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Por ‘patriotismo’, lei obriga hino completo em todos eventos esportivos
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Eduardo Ohata

Para quem ficou se perguntando o porquê de os jogos de futebol do fim de semana terem sido precedidos pela execução do hino nacional completo, a explicação está na edição do “Diário Oficial da União” da última sexta-feira.

Segundo a Lei 13.423/2016, o hino deverá ser tocado integralmente na abertura das competições nacionais, como as de ligas (ou federações) regionais e nacionais, como Confederação Brasileira de Futebol ou Federação Paulista de Futebol, por exemplo, ou do Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paraolímpico Brasileiro.

O motivo?

Segundo políticos que redigiram a lei, como a população ainda não tem o sentimento em relação ao hino nacional, como ocorre em outros países, a nova lei despertará nas pessoas o sentimento de nacionalidade.


Após acordo com ESPN, Jogo da Amizade será assistido nos EUA, Oceania e AL
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Eduardo Ohata

O “Jogo da Amizade”, amistoso entre a seleção brasileira e Colômbia, que será realizado em benefício da Chapecoense, poderá ser assistido nos EUA, Oceania, América Latina, incluindo a própria Colômbia e Caribe.

A ESPN conseguiu autorização junto à CBF para distribuir o sinal da partida nesses territórios.

A partida está marcada para o dia 25 (quarta-feira), às 21h45, no Engenhão (estádio Nilton Santos), no Rio de Janeiro.

Os direitos de transmissão foram repassados a canais abertos e fechados, do Brasil e do exterior, de forma gratuita, como noticiou Adalberto Leister Filho, da Máquina do Esporte.

A decisão de abrir o sinal foi tomado pela cúpula da CBF.

Como este jogo da seleção foi marcado em caráter extraordinário, fora do contrato da CBF com Globo e SporTV, surgiu a oportunidade de abrir o sinal para todos os interessados. Há orientação da CBF para que parte de eventuais cotas comerciais sejam repassadas à Chapecoense.


À la Doria, Marcelo Teixeira se põe como pré-candidato à federação paulista
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Eduardo Ohata

O ex-presidente santista Marcelo Teixeira se colocou como pré-candidato à Federação Paulista de Futebol. Assim como os prefeitos eleitos de São Paulo e Minas, que descolaram suas imagens à dos políticos tradicionais, Teixeira também descolou a sua dos cartolas.

“Me parece que agora há uma articulação para uma nova composição em termos de CBF, e talvez um dos postulantes seja o Reinaldo [Carneiro Bastos, presidente da FPF], e isso abra possivelmente uma situação envolvendo a [presidência da] federação. Sou sincero ao dizer que me agrada essa ideia de uma participação que parece muito mesmo meu estilo, em termos de organizar, agregar mais, inovar, diferenciar e talvez dar uma transparência ao futebol”,  disse Teixeira, durante participação no programa “Esporte por Esporte”, exibido na baixada paulista, esta semana.

“Pela minha experiência, pensar em CBF já seria um vôo alto, não que não seja capaz de fazê-lo.”

Ao estilo de João Dória (São Paulo) e Alexandre Kalil (Minas), prefeitos eleitos de São Paulo e Minas, que descolaram as suas imagens dos políticos tradicionais em estratégias vencedoras na arena política, o discurso de Teixeira descolou a sua do cartola tradicional.

“Quando a gente vê situações como a ocorrida com o Ricardo [Teixeira, ex-presidente da CBF], uma série de dirigentes mantiveram contato conosco e comentavam sobre uma possível candidatura diferenciada do meio, porque não sou do meio do futebol, apesar de tantos anos à frente do Santos, sou ligado a uma instituição de ensino.”

Quando o apresentador do programa afirmou que Teixeira era oficialmente candidato à FPF, Teixeira riu e disse que “ainda não sou [candidato oficial]”.


Ausência de homenagem da CBF a morto no vôo da Chape enfraquece Del Nero
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Eduardo Ohata

Até entre cartolas considerados aliados de Marco Polo Del Nero, pegou mal o fato de a CBF não ter realizado uma homenagem a Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da CBF, morto na queda do vôo da Chapecoense.

Apesar de se tratar de um adversário político, e mesmo que pessoas próximas a Delfim tenham passado recado para que Del Nero não fosse a seu velório, cartolas influentes argumentam que o presidente da CBF poderia pelo menos ter enviado um representante ao velório em Santa Catarina ou sinalizado seu pesar de alguma outra maneira.

