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Arena Corinthians não traz risco de deslizamento ou morte, refuta Odebrecht
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Eduardo Ohata

O engenheiro da Odebrecht Ricardo Corregio, diretor de contratos no que se refere à Arena Corinthians, nega enfaticamente que exista risco de morte de torcedores ou deslizamento de terra da área exterior do estádio para a Radial Leste que ameace pedestres.

''A defesa civil esteve aqui ontem [terça-feira] e verificou que não há problema'', explicou ao blog Corregio. ''Esses episódios que voltaram à tona agora se referem a um vazamento de água de fevereiro de 2015 e à erosão de uma canaleta em janeiro deste ano, os quais já foram sanados e não são correlatos. A defesa civil e o Crea podem atestar o que estou falando.''

A ''Folha de S.Paulo'', assim como o Blog do Juca, publicou nesta semana matéria intitulada ''Corinthians encontra vazamento em Itaquera e teme deslizamento''.

Segundo o engenheiro, em fevereiro de 2015 houve um vazamento de uma caixa d'àgua que ficava enterrada no piso, a cerca de 200 metros da Radial Leste, e entraria em pleno funcionamento caso algum quiosque de alimentação fosse instalado naquele ponto.

''A água escorreu por uma tubulação que se rompeu, mas a água saiu pelo esgoto, não houve infiltração'', argumentou Corregio.

O engenheiro apontou também que o local onde ocorreu o episódio de erosão, ''entre o fim de 2015 e o início de 2016″, se encontra a ''20 ou 30 metros'' da Radial Leste, na esplanada entre os lados leste e norte do estádio.

''Isso aconteceu por conta das chuvas torrenciais, tanto que na mesma época houve um episódio famoso do afundamento do asfalto na Radial Leste, mas em Arthur Alvim, que fica bem longe do estádio'', aponta Corregio.

''Houve um estrangulamento de um tubo de 1,20 metro de diâmetro e quando a chuva chegou, a água escapou por fendas no cano. Mas já trocamos 73 metros de tubulação para sanar o problema e refizemos o asfalto.''

''A prova de que não foram problemas de projeto é que o seguro pagou os consertos, o que não teria acontecido se o problema fosse estrutural. Asseguro que em todos os jogos que aconteceram não houve risco de segurança aos torcedores. A própria Prefeitura emitiu uma nota confirmando isso que estou falando'', finaliza Corregio.

Confira na íntegra a nota da Odebrecht enviada ao blog, após a publicação da entrevista com Corregio:

''A Construtora Norberto Odebrecht, em face de notícias sem fundamentos sobre a construção da Arena Corinthians, vem esclarecer que sempre prezou pela qualidade dos seus trabalhos, utilizando as melhores e mais modernas técnicas construtivas em todos os seus negócios, não só no Brasil como em mais de 20 países onde tem presença.

A Arena, inaugurada em maio de 2014, sediou com sucesso grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo 2014 e jogos da Olimpíada 2016. Ao longo destes dois anos e meio de operação, dezenas de partidas de futebol e diversos outros eventos foram realizados, sem oferecer qualquer risco aos usuários.

Tanto que o estádio possui alvará de funcionamento e todos os demais laudos de segurança necessários a sua operação, emitidos pelos órgãos públicos que fiscalizam periodicamente as instalações locais, não apontam nenhuma restrição. 

Quanto às inconsistências do noticiário recente, vale apontar que:

– O referido vazamento de água constatado pela Sabesp ocorreu no início de 2015 e não tem relação com a erosão ocorrida um ano depois no estacionamento.

– O vazamento, de 2015, foi devido a um problema detectado em um registro localizado dentro de uma caixa de passagem, que fez a água escoar por uma tubulação de esgoto, instalada no mesmo local. Ou seja, não houve infiltração no solo.  Em nota, a Sabesp informou em 01/11/2016 que “esteve no local para inspeção e os técnicos constataram que a tubulação da Sabesp está em perfeito estado”.

– A erosão, de 2016, foi ocasionada por chuvas torrenciais e acima de qualquer expectativa na região, tanto assim que a seguradora do estádio foi acionada e ressarciu parte dos danos.

– Também não é verdade que exista um córrego passando por baixo do prédio, sem canalização. Foi executada uma rede de drenagem especifica para esse fim e está em projeto As Built (como construído) que foi entregue ao Fundo Imobiliário ainda no ano de 2015.

