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“Mundial de 51 do Palmeiras lavou a alma do Brasil”, diz emocionado Mustafá
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Eduardo Ohata

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Foi na última gestão de Mustafá Contursi, 76, à frente do Palmeiras que surgiu a ideia de buscar o reconhecimento, na Fifa, do Mundial de 51 do clube, conquistado na Copa Rio. A importância do título para o Brasil, e não apenas para torcida palmeirense, foi grande, já que o Brasil sofrera um ano antes o trauma do “maracanazo”.

Responsável pela campanha que foi até a entidade máxima do futebol em busca da oficialização, Mustafá emocionou-se fortemente durante entrevista ao blog ao falar sobre o assunto, ficou com os olhos marejados, a voz embargada, e irritou-se profundamente ao ser lembrado que muitos criticam a conquista palmeirense, afirmando que o Mundial do Palmeiras foi conquistado “no fax”, em função do pronunciamento da Fifa ter vindo muitos anos depois. “Só os medíocres dizem isso, não sabem o bem que fez à auto-estima do brasileiro e nem conhecem sua importância histórica”, argumenta, ao mesmo tempo em que eleva a voz.

Para o cartola, apenas o Mundial do Corinthians, conquistado em 2.000, é passível de comparação por ter o formato mais ou menos parecido com o do Mundial de 51. Os outros, segundo Mustafá, pode-se dizer que são Mundiais “de perfumaria”.

A conquista palmeirense completou 65 anos em julho e, mesmo sempre questionada por torcedores rivais, foi destacada e parabenizada pela Fifa.  A campanha de Mustafá foi encampada também pela CBF, que em 2007 enviou um documento ao clube do Palestra Itália afirmando que a Fifa reconhecia ali o clube como primeiro campeão mundial de clubes.

Em 2014, a campanha foi encampada também pelo Ministério do Esporte brasileiro, e após análise de seu comitê executivo, a Fifa enviou um documento para o Palmeiras e CBF sobre a conquista do Mundial. O procedimento é semelhante ao que a entidade máxima do futebol dá ao extinto Mundial Interclubes, em que ela reconhece como título de abrangência planetária sem conceder distinção ou honraria. Assim, diferencia os do seu campeonato mundial, inciado em 2000.

Veja a seguir os principais trechos da entrevista:

Como surgiu a ideia de buscar o reconhecimento do Mundial de 1951

Em primeiro lugar, nunca abrimos mão de considerar aquele o primeiro Mundial de clubes, pelas circunstâncias do momento, dificuldades de comunicação, precariedade dos transportes, pela derrota do Brasil na Copa de 50, que arrasou o futebol brasileiro. Contribuímos com o início da reabilitação do futebol brasileiro, que depois passou por uma seleção razoável em 54 e que culminou com a grande conquista de 58, repetida em 62. O Mundial de 51 foi uma competição que até hoje não há uma igual. Para se ter ideia da importância desse torneio, quero lembrar que nem a Uefa existia à época em que aconteceu. Para você ver a importância que teve esse torneio que reuniu equipes da Europa, equipes sulamericanas num torneio de 8 clubes, com 2 chaves e decisão de semifinal e final.

Arqueologia da Copa Rio

Começamos a trabalhar logo após comemorarmos o jubileu de ouro da Copa Rio, em 2001. Naquele momento começamos a colher depoimentos, resgatar fatos históricos nos países dos times que participaram, em bibliotecas, museus e dentro da Fifa.

Reação do então presidente da CBF Ricardo Teixeira

A ideia foi recebida com entusiasmo por todo mundo. Mas primeiro preparamos um dossiê bancado pelo Palmeiras, profissionalmente desenvolvido pela editora B2, que em dois anos de trabalho produziu uma monografia, um DVD e um vídeo-documentário com depoimentos de jogadores ainda vivos daqui e de fora. Eu era membro da Fifa na época, tinha os caminhos de encaminhamento ao comitê executivo. O Affonso Della Monica, que era o presidente da época, não pôde viajar e designou o diretor-administrativo Roberto Frizzo para entregar na Fifa esse dossiê. Até que em 2009 houve uma primeira correspondência na qual a Fifa reconhecia aquela competição como tendo os moldes de um Mundial e, em 2014, aí sim, a legitimidade foi concedida pelo comitê executivo da Fifa.

