como um “gentleman”, argumenta na mesa de negociação que não tem pressa em fechar negócio com Globo ou Esporte Interativo. Os dois motivos: o clube não tem dívidas no mercado, já que grande parte das contas do clube foram consolidadas pelo próprio Nobre, e porque o clube conta com o patrocínio da Crefisa.

Apesar do impasse, a Globo/Globosat não fechou as portas para novas rodadas de negociações com o Palmeiras, e vice-versa.

Porém, os dois lados alertam que as últimas condições apresentadas de ambos os lados podem não ser as mesmas quando as negociações forem retomadas.

A posição da Globo deixou o rival Esporte Interativo com a faca e o queijo na mão.

O fundador do Esporte Interativo, Edgar Diniz, segundo fontes com trânsito com o executivo, teria tentado fechar o acordo com o Palmeiras antes do evento que anunciou que o canal havia fechado com 14 clubes, no mês passado. Mas tampouco conseguiu contemplar o cardápio de exigências do clube alviverde, e posteriormente deixou a emissora da Turner.

No caso de Palmeiras e Esporte Interativo, também as portas estão abertas de ambos os lados para o prosseguimento da negociação.

Nos corredores do Allianz Parque e de emissora que participa da negociação, já passa a ser cogitado um cenário no qual a assinatura do contrato do Palmeiras pelo Brasileirão aconteça somente próximo ao final do ano.

 


Disputa entre Globo e EI permite que times ganhem sem jogar. Confira como
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Eduardo Ohata

Ganhar milhões sem suar a camisa, sem nem ao menos pisar no gramado. E nem será necessário acertar na loteria. Graças à disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão na TV fechada, essa já é a realidade de pelo menos 12 clubes de futebol.

A conta é simples: Se o Brasileiro tem a participação de 20 clubes e, juntas, Globosat, via Sportv, e Esporte Interativo já assinaram com 31 clubes e certamente uma das duas fechará com o Palmeiras, único “grande” ainda livre no mercado, totalizando 32 clubes, 12 deles terão usufruído das milionárias luvas oferecidas pelas duas emissoras sem precisar suar a camisa.

Este blog apurou com as emissoras que negociam os direitos e com cartolas de clubes que já assinaram que não existe nenhuma cláusula que prevê algum tipo de devolução proporcional das luvas caso seu time não esteja na Série A a partir de 2019. Ou seja, se um time passar o período entre 2019 e 2024, duração dos contratos que estão sendo assinados, na Série B ou C, manterá o valor integral das luvas sem precisar entrar em campo uma vez sequer pela Série A.

As luvas pagas por Globosat e Esporte Interativo, que pertence ao grupo Turner, aos clubes não afetam sua participação na Série B.

“Esse foi um gasto, quer dizer, investimento, que os dois canais tiveram que fazer”, definiu ao blog Bernardo Ramalho, diretor do Esporte Interativo. “Resta agora aos canais fazer a conta para ver quantas vezes os times terão de jogar nesse período [2019-24] para ter valido a pena.”

A Globosat soma 14 times da Série A e 5 hoje na segunda divisão (Essa lista inclui o Santa Cruz, que também assinou com o Esporte Interativo, mas afirma se tratar apenas de um pré-contrato; a emissora afirma que se trata de um contrato).

Os times com os quais fechou são: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Grêmio, Sport, Vitória, Chapecoense, Avaí, Náutico, Goiás, Londrina, Santa Cruz e Figueirense. O contrato da maioria deles inclui todas as mídias.

Já o Esporte Interativo tem 6 clubes da Série A, 7 da Série B e 1 da terceira divisão do Brasileiro (Essa lista inclui o Santa Cruz): Santos, Inter, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Joinville, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Santa Cruz.