Blog do Ohata

Contrato de Muricy com SporTV permite sua saída se receber convite de clube
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Eduardo Ohata

O contrato de Muricy Ramalho com o SporTV, onde atuará como comentarista, tem duração de um ano. Porém o acerto, o blog apurou, ao contrário do que tradicionalmente ocorre, não prevê multa caso o treinador decida deixar a emissora antes do fim do contrato para voltar a trabalhar para um clube de futebol em qualquer cargo.

Ficou claro para ambas as partes que enquanto Muricy desempenhar o papel de comentarista no canal, não poderá trabalhar em clubes de futebol, o que configuraria um conflito de interesse.

Na emissora, apesar da alta expectativa em relação à performance do treinador, é encarado como natural que Muricy esteja com dúvidas nessa nova fase da carreira, que esteja pensando, ''será que é esse o mundo que eu quero?'', ''será que vou me adaptar?''

Os relatos é de que está animado com a função, mas que é entre seis meses e um ano que ficará mais claro se a sua adaptação foi plena.

Por isso mesmo seu contrato não incluiu a famosa e salgada cláusula da multa contratual.

O ''namoro'' entre Muricy e o canal começou em junho, mas por conta da agenda dos executivos, tomada pela Rio-2016, o acerto ficou para agora.

O canal ainda estuda exatamente de que forma o treinador será aproveitado, por isso mesmo a data de sua estreia não está confirmada. Mas é certo que comentará apenas jogos especiais, não se sabe ainda se na cabine ou em campo, o que não acontecerá todos os fins-de-semana, além de participações em programas da casa.

Da parte de Muricy é famosa sua obsessão em assistir programas esportivos do Brasil e do exterior, chegando em certa época a instalar antenas de satélite em sua casa para captar torneios do exterior que não eram transmitidos no país.


Federação paulista cria ‘universidade’ dirigida a cartolas; veja as aulas
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Eduardo Ohata

A Receita Federal abriu os olhos este ano para os ganhos dos jogadores profissionais de futebol, por vezes mascarados de direito de imagem. Resultado: Clubes e atletas multados após autuação da receita.

Pois bem, a aplicação da CLT e da Lei Pelé no contrato do jogador e os efeitos da Justiça do Trabalho nos contratos dos jogadores de futebol são os temas que mais dúvidas geram e serão o destaque do curso inaugural da FPF Academia, uma espécie de universidade do futebol voltada para cartolas e aberta também aos torcedores em geral, recém-lançada pela Federação Paulista de Futebol.

Clubes membros serão questionados sobre quais os assuntos lhes trazem o maior número de dúvidas, como Profut, legislação etc, para a ampliação do número de disciplinas e formação do cardápio de aulas.

O curso inaugural, parceria com a Academia Nacional de Direito Desportivo, acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro. As inscrições, no valor de R$ 250, poderão ser feitas entre os dias 24 e 31 de outubro, pelo site da FPF.

 

 


‘Quero ajudar o Corinthians, mas não sou eu que decido’, diz Andres Sanchez
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Eduardo Ohata

''Quero ajudar o Corinthians,  mas não sou eu que decido''. É assim que Andres Sanchez definiu ao blog sua situação em relação ao time do Parque São Jorge.

Econômico nas palavras, o ex-presidente corintiano confirmou que a decisão de contratar o treinador Oswaldo de Oliveira não passou por ele. ''Essa foi uma opção dele [Roberto de Andrade], foi uma decisão do presidente. Ele faz o dele, eu faço o meu'', resumiu.

Interlocutores próximos a Andres explicam que é possível que o ato de oferecer ajuda pode ser interpretado por ''algumas pessoas'' no clube como um intrometimento.

Sobre o novo técnico, Andres admite que pode apoiá-lo, mas coloca uma condição. ''Ele tem uma história bonita no Corinthians, se ele ganhar [uma série de partidas], eu apoio'', afirmou, ainda durante o andamento da partida entre Corinthians e América-MG.

