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Arrancada daria ao Palmeiras chance de salvar um quarto do bônus da Crefisa
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Eduardo Ohata

A tentativa de uma “arrancada” palmeirense, que mobiliza comissão técnica e cartolas do clube, se tornou a chance de o time salvar cerca de um quarto do bônus por produtividade incluído na renovação do contrato com as patrocinadoras Crefisa e FAM.

O título do Brasileiro vale cerca de R$ 10 milhões em bonificação para o clube. Se fosse campeão de todas as competições das quais participou durante o ano, o Palmeiras receberia da patrocinadora uma premiação superior a R$ 40 milhões.

Porém o time foi eliminado do Paulista, Copa do Brasil e Libertadores, que por tabela tirou a oportunidade de a equipe disputar o Mundial, cujo título também previa premiação da patrocinadora, restando apenas o Nacional.

Sem chance de ir ao Mundial de Clubes, um forte desejo de Leila Pereira, dona da Crefisa, a patrocinadora gostaria agora que o clube garanta sua vaga na Libertadores do ano que vem por meio do Brasileiro.

Na quarta-feira (27), o técnico Cuca, o presidente Mauricio Galiotte, o diretor de futebol Alexandre Mattos, comissão técnica e jogadores se reuniram durante 20 minutos antes do treino. Conversaram sobre a possibilidade de o time caçar o líder Corinthians, 11 pontos à frente na classificação, faltando ainda 13 partidas para o encerramento do Brasileiro.

Além do incentivo financeiro, a eventual conquista do bicampeonato nacional ajudaria a aliviar a pressão sobre o futebol do clube, questionado por torcida e imprensa.

Neste sábado, o Palmeiras, quarto colocado no Nacional, enfrenta o Santos, vice-líder, às 19h, em casa.


Apesar de costura política, eleição não mostra unanimidade de Galiotte
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Eduardo Ohata

Após uma costura política nos bastidores do Palmeiras, o resultado da eleição dos conselheiros vitalícios no clube, com 6 eleitos entre 13 candidatos, nesta segunda (25), foi visto como um termômetro da popularidade do presidente, Mauricio Galiotte, que apontou não haver uma unanimidade.

Uma possível eleição de uma maioria já era apontada como um gesto de aglutinação do conselho deliberativo em torno de Galiotte.

Galiotte, o presidente do conselho deliberativo, Seraphim del Grande, e Mustafá Contursi, cartola influente nos bastidores do Parque Antarctica, além de candidatos a vitalício de diversas correntes políticas se reuniram semana retrasada. A orientação foi para que não importasse as filiações, para que todos os 13 candidatos trabalhassem inclusive com as bases políticas pela eleição de todos candidatos.

O discurso em uníssono foi interpretado no clube como mostra de que as lideranças da base que elegeu Galiotte, em uma até certo ponto surpreendente candidatura única, permanece unida e “fala a mesma língua”, apesar de discordâncias pontuais. Porém as bases não obedeceram as orientações. A decepção de conselheiros com o futebol foi apontado como um dos possíveis motivos.

A eleição de conselheiros vitalícios parece fácil, mas não é. Para um candidato ser eleito vitalício era necessário a maioria simples.

Ou seja, metade do quórum presente nesta segunda, no caso 234 conselheiros, mais pelo menos um voto, ou seja, no mínimo 118 votos. Membros de grupos contrários à eleição de vitalícios assinaram a lista de presença, aumentando o quórum, e depois deixaram o local, dificultando a obtenção do piso para que um conselheiro se tornasse vitalício.

O filho do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero Filho, era um dos candidatos, mas não foi eleito, pois reuniu 111 votos. Em sua tentativa anterior, Del Nero Filho não havia conseguido ser eleito, e havia sido colocado em dúvida se participaria, ou não, desse pleito.

Marco Polo del Nero, o pai, participou da votação, foi bem recebido pelos colegas e, de forma discreta, pediu votos para o filho.

Foram eleitos Paulo Roberto Buosi (Academia), com 163 votos; Vittorio Pescosolido (União Verde e Branca), com 149 votos; Alessandro Donadio (Academia), com 136 votos; Frederico Carbone Filho (Palmeiras Forte), com 130 votos; Sergio Orciuolo (Palmeiras Forte), com 129 votos, um dos mais festejados; e Sergio Ferreira de Campos (Palestra).

