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Brasileira mais bem colocada na São Silvestre é pega no exame antidoping
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Eduardo Ohata

A brasileira mais bem colocada na São Silvestre, Sueli Pereira, que terminou a corrida internacional na quarta colocação, foi pega no teste antidopagem realizada após a prova, que apontou uso de EPO, este blog apurou com uma fonte que teve acesso ao exame. EPO é um hormônio chamado Eritropoietina, que aumenta a oxigenação do sangue.

Foi a primeira vez que testes de EPO foram realizados na tradicional prova da São Silvestre, que neste ano viu ser aplicado um número recorde de 26 testes pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). Para uma prova de 15 quilômetros, como é o caso da São Silvestre, o teste de EPO pode ser considerado o mais importante.

A atleta tinha índice olímpico para participar da prova da maratona nos Jogos Olímpicos do Rio.

Teste antidopagem também apontou uso de EPO da parte de Sueli na Corrida de Reis, em Cuiabá, no último dia 10.

A atleta abriu mão de utilizar nos dois casos a prova ''B'', que deve ''bater'' com o resultado original para dirimir qualquer possibilidade de erro. A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) foi notificada dos dois casos, como é de praxe.

A prova feminina da São Silvestre foi vencida pela etíope Ymer Wude Ayalew, com o tempo de 54min. Sueli terminou a prova 15 segundos depois. A brasileira com o segundo melhor tempo foi Joziane Cardoso, 54min22s.

À época da São Silvestre, o secretário nacional para a ABCD, Marco Aurelio Klein, dissera que o objetivo era mandar a mensagem de que as provas de rua passarão por um estrito controle antidoping, o que não acontecia anteriormente.

''Vamos combater com o máximo rigor o uso de EPO por atletas no Brasil, que põe em risco não apenas a integridade das provas, mas do bem-estar dos atletas'', disse Klein, ao ser questionado pelo blog sobre o combate à EPO.

Os exames foram realizados no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, antigo Ladetec.

 


Neto de ex-jogador da seleção brasileira lança ‘Bom Senso dos torcedores’
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Eduardo Ohata

Neto de Tite, não, não o técnico, mas o ponta-esquerda da seleção brasileira, que atuou também pelo Santos, Corinthians e Fluminense, Lucas Rios, 32, se lembra de quando o avô convidava ex-jogadores para assistir jogos da seleção em sua casa no Campo Grande, bairro vizinho à Vila Belmiro. Tite, que morreu em 2004, e os amigos como Zito e Coutinho, entre outros, repetiam quase que em coro, ''futebol hoje é muito fraco'', e complementavam com uma ponta de saudosismo, ''na nossa época não era assim…'' E começavam a contar como era desde a época de Pelé – Tite teve o privilégio de acompanhar a primeira partida pela seleção do ''Rei do Futebol'', a quem inclusive ensinou a tocar violão.

O ex-jogador da seleção brasileira Tite, avô de Lucas Rio, do movimento Independência Futebol Clube

O ex-jogador da seleção brasileira Tite, avô de Lucas Rio, do movimento Independência Futebol Clube

''Fiquei com aquela frase, 'na nossa época era diferente' na cabeça. Vi que com o movimento do Bom Senso FC os jogadores, que são os principais atores do futebol, ganharam voz. Aquilo me inspirou'', explica Rios, que trabalha na área de marketing. ''Pensei, sem a torcida não há porquê [de o futebol existir].''

Essa foi a semente do movimento Independência Futebol Clube, cujo Manifesto do Torcedor, um abaixo-assinado, já conta com mais de dez mil assinaturas físicas colhidas em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Santos. Representantes em outros estados estão sendo recrutados. ''Já temos uma pessoa em Manaus que colheu mais de 250 assinaturas, por exemplo'', diz Rios.

O manifesto apresenta várias ideias para a melhoria do futebol brasileiro. Entre elas estão eleições diretas na CBF e nos clubes de futebol, criação de uma liga independente da CBF, gerida pelos próprios clubes, mecanismos que dificultem o êxodo de  jogadores para o exterior, maior transparência nas negociações que envolvem os clubes com seus fornecedores, patrocinadores e TVs, a separação entre um técnico para a seleção principal e outra para a equipe olímpica, ações voltadas ao futebol feminino, entre outras ações.

''Queremos ser ouvidos, ter uma voz na agência reguladora do futebol do governo federal [prevista pela MP do Futebol, ou Profut]'', argumenta.