 – Quanto aos pontuais descolamentos de placas de granito das paredes, estão sendo avaliadas as reais causas de modo a impedir novas ocorrências dessa natureza. A construtora instalou mais de 30 mil metros quadrados desse material em pisos e paredes do estádio, sem o registro de nenhum problema relacionado à má instalação.

– Houve sim, há mais de um ano, queda de parte do forro em área restrita da Arena, e a Construtora tomou todas as medidas necessárias para corrigir o fato e garantir o acesso dos torcedores ao local sem quaisquer riscos.

– Não procede a informação de queda de placas de Techlan das fachadas no gramado ou na arquibancada. 

 Todos os trabalhos realizados na Arena tem as respectivas ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica), que servem par atestar a responsabilidade do executor. O CREA fazia visitas quinzenais à obra, verificando inclusive as mais de 200 ARTs assinadas por engenheiros ou arquitetos

 Por fim, é preciso ainda esclarecer que a CNO garante a qualidade da construção, sendo responsabilidade do Fundo a sua manutenção.​''


Na ressaca da Rio-2016, atletas olímpicos perdem até os planos de saúde
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Eduardo Ohata

Atletas olímpicos que competiram na Rio-2016 foram surpreendidos nesta segunda-feira com a notícia de que ficarão sem seus planos de saúde a partir do dia 31 de dezembro deste ano.

Uma circular orientava presidentes de confederações nacionais a recolher as carteirinhas do plano de saúde com os desportistas logo após o fim do contrato para prevenir ''constrangimentos'' causados pelo ''uso indevido do seguro''.

Tratava-se de um benefício que os desportistas recebiam por meio do COB (Comitê Olímpico do Brasil) de um dos patrocinadores da entidade, a Bradesco Seguros.

Comunicado do COB às confederações, que irritou desportistas

Comunicado do COB às confederações, que irritou desportistas

A forma do documento, tanto quanto o teor, irritou desportistas que tiveram acesso ao comunicado do comitê para as confederações (veja ao lado). Um deles o encaminhou ao blog.

No entender de alguns deles, não é esse o tratamento adequado a alguém que se esforçou para representar o país nos Jogos Olímpicos.

O corte do plano de saúde não é um caso isolado.

Após a Rio-2016, as confederações e seus atletas já foram abaladas por cortes brutais nos valores de patrocínios de estatais e já reclamaram que o aporte via Lei Piva diminuiu, provavelmente pela menor quantidade de apostas registradas por conta da crise econômica.

O próprio Comitê Rio-2016 tem uma dívida de pelo menos R$ 200 milhões a saldar com fornecedores.

Contatado na tarde de ontem, o COB não havia se manifestado até o fim da noite desta segunda.


Eterno 1º medalhista, Servílio vira candidato e dispara contra confederação
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Eduardo Ohata

Primeiro medalhista olímpico do boxe brasileiro, Servílio de Oliveira, 68, encabeça chapa para a presidência da Confederação Brasileira de Boxe. Seu vice na eleição prevista para acontecer entre janeiro e março de 2017 será o ex-boxeador Sidnei Dal Rovere.

O atual presidente da CBB é Mauro Silva, que tentará a segunda reeleição.

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Servílio de Oliveira, 68, medalhista na Olimpíada do México-68, mostra sua medalha

''Soube que a confederação recebeu no ano R$ 7 milhões, oriundos da Lei Piva [verba das loterias], Petrobras, Lei de incentivo ao esporte. Não é possível termos ganhado só uma medalha na Rio-2016 [o ouro de Robson Conceição]'', critica Servílio. ''Com o dinheiro disponível, dá para trabalhar a base, incentivando todos os estados, fazendo com que a verba chegue a todos redutos e federações.''

Servílio invoca seu currículo para justificar a decisão de se candidatar.

''Estou envolvido com o boxe desde os 12 anos, como atleta, conquistei a primeira medalha olímpica brasileira do boxe, técnico, supervisor, manager, quando fiz um campeão mundial [Valdemir Pereira, o Sertão], acho que tenho o potencial para ser presidente'', enumera o ex-lutador. ''Também me sinto capacitado porque sigo 'lutando'. Entrei para a faculdade aos 62 anos e, em 2015, me formei bacharel em direito.''

Há, até o momento, uma terceira chapa que concorre ao pleito, a do piloto Ciro Baumann e do ex-boxeador e advogado Alex Oliveira.