 


Copa Rio-51: Cartola adia visita à Fifa para recuperar status de Mundial
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Eduardo Ohata

O ex-vice de futebol do Palmeiras Roberto Frizzo adiou visita que faria à Fifa este mês para tentar recuperar o status de Mundial da Copa Rio-51. O cartola aproveitaria uma viagem, de caráter pessoal, que fará no final deste mês à Suíça, onde fica a sede da Fifa.

Frizzo, que pilotou o trabalho de pesquisa que culminara no reconhecimento da parte da Fifa da Copa Rio-51 como “de caráter” Mundial, revelara seus planos em maio ao blog, logo após o presidente do clube, Mauricio Galliotte, anunciar que o uniforme do clube passaria a trazer uma estrela vermelha como um reconhecimento à conquista da Copa Rio-51.

Torcida do Palmeiras posa para fotos com troféu da Copa Rio de 1951 (Cesar Greco/Fotoarena)

Para ir à Fifa, o cartola pretendia levar uma carta oficial do Palmeiras para, como da primeira vez, falar oficialmente pelo clube. Porém, após análise da situação com um grupo de 14 apoiadores, optou por não fazer o pedido a Galliotte e adiar o plano para 2018.

Frizzo entendeu que o momento de turbulência no futebol, com insatisfação da torcida em relação aos resultados e a proximidade do fim do ano, com o início do planejamento do futebol para 2018, não é o melhor para levar uma atribuição a mais para o presidente. Ele levou em conta também que o assédio da mídia sobre Galliotte, mesmo que positivo, seria inadequado neste momento.

De toda a forma, o que deu gás à ideia de Frizzo foi justamente a iniciativa de Galliotte de fazer cumprir o artigo do estatuto que previa a estrela na camisa, o que o cartola interpretou como um reconhecimento estendido ao seu trabalho de pesquisa.

No fronte internacional, o ex-vice de futebol pesou o fato de o presidente da Fifa, Gianni Infantino, tampouco atravessar um período tranquilo, já que foi investigado pelo comitê de ética da entidade. Ele entendeu que essa não seria a hora mais adequada também por lá.

Frizzo pretende esperar o ano que vem para conversar sobre o assunto com a direção do Palmeiras e requisitar um ofício, já que todo ano ele viaja à Suíça por causa de compromissos pessoais.

A Fifa havia conferido à Copa Rio o caráter de primeira competição com formato de um Mundial de clubes. Porém, em um segundo momento, declarou que só reconhecia como Mundial de clubes as competições organizadas por ela própria.

O ex-vice do Palmeiras pretende mostrar, por meio de elementos como regulamento, bola, arbitragem, entre outros, que a Fifa participou da organização da Copa Rio-51.


Filho de Del Nero decide concorrer a conselheiro vitalício no Palmeiras
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Eduardo Ohata

O filho do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, Del Nero Filho, decidiu disputar a eleição a conselheiro vitalício do Palmeiras, prevista para o próximo dia 25, na própria agremiação, o blog apurou com fontes com trânsito no conselho deliberativo do clube.

Havia um suspense ao redor da candidatura de Del Nero Filho nas últimas semanas. Embora não tivesse oficializado o pedido de retirada do nome da lista de candidatos, após sinalização nesse sentido, a cúpula do conselho dava como certo que isso aconteceria.

Em março do ano passado, Del Nero Filho disputou a eleição anterior a uma vaga de vitalício no Palmeiras e não se elegeu. Del Nero Filho e o vereador Nelo Rodolfo (PMDB) são os “nomes” mais conhecidos a concorrer a vagas nesta eleição.

A eleição funcionará, na prática, como um teste de popularidade do pai de Del Nero Filho, já que foi na agremiação que deu seus primeiros passos na política dentro do esporte até chegar à CBF, passando antes pela presidência da Federação Paulista de Futebol.

Lideranças abriram uma trégua no ambiente tradicionalmente conturbado do clube, de olho na eleição. O estatuto dita que para ser eleito, um conselheiro precisa de maioria simples: Metade do quórum presente no dia da eleição, mais um voto pelo menos.

Parece fácil, principalmente porque há mais vagas do que candidatos, mas não é, por causa da forte rivalidade entre as principais chapas palmeirenses. Além disso, há também pequenos grupos que preferem comparecer à reunião, assinar a lista de presença, e deixar o local, tornando mais difícil as eleições. Por isso mesmo, houve pleito em que nenhum dos candidatos conseguiu ser eleito.

Lideranças, agora, se reúnem para costurar um consenso para que as bases votem no maior número de candidatos, ou até em todos, mesmo de outros grupos políticos, para preencher a cota de conselheiros vitalícios. Há 26 vagas em aberto e entre 12 e 13 candidatos.