Andres afastou o risco de cenários políticos no clube interferirem em seu papel em relação à Arena Corinthians. ''Vou continuar à frente da Arena Corinthians, até porque falta ser realizada a auditoria, que deve demorar ainda uns 30, 40 dias…''


Atletas reclamam de medalhas da Rio-2016 descascadas; Comitê oferece recall
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Eduardo Ohata

Atletas que subiram ao pódio durante a Olimpíada Rio-2016 se decepcionaram poucas semanas após os Jogos ao constatar que suas medalhas começaram a ''descascar'', perdendo a película de tinta que as cobriam.

Medalhistas relataram o problema ao blog e encaminharam fotos das suas medalhas. A cor da medalha não importou, já que as coberturas de ouro, prata e bronze descascaram.

Medalha da Rio-206 descascada na parte da fente e nas laterais

Medalha da Rio-206 descascada na parte da fente e nas laterais

Um medalhista se mostrou chateado.

Outra, apesar de insatisfeita, afirmou que não pretende pedir para trocar, por motivos sentimentais.

A amigos e pessoas próximas que a aconselharam a pedir uma medalha nova porque a sua já estava ''zoada'', argumentou que foi aquela a medalha que recebeu no pódio e que tem as ''marcas de guerra'', pois esteve em contato direto com seu suor e lágrimas durante a Rio-2016.

O Comitê Rio-2016, ao ser questionado sobre o assunto, explicou que isso se deve ao mau uso e excessos cometidos com as medalhas. Deixá-las cair no chão ou pendurar três medalhas no pescoço de uma só vez, o que favorece uma situação em que uma fica raspando na outra, podem provocar danos, adverte.

O comitê explicou que há três opções para o atleta cuja medalha descascou ou apresentou algum outro problema, como amassados. Ele pode ficar com a medalha como está, pedir uma nova, ou verificar se a Casa da Moeda, que as cunhou, pode realizar reparos.

No caso de querer reparar ou trocar a medalha, o atleta tem que acionar sua confederação, que deverá entrar em contato com o COB (Comitê Olímpico do Brasil), que por sua vez levará o caso ao Comitê Rio-2016, que por fim encaminhará a medalha para a Casa da Moeda.

Segundo o Comitê Rio-2016, menos de 3% do número total de medalhas distribuídas (2.700) foram devolvidos, eliminando a necessidade de um recall total.

 


Premier League firma acordo com Universidade do Futebol, que vai a Londres
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Eduardo Ohata

Pela primeira vez, a English Premier League receberá, em caráter oficial, uma delegação de profissionais do Brasil. O encontro acontecerá a partir deste sábado, se estenderá até o dia 23, e se trata do primeiro fruto da parceria com a Universidade do Futebol, instituição de produção de conhecimento da modalidade no país, que forneceu subsídio intelectual para o movimento Bom Senso F.C.

Integram a delegação 23 dirigentes e profissionais, incluindo o presidente do Bahia, Marcelo Sant´Anna, uma equipe da universidade, e três executivos do canal Esporte Interativo, Felipe Aquilino, Fabio Medeiros, Bernardo Ramalho, entre outros. O objetivo é conhecer como funciona a federação de futebol que mais receitas gera no mundo.

O tour inclui visitas a clubes das principais cidades do futebol no país, como Londres (Arsenal e West Ham), Manchester (Manchester City) e Liverpool (Liverpool e Everton), a federação de futebol, a mais antiga do mundo, com 152 anos, e os escritório da Premier League. Em todos os locais acontecerão visitas guiadas e palestras de executivos dos setores de gestão, futebol e responsabilidade social.

Para entender como os estádios são operados nas diferentes competições, a delegação também irá a partidas da Premier League (Liverpool x West Bromwich), da Champions League (Arsenal x Ludogorets) e Liga Europa (Manchester United x Fenerbahce), além de visitar Wembley e o Parque Olímpico dos Jogos de Londres-2012.

Além do Bahia, estarão representados Santos, Botafogo, Atlético-PR, Coritiba, Red Bull e Audax.


Sob ameaça de desfiliação, ministro viaja para falar com agência antidoping
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Eduardo Ohata

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, viajou para o Canadá, onde fará uma visita à sede da Wada (agência mundial antidoping).

A visita é de cortesia, mas tem claramente um tom político, especialmente à luz da recente ameaça da Wada de desfiliar o Brasil caso não entre em conformidade com seu código emitida logo após a Rio-2016.