''Cresci com meu avô recebendo amigos para assistir os jogos da seleção em clima festivo. Hoje em dia, ninguém mais tem prazer em assistir os jogos da seleção, ela virou um peso. O que mais se ouve são críticas dirigidas aos técnicos, ao 7 a 1. Estádios vazios, falta de interesse pelos jogos e queda da audiência. E os cartolas mais importantes do país, um teve que se afastar, outro anda nos EUA com uma tornozeleira'', aponta Rios.

''Estamos vivendo uma janela de oportunidades no futebol. Em parte pelo que aconteceu com a Fifa e sua repercussão aqui no Brasil, criou-se uma janela de oportunidades para mudanças.''

Mas há espaço para temas leves mais na agenda do movimento. ''Planejamos criar um prêmio 'Mané Garrincha' para o drible mais bonito do ano, montar um museu itinerante do futebol que leve referências nacionais aos meninos que crescem por esses rincões. Hoje, por esse Brasil, tem mais garotos com camisas da Inter de Milão, Real Madrid, Barcelona, do que de times do nosso país.''

Lucas Rios, do movimento inspirado no Bom Senso

Lucas Rios, do movimento inspirado no Bom Senso

O movimento pretende, agora, colher assinaturas online. É possível conferir as propostas do Manifesto do Torcedor na internet por meio do link:

http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=futebolparaotorcedor

O movimento Independência Futebol Clube também tem uma página no Facebook:

http://www.facebook.com/ifutebolclube

 

 


Fluminense acerta com a Globo e é oitavo a fechar; veja quais são os outros
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Eduardo Ohata

A Globosat acaba de fechar com o oitavo clube a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. O último a renovar com a emissora é o Fluminense, segundo este blog apurou com fontes ligadas à negociação. Ele se junta a Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol e que recentemente entrou na grade da operadora NET. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria ''sensivelmente'' suas receitas.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. Para uma partida ser transmitida, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal. Segundo cartolas, o canal oferece até seis vezes mais do que a Globosat pelos direitos de TV fechada.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana. Seus destaques são a Liga dos Campeões e a Copa do Nordeste.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.

 


Muhammad Ali fez 1ª luta por título ‘cego’ e quase desistiu; TV exibe hoje
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Eduardo Ohata

#LendasOlímpicas10: Muhammad Ali só ganhou um ouro olímpico. E quase ficou sem por causa do medo de avião


Muhammad Ali é considerado pela maioria o melhor peso-pesado de todos os tempos. Seu combate contra George Foreman inspirou livro e documentário ganhador de Oscar e já conquistou contornos lendários. Mas o americano quase pôs tudo a perder justamente no combate em que conquistou o título mundial, contra o ''Grande Urso Feio'', Sonny Liston, em 1964.

Não bastasse Liston ser um lutador dos mais fortes e violentos da história (vinha de duas vitórias no primeiro assalto sobre o bicampeão dos pesados Floyd Patterson), Ali lutou praticamente um assalto inteiro sem enxergar contra ele.

Quem conta o episódio é o próprio Muhammad Ali, que apesar de ter sido campeão olímpico, era o azarão nas bolsas de apostas. Para surpresa de muitos, Ali dominou os assaltos iniciais. Mas…

''Quando [o treinador] Angelo Dundee enxugou meu rosto no intervalo entre o quarto e o quinto assalto, algo caiu em meus olhos e gritei, 'não posso enxergar. Meus olhos ardem' E não podia ver. É como se você pusesse uma gota de linimento quente no seu olho, durante algum tempo aquilo queima e queima. Angelo procurava banhar meus olhos com a esponja, mas isso não fazia com que melhorasse'', contou Ali em sua autobiografia, ''Sou o Mais Poderoso'', que escreveu em parceria com Richard Durham.

Foi quando Ali tomou uma decisão radical.

''Eu disse: 'tirem minhas luvas. Mostrem ao mundo que está havendo uma trapaça'. Estava castigando Liston desde o primeiro assalto. Seu olho tinha um corte e estava sangrando. Sabia que a imprensa diria que eu ficara amedrontado e desistira. Foi aí que Angelo disse, 'Essa é a grande luta. É pelo título mundial. Você está vencendo, tem que voltar lá.''

''Quando o gongo soou, Angelo empurrou-me para o centro do ringue, somente dez segundos antes de o árbitro dar a luta para Liston, que veio com tudo para cima de mim. Eu mal podia vê-lo, mas tirava o corpo, pedalava e dançava afastando-me. Lá no fim do assalto os meus olhos começaram a clarear e eu voltei ao ataque, batendo em sua cabeça com socos duros.