Afinal, apontam os dirigentes, mesmo que estivesse rompido com Del Nero, ainda assim Delfim era um vice-presidente da entidade.

 


Coordenador da CBF passa de aluno a professor em curso de capacitação
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Eduardo Ohata

De aluno na primeira edição do curso de gestão da CBF em 2015, o coordenador da seleção, Edu Gaspar, passará a professor na edição de 2017 do curso, que promete contribuir para a capacitação de profissionais do futebol.

Gaspar não é o único ex-aluno que retornou como professor: O advogado e atual diretor de competições da Federação Mineira de Futebol, Paulo Bracks, entrou como aluno e foi palestrante no módulo de Direito Desportivo este ano.

Entre os temas que serão abordados na edição que tem início em abril de 2017 estão governança, planejamento estratégico, direito desportivo, marketing, finanças, gestão de competições e departamento de futebol e comunicação.

Fazem parte do público alvo do curso estão administradores de clubes e federações, gestores de empresas públicas ou privadas ligadas ao esporte, empreendedores de negócios, jornalistas, agentes de atletas, entre outros profissionais envolvidos com o futebol. As informações sobre o curso estão no site da CBF.


Técnico cai em pegadinha reciclada da Copa e teme ser agredido na rua
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Eduardo Ohata

O técnico do ABC, Geninho, foi vítima de uma “pegadinha” reciclada das Copas de 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, e por conta da brincadeira, irritou-se e chegou a temer por sua integridade física e a de seus jogadores.

Um texto divulgado por WhattsApp (veja ao fim do texto), assinado por “Gunther Schweitzer”, identificado como diretor do canal Esporte Interativo, e que chegou até Geninho por meio de um amigo, afirmava que o técnico, cartolas do ABC e do Guarani, e até a CBF, armaram o resultado da partida na qual o time de Natal foi goleado por 6 a 0 pela Série C do Brasileiro.

No jogo de ida, pelas semifinais da competição, o “Mais Querido” havia goleado a equipe de Campinas por 4 a 0, e já contava que a equipe estaria na final. Porém, na partida de volta, o ABC foi goleado por 6 a 0, cedendo a vaga na decisão ao Guarani.

“Estou preocupado, daqui a pouco a população pode até agredir os jogadores”, dizia um exasperado Geninho, enquanto encaminhava o texto ao blog. “Se a TV [Esporte Interativo] não soltar uma nota para negar o que está dito lá, não vai ter jeito a não ser entrar com uma ação [na Justiça].”

O Esporte Interativo, obviamente, negou que algum funcionário tenha enviado tal mensagem e informou desconhecer o “Gunther Schweitzer”.

Na verdade, essa pegadinha não é nova. Já havia circulado pela internet durante várias Copas, e dava conta de que os Mundiais estavam “comprados”. Para “reciclar” a piada, substituiu-se o nome de uma seleção pelo do ABC, o de outra pelo Guarani, e a Fifa pela CBF. A “pegadinha” já foi adaptada até para se referir à premiação do Oscar e ao Nobel.

Ao ser informado pelo blog de que se tratava de uma piada, Geninho ficou (um pouco) mais calmo.

“Essa foi uma brincadeira de mau gosto em cima de gente séria”, desabafou, em meio a resmungos, o treinador. “Faço um trabalho sério, e essa brincadeira pode sujar o meu nome. Já estava magoado pelo resultado [do jogo de volta], e ainda fazem isso…”

O técnico, que já passou por Corinthians, Santos e Vasco, entre outros, não decidiu ainda se denunciará a “brincadeira” à delegacia de crimes cibernéticos.

Confira o texto adaptado da pegadinha da Copa de 98 que circulou no WhatsApp e chegou até Geninho:

“Talvez, isso explique a razão do jogador Jones Carioca ter dito: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu no Brinco de Ouro ficariam enojadas!”.

Todos os potiguares ficaram chocados e desconfiados com o que ocorreu na partida entre Guarani x ABC em Campinas no dia 23/10. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.

Fato comprovado:
O ABC vendeu o titulo para o Guarani. Os jogadores titulares foram avisados às 20:00 do dia 22 de Outubro de 2016 (dia anterior da partida), após uma reunião envolvendo o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o presidente do ABC, Judas Tadeu, o presidente do Guarani e os técnicos Geninho e Marcelo Chamusca. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento de informações, em seus quartos no hotel.