O ex-vice de futebol Roberto Frizzo foi um dos cartolas que organizou reuniões nesse sentido com seu grupo, enquanto o ex-presidente Mustafá Contursi, principal força nos bastidores do clube, fez um corpo a corpo com correligionários. A eleição, pelo caráter aglutinador, beneficia o presidente do conselho deliberativo, Seraphim Del Grande, e o presidente do clube, Mauricio Galiotte.

A principal incógnita é qual a atitude que o grupo de Paulo Nobre adotará, já que o ex-presidente não participou de conversas nesse sentido e seu grupo, o Academia, tradicionalmente é contra eleição de vitalícios. Ele não tem se manifestado publicamente sobre o tema.

Há, porém, quem aponte que um acordão entre as lideranças é uma coisa, e as bases seguirem o que é decidido por elas, outra.

“Não fomos procurados para esta eleição especificamente, mas já houve articulação no sentido de eleger o maior número de vitalícios. Nosso grupo mesmo deve votar em sete, oito nomes [de 12 ou 13 possíveis]”, explica Wlademir Pescarmona, da União Verde e Branca. “Não acho que a insatisfação com o momento do futebol do Palmeiras prejudicará a votação. Só que o voto passa por esse ou aquele conselheiro, como indivíduo, não gostar desse ou daquele candidato, e esquecer a orientação da sua liderança.”

Tags : Palmeiras


Mundial de Clubes encalha no Brasil, e Fifa adia leilão por direitos de TV
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Eduardo Ohata

O leilão dos direitos de TV do Mundial de Clubes da Fifa não atingiu, pela segunda vez seguida, o patamar mínimo esperado, mas desta vez a entidade que controla o futebol mundial decidiu encerrar o leilão atual e adiar a realização de uma nova rodada de lances.

Esta já era a segunda rodada de lances convocada pela Fifa.

Os lances da segunda rodada foram feitos enquanto o Palmeiras ainda estava vivo na Libertadores, cujo campeão garante vaga em uma das semifinais do Mundial, que este ano será realizado nos Emirados Árabes.

Em um cenário com a possibilidade de o Palmeiras participar do Mundial de Clubes, o apetite por seus direitos era maior. Não apenas pelo “nome” do Palmeiras, mas por conta de sua patrocinadora, a Crefisa.

Executivos de TV argumentam que, com o Palmeiras no Mundial, haveria o interesse natural da financeira em adquirir cotas de TV do Mundial. Não é segredo que um dos objetivos da dona da Crefisa, Leila Pereira, é ver o clube do Parque Antarctica ganhar o Mundial.

Assim, a eliminação do Palmeiras diminuiu o apetite das emissoras.

Agora, restam três times brasileiros no torneio continental: Santos, Grêmio e Botafogo. Se nenhum brasileiro se classificar ao Mundial, a Fifa corre o risco de ver o torneio ficar ainda mais desvalorizado no país.

Um terceiro fator que trabalha contra as chances do Mundial são os planos da Fifa de substituí-lo por um outro modelo. No mercado, o raciocínio é o de que os planos da Fifa servem como uma admissão de que o formato atual não está funcionando. A analogia é com o modelo de um carro que já se sabe que será substituído daqui a seis meses: “Quem terá o interesse de comprar o modelo atual?”.

A escassez de tempo entre a final da Libertadores e a estreia de seu campeão no Mundial de Clubes se transformou em problema de logística: entre a segunda partida da final da Libertadores, em 29 de novembro, e a estreia do representante sul-americano na competição, em 12 de dezembro, há uma janela de menos de duas semanas.

Há também a questão de prioridades, já que os próximos meses acontecerão os leilões dos direitos dos jogos da seleção, Champions e Libertadores, entre outros direitos de TV, conjugada à forte crise financeira que o país atravessa, que afetou negativamente o mercado publicitário.

Os direitos do Mundial de Clubes já foram definidos em outros mercados que têm representantes na Libertadores, como é o caso da Argentina. Lá, a Fox Sports adquiriu os direitos de TV.


Palmeiras deixa de ganhar mais de R$ 30 milhões de bônus da Crefisa no ano
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Eduardo Ohata

A eliminação do Palmeiras contra o Barcelona de Guayaquil, nesta quarta-feira (9), elevou para mais de R$ 30 milhões o valor que o clube do Parque Antarctica deixará de ganhar em bônus da Crefisa no ano, se somados os valores referentes a Paulista, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial de Clubes da Fifa.