Processo difícil

Os dirigentes da Fifa da época não tinham a dimensão do que foi essa competição. Só depois de analisarem o dossiê e todo o material gravado, é que eles começaram a analisar a grandeza e importância dessa competição. Depois de 50 anos da conquista, esse material possibilitou o reconhecimento, então foi uma maneira de reconquistar o que o mundo todo reconheceu em 1951.

Precursor do Mundial do Corinthians

Aquela [o Mundial de 2.000] não era uma competição oficializada, mas experimental, promovida pela Fifa, e que com justiça foi oficializada depois. Os moldes da competição foram exatamente os mesmos: Duas chaves de quatro, uma no Rio e outra em São Paulo, classificava dois de cada chave, semifinal e final. Só que o de 51 aconteceu em uma época de muito mais dificuldade e muito menos recursos. O mundo ainda estava se recuperando de uma guerra mundial. Trazer quatro equipes da Europa, quatro da América do Sul, devia ser difícil chegar do Uruguai para cá, não é como hoje que em 1h45 minutos…

Qual foi melhor, o Mundial do Palmeiras ou o do Corinthians?

O formato foi exatamente o mesmo. Mas não vamos falar ‘Mundial do Palmeiras’, porque foi uma conquista do futebol brasileiro. Estávamos acima de paixões clubísticas. O Brasil todo torceu pelo Palmeiras, não era o Palmeiras que estava em campo. Era o Brasil, esse era o espírito do torcedor. Ou você acha que 116 mil pessoas no Maracanã, no Rio, eram todos palmeirenses? Eram os brasileiros torcendo. O título lavou a alma do Brasil. Mas em 2000 não tiveram duas finais. Semifinal foi um jogo e a final, outro jogo. Em 51, foram dois jogos semifinais e 2 jogos finais. Muito mais difícil de você ganhar. Você decidir em uma só partida, se terminar empatada vai para pênalti, é muito mais fácil do que disputar duas partidas e administrar o saldo de gols. Na final, ganhamos o primeiro jogo da Juventus e empatamos o segundo. E, se não me engano, nas semifinais também ganhamos um do Vasco e empatamos o outro.

Mundial do fax

Nós não ganhamos o Mundial pelo fax. A nosso conquista foi mundialmente reconhecida na época como um Mundial de clubes, só não teve a oficialização porque as organizações na época não tinham a dimensão que têm hoje. Mas a competição foi muito mais valorosa do que as competições de agora, nas quais alguns times são campeões em uma só partida final e outros entram jogando uma semifinal e final. Não disputam fase de classificação de quatro clubes, uma semifinal e final em jogos de ida e volta. [Ironizando] Naquele tempo pode ter sido uma conquista por telegrama, não por fax, que nem existia na época. Mas hoje talvez a conquista de um Mundial seja uma conquista de perfumaria, porque nem se compete entre os clubes classificados para chegar ao título. Não tenho dúvida de que aquela conquista teve mais valor. Se querem ironizar a maior conquista de clubes brasileiros… [51] foi muito mais importante tecnicamente do que qualquer outro Mundial, exceto 2000, que teve os mesmos moldes de organização, mas que não teve duas finais.

Como o futuro cartola acompanhou o Mundial

Eu tinha dez anos, estava de férias em Santos, em uma daquelas pensões na avenida Presidente Wilson. Naquela época você passava 30 dias de férias em uma pensão, com refeição completa. A praia de Santos, eu sinto emoção até hoje, a avenida da praia, foi um corso [Carnaval] só. Os carros todos com decorações referentes ao Palmeiras [olhos começam a marejar], é… A avenida inteirinha [voz fica embargada], naquela hora todos os brasileiros eram palmeirenses [silêncio]. [Elevando a voz] Os medíocres de hoje em dia não conseguem valorizar. Hoje, o que existe, é um monte de dinheiro, muitos caras que um dia estão aqui, amanhã estão lá, e não dão valor à emoção de uma conquista. É um negócio, estão torcendo para ver quanto vai entrar de dinheiro. O cara hoje em dia pensa, terceiro lugar, vou ganhar 5 milhões, vou para a Sul-Americana, e pegar TV de mais três jogos. Esses são os executivos, os CEOs, por isso eles não valorizam as competições daquela época.

Conquista subvalorizada?