O resto, como dizem, é história. Ali conquistou o título quando Liston não retornou para o sétimo assalto.

O mistério da ''cegueira'' de Ali? Liston estava com um problema no ombro e o friccionaram com um linimento, que ficou no corpo de Liston e, provavelmente, em suas luvas. Durante uma troca de golpes, um pouco da substância atingiu a testa de Ali e escorreu para seus olhos.

A ESPN programou a reprise desta  luta histórica para a noite desta terça-feira (dia 2), às 23h.

 


‘Mundial do Palmeiras é subaproveitado’, diz cartola que o resgatou na Fifa
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Eduardo Ohata

O Palmeiras foi reconhecido pela Fifa como campeão do primeiro título mundial de clubes da história, porém não sabe usá-lo bem como uma ferramente voltada ao marketing, enquanto outros clubes sabem tirar proveito de seus títulos. Essa é a conclusão de Roberto Frizzo, responsável pelo trabalho de pesquisa para a produção do dossiê que foi entregue à Fifa, que chancelou a conquista.

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Frizzo diz que não entende quando vê outros clubes usando seus título de campeão mundial de clubes ou bicampeonato para se promover, e percebe que seu próprio clube não valoriza a conquista de 1951. Sim, foi o título foi assunto durante a semana em que finalmente foi chancelado pela Fifa, mas poucos dias depois já não era mais mencionado.

O cartola defende que o título palmeirense tem ainda um diferencial, que o torna único, por ter sido o primeiro. Por isso, planeja fazer um evento em agosto, mês de aniversário do clube, para mostrar a importância do clube, como foi o trabalho de pesquisa, as dificuldades, os episódios engraçados com que se depararam e como acredita que poderia ser melhor utilizado.

O ex-vice de futebol disse que o evento com duração entre dois e três dias poderia ser organizado em conjunto com o clube.

Ou, diz ele, poderia até realizá-lo sozinho, já que o próprio trabalho de pesquisa e viagens bancou ''do próprio bolso''. (O clube pagou os salários do jornalista Arnaldo Branco, que auxiliou Frizzo).

Em 2014, a Fifa reconheceu a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras, como o primeiro título mundial de clubes da história. O comitê executivo da entidade que controla o futebol mundial reconheceu em nota oficial que essa foi a primeira competição de abrangência mundial (entre clubes).

A Copa Rio foi organizada pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com 8 clubes, campeões nacionais, além de Palmeiras, como campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1951, e Vasco, campeão carioca do mesmo ano: Sporting (Portugal), Austria Vienna (Áustria), Nacional (Uruguai), Juventus (Itália), Estrela Vermelha (Iugoslávia) e Nice (França).


Globo agora ganha rivais também na disputa pelos direitos da Copa do Brasil
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Eduardo Ohata

Globosat, Esporte Interativo e Fox Sports abordaram a CBF interessados nos direitos de transmissão da Copa do Brasil, este blog apurou com uma fonte na CBF ligada diretamente às negociações de TV. A informação foi confirmada ao blog pelo representante de uma das TVs que conversou com a CBF no fim do ano passado e que foi informado pela confederação sobre a existência de outros interessados.

A CBF, porém, apesar do interesse das três emissoras, não abriu negociação com nenhuma das emissoras, por considerar ''muito prematuro''. Afinal, o contrato em vigor da CBF com a Globo/Globosat para a transmissão da Copa do Brasil se estende até 2018.

A Fox Sports já exibe algumas partidas da Copa do Brasil por conta de um acordo de repasse com a Globosat.

O canal fechado Sportv, do sistema Globosat, e Esporte Interativo protagonizam uma disputa pelos direitos de 2018 em diante do Campeonato Brasileiro de Futebol  para a TV fechada. Atualmente os direitos são da Globo/Globosat, que já renovou com sete clubes: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e Atlético-MG.

Segundo clubes que negociam com o Esporte Interativo, o canal fixou o final desta semana como deadline para uma decisão dos clubes com quem negocia sua proposta.

O Esporte Interativo intensificou o diálogo com os clubes de futebol que ainda não fecharam com a Globosat depois de ter garantido sua entrada na grade da operadora de TV a cabo NET, fechada no fim do ano passado e concretizada este mês. Há, da parte do Esporte Interativo, a expectativa de entrar na grade de outra grande operadora, a Sky.