A princípio muito contrariados, os atletas se recusaram a jogar a partida no dia seguinte.
A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$7.000,00 para todos os os titulares e um bônus de US$40.000,00 para todos os demais membros da equipe, totalizando a soma de US$ 2.300.000,00 (dois milhões e trezentos mil dólares) através da Adidas. Além disso, os jogadores terão nos próximos 4 anos, as mesmas bases de prêmios de grandes atletas da marca como Messi, Daniel Alves e Luiz Suárez.

O Sr. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, aplaudiu a colaboração dos atletas, uma vez que o resultado confirmaria o poder dos times paulistas para diminuir as chances da liga rio-sul-minas acontecer. Combinou-se ainda que o ABC terá o caminho facilitado na Copa do Nordeste.

Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o mundo do futebol.

Desde, já agradeço, Um abraço.
Gunther Schweitzer – Executivo do canal Esporte Interativo”


“Loucura eu não faço, ou pode não haver amanhã”, diz presidente corintiano
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Eduardo Ohata

O presidente corintiano, Roberto de Andrade, reiterou diversas vezes em entrevista exclusiva ao blog, realizada na semana passada: “Nomes” para reforçar a equipe, loucura de contratar estrelas, apenas quando o caixa permitir. “É como você faz na sua casa: Se entram dez, gastamos dez; quando começar a entrar quinze, aí sim, começamos a gastar quinze”. A filosofia é refletida no atual momento do time no Brasileiro e explica a decisão de contratar um técnico de peso para assumir a equipe apenas no ano que vem.

O cartola discutiu ainda a Arena do clube, contou que não aceitou ligação de Marco Polo Del Nero, após a saída de Tite para a seleção, analisou o cenário para sua sucessão, a razão de as milionárias contratações dos “chineses” não ter revertido para o caixa do clube e quem, em sua opinião, foi a pior contratação, André ou Pato.

Blog do Ohata:  Quanto o Corinthians ganhou com a negociação de jogadores em 2016 e o que foi feito deste dinheiro?

Roberto de Andrade: Todas as negociações de jogadores no ano nos rendeu em torno de R$ 117 milhões. Gastamos R$ 65 milhões na recomposição do grupo, e o resto foi usado no dia-a-dia. Fechamos o balanço de 2015 com um passivo de, mais ou menos, R$ 490 milhões. No balancete que lançaremos agora, estamos com um passivo de R$ 350 milhões. Estou sendo muito contestado, principalmente pela torcida. Até entendo, também sou torcedor. Falando como torcedor, quero um time forte, quero que se f… as finanças do clube. Se eu tivesse pensando só no meu mandato, esse número estaria R$ 490 milhões, ou R$ 550 milhões, e eu teria 11 p… jogadores ganhando R$ 1 milhão por mês. Estaria sendo carregado por aí, seria lembrado como o presidente que ganhou isso, ganhou aquilo, levantariam um pedestal, e eu deixaria a bomba para depois quem chegasse. Não vou fazer isso. Prefiro ser criticado durante minha gestão do que depois que acabar meu mandato. Hoje a política é uma só: se tem, gasta, se não tem, não gasta. Ganho 10? Nós vamos viver com 10. Amanhã tem 15? Vamos viver com 15. Isso significa o quê? Um time melhor, tudo melhor. O que não pode é você ganhar 10, assumir compromisso de 15, e dizer, ‘esses 5 nós vamos empurrar’. Antigamente você falava para um jogador, vem trabalhar aqui [no Corinthians]. O cara queria tudo à vista, tudo adiantado, porque não tinha confiança que iria receber. Sempre foi assim no Corinthians. O que mais o nosso grupo de 2007 para cá resgatou foi a credibilidade. Hoje as pessoas ouvem falar em trabalhar no Corinthians e vêm correndo porque sabem que não tem problema. O mês aqui, agora, tem 30 dias.

O time, então, se tornou refém do orçamento?

O Corinthians não é refém, enquadramos as despesas dentro das receitas. Se você gasta mais do que tem, corre o risco de ter que vender o carro, a casa, para saldar suas dívidas.