A desclassificação da Libertadores para o time de Guayaquil foi um golpe duplo para o Palmeiras, que além de não conseguir o bônus correspondente ao troféu da competição continental, deixou também escapar a chance de lutar pelo título -e o bônus-, do Mundial de Clubes da Fifa. Somadas, as premiações prometidas pela financeira pelos dois títulos alcançariam um valor de cerca de R$ 18 milhões.

Paulista e Copa do Brasil, outras competições das quais também foi eliminado, representavam aproximadamente R$ 15 milhões em premiações da Crefisa.

A financeira e o clube, ao renovar o contrato de patrocínio por dois anos, incluíram cláusula de produtividade cujo valor passa dos R$ 40 milhões por ano.

Ou seja, ultrapassado pouco mais de um semestre no ano, do total de premiações por conquista oferecidas pela Crefisa, o Palmeiras já perdeu a oportunidade de acrescentar cerca de 75% do valor total dos bônus oferecidos pela patrocinadora.

Resta agora ao clube buscar o título do Brasileiro, que pode render ao clube aproximadamente R$ 10 milhões em premiação da patrocinadora.

A disputa do Mundial era um desejo da dona da Crefisa e conselheira do clube, Leila Pereira, que se manifestou em várias oportunidades sobre o desejo de ver na competição o clube no qual foram investidos R$ 100 milhões para a temporada.

O desempenho do time na temporada coloca mais pressão sobre o diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos.

 


Revés faz lideranças do Palmeiras falarem em diretor de futebol estatutário
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Eduardo Ohata

A derrota do Palmeiras para o Cruzeiro neste domingo, potencializada pela proximidade do derby com o Corinthians, motivou lideranças do clube a defender a nomeação de um diretor de futebol estatutário. Entre esses conselheiros estão aliados do presidente Mauricio Galiotte, membros da sua gestão e integrantes do COF (Conselho de Orientação Fiscal) com expressividade no órgão.

A ideia não é substituir o diretor de futebol remunerado Alexandre Mattos, mas ter um membro do clube próximo ao futebol. Conselheiros apontam que o perfil de Galiotte difere ao do antecessor Paulo Nobre, que era mais presente no departamento de futebol. Eles apontam para a ausência do atual mandatário em momentos delicados vividos pelo time por conta de viagens à Alemanha, Austrália e sua licença atual.

Um diretor de futebol estatutário poderia, argumentam, suprir essa ausência.

Não é preciso dizer que a tremenda expectativa em relação ao time do Palmeiras no início da temporada explica, parcialmente, o mau-humor dos palmeirenses com o time. Pelo título nacional do ano passado, o maciço investimento da Crefisa, o elenco badalado e as contratações e o marketing, havia quem pensasse em uma repetição de uma tríplice coroa, ou até a conquista de quatro títulos no ano.

A conquista do título do Paulista pelo rival Corinthians ainda não foi assimilada, e as campanhas irregulares na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro e o fato de o rival estar 13 pontos à frente na tabela, não ajudam a diminuir a inquietação nos corredores do Parque Antarctica. Entre quem faz política no clube, o clima para o derby com o Corinthians, para o qual mais de 35 mil ingressos já foram vendidos, é de caldeirão. Não pelo Brasileiro, mas pela auto-estima e orgulho.

Entre os principais questionamentos dos conselheiros está o alto número de contratações, que supera 80 se incluídas as realizadas desde a gestão de Paulo Nobre, que assumiu o clube em 2013. Membros do COF, que planejam pedir explicações sobre o planejamento do departamento de futebol, brincam que se o Palmeiras estivesse participando de um campeonato de contratações, o clube já estaria com as mãos na taça.

Outra reclamação dos conselheiros é que o departamento de futebol negociou, ou liberou, jogadores como Alecssandro, Rafael Marques, Fabrício e Gabriel, que se destaca justamente no rival Corinthians, e trouxe jogadores como Hyoran e Raphael Veiga, ou manteve Fabiano, que não se firmam como peças de reposição à altura.

Os questionamentos, contaminados pelo lado de torcedor dos conselheiros, começam a respingar até em Cuca, que retornara ao clube como unanimidade: “Por quê tirar Edu Dracena e escalar em seu lugar Luan, que falhou no segundo gol sofrido pelo Palmeiras domingo em com atuação contestada em Guayaquil?” ou “Por quê a insistência em Fernando Prass, que alterna bons e maus momentos, e não é dada uma nova oportunidade a Jailson?”