Se Servílio critica o perfil ''militar'' (autoritário) de Silva, Alex afirma que há irregularidades ligadas à transparência na confederação e que o estatuto foi alterado recentemente de forma a restringir a participação democrática no pleito.

''O estatuto é claro, inclusive eu tenho que seguir'', responde Silva. ''E o Brasil nunca viu o boxe olímpico no nível como o atual, com resultados em duas olimpíadas seguidas.''


Globo cede a clubes inédito direito de negociar com emissoras estrangeiras
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Eduardo Ohata

A disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileirão de 2019 a 2024 rendeu aos clubes uma vantagem inédita em sua história: agora eles têm o controle para negociar os direitos internacionais da venda da competição, que foi cedido por ambas emissoras durante as negociações. Atualmente, são adquiridos por cerca de uma centena de países, segundo informou uma pessoa que participou das negociações.

Nos moldes atuais, o dinheiro pago por emissoras de fora para transmitir o Brasileirão entra diretamente para a Globo, responsável pela negociação. A partir de 2019, os clubes receberão o proporcional de cada um nessa venda. Para isso, porém, eles que terão que fazer a negociação, se organizar e se unir, de certa forma.

A adesão dos clubes em bloco como uma organização para negociações comerciais já ocorria nos tempos de Clube dos 13, que teve seu fim no ano de 2011. Porém, até o momento, não há sinalização alguma que aponte para a ressurreição da entidade. Segundo especialistas da área, seria necessário que, no mínimo, dez cartolas dos clubes mais representativos se mobilizassem nessa direção.

''O problema é [os clubes] nos organizarmos para vender os direitos lá fora em conjunto'', argumenta o presidente santista, Modesto Roma. ''Os clubes estão desarticulados desde 2011, mas vamos trabalhar nisso.''

No caso da Globo, foi definido apenas, que ela mantém o direito para transmissão do Brasileiro nos países onde há a Globo Internacional, como os EUA. De toda a forma, mesmo nesses países, a transmissão seria feita em português. Ou seja, haveria espaço para alguma emissora local adquirir os direitos para exibir na língua nativa com narrador e comentarista próprios.

Entre os obstáculos no caminho da atratividade do Brasileiro como atração internacional estão o êxodo das estrelas brasileiras e estádios vazios. Um ex-executivo da emissora se queixava que a Globo tinha que ''fazer mágica'' na edição para diminuir a entrada de cenas de arquibancadas vazias durante as transmissões das partidas.

Caso os clubes de futebol não consigam formar um grupo para negociar os direitos, uma saída que já é contemplada é os clubes entregarem os direitos para a própria Globo, que já tem o know-how na área, negociar fora do país. Obviamente, eles dividiriam com a Globo um valor por negócio fechado, mas que representaria um ''dinheiro novo'' em relação ao contrato que vem sendo praticado até agora.


Técnico cai em pegadinha reciclada da Copa e teme ser agredido na rua
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Eduardo Ohata

O técnico do ABC, Geninho, foi vítima de uma ''pegadinha'' reciclada das Copas de 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, e por conta da brincadeira, irritou-se e chegou a temer por sua integridade física e a de seus jogadores.

Um texto divulgado por WhattsApp (veja ao fim do texto), assinado por ''Gunther Schweitzer'', identificado como diretor do canal Esporte Interativo, e que chegou até Geninho por meio de um amigo, afirmava que o técnico, cartolas do ABC e do Guarani, e até a CBF, armaram o resultado da partida na qual o time de Natal foi goleado por 6 a 0 pela Série C do Brasileiro.

No jogo de ida, pelas semifinais da competição, o ''Mais Querido'' havia goleado a equipe de Campinas por 4 a 0, e já contava que a equipe estaria na final. Porém, na partida de volta, o ABC foi goleado por 6 a 0, cedendo a vaga na decisão ao Guarani.

''Estou preocupado, daqui a pouco a população pode até agredir os jogadores'', dizia um exasperado Geninho, enquanto encaminhava o texto ao blog. ''Se a TV [Esporte Interativo] não soltar uma nota para negar o que está dito lá, não vai ter jeito a não ser entrar com uma ação [na Justiça].''

O Esporte Interativo, obviamente, negou que algum funcionário tenha enviado tal mensagem e informou desconhecer o ''Gunther Schweitzer''.