Quando se falou nos valores dos jogadores negociados com os chineses, era uma chuva de dinheiro. Mas o clube não lucrou tanto. São Paulo e Palmeiras lucram mais do que Corinthians nas negociações. O clube pretende mudar a estrutura de seus contratos?

[Enfático] Desculpa, você está completamente enganado. Nossos contratos não são mal feitos, com multas baixas, o que tem são cláusulas contratuais. Vou dar um exemplo: O Renato Augusto estava no Bayer Leverkusen. Eles queriam vender 100% dele por 6, 7, 8 milhões. Não tínhamos isso para pagar. Demos metade para liberarem o jogador. Mas nos impuseram uma cláusula que se viesse uma oferta de 8 milhões, teríamos que vender. Não é questão de multa, mas de cláusula acordada entre as partes, senão não me cederiam o jogador. Quando veio a oferta de 8 [da China], ou eu pagava os 4, que eu não tinha, ou eu vendia o jogador. O Vágner Love veio de graça, nós só pagávamos o salário. ‘Só que coloca aí, Roberto, que se vier uma oferta de 1 milhão de euros, você o libera e ainda recebe uma multa de 1 milhão’. Vou falar não, se quero o jogador de graça? Não é que o jogador dos outros saem mais caro, é oportunidade. Especialmente se você não tem um caixa suficiente para mandar na negociação. Quando trouxeram o Elias, compramos 50%, também com cláusula de venda. Quando veio a oferta, ou você paga, ou você entrega para o cara para pegar a sua parte. O Gil, por exemplo, não tinha cláusula, éramos donos de 90%, vendeu por 9,7 milhões de euros e ficamos com quase tudo. Mas onde tem cláusula, você tem que cumprir.

Até que ponto o clube vai continuar vendendo 4 ou 5 jogadores para trazer apenas 2?

A vinda do jogador é por necessidade. Primeiro, que você não consegue trocar Renato Augusto por Renato Augusto. Se no grupo você tem um jogador com a característica [do que saiu], você tem que trazer um jogador com outra característica. Isso é a comissão técnica que me fala. Eles me dizem, preciso de um meia, me dão três nomes e dizem, qualquer um que você trouxer, eu tô feliz. Aí vamos atrás.

Mas isso não é uma deixa para aproveitar mais a base, que tem sido desperdiçada?

Criticaram quando a gente emprestou o Maycon para a Ponte Preta. Emprestamos porque ele queria jogar, mas no nosso grupo ele não ia ter chance porque tínhamos o Elias, seleção brasileira, dono da camisa. Se ele não vai ser usado, vai ficar aqui sentado no banco, é melhor por ele para jogar, mandamos ele para a Ponte para ser titular, ganhar rodagem. A saída do Elias foi uma coisa pontual, não tava programado, e em dezembro o Maycon volta. O Marciel, mesma coisa. Na época o Tite falou, o Maycon está mais pronto que o Marciel, pode emprestar para o Cruzeiro. Agora pedimos de volta, e o Marciel está de volta. Quero deixar claro que foi nós que pedimos, não o Cruzeiro que o dispensou.

Qual a maior crise de vestiário que você como presidente enfrentou e resolveu?

Nenhuma. Crise de vestiário? Zero. Posso falar de boca cheia que só trabalhei com grupo nota mil em quatro anos como diretor de futebol e agora como presidente. Nesses seis anos trabalhei com o Tite e, com ele, não tem confusão. Não tem o que falar de ninguém.

Você atacou a CBF após a saída de Tite. Como está a relação entre você e o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, agora?

Fiquei chateado e continuo achando que o presidente da CBF errou, não vou mudar minha opinião. Um erro não se apaga, ele pode pedir desculpa que a gente vai aceitar. Ele errou de não ter me contatado. Eu não tive mais contato com ele porque não fui mais à CBF. Se tiver, vou à CBF e falo para ele que ele errou. Ele tentou [pedir desculpas], me ligou no dia seguinte, eu que não atendi. Acho que era isso que ele queria falar, eu que não atendi. Mas não quero empurrar isso para o resto da vida. Ah, você abriu o CT para a seleção treinar. Queriam o quê, que montasse uma barricada? A seleção não é minha, não é dele, é do país. Não vou deixar de atender a seleção porque ele errou comigo. Mas desde que o Marin assumiu, está melhor do que a gestão anterior.