A possibilidade de Diego Souza voltar ao Palmeiras também gera desconfiança, questionam sua idade, se seu bom momento não é só pontual e o mais grave, aos olhos dos cartolas, persiste a mágoa causada pelo gesto que fez à própria torcida do Palmeiras.

Retornando ao jogo do domingo, à luz do atual retrospecto contra o Cruzeiro, agora de um 3 a 3 e de uma derrota por 3 a 1, há temor em relação à sobrevivência na Copa do Brasil, em Minas, aumentado pelo fato de o time não engatar sequência de duas boas partidas, e de suas vitórias, quando acontecem, serem na “bacia das almas”.

O Palmeiras encaminhou nota contestando o post com as seguintes informações: “O clube contratou 45 atletas entre 2015 até hoje; 26 fazem parte do elenco atual; dos outros 19, 6 foram envolvidos em negociações por outros jogadores ou vendidos; 65 atletas tem contrato com o Palmeiras; 32 atletas no elenco principal; 31 atletas emprestados; 11 dos emprestados acabam contrato este ano; 58% do total de salário dos emprestados é pago por seus atuais clubes”.

O blog voltou a conversar com as fontes do post e elas alertaram que, conforme havia sido publicado pelo blog, as suas contas incluíam a gestão Paulo Nobre, que teve início em 2013, e não em 2015, e atletas vindos da base.


Com troféus em depósito, conselheiros cobram da WTorre memorial no Allianz
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Eduardo Ohata

O Memorial do Palmeiras que ainda não saiu do papel no Allianz Parque e que faz parte do projeto da WTorre virou alvo de conselheiros do clube, que falam em prejuízo, ao explicar se tratar de uma instalação com potencial de geração de receitas.

Enquanto o memorial não fica pronto, troféus do clube, como o da Copa Rio de 1951, estão guardados em segurança em um depósito longe dos torcedores.

“Essa demora em construir o memorial, além de ser um desrespeito com a história do clube, na fase que o clube vive, iguala-se a um prejuízo significativo”, dispara o ex-vice de futebol Roberto Frizzo. “Imagine a receita gerada com passeios pelo memorial, uma visita a uma loja de souvenirs montada à saída e, depois do exercício da caminhada, uma churrascaria ou restaurante montada na área?”

Outro entusiasta da ideia era o conselheiro Sergio Pellegrini, morto em 2015, que integrou gestão do ex-presidente Paulo Nobre e chegou a conversar sobre o assunto com representantes da WTorre. Ele apresentava números que mostravam o quanto o clube poderia lucrar com a construção de um complexo destinado a eventos e à visitação de torcedores e turistas.

Membros da atual gestão já confidenciaram a interlocutores nutrir expectativa em relação à construção do memorial no Allianz Parque, o blog apurou.

Até mesmo Walter Torre demonstrou empolgação em relação à construção do memorial à época do início da viabilização do projeto, quando afirmou ao blogueiro que gostaria de doar ao espaço memorabilia de um antepassado, segundo ele, ferrenho palmeirense.

A WTorre conversa no momento com dois grupos interessados em investir e operar uma área que inclui um museu e restaurantes panorâmico, o blog apurou com fonte ligada à administração do Allianz Parque.

A construtora necessita de um parceiro para gerir o espaço, já que essa não se trata da sua expertise, explica a WTorre. Porém a crise financeira pelo qual o país passa e a indisposição dos grupos que se apresentaram em fazer investimentos, mas apenas em erguer o espaço físico do museu, tem se mostrado um fator dificultador para a conclusão de um negócio.

Dentro da empresa, argumenta-se que o business plan do Allianz Parque segue um cronograma, já que as prioridades para garantir o fluxo de caixa da arena eram o contrato de naming rights, a comercialização dos camarotes e a venda do uso das cadeiras.

A construção do museu e restaurante panorâmico eram passos que estavam previstos pela WTorre, mas para um segundo momento.

O clube preferiu não se pronunciar.


Palmeiras é derrotado na Justiça em ação por sumiço de R$ 290 mil
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Eduardo Ohata

O Palmeiras acaba de sofrer revés na Justiça em um caso envolvendo o sumiço de R$ 290 mil no clube, em 2010.

O processo que o clube moveu contra Antonio Carlos Corcione, seu ex-diretor-jurídico e conselheiro vitalício, o advogado Pedro Renzo e o conselheiro Francisco Busico sob a acusação de enriquecimento ilícito foi considerado improcedente. O Palmeiras ainda pode recorrer. Inquéritos criminais sobre o caso que corriam em paralelo foram arquivados por falta de provas.