Picciani pretende argumentar que o ministério vem de um período de transição, logo seguido pela organização da Olimpíada e dos Jogos Paraolímpicos.

Para mostrar em que o setor como um todo fala a mesma língua no Brasil, Picciani viajou acompanhado de Rogerio Sampaio, secretário da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) e Eduardo de Rose, especialista em doping com forte presença no COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Em meio aos Jogos Olímpicos do Rio, o setor enfrentou uma crise, quando o especialista em doping Luis Horta, ex-funcionário da ABCD acusou o COB de pedir para que o número de exames fora de competição diminuísse e o ministério de práticas que colocariam o sigilo dos testes em risco. COB e ministério negaram.

“[Nesta terça] haverá uma reunião na Wada em que eu e Rogério Sampaio vamos mostrar o esforço que o Brasil tem feito no controle de dopagem, nos mecanismos desenvolvidos para esse fim. Nós aprovamos recentemente uma legislação, com um processo para a instalação de um tribunal antidoping”, frisou Leonardo Picciani.

O tribunal independente, para evitar pressão de entidades esportivas, que julgará casos de doping no Brasil será formado por um número igual de homens e mulheres. No momento em que há protestos pela pouca representatividade da mulher em cargos de autoridade, o Conselho Nacional do Esporte (órgão do Ministério do Esporte) bateu na tecla da igualdade ao definir a composição do tribunal.

O CNE indicará os membros do tribunal, que não poderão estar no exercício de mandato em outros órgãos da justiça desportiva.


Após ouvir Santos, SP veta proposta de Abílio em projeto de novo estatuto
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Eduardo Ohata

EDUARDO OHATA E PEDRO LOPES

Membros da comissão de sistematização que trata da reforma do estatuto do São Paulo, presidida pelo advogado Carlos Eduardo Ambiel, consultaram cartolas do Santos antes de entregar seu projeto. Ouviram que o modelo atual da escolha de diretoria adotado pelo clube da Vila Belmiro, similar à proposta de comitê executivo apresentada por Abílio Diniz, dificultaria a governabilidade do clube.

A reforma do estatuto é uma das principais bandeiras do presidente são-paulino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que saiu em uma assembleia marcada por forte campanha contrária da oposição. Leco e Abílio estão em pontos opostos. Para viabilizar a reforma, Leco contou com o apoio do presidente do Conselho, Marcelo Abranches Pupo Barboza.

No modelo proposto por Abilio, os 9 a 11 membros do comitê executivo seriam eleitos pelas diferentes frentes do conselho deliberativo. Esses, por sua vez, elegeriam o presidente e o vice, em uma eleição indireta, e teriam voz em todas as decisões tomadas no clube.

Pela versão do estatuto que acaba de ser entregue pelo comitê são-paulino, o conselho de administração terá nove membros: o presidente e o vice, que serão eleitos pelo conselho (hoje o presidente aponta o vice), e mais sete integrantes.

As indicações dos sete membros partiriam do conselho deliberativo (2), para garantir visões diferentes ao do presidente, do conselho consultivo (1), pela experiência de seus membros, e pelo próprio presidente (4), o que lhe garantiria governabilidade.

Dos quatro indicados pelo presidente, três viriam de fora do clube, para oxigenar o ambiente e diminuir o risco de decisões baseadas em paixões clubísticas, e um do conselho deliberativo.

Na proposta do novo estatuto, o clube seguiria com o modelo presidencialista. O Conselho de Administração seria responsável por aprovação de contratos, teto para investimentos, cobrança do cumprimento das políticas estabelecidas, entre outros pontos. Por outro lado, o órgão não participaria das decisões do dia a dia, como a definição de um novo treinador ou contratação de um jogador, que ficaria a cargo de uma diretoria executiva de futebol.

Cartolas do clube do Morumbi, como o ex-secretário nacional de futebol Rogerio Hamam, que assessora a comissão, ouviram de seus pares do Santos que a simples contratação ou venda de jogadores frequentemente se tornam pesadelos políticos quando tem que ser referendados pelo conselho, já que cada grupo tem uma visão diferente. Por isso mesmo, no Santos, já há a ideia de uma nova reforma estatutária.