Ao substituir o Tite, por que optaram pelo Cristóvão, se havia “nomes” no mercado, como Fernando Diniz e Abel Braga? Fizeram essa opção por que o time era modesto?

A gente não entende isso. Quem montou o time foi o Tite e o Edu Gaspar. O Cristóvão tinha o perfil que a gente buscava: Perfil agregador, de relacionamento bom com o grupo, que foi o que a gente aprendeu com o Tite, com resultados bons dentro e fora de campo. Ah, mas ele não tem nenhum título. Mas o Tite, quando chegou no Corinthians, também não tinha. No caso de qualquer treinador que viesse trabalhar pós-Tite, as comparações seriam difíceis.

Ainda acredita em titulo ou o alvo é uma vaga na Libertadores?

Acredito, porquê não? Estamos vivos. Dois tropeços de alguém, nós chegamos.

Quando o time terá um grande jogador, como um Ronaldo, por exemplo, à sua frente? Quem será?

Quando a gente tiver condições financeiras de trazer um jogador. Um jogador nesse perfil que você falou, custa caro. Não precisa ter o nome do Ronaldo, mas a gente sempre sonha em trazer um grande jogador. O Corinthians precisa de qualidade, pode ser um, em quatro, em cinco, ou nos 11. O Corinthians não tinha ninguém de expressão e no ano passado e fomos campeões [do Brasileiro]. O objetivo é ser campeão, não ter um jogador de referência. Temos que ter um conjunto de qualidade, que era o que tínhamos no ano passado. Talvez não tenhamos o mesmo conjunto, mas ainda temos muita qualidade. Melhor do que muitos clubes.

Mas como se manter líder de público com o time caindo de produção?

Se você for ver nos últimos anos, mesmo nos anos em que a gente não ganhou título, o time era forte. O objetivo não é encher a arena, é ganhar. Não adianta encher estádio e não ganhar título. Lógico que jogar com a arena lotada é bacana, e para isso é preciso ter um time competitivo.

Pensa em estratégias de marketing como na época do Luis Paulo Rosenberg, que aproximava o clube à torcida?

Pelo contrário, nós temos hoje um recorde, 146 mil sócios-torcedores. Camisa, uma das mais valorizadas do país [R$ 60 milhões], mesmo nessa crise financeira.

Pretende rever para baixo os preços de ingressos?

Não tem como diminuir. Temos o lado oeste do estádio, que quanto mais rápido lotar aquele setor, mais rápido consigo viabilizar que [os preços dos ingressos de] outro setor sejam menores. Senão a conta não fecha.

Nos últimos tempos, todos os presidentes vieram do departamento de futebol. Há algum candidato da situação que preencha esse requisito?

Não é pré-requisito para ser presidente. Mas o futebol é o carro-chefe, o departamento mais preocupante, mais delicado, é legal que o presidente conheça vestiário, como funcionam as coisas, para na hora que tiver que decidir, ter uma decisão mais clara.

Na situação, qual é o nome que tem esse perfil [para concorrer à próxima eleição]?

Hoje não tem, mas vai ter que ter. Acho muito cedo. Pode ser que surjam [alguns cenários] um pouco mais para a frente.

O Andres já terá condições para concorrer à presidência na próxima eleição. É um bom nome?

Ele fala que não quer, não sei.

Fora ele, tem algum nome disponível que tenha essa experiência de departamento de futebol?

Aí [um eventual nome] vai ter que passar ainda, né? Que tenha passado, não tem. Eu não vejo. Mas não precisa ficar no departamento de futebol 3, 4 anos como eu fiquei, pode ficar um pouco para ter noção de como as coisas funcionam.

Qual a situaçã0 do estádio?

Estamos com os pagamentos rigorosamente em dia. Fizemos um pleito à Caixa Econômica Federal, pagamos a última prestação em abril. De abril para cá [pelo acordo], a gente só vem pagando os juros. Mas os juros são 87% do valor da prestação, é quase igual. Eles têm até outubro para decidir sobre nosso pleito.

E os naming rights?

Está andando. Não dá para afirmar que vai sair daqui a uma semana, um mês. Como é uma coisa longa, de 20 anos, quero ter todas as garantias para assinar um contrato longo. O valor que estamos trabalhando é em torno de US$ 100 milhões.

Aceita fazer show no estadio para diminuir a divida?

Dentro do estádio, não. Queremos fazer show na área externa.