Com a Liga dos Campeões e Copa do Nordeste como principais atrações, o canal necessita de outras atrações de peso ao vivo para preencher a grade no período noturno e aos finais de semana. Como os direitos da Série B do Brasileiro foi renovada até 2020 com a Globosat, assim como os direitos do Paulista, as competições mais interessantes que ainda estão no mercado são o Brasileirão e a Copa do Brasil.

O Esporte Interativo, que foi adquirido pelo grupo Turner, chamou a atenção dos clubes ao ofertar uma soma que pode chegar a até entre cinco e seis vezes o que a Globosat paga pelos direitos em TV fechada, por concordar com o modelo inglês de distribuição do dinheiro, uma reivindicação dos clubes, e pelo fato de ter adquirido a Liga dos Campeões.

Mas quem conhece a fundo o funcionamento do sistema de pay-per-view alerta que a exposição de clássicos regionais, como o Grenal, pelo Esporte Interativo em suas praças pode prejudicar a atratividade do pay-per-view, o que pode mexer no bolso dos clubes. Hoje, 38% da receita do pay-per-view é direcionado para os cofres dos clubes de futebol.

Há o potencial também de que muitos jogos fiquem fora da TV por assinatura se parte dos clubes assinar com o Esporte Interativo e a outra parte permanecer com a Globosat. Segundo a legislação brasileira, não prevalece o mando de campo. Pela Lei Pelé, os dois times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que a partida seja transmitida.

Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que culminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo.


Conheça quem é o lutador que desbancou Floyd ‘Money’ Mayweather Jr.
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Eduardo Ohata

Floyd Mayweather Jr. participou no ano passado da luta mais rica da história do boxe. Só nos EUA, um recorde de 4,4 milhões de domicílios pagaram cerca de US$ 100 cada para assistir seu duelo com Manny ''Pacman'' Pacquiao. Em outros países, como o Brasil, o combate também foi disponibilizado pelo pay-per-view. Só por essa luta, ''Money'' embolsou, no mínimo, US$ 220 milhões. Fechou o ano -e sua carreira invicta-, com uma vitória sobre o haitiano Andre Berto.

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de "Guerra nas Estrelas"

Título de reportagem sobre lutador que desbancou Floyd Mayweather Jr. brinca com o título de um dos episódios de ''Guerra nas Estrelas''

Mas o título de ''Lutador do Ano'' da mais importante publicação de boxe do mundo, a ''The Ring'', que existe desde 1922, foi para o britânico Tyson Fury. Para quem nunca ouviu falar, Fury é um peso-pesado que chegou para a entrevista coletiva da luta mais importante de sua vida fantasiado de… Batman. Mais, logo após ser campeão mundial, ajoelhado ainda sobre o ringue, cantou uma música do Aerosmith para a mulher, Paris. Diz a lenda que seu pai lhe deu o primeiro nome em homenagem a… Mike Tyson. Um personagem, heim?

Ah, quase ia esquecendo o mais importante: Fury destronou o gigante ucraniano Wladimir Klitschko pelos cinturões dos pesados.

O editor da ''The Ring'', Michael Rosenthal, defende a seleção de Fury sobre Mayweather, que ganhou fama por ostentar sua riqueza.

''No fim, a disputa ficou entre Fury e Mayweather'', reconhece Rosenthal. ''Floyd foi o melhor lutador de sua geração, mas Wladimir foi quase tão dominante. Ele [Wladimir] derrotou todos que colocaram à sua frente desde 2004 e estava há mais de dez anos invicto. Ao derrotá-lo, Fury injetou nova vida na divisão dos pesos-pesados.''

Ou seja, segundo a ''The Ring'', Fury ''fez história''. ''Nenhum outro lutador pode dizer que fez o mesmo em 2015, a menos que você esteja contando os dólares produzidos pela luta entre Mayweather Jr. e Pacquiao'', conclui a revista, em sua última edição.

Outros vencedores:

Luta do Ano: Francisco Vargas KO 9 Takashi Miura

Nocaute do Ano: Canelo Alvarez KO 3 James Kirkland

Assalto do Ano: Amir Imam vs Fidel Maldonado (Terceiro assalto)

Zebra do Ano: Fury vs Klitschko

Retorno do Ano: Badou Jack

Treinador do Ano: Joe Gallagher

Promessa do Ano: Takuma Inoue

Evento do ano: Mayweather vs Pacquiao

Lutador mais Inspirador do Ano: Anthony Crolla

 

 

 


Globo fecha com 7 clubes, e pay-per-view ‘ameaça’ castigar quem não assinar
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Eduardo Ohata

A Globosat já assinou com sete clubes a renovação dos direitos para a TV fechada do Brasileirão a partir de 2018. Segundo este blog apurou são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro e o Atlético-MG.