O ex-diretor jurídico do Palmeiras Antonio Carlos Corcione Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

“Não vou processar o Palmeiras, ele e minha mulher são as coisas que tenho perto de mim que eu amo, após minha filha única ter ido para outro país e meu cachorro morrer”, disse Corcione, que se recusou a discutir detalhes do caso, que correu sob segredo de Justiça. “Até hoje no Palmeiras me olham de rabo de olho, fui chamado de ‘ladrão’ pelo responsável por essa perseguição, perdi clientes, tive que fechar meu escritório e desenvolvi uma doença incurável. Mas não vou processar o Palmeiras, quero ser lembrado pelos meus 21 anos de bons serviços como diretor-jurídico.”

Renzo se recusou a comentar o caso e Busico não retornou ligação do blog.

O episódio teve início quando o escritório de Corcione, do qual Renzo era funcionário, ganhou um processo contra o governo federal no valor de R$ 1,2 milhão, em 2010. Como o Palmeiras tinha dívidas em aberto, o escritório de Corcione transferiu cerca de R$ 900 mil para uma conta especial do Palmeiras e entregou na tesouraria R$ 290 mil em mãos ao responsável à época pelo departamento financeiro, Francisco Busico, que por sua vez deu um recibo a Renzo.

Porém os R$ 290 mil não foram localizados na contabilidade do clube. Foram realizadas sindicâncias pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho de Orientação Fiscal, até que na gestão de Arnaldo Tirone o jurídico do Palmeiras decidiu processar o trio.

O rol de testemunhas incluiu os ex-presidentes Luiz Gonzaga Belluzzo, Arnaldo Tirone, o interino Salvador Hugo Palaia e o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, e o atual secretário-geral, Elio Esteves, entre outros. Nenhum deles confirmou as acusações.

Uma explanação sobre o funcionamento do departamento financeiro de um clube de futebol, que requer dinheiro em espécie para pagamentos de “bichos”, “malas brancas”, que não têm recibos, e despesas em dólar (arbitragem) também foi relevante para convencer a juíza que presidiu o caso da inocência do trio.

O Palmeiras afirmou que não comenta oficialmente questões jurídicas.


Entenda como Galiotte passou ileso por turbulências dentro e fora de campo
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Eduardo Ohata

Entre viagens para a Alemanha e Austrália, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, esteve fora do país por cerca de 15 dias, justamente no momento em que o clube passou por turbulências dentro e fora dos gramados.

Dentro de campo, pela insatisfação gerada pela campanha irregular da equipe no Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, que tem irritado até membros da sua própria diretoria. Fora, pela declaração de Leila Pereira, dona da Crefisa, que tomou a defesa de Alexandre Mattos e gerou polêmica com seus colegas conselheiros do clube.

Neste período, Galiotte esteve na Alemanha, por conta de compromisso, e na Austrália, como chefe de delegação da seleção, nos amistosos com Argentina e Austrália. Mas ninguém o xingou por estar fora ou por não ter se manifestado publicamente até agora.

O cartola conta com a compreensão dos conselheiros por dois motivos.

Eles entendem que no caso das turbulências do tipo que o clube atravessa, não adiantam manifestações via Twitter ou mídias sociais, o que serviria apenas para colocar mais lenha na fogueira. Os conselheiros também sabem que as viagens já estavam previamente marcadas, não foi o caso de Galiotte decidir viajar justamente quando os problemas apareceram.

Há, porém, a expectativa em relação a como o presidente irá lidar com as situações que encontrou em seu retorno. Inclusive se espera que sua presença influa no rendimento dentro de campo já neste final de semana. O clube do Parque Antarctica pega o Bahia, neste domingo, fora de casa, justamente o cenário que tem se mostrado uma deficiência crônica do time.

Os conselheiros também esperam ver a habilidade de Galiotte como líder e gerenciador de conflitos, esta última característica, aliás, já reconhecida fora dos corredores do Parque Antarctica. É o que espera, por exemplo, o ex-vice de futebol Roberto Frizzo, que em roda de amigos comentou esperar que o presidente consiga conversar com todas as partes, comissão técnica, jogadores e patrocinadores para por nos trilhos a locomotiva do futebol. Não foi bem assimilada a perda do Estadual e atuações irregulares do time que não condizem com o investimento realizado.

Ao tratar com Leila, porém, o presidente tem que identificar com quem está falando a cada momento e qual o tom mais adequado: a conselheira, a patrocinadora ou a investidora.