Quanto o Corinthians deixou de ganhar por ter emprestado o estádio para a Rio-2016?

Não deixou de ganhar. Pagaram e ainda deram um [dinheiro] para o fundo da arena. A arena foi vista no mundo inteiro, o Corinthians participou da Olimpíada, entrou para a história, isso ajuda na venda do naming rights.

Qual, na sua opiniao, foi o pior negocio para o Corinthians? André ou Pato?
Não vejo o André como um negócio ruim. Se você for falar negócio financeiro, não foi ruim porque peguei o dinheiro de volta, até um pouco a mais. Acho que ele deu mais retorno técnico do que o Pato, até porque jogou um pouco mais. E, financeiramente, o Pato deu um prejuízo maior.

Acha que o São Paulo se tornou o Corinthians em termos de cenário político conturbado?

Acho que o Corinthians, na pior de suas crises, fosse política ou financeira, sempre foi maior do que o São Paulo. São crises diferentes, mas o Corinthians, no meio de um monte de crises, só cresceu. O Corinthians vem juntando títulos e patrimônio. Em 9 anos, criamos o CT, o estádio e conquistamos um monte de título que ninguém ganhou. A torcida não quer saber se tem conta para pagar, se o cara pediu 500 mil por mês… ‘Paga esse FDP e põe ele para jogar’, ela diz. Só que isso tem um limite, o dinheiro para de entrar. Aí você vai para o plano B, e a qualidade cai um pouco. E tem clube no plano C e plano D…

Que clubes são esses?

Prefiro não quero falar.

Pelo que quer que sua gestão seja lembrada? Pelo título do Brasileiro? Pelo trabalho do Tite? Pela transparência?

Primeiro, se eu puder ganhar mais um título, seria legal. Segundo, não quero ser criticado porque deixei contas, porque deixei isso ou aquilo. A gente está fazendo muita coisa aqui que não aparece, regularizando muita coisa. Nunca tivemos uma negativa de impostos, o Corinthians passou a gozar do dinheiro da CBC [Confederação Brasileira de Clubes] para ser investido em esportes olímpicos. Isso tudo é trabalho, que passa pelo Ministério do Esporte. No Profut [Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileira], ao qual aderimos, você tem obrigações a cumprir, ou pode cair da Série A para a B por uma questão administrativa. Cobram um dirigente que aja com responsabilidade, e aí você é criticado porque age com responsabilidade. Quem critica tem zero conhecimento, não sabe o que acontece. Loucura eu não faço, se eu não agir dessa forma, talvez [o Corinthians] não tenha um amanhã.


Em ação no STJD, Santos acusa árbitro de jogo com Inter de fraudar súmula
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Eduardo Ohata

O Santos encaminhou ao STJD ação contra a arbitragem da partida contra o Internacional, pela 23ª rodada do Brasileiro, que culminou com a expulsão de Lucas Lima aos 45 minutos do primeiro tempo por conta de o meia ter retardado o início do jogo.

A partida, que causou muita polêmica, foi comandada pelo árbitro Rodrigo Batista Raposo (DF/ASP-Fifa).

O blog apurou que, não satisfeito com a representação, na qual cita fraude na súmula e abuso em relação a outros santistas, o presidente santista, Modesto Roma, encontrou-se com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para discutir o assunto. Del Nero prometeu providências.

Em sua representação, assinada por Modesto, o Santos requere a avaliação técnica da partida, “com atenção especial para a análise das advertências (cartões amarelos) ao atleta Lucas Lima…”

Um segundo documento, que acompanha o requerimento argumenta que “a descrição dos fatos em súmula não corresponde à realidade do ocorrido [na partida]”.

Segundo o Santos, uma análise de um vídeo, que também foi encaminhado à CBF pelo clube, “demonstra claramente que o atleta não retardou o reinício da partida”, como o árbitro alegou.

“O [atleta] havia sofrido falta [no primeiro amarelo]. Ao se levantar, se dirigiu à lateral de campo para receber o passe. Como o cobrador da falta se recusou a efetuar o passe curto, o mesmo se dirigiu à bola pois tentaria um lançamento. Com seu colega de equipe marcado, desistiu do lançamento e cobraria curto, quando então foi advertido pelo árbitro… É possível perceber [pelo vídeo] que entre o apito do árbitro para cobrança de falta e a aplicação do cartão se passaram meros e irrisórios 10 segundos”.