O palmeirense nunca deixou de se orgulhar. É bom que os caras de marketing fiquem longe porque só fazem porcaria. Deixem a emoção com o torcedor, com os associados. [Os marqueteiros] gastam um monte de dinheiro, e não entra nada [nos cofres].


‘Tudo passou por Fifa, fundo e COL’, diz Andres sobre denúncia de Copa-14
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Eduardo Ohata

O ex-presidente corintiano Andres Sanchez rebateu a denúncia de que por seu intermédio uma empresa de formaturas sem experiência em grandes eventos faturou R$ 15 milhões com a Copa na Arena Corinthians.

“A Contratação [da empresa Stillo`s] passou pela Fifa, COL (Comitê Organizador Local) e cotistas do fundo [da Arena Corinthians]. O Corinthians estava lá para fiscalizar o que a empresa estava fazendo”, explicou Andres. “Mas a contratação dela fez um gasto projetado de R$ 130 milhões cair para R$ 90 milhões. Verifique as cotações com o fundo, que inclusive é fiscalizado por auditoria externa por exigência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).”

A revista “Época” publicou uma matéria intitulada “Uma empresa de formaturas faturou R$ 15 milhões com a Copa na Arena Corinthians”, na qual é relatado que a Stillo faturou R$ 15 milhões para “integrar pessoas” por conta da operação de overlay (estruturas temporárias). Segundo a revista, a Tecnotrade, empresa que gerenciou as obras de overlay e que contratou a Stillo, cuja sócia teria sido levada ao clube por Andrés, ganhou R$ 3,6 milhões, ou quatro vezes mais do que a empresa contratada. Os custos, ainda segundo a publicação, foi repassado para a operação do estádio.

Segundo Andres, entre as tarefas de Andréa, com quem nega ter qualquer tipo de relacionamento extra-profissional e que afirma já frequentar o clube antes de sua empresa ser contratada para a Copa, estava a coordenação de cerca de 1.500 profissionais.

“Na Arena, que recebeu a abertura, tinha dia que havia 150 caminhões [de emissoras de TV], cabos, fibra ótica, aluguel de equipamentos, até de carpete e outros detalhes, já que o estádio não estava com o acabamento pronto ainda”, explica ele. “Mas agora tudo que tem a ver com Corinthians colocam na minha conta.”


Técnico cai em pegadinha reciclada da Copa e teme ser agredido na rua
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Eduardo Ohata

O técnico do ABC, Geninho, foi vítima de uma “pegadinha” reciclada das Copas de 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, e por conta da brincadeira, irritou-se e chegou a temer por sua integridade física e a de seus jogadores.

Um texto divulgado por WhattsApp (veja ao fim do texto), assinado por “Gunther Schweitzer”, identificado como diretor do canal Esporte Interativo, e que chegou até Geninho por meio de um amigo, afirmava que o técnico, cartolas do ABC e do Guarani, e até a CBF, armaram o resultado da partida na qual o time de Natal foi goleado por 6 a 0 pela Série C do Brasileiro.

No jogo de ida, pelas semifinais da competição, o “Mais Querido” havia goleado a equipe de Campinas por 4 a 0, e já contava que a equipe estaria na final. Porém, na partida de volta, o ABC foi goleado por 6 a 0, cedendo a vaga na decisão ao Guarani.

“Estou preocupado, daqui a pouco a população pode até agredir os jogadores”, dizia um exasperado Geninho, enquanto encaminhava o texto ao blog. “Se a TV [Esporte Interativo] não soltar uma nota para negar o que está dito lá, não vai ter jeito a não ser entrar com uma ação [na Justiça].”

O Esporte Interativo, obviamente, negou que algum funcionário tenha enviado tal mensagem e informou desconhecer o “Gunther Schweitzer”.

Na verdade, essa pegadinha não é nova. Já havia circulado pela internet durante várias Copas, e dava conta de que os Mundiais estavam “comprados”. Para “reciclar” a piada, substituiu-se o nome de uma seleção pelo do ABC, o de outra pelo Guarani, e a Fifa pela CBF. A “pegadinha” já foi adaptada até para se referir à premiação do Oscar e ao Nobel.

Ao ser informado pelo blog de que se tratava de uma piada, Geninho ficou (um pouco) mais calmo.