Na verdade, essa pegadinha não é nova. Já havia circulado pela internet durante várias Copas, e dava conta de que os Mundiais estavam ''comprados''. Para ''reciclar'' a piada, substituiu-se o nome de uma seleção pelo do ABC, o de outra pelo Guarani, e a Fifa pela CBF. A ''pegadinha'' já foi adaptada até para se referir à premiação do Oscar e ao Nobel.

Ao ser informado pelo blog de que se tratava de uma piada, Geninho ficou (um pouco) mais calmo.

''Essa foi uma brincadeira de mau gosto em cima de gente séria'', desabafou, em meio a resmungos, o treinador. ''Faço um trabalho sério, e essa brincadeira pode sujar o meu nome. Já estava magoado pelo resultado [do jogo de volta], e ainda fazem isso…''

O técnico, que já passou por Corinthians, Santos e Vasco, entre outros, não decidiu ainda se denunciará a ''brincadeira'' à delegacia de crimes cibernéticos.

Confira o texto adaptado da pegadinha da Copa de 98 que circulou no WhatsApp e chegou até Geninho:

''Talvez, isso explique a razão do jogador Jones Carioca ter dito: ''Se as pessoas soubessem o que aconteceu no Brinco de Ouro ficariam enojadas!''.

Todos os potiguares ficaram chocados e desconfiados com o que ocorreu na partida entre Guarani x ABC em Campinas no dia 23/10. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.

Fato comprovado:
O ABC vendeu o titulo para o Guarani. Os jogadores titulares foram avisados às 20:00 do dia 22 de Outubro de 2016 (dia anterior da partida), após uma reunião envolvendo o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o presidente do ABC, Judas Tadeu, o presidente do Guarani e os técnicos Geninho e Marcelo Chamusca. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento de informações, em seus quartos no hotel.

A princípio muito contrariados, os atletas se recusaram a jogar a partida no dia seguinte.
A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$7.000,00 para todos os os titulares e um bônus de US$40.000,00 para todos os demais membros da equipe, totalizando a soma de US$ 2.300.000,00 (dois milhões e trezentos mil dólares) através da Adidas. Além disso, os jogadores terão nos próximos 4 anos, as mesmas bases de prêmios de grandes atletas da marca como Messi, Daniel Alves e Luiz Suárez.

O Sr. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, aplaudiu a colaboração dos atletas, uma vez que o resultado confirmaria o poder dos times paulistas para diminuir as chances da liga rio-sul-minas acontecer. Combinou-se ainda que o ABC terá o caminho facilitado na Copa do Nordeste.

Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o mundo do futebol.

Desde, já agradeço, Um abraço.
Gunther Schweitzer – Executivo do canal Esporte Interativo''


Aquisição bilionária nos EUA respinga em rival da Globo por Brasileirão
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Eduardo Ohata

A aquisição da Time Warner pela gigante da telefonia americana AT&T, anunciada no sábado, respinga no Esporte Interativo, rival do SporTV, braço na TV a cabo da Globosat, pelos direitos do Brasileirão 2019-24.

A Lei 12.485, que trata da TV paga no país, proíbe o cruzamento das atividades de programação e distribuição.

A AT&T adquiriu a DirecTV, controladora da Sky no Brasil, há dois anos; e a Time Warner e o grupo Turner, dono do Esporte Interativo, se fundiram na década de 90.

Ou seja, canal (Esporte Interativo) e operadora (Sky) agora são propriedades do mesmo grupo.

Até mesmo nos EUA é esperado que a autoridade reguladora aponte quais propriedades deverão ser negociadas pelo novo grupo.

Foi por causa da legislação brasileira que a Sky descontinuou há alguns anos seu canal esportivo no Brasil, o Sports +.

Para quem não se lembra, o Sports + chegou a ter os direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Espanhol, da Liga dos Campeões, da NBA, liga norte-americana de basquete, e de torneios de tênis. O canal entrou na mira do governo justamente por ser propriedade da operadora Sky. Propriedade exclusiva ou majoritária, nesse caso, são vetadas pela legislação nacional.

O canal Esporte Interativo, do grupo Turner, e o SporTV, da Globosat, travam uma disputa pelos direitos do Brasileirão a partir de 2019. Os dois canais fecharam contratos individuais com dezenas de times nacionais de futebol.

Vale lembrar que cada um dos canais só poderá transmitir uma partida caso os dois times que se enfrentarem tiverem contrato fechado com o canal. No caso, o que prevalece não é o mando de campo, mas o que determina a Lei Pelé.