Sobre o segundo cartão amarelo, justificado sob o argumento de “conduta antidesportiva ao retardar o reinício da partida no momento que colocou a bola no quarto de círculo e se posicionou para executar o tiro de canto e em seguida deixou a cobrança para seu companheiro”, o clube também nega a versão do árbitro:

“Novamente, entre o posicionamento da bola no quarto círculo e a apresentação do segundo amarelo, se passaram 9 segundos”.

O questionamento, porém, não se limita apenas à expulsão de Lucas Lima.

“O árbitro não só agiu de maneira abusiva com vários atletas da equipe do Santos F.C., como também pretendia determinar quem deveria ser o cobrador de faltas e escanteios por parte da equipe visitante. Além disso, fraudou a súmula, ao tentar justificar sua abusiva conduta com relatos distantes da realidade, infringindo em duas infrações disciplinadas no CBJD”.

As penas cabíveis, caso as acusações do Santos sejam acatadas, são de suspensão de 30 a 360 dias, com possível multa entre R$ 100 e R$ 1.000 (por deturpar fatos ocorridos); e suspensão de 15 a 180 dias, com possível multa entre R$ 100 e R$ 1.000 (por prática de abuso de autoridade).

Até a 23ª rodada do Brasileiro, haviam acontecido 10 expulsões no primeiro tempo, 7 por lances físicos e 3 por reclamações ou atraso no reinício da partida.

Moshen (Grêmio) foi expulso aos 35 minutos, com cartão vermelho direto, por agredir verbalmente o árbitro; Roberto Torres (Figueirense) foi expulso aos 41 minutos por reclamar da marcação da arbitragem; e Lucas Lima foi expulso aos 45 minutos (segundo amarelo) por, segundo a arbitragem, retardar o reinício da partida.


Após ouro na Rio-2016, federação paulista discute novas categorias na base
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Eduardo Ohata

Embalada pelo título da seleção masculina na Rio-2016, a FPF (Federação Paulista de Futebol) discutirá na próxima semana a criação de novas faixas etárias para torneios, mudança no formato de algumas categorias, e a formação pessoal e social de jovens jogadores.

A edição inaugural do Seminário de Categorias de Base do Estado de SP está prevista para a próxima segunda, na sede da federação.

O evento terá painéis e palestras de treinadores e outros profissionais, como Erasmo Damiani, coordenador de base da seleção brasileira, e Mauricio Marques, instrutor Fifa e coordenador técnico dos cursos da CBF.

É o primeiro evento do gênero criado pela FPF, que organiza, além da tradicional Copa São Paulo de juniores, os Estaduais Sub-11, Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-20 –este com primeira e segunda divisão. Em termos de números, o Paulista Sub-15, por exemplo, contabiliza, na atual edição, 66 clubes participantes.

 


Globo mantém Brasileirão aos domingos durante Rio-16 e fará flash olímpico
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Eduardo Ohata

A Globo manterá as transmissões dominicais das partidas do Brasileiro durante o período da Olimpíada do Rio-2016. Não haverá jogos de quarta-feira do Nacional durante os Jogos Olímpicos.

Durante as transmissões do Brasileiro, a Globo prepara sua equipe para entradas ao vivo, a qualquer momento, sempre que houver um acontecimento de relevância relacionado à Olimpíada, como provas, pódios brasileiros ou um eventual ouro brasileiro.

Informações sobre a Rio-2016 não terão que “esperar” o intervalo ou a conclusão da partida do Brasileiro.

É a relevância do evento olímpico que ditará a forma como a informação será transmitida para o telespectador: O próprio narrador da partida poderá passar a informação ou, em caso de acontecimentos mais importantes, poderão ser usadas imagens e o apoio de um segundo narrador que estiver acompanhando “in loco” o evento da Rio-2016.

Durante a Olimpíada, não haverá os tradicionais jogos de quarta-feira do Brasileiro.

Originalmente, haveria entre dois e três jogos nas quartas-feiras durante a Rio-2016. Porém no momento da confecção da tabela, eles foram transferidos para outras datas.

A assessoria da CBF confirmou que a medida foi tomada justamente para que as partidas não “encavalassem” com eventos olímpicos, apesar de que a tendência é que a quantidade de jogos às quartas-feiras diminua a cada ano que passa.