“Essa foi uma brincadeira de mau gosto em cima de gente séria”, desabafou, em meio a resmungos, o treinador. “Faço um trabalho sério, e essa brincadeira pode sujar o meu nome. Já estava magoado pelo resultado [do jogo de volta], e ainda fazem isso…”

O técnico, que já passou por Corinthians, Santos e Vasco, entre outros, não decidiu ainda se denunciará a “brincadeira” à delegacia de crimes cibernéticos.

Confira o texto adaptado da pegadinha da Copa de 98 que circulou no WhatsApp e chegou até Geninho:

“Talvez, isso explique a razão do jogador Jones Carioca ter dito: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu no Brinco de Ouro ficariam enojadas!”.

Todos os potiguares ficaram chocados e desconfiados com o que ocorreu na partida entre Guarani x ABC em Campinas no dia 23/10. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.

Fato comprovado:
O ABC vendeu o titulo para o Guarani. Os jogadores titulares foram avisados às 20:00 do dia 22 de Outubro de 2016 (dia anterior da partida), após uma reunião envolvendo o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o presidente do ABC, Judas Tadeu, o presidente do Guarani e os técnicos Geninho e Marcelo Chamusca. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento de informações, em seus quartos no hotel.

A princípio muito contrariados, os atletas se recusaram a jogar a partida no dia seguinte.
A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$7.000,00 para todos os os titulares e um bônus de US$40.000,00 para todos os demais membros da equipe, totalizando a soma de US$ 2.300.000,00 (dois milhões e trezentos mil dólares) através da Adidas. Além disso, os jogadores terão nos próximos 4 anos, as mesmas bases de prêmios de grandes atletas da marca como Messi, Daniel Alves e Luiz Suárez.

O Sr. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, aplaudiu a colaboração dos atletas, uma vez que o resultado confirmaria o poder dos times paulistas para diminuir as chances da liga rio-sul-minas acontecer. Combinou-se ainda que o ABC terá o caminho facilitado na Copa do Nordeste.

Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o mundo do futebol.

Desde, já agradeço, Um abraço.
Gunther Schweitzer – Executivo do canal Esporte Interativo”


Cartola que recuperou Mundial de 51 do Palmeiras pede estrela na camisa
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Eduardo Ohata

Responsável pelo dossiê que culminou na validação do título da Copa Rio-1951 como um Mundial, o ex-vice de futebol palmeirense Roberto Frizzo pediu ao atual presidente do clube, Paulo Nobre, e ao vice Maurício Galiotte que seja adicionado ao escudo da camisa do time passe uma estrela por conta da conquista do Mundial.

Esse era um desejo de Frizzo desde que o Mundial foi reconhecido pela Fifa, mas agora encontrou embasamento legal para o pedido.

“Há um artigo no estatuto que prevê isso, uma estrela vermelha na camisa para assinalar a conquista de um Mundial”, explica Frizzo. “Alguns, mais empolgados, sugeriram fazer um abaixo-assinado. Mas como está no estatuto, e é um direito dos palmeirenses, preferi conversar com o Paulo [Nobre] e com o Maurício, mas não houve uma resposta definitiva.”

Frizzo coordenou a pequisa para a confecção do dossiê que foi posteriormente encaminhado à Fifa requisitando o reconhecimento da Copa Rio de 1951 como um título mundial. O ex-vice de futebol palmeirense também trabalhou nos bastidores políticos nesse episódio.

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Roberto Frizzo (à esq.) posa ao lado de réplica da taça da Copa Rio de 1951

A conquista do título foi lembrada por meio de uma apresentação durante o aniversário do Palmeiras, há poucas semanas.

A Fifa exaltou, em julho passado, quando o título completou 65 anos, por meio de mídias sociais, o Palmeiras como o primeiro campeão global, com a publicação de fotos da época inclusive.

Quanto às ironias de torcedores de outros times de que o Palmeiras precisou de um “título conquistado via fax” para ser campeão mundial, Frizzo retruca com outra provocação.

“Meu amigo, esse título é verdadeiro. Não é título de torneio de verão”, retruca um levemente irritado Frizzo. “Pode verificar, os elencos dos times que estiveram no Rio em 1951 traziam os mesmos jogadores que vieram aqui no Brasil um ano antes disputar a Copa por suas seleções.”