Além dos sete clubes com quem já fechou, Globosat negocia com Flamengo, Fluminense, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter e Coritiba.

A programadora enfrenta a concorrência, na TV fechada, do canal Esporte Interativo, que também vem conversando com os clubes de futebol. Na TV aberta, Record e Rede TV!, que tentaram adquirir os direitos do Brasileiro no episódio que terminou na implosão do Clube dos 13 anos atrás, agora não demonstraram interesse em enfrentar a Globo. A notícia não agradou clubes que conversam com o Esporte Interativo, que acreditavam que se uma TV aberta entrasse na disputa, fortaleceria a causa do canal que acaba de entrar na grade da operadora NET.

Partes envolvidas diretamente na negociação e que conhecem como funciona o atual mecanismo de divisão do dinheiro da TV argumentam que se alguns clubes fecharem com o Esporte Interativo e alterarem a janela atual de TV paga, correm o risco de perder pelo lado do Premiere, canal pay-per-view da Globosat, o que diminuiria ''sensivelmente'' suas receitas.

O exemplo hipotético invocado foi no caso de os dois clubes gaúchos, Grêmio e Internacional, acertarem com o Esporte Interativo. Se a emissora tiver o clássico Grenal, naturalmente irá exibi-lo para o Rio Grande do Sul, o que diminuiria a atratividade do Premiere para os gaúchos. O efeito colateral é que a dupla de times perderia em números do pay-per-view, o que por sua vez afetaria seus ganhos.

Uma outra situação reconhecida pelos dois lados é que se parte dos clubes assinasse com o Esporte Interativo e parte permanecesse com a Globosat, muitos jogos não seriam exibidos na TV a cabo. Isso porque segunda a legislação brasileira não prevalece o mando de campo. ''Pela Lei Pelé, ambos os times teriam que estar fechados com a mesma emissora para que sua partida possa ser transmitida'', explica o especialista em direito esportivo Heraldo Panhoca.

Nas negociações com o Esporte Interativo, os clubes pedem que a repartição do dinheiro siga o modelo inglês. Cartolas dos clubes também se impressionaram com a aquisição do Esporte Interativo pelo poderoso grupo Turner, que resultou na compra dos direitos da Liga dos Campeões pelo canal.

O empenho do canal em tirar o Brasileiro da Globosat é justificado pela necessidade de ter que preencher grade com eventos atrativos que possam ser transmitidos ao vivo, especialmente à noite e aos fins de semana.

O Esporte Interativo ainda não entrou na grade da operadora Sky.

 


Em aniversário de 10 anos de título mundial, Sertão vive com salário mínimo
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Eduardo Ohata

Sertão, ou melhor, o baiano Valdemir Pereira, era uma alegria só. Afinal, ele havia acabado de vencer, por pontos, o tailandês Phafrakorb Rakkietgym. Nome engraçado? É porque os boxeadores tailandeses adotam como sobrenome ''artístico'' o nome de sua academia. Pioneiros no ''naming rights''.

Logo após ter seu braço erguido, Sertão ria à toa segurando o cinturão da Federação Internacional de Boxe, abraçado ao técnico Ivan de Oliveira. ''Quem ele pensava que era, o Tarzan?'', perguntou para mim, enquanto ainda estávamos no ringue, em referência ao fato de o tailandês ter começado a bater com as duas mãos no próprio peito no décimo assalto, em uma tentativa (infrutífera) de intimidar o brasileiro. Não, nesse caso, nunca é demais descrever detalhes do combate ou do pós-luta, já que não foi transmitido na América do Sul. Os programadores da TV a cabo, apesar de ter os direitos da luta transmitiram para o Brasil partida da NBA, já que o mesmo sinal iria para toda América do Sul.

Poster da luta na qual Sertão sagrou-se campeão mundial pena há exatos 10 anos

Poster da luta na qual Sertão sagrou-se campeão mundial pena há exatos 10 anos

No aeroporto de Connecticut, quando se preparava para retornar ao Brasil, Sertão dizia, ''baba aí, Ohata'', ao comprar um colar que trazia pendurado um aparelho de metal que programou para ficar exibindo, em movimentos ininterruptos, de cima para baixo, seu apelido: ''Sertão''.