Também foram ouvidos dirigentes do Flamengo e Grêmio.

O ponto em comum entre a proposta de Abílio e a do comitê de reforma é a figura do executivo remunerado (entre 3 e 9), provavelmente em áreas como jurídico, marketing, futebol, estádio etc.

O novo modelo acabaria com os cargos de vice-presidentes estatutários e não-remunerados. Atualmente há vice-presidente em cinco áreas: futebol, comunicações e marketing, administração e finanças, social e de esportes amadores, e patrimônio. A única que poderia ser mantida é a vice-presidência social.

Confira outras alterações relevantes na proposta do novo estatuto:

– Mandato de quatro anos para presidente e vice, sem reeleição (atualmente o mandato é de três anos, com uma reeleição)

– Nova data para eleições em dezembro (no atual formato, as eleições ocorrem em abril, no meio da temporada)

– Mudança de 240 para 260 conselheiros (esses 20 novos serão eleitos, para alterar a proporção com vitalícios)

– Possibilidade de separar o futebol do social. Seria feito um estudo nos próximos 12 meses após a aprovação do estatuto para ver a viabilidade de isso acontecer


Candidato de Nobre no Palmeiras é ratificado sem ‘frisson’ em filtro
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Eduardo Ohata

Candidato único para a eleição à presidência do Palmeiras, Mauricio Galiotte passou no filtro do conselho deliberativo do clube, realizado na noite desta segunda-feira. Claro, como era de se esperar, já que é candidato único ao pleito marcado para fevereiro.

Porém a vitória ocorreu sem causar ''frisson'', apesar de Galiotte ter angariado quatro vezes o número de votos necessários para garantir sua chapa. O clima formal na sessão, conforme relatos, ressalta o caráter de produto de uma costura política.

Dos 278 conselheiros aptos a votar no filtro, uma espécie de prévia da eleição, apenas 203 compareceram, sendo que 14 assinaram a lista de presença e foram embora. Dos 189 que de fato participaram da votação, 165 confirmaram Galiotte, 17 votaram em branco e 7 anularam.

Depois da votação, Galiotte e um grupo formado majoritariamente pela chapa de Nobre, a Academia, foi festejar em uma conhecida cantina em Higienópolis.

Para as eleições do Conselho de Orientação Fiscal em Janeiro e do Conselho Deliberativo, no mês seguinte, é mais do que esperado que cesse a trégua política vivenciada no momento.


Mustafá costurou trégua política para Nobre fazer seu sucessor no Palmeiras
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Eduardo Ohata

O ex-presidente palmeirense Mustafá Contursi foi um dos principais articulares da trégua política que permitiu que o atual presidente, Paulo Nobre, fizesse seu sucessor no clube, Maurício Galiotte. O vice-palmeirense submete seu nome, hoje à noite, ao ''filtro'' no conselho deliberativo. Mas a prévia das eleições a essa altura se tornou apenas uma mera formalidade, já que Galiotte é candidato único para as eleições presidenciais do mês que vem.

Durante processo da escolha de Galiotte, Nobre e Mustafá ambos tiveram que ceder.

Nobre estava entre os nomes de Genaro Marino e Galiotte. Mustafá deixara claro que tinha objeções em relação ao primeiro, mas que apoiaria o segundo. Nobre, provavelmente levando em consideração a força que Mustafá mantém no conselho, contemplou o ex-presidente. Em troca, Mustafá aceitou Marino compor a chapa como primeiro vice e viu Nobre encaixar como quarto vice na chapa José Carlos Tomaselli, a quem Mustafá não apoiara em eleições no conselho deliberativo.

Um efeito colateral do apoio de Mustafá à chapa de Maurício foi que enterrou a candidatura do ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que se anunciava como pré-candidato e estava em compasso de espera. Se Nobre escolhesse Genaro, o que provavelmente causaria uma ruptura entre o atual e o ex-presidente, hoje aliados, abriria espaço para uma candidatura de Frizzo, que possivelmente teria o apoio de Mustafá. Embora não tenha se pronunciado sobre o assunto, sua candidatura foi abortada quando Nobre optou por Maurício.