Após dar adeus ao Brasileirão, Band se despede da Champions e Mundiais Fifa
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Eduardo Ohata

Cristiano Ronaldo marca e garante titulo do Real da Champions esse ano. Essa deve ter sido a última Champions da Band (Crédito: Stefan Wermuth Livepic/Reuters)

Cristiano Ronaldo marca e garante titulo do Real da Champions esse ano. Essa deve ter sido a última Champions da Band (Crédito: Stefan Wermuth Livepic/Reuters)

Após abrir mão do Brasileirão, representante da Band informou a Globo que não há interesse em renovar os acordos de licenciamento para a TV aberta da Champions e de Mundiais da Fifa, como sub-20, sub-17 e feminino.

Como consequência, a Globo fica liberada para buscar no mercado outros parceiros para essas competições, como já vinha acontecendo no caso do Campeonato Brasileiro. Globo e Band foram parceiras por dez temporadas pelo Brasileiro.

A Band, porém, mantém os acordos com a Globo para transmitir na TV aberta a Euro-2016 e a Olimpíada do Rio-2016.

Quando o licenciamento do Brasileiro foi encerrado, em nota conjunta, Band e Globo justificaram, em comunicado conjunto, que “o agravamento da crise econômica impediu a Band de prosseguir com esse licenciamento, a partir da temporada 2016”.

Novamente, no caso da Champions e dos Mundiais, o motivo seria o mesmo.

No caso do Brasileiro, a Globo corre atrás de um parceiro que possa arcar com parte dos custos do Nacional, que não se limitam apenas aos gastos com os direitos de transmissão. Há volumosas despesas com a parte operacional também.

Procurada pelo blog, oficialmente, a Band informou que “a negociação em torno dos eventos esportivos citados ainda não ocorreu”.

A Globo, por meio de nota oficial, informou que “até o momento, o licenciamento interrompido foi para o Brasileirão. Os outros eventos esportivos ainda não estão formalizados”.

VEJA TAMBÉM:

Por que a Globo precisa de um concorrente para transmitir futebol no Brasil

Cade estende investigação sobre Globo no Brasileiro à parceria com a Band


‘Mundial do Palmeiras é subaproveitado’, diz cartola que o resgatou na Fifa
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Eduardo Ohata

O Palmeiras foi reconhecido pela Fifa como campeão do primeiro título mundial de clubes da história, porém não sabe usá-lo bem como uma ferramente voltada ao marketing, enquanto outros clubes sabem tirar proveito de seus títulos. Essa é a conclusão de Roberto Frizzo, responsável pelo trabalho de pesquisa para a produção do dossiê que foi entregue à Fifa, que chancelou a conquista.

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Capa do dossiê bilingue da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como 1ª competição de relevância mundial entre clubes

Frizzo diz que não entende quando vê outros clubes usando seus título de campeão mundial de clubes ou bicampeonato para se promover, e percebe que seu próprio clube não valoriza a conquista de 1951. Sim, foi o título foi assunto durante a semana em que finalmente foi chancelado pela Fifa, mas poucos dias depois já não era mais mencionado.

O cartola defende que o título palmeirense tem ainda um diferencial, que o torna único, por ter sido o primeiro. Por isso, planeja fazer um evento em agosto, mês de aniversário do clube, para mostrar a importância do clube, como foi o trabalho de pesquisa, as dificuldades, os episódios engraçados com que se depararam e como acredita que poderia ser melhor utilizado.

O ex-vice de futebol disse que o evento com duração entre dois e três dias poderia ser organizado em conjunto com o clube.

Ou, diz ele, poderia até realizá-lo sozinho, já que o próprio trabalho de pesquisa e viagens bancou “do próprio bolso”. (O clube pagou os salários do jornalista Arnaldo Branco, que auxiliou Frizzo).

Em 2014, a Fifa reconheceu a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras, como o primeiro título mundial de clubes da história. O comitê executivo da entidade que controla o futebol mundial reconheceu em nota oficial que essa foi a primeira competição de abrangência mundial (entre clubes).

A Copa Rio foi organizada pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com 8 clubes, campeões nacionais, além de Palmeiras, como campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1951, e Vasco, campeão carioca do mesmo ano: Sporting (Portugal), Austria Vienna (Áustria), Nacional (Uruguai), Juventus (Itália), Estrela Vermelha (Iugoslávia) e Nice (França).