O destaque atual da programação do Esporte Interativo é a Liga de Campeões.

O blog entrou em contato com o canal Esporte Interativo no fim da tarde da última sexta-feira, antes do anúncio da aquisição, e nesta segunda-feira para posicionamento sobre a repercussão no Brasil da aquisição da Time Warner pela AT&T, mas o canal não se pronunciou até o momento.


‘Que ‘presente’ é esse que temos que pagar R$ 950 milhões?’, rebate Andres
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Eduardo Ohata

O ex-presidente corintiano Andres Sanchez rebateu a acusação do presidente do conselho de administração do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, de que a Arena Corinthians teria sido um presente para o ex-presidente Lula em retribuição a suposta ajuda do ex-presidente Lula ao grupo.

A edição deste domingo da ''Folha de S.Paulo'' traz reportagem sobre acordo de delação de Emílio, em fase de negociação, na qual fez tal afirmação.

''Dizem que [o estádio] foi dado de presente para o Lula, e o Corinthians tem que pagar um financiamento de R$ 950 e tantos milhões? Que tipo de presente é esse?'', perguntou ao blog Andres, de forma retórica, ao ser questionado sobre a declaração de Emílio Odebrecht.

Foi durante a gestão de Andres, hoje deputado federal, que o estádio foi viabilizado. O ex-presidente se mantém à frente das operações ligadas à arena, incluindo a busca por um parceiro para fechar o contrato dos ''naming rights'' do estádio.

A Arena Corinthians tem protagonizado uma série de polêmicas envolvendo clube e empreiteira. Técnicos que trabalharam na obra alegam que ela ainda não foi completamente entregue e que faltam detalhes para torná-la totalmente funcional.

Clube também já ameaçou processar o fundo da arena, integrada pela Odebrecht, caso toda a papelada referente ao estádio não seja entregue para a realização de uma auditoria, o que ainda não aconteceu.

Ao blog, Andres afirmou que tem esperança que isso aconteça dentro de 30 a 45 dias.

Na tarde deste domingo, o ex-presidente do Corinthians reforçou sua posição enviando um comunicado à imprensa sobre a polêmica. Veja a íntegra do texto a seguir:

Quanto à matéria da Folha de SP de 23/10/16, sobre suposta afirmação de Emilio Odebrecht, publicada como destacada manchete afirmando que o estádio do Corinthians foi um presente para o ex presidente Lula, constato que da leitura de tal notícia em momento algum se desprende tal afirmação já que o próprio texto deixa claro os esforços que o clube realiza para fazer frente ao pagamento.

Alguém, por mais mal informado que seja, afirmar que o estádio foi um presente para quem quer que seja, quando a Arena Corinthians custou R$ 985 milhões mais juros do empréstimo, é no mínimo não ser razoável em sua forma de pensar.

Como alguém dá algo para outro alguém e depois exige pagamento por isso?

E mesmo não sabendo qual conotação desejou-se dar, faz-se necessário deixar claro que, através dos trabalhos que estão sendo realizados pela auditoria geral da obra, há objetivos bem definidos.

O Corinthians cobrará da Construtora Odebrecht tudo o que deve, seja pelo não executado, superfaturado, o que tiver de ser refeito ou o que mais for detectado em prejuízo à instituição Corinthians.

E ainda, quaisquer pessoas que participaram de atos que prejudicaram o Clube, também serão cobradas.

O Clube em qualquer caso é a vítima, o lesado, logo deve ser ressarcido.

Este é o motivo da Auditoria Geral da Obra da Arena, a qual está sendo realizada de forma independente, envolvendo diversas áreas e, trazendo publicamente desde já, que a falta de entrega de documentos pela construtora ou Arena Fundo, está sendo interpretada como algo que merece maior aprofundamento ainda.

O Corinthians e seu torcedor são maiores e mais importantes do que qualquer um de forma individual, seja ele quem for.

E toda a imprensa sabe que tenho assessor de imprensa e nem ele e nem eu fomos procurados, como a matéria afirma, para falar sobre este o assunto.

Durante a semana, quando retornei de Brasília, na quinta-feira, fui a diversos programas que estavam marcados e atendi todas as solicitações de entrevistas.