Em viagem à Itália, Frizzo liberou seu grupo para votar no filtro de acordo com sua consciência (corroborar Maurício ou se abster).

Havia gerado insatisfação nos demais grupos o fato de o anúncio da candidatura de Galiotte ter sido comemorada na pizzaria do clube, após uma reunião do Conselho de Orientação Fiscal, com a participação quase que exclusiva de membros do grupo político de Nobre. Lideranças como o próprio Frizzo, o ex-vice do conselho Elio Esteves, e o atual, Mauro Yasbek, entre outras, não foram chamadas.

Mustafá chegou a conversar com membros dos principais grupos da política palmeirense, bastante fracionada, e, informalmente, até conversou com uma liderança da União Verde e Branca, grupo tradicionalmente rival. Não se tratou de ser ''bonzinho'' ou tentar intimidar o grupo, mas em apresentar uma posição que seria, teoricamente, mutuamente benéfica para ambos os lados.

Argumentou a seu interlocutor que como a UVB não tinha escolhido um ''nome'' até semanas atrás, era melhor se poupar do desgaste e concentrar energia na eleição de conselheiros marcada para fevereiro. Citou o momento decisivo no gramado com dois títulos em disputa e a questão financeira, com a dívida do clube consolidadas na figura de Nobre e salários pagos em dia. E finalizou lembrando que um cenário político agitado seria prejudicial a todas as partes.

A UVB não lançou candidato, mas emitiu uma nota oficial na qual deixa claro que o não-lançamento de candidato não significa que apoia a chapa única que concorrerá e, inclusive, orientou seus integrantes a se abster de votar no ''filtro'' de hoje como forma de protesto à atual gestão (leia-se Nobre).

Da parte de grupos não-alinhados com a candidatura de Maurício, uma preocupação relacionada a Nobre já projetada à próxima gestão: o risco de tentar manter ingerência no departamento de futebol, já que tem investido muito dinheiro em jogadores.

O próprio Nobre tem adotado cautela, ao fazer declarações na linha de que o que muitos chamam de paz, prefere classificar como tranquilidade.

Tranquilidade que pode ser definida como trégua. Mas que é o suficiente para Nobre eleger seu sucessor.


Comitê Olímpico Internacional pede cadeia para quem participar de doping
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Eduardo Ohata

O COI (Comitê Olímpico Internacional) sugeriu neste sábado, durante reunião em Lausanne, na Suíça, que membros da equipe de atletas que participarem de processo de dopagem sejam imputados criminalmente por seus atos. Entre os profissionais citados estão treinadores, médicos, fisioterapeutas etc.

A reunião contou com a presença do presidente da Wada (Agência Mundial Antidoping), Craig Reedie, além da cúpula do próprio COI.

Hoje, técnicos que participam de doping enfrentam punições esportivas, como suspensões, mas não sanções criminais.

Para que a meta do COI se torne realidade, porém, as legislações dos países membros teriam que ser ajustados para garantir uniformidade nas ações punitivas. O comitê também pediu aos governos de seus países-membros atuem em uníssono com suas orientações por meio de uma agência como a Unesco, braço da ONU que cuida de programas para a educação, ciência e cultura, por exemplo.

Um outro ponto que o COI abordou foi o aumento da proteção da confidencialidade de informações para evitar o vazamentos. Durante a Olimpíada Rio-2016, houve uma polêmica envolvendo ex-funcionário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Luis Horta, Comitê Olímpico do Brasil e Ministério do Esporte.

Horta acusou o COB de pedir que a ABCD diminuísse o volume de testes-surpresa nos atletas e o ministério de requisitar de antemão informações sobre testes antidoping que teriam que ser mantidas em sigilo para impedir fraudes.

''O exames antidoping têm que ser independentes das entidades esportivas'', afirma documento do COI ao qual o blog teve acesso.

O escândalo de doping russo, que evitou que inúmeros atletas do país competissem na Rio-2016 foi um dos destaques negativos dos Jogos.

Resta saber se a Wada terá força política, fundos e pessoal suficientes para implementar uma ação dessas dimensões. Hoje, suas ações se concentram mais em países esportivamente relevantes ou compromissados em realizar grandes eventos, como os Jogos Olímpicos.