Marcelo Teixeira se coloca como pré-candidato à CBF e já ‘fala’ como tal
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Eduardo Ohata

Marcelo Teixeira afirma a interlocutores que é candidato à presidência da CBF caso sejam convocadas eleições para a presidência da confederação. A principal condição para colocar sua candidatura em campo seria a saída do posto de Marco Polo Del Nero, de quem o ex-presidente santista é amigo. O atual presidente da CBF foi indiciado nos EUA por corrupção e é investigado pelo comitê de ética da Fifa.

Segundo Teixeira confidenciou a pessoas próximas, ele conta com o apoio de cartolas influentes de São Paulo, Corinthians e G4, que o procuraram.

Segundo o regulamento da CBF, sob condições normais, quem assume a cadeira caso Del Nero renuncie será Delfim de Pádua Peixoto, 74, presidente da Federação Catarinense de Futebol, por ser o vice mais idoso.

Mensagem postada no Facebook por Marcelo Teixeira, que já transitou na Fifa na época em que fez parte da comissão do Mundial, após a perda do título da Copa do Brasil pelo Santos ontem, indica que ele já tem em mente questões que afligem o futebol nacional e que extrapolam os muros da Vila Belmiro.

“Fomos prestigiar o clássico… Fomos surpreendidos por emboscadas de torcedores adversários que perigosamente atiravam pedras, bombas e rojões, mesmo com a intervenção militar… Não podemos mais admitir em um país que sediou a Copa, no ano que vem Olimpíada, ainda verificar cenas lamentáveis como essas, que denigrem a imagem do futebol e não condizem com a finalidade do esporte”.

“A Copa do Brasil é uma competição interestadual, beneficiando clubes sem tanta expressão no cenário esportivo, prestigiando os habitantes de cidades de todo o país que tenham a oportunidade de assistir partidas com grandes clubes e atletas de renome, considero uma das melhores do calendário por atender a população de todos os níveis, por isso, a CBF deveria também sortear cidades com grandes arenas para as partidas finais da competição, evitando esses problemas, como acontece na UEFA”.

Em sua nota, Teixeira lamenta ainda a perda do título porque “o futebol brasileiro não terá um representante na Libertadores de 2016 com atletas de maior talento e categoria, que jogam um futebol mais elegante e bonito!”

 


Carta de apoio da CBF a Zico não significa votar nele, mas dar voz a ele
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Eduardo Ohata

Se fizesse parte do colégio eleitoral da Fifa você votaria no Zico?

Por um lado, o “Galinho de Quintino” tem experiência internacional com futebol dentro e fora dos gramados e, que se saiba, reputação ilibada.
Por outro, sua atuação como gestor à frente da Secretaria Nacional do Esporte e em cargo diretivo no Flamengo não deixaram grandes saudades.

Não sei se votaria em Zico. Mas o ponto desse post não é esse.

O que é discutível é a CBF condicionar sua carta de apoio à candidatura de Zico a ele primeiro conseguir as outras quatro com confederações de futebol de outros países. A Fifa exige cinco. Fosse ele um famigerado mau caráter ou inimigo declarado da CBF, daria até para entender a razão.

Nem se trata de a CBF se comprometer a votar em Zico na eleição da Fifa. Mas apenas ajudar que um sulamericano, brasileiro, conhecido fora do Brasil, participe do processo eleitoral, dar a ele voz para que ele possa falar de suas idéias.

Agora, se no próprio quintal o pré-candidato não consegue apoio, como fica quando vai bater nas portas dos outros?

Na Conmebol, por exemplo, imagino que as federações tenham visões e interesses diversos.

Chile, Colômbia, Equador e Bolívia, federações que saíram ilesas dos escândalos internacionais de corrupção, devem votar diferente de Venezuela, Uruguai e Argentina, onde houve respingos. O Paraguai, com quem o Brasil aparenta estar alinhado, é simpático a Michel Platini.

Zico poderia muito bem aproveitar essa divisão. Mas, imagino, seus respectivos presidentes devem fazer a fatídica pergunta, “mas por que será que Zico não tem o apoio em sua própria casa?”

Diante de uma situação em que a população brasileira ainda se lembra do “7 a 1”, o ex-presidente da CBF está detido, o atual não viaja para fora do país, e um dos maiores empresários ligados a esporte se tornou o pivô de um escândalo internacional de corrução, a candidatura de Zico, apesar de não passar uma borracha sobre essas mazelas, colaria a imagem do Brasil a uma agenda internacional mais, aham, positiva.