LEIA MAIS:

Juca: O presente de grego da Odebrecht ao Corinthians
Trecho de delação de Emílio não causa surpresa no Corinthians
E-mails apontam suposta fraude na construção da Arena Corinthians
E-mails detalham problemas de estrutura enfrentados pela Arena Corinthians


Torcida boicota jogo de time e rende toneladas de comida a ação beneficente
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Eduardo Ohata

Torcida que prefere assistir por telão do que ao vivo partida de seu time, que aconteceu em sua própria cidade, e que festejou o jogo, mesmo com vitória do rival? Esse foi o saldo do último, e polêmico, Atletiba.

A última edição do clássico entre o Coritiba e o Atlético-PR aconteceu na Vila Capanema, estádio do Paraná, porque apesar de o mando de campo ser do Furacão, pois uma apresentação do tenor italiano Andrea Boccelli fora marcada para a mesma data para a Arena da Baixada.

A torcida do Coritiba, irritada com os ingressos oferecidos por salgados R$ 200, entendeu que era ela que iria subsidiar o custo do aluguel da Vila Capanema e iniciou campanha para boicotar o jogo ''in loco'' e  para que o clube transmitisse o clássico em um telão no Couto Pereira.

Mesmo com o time atrás no marcador, um burburinho começou no segundo tempo entre os torcedores do Coritiba no estádio que acompanham o jogo por rádio.

Pouco depois, o sistema de som do Couto Pereira repassou a informação, que fez a torcida vibrar: o público na Vila Capanema, formado majoritariamente por torcedores do Atlético-PR era de cerca de 6 mil pessoas, e o presente no Couto Pereira, para assistir o jogo no telão, era de aproximadamente 10 mil pessoas.

A receptividade à iniciativa surpreendeu a direção do time, que pretende realizar outras ações semelhantes no futuro, independente de polêmicas com o rival local.

O real ganhador do clássico? Instituições beneficentes, que receberam 10 toneladas de alimento (a admissão ao estádio era um quilo de alimentos não-perecíveis).


São Paulo entra na disputa com Palmeiras por meia Raphael Veiga
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Eduardo Ohata

O São Paulo entrou na disputa pelo meia do Coritiba Raphael Veiga, que interessa também ao Palmeiras.

Segundo o blog apurou com partes dos dois clubes envolvidas nas negociações do jogador, um representante do clube do Morumbi pediu para ser informado sobre os valores oferecidos por outros interessados (leia-se Palmeiras), dando a entender que poderá cobri-los.

Os direitos federativos do meia pertencem hoje ao Coritiba (70%) e ao Grupo Pão de Açúcar (30%). Porém o Audax tem a preferência de compra dos 30% do jogador. Ou seja, a negociação pode se arrastar por incluir quatro pontas.

A chegada do meia no São Paulo encaixaria no planejamento da comissão técnica do clube do Morumbi, que trabalha com a saída de Michel Bastos.

O presidente do Coritiba, que gostaria de manter o atleta, irritou-se com o Palmeiras. Alega que primeiro ''fizeram a cabeça'' do jogador. Por isso mesmo, pede que agora o Palmeiras fale primeiro com seus parceiros na negociação antes de falar com o clube.


Negociação de Palmeiras por Raphael Veiga passa até por Grupo Pão de Açúcar
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Eduardo Ohata

A negociação do Palmeiras para contar na próxima temporada com a jovem revelação Raphael Veiga, do Coritiba, chegou ao Grupo Pão de Açúcar, o blog apurou. As tratativas terão de passar também pelo Audax, que não entrou até agora na tratativa.

Quando o Osasco adquiriu o Audax, parte dos direitos federativos de alguns jogadores continuaram em poder  do grupo. O Coritiba, que já era dono de 60% dos direitos do meia, comprou mais 10% do Pão de Açúcar, e hoje é dono de 70%.

O presidente do Coritiba, Rogério Portugal, irritado com a situação, afirma que, por ele, Raphael não sairia do Coritiba.

''Mas fizeram a cabeça dele [Raphael], fazer o quê?'', reclama o dirigente. ''Eles [cartolas do Palmeiras], que falem primeiro com o Audax. Nós sabemos respeitar nossos parceiros.''

Antes de chegar ao Audax, porém, as conversas passam pelo jurídico do Grupo Pão de Açúcar. Mas, mesmo chegando a bom termo com o clube do Parque Antarctica, o grupo terá de notificar o Audax, que tem o direito de preferência para ficar com os 30% restantes dos direitos do atleta.