No aeroporto de Guarulhos, Sertão foi barrado na alfândega. Seu manager, Servílio de Oliveira, protestava, ''mas ele é campeão mundial''. O fiscal respondeu, ''é aí mesmo que a gente vai procurar''. Provavelmente os fiscais ainda se lembravam da polêmica quando os jogadores da seleção campeã da Copa de 94 entraram no Brasil com 15 toneladas a mais de bagagem do que a levada para a Copa dos EUA sem passar pela alfândega e pagar os impostos.

Isso tudo aconteceu há exatos 1o anos.

''Como você vai comemorar os 10 anos do título?'', perguntei nesta terça-feira (19) a Sertão, que voltou a morar na sua cidade natal de Cruz das Almas após perder o título na primeira defesa, para Eric Eiken, e que teve a carreira interrompida por conta de um problema de saúde.

''Vou trabalhar'', respondeu Sertão, que é empacotador em uma loja. ''Para fazer festa, tem que ter dinheiro. Eu ganho um salário mínimo e tenho que pagar duas pensões para minhas ex-mulheres e filhos [que estão em São Paulo].''

''Mas me lembro que foi nesta data [hoje, dia 20] que fui campeão mundial, o que foi muito importante para minha vida, minha carreira, minha família'', ressalta Sertão.

Mas, nos 10 anos de seu título, Sertão revela que tem uma mágoa. Ele fala da homenagem feita na cidade de Santos com a inauguração no ano passado de bustos dos também campeões mundiais Eder Jofre, Miguel de Oliveira e Popó. Sertão, ao que tudo indica, foi esquecido. ''Fiquei magoado, chateado. Fazer o quê? Vou colocar nas mãos de Deus. Se tiveram quatro campeões mundiais brasileiros, tem que ter quatro estátuas, e não três'', argumenta o ex-boxeador.

A correção dessa injustiça histórica seria um belo presente de aniversário nos dez anos de seu cinturão, não seria?

Sertão comemora em 15 de novembro passado com amigos seus 41 anos

Sertão comemora em 15 de novembro passado com amigos seus 41 anos


‘Podemos quebrar sigilos bancários e banir tenistas’, ameaçam entidades
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Eduardo Ohata

Em resposta à reportagem da rede de TV britânica BBC, que apontava participação de 16 tenistas entre os top 50 em esquemas de resultados forjados, inclusive em Grand Slams, a Federação Internacional de Tênis, a Junta dos organizadores dos 4 Grand Slams, a ATP e a WTA encaminharam, por e-mail, um comunicado conjunto a seus associados apontando que cinco tenistas e um oficial foram banidos após comprovação de que estavam ligados a esquemas de corrupção.

''Nenhum atleta ou oficial está imune de investigações, não importa seu status ou sua posição no esporte. Onde houver evidências, haverá uma investigação'', explicou o presidente da ATP, Chris Carmode.

O comunicado lembra que a Unidade de Integridade do Tênis (em inglês, TIU, espécie de regulamento anticorrupção da modalidade), à qual as quatro entidades aderiram, dá às entidades o poder de ''quebrar sigilo telefônico, bancário, obter acesso às informações contidas em seus computadores, além de questionar quaisquer pessoa cujos relatos julgue relevante para as investigações. ''A TIU não dá salvo conduto a nenhum tenista ou árbitro de ser investigado por envolvimento em atos ligados à corrupção'', alerta repetidamente o texto do e-mail enviado aos associados das quatro entidades.

Desde que a TIU introduziu sua política anticorrupção em 2009, foram tomadas no total 18 ações disciplinares.

Um dos casos se refere a uma investigação que teve início em 2011, mas que foi engavetada por falta de evidência. O caso foi reaberto em 2013, quando novas evidências foram encontradas, quando o jogador foi declarado culpado por ter infringido três itens do Programa Anticorrupção do Tênis. Ele acabou suspenso por cinco anos e multado em US$ 25 mil. Ele chegou a apelar à Corte Arbitral do Esporte, que julgou sua apelação improcedente em 2014.

''Durante quatro anos a TIU insistiu nesse caso, que terminou com a remoção de um jogador corrupto por um período substancial'', lembra Kermode.

O e-mail também reafirma que há uma política de ''tolerância zero sobre qualquer aspecto ligado à corrupção''.

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