O próprio Zico deu alguns tiros no pé de sua candidatura quando disse que decidiu sair pré-candidato durante um jantar com sua família, viajou para a Índia no meio de sua campanha e rejeitou acordos políticos. Uma eleição é, afinal de contas, um processo político.

Durante a campanha, pessoas ligadas à campanha de Zico se irritaram ao ouvir de uma ou outra federação internacional, “mas o que vocês oferecem em troca [de nossa carta]?” ou um mais simpático “até queríamos votar, mas não dá, estamos sofrendo pressão para apoiar Fulano…”

Outra justificativa para não dar as cartas a Zico é que os países votam “em bloco”, o que teoricamente não “bate” com a geopolítica dessa eleição, já que só a Ásia, por exemplo, já tem três pré-candidatos e a Europa, dois.

Dentro do comitê de campanha de Zico um dos principais argumentos pró-Zico é o fato de os dois mais fortes pré-candidatos serem o príncipe da Jordânia, Ali bin Hussein, e o presidente da Uefa, Michel Platini. O primeiro ainda tem que ver seu país se classificar para uma edição da Copa do Mundo e o segundo está suspenso após a descoberta de que recebeu cerca de US$ 2,1 milhões da Fifa.

Acho que está claro que Zico é, na verdade, o anticandidato, aquele com chances mínimas de ser eleito. A candidatura folclórica.

Mas em muitas as eleições há espaço para o candidato alternativo, importante para colocar certos temas em discussão. Não foi o que aconteceu, por exemplo, na última eleição presidencial no Brasil?

Dentro do comitê de campanha do “Galinho de Quintino” ainda acreditam que conseguirá as cartas. Dizem que há federações “apalavradas”.

“Nossa candidatura será uma opção aos engravatados de sempre que dominam o cenário na Fifa”, argumenta Ricardo Setyon, consultor sênior de relações-internacionais e comunicações, e que em determinado momento também trabalhou na Fifa.

A resposta está próxima, já que dia “D” para a candidatura de Zico (e dos demais pré-candidatos) será hoje, data-limite para a apresentação das cinco cartas de apoio.


Ingleses apostam em Pelé e Príncipe William para a presidência da Fifa
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Eduardo Ohata

Os ingleses têm mesmo uma fixação pela realeza: Por isso mesmo escalaram o “Rei do Futebol”, o brasileiro Pelé, e o príncipe William, para ocupar a presidência da Fifa.

A dupla real são dois dos candidatos disponibilizados pelas bolsas de
apostas inglesas para quem quiser apostar em quem será o próximo
presidente da Fifa. Claro, os dois são grandes azarões, pagando,
respectivamente, 100 para 1 (para cada libra apostada, o apostador
ganha 100 no caso de Pelé ser eleito) e 200 para 1, no site de apostas Oddschecker.

Há candidatos cujas cotações são ainda mais atraentes, por conta de a
possibilidade de serem eleitos ser mais remotas ainda. O Gunnersaurus,
mascote do Arsenal, por exemplo, paga 500 para 1.

Quem apostar no Gunnersaurus provavelmente não acredita que ele tem chance: Quer apenas mostrar o recibo para os amigos para tirar onda.

O favorito é o príncipe Ali Al-Hussein, cuja cotação está em 5 por 4.
O ex-jogador Michel Platini paga 6 por 1, o coreano
Chung Mong Joon (14 por 1), e o xeque Ahmad Al Sabah (12 por
1).

O brasileiro Zico, que ainda luta para conseguir as cinco cartas de apoio de
federações internacionais, pré-requisito para confirmar a candidatura
o fim do mês, paga 33 por 1, mesma cotação de Luis Figo. Mesmo assim, Zico progrediu muito desde há algumas semanas, quando era mais azarão ainda para suceder Joseph Blatter como presidente da Fifa.

Por falar em Blatter, na lista, há espaço para os pessimistas. A permanência de Joseph Blatter no cargo paga 33 para 1.

Outras personalidades na lista de quase 50 candidatos: Maradona (50
para 1), David Beckham (100 para 1), o homem que causou mal estar porque quis dar um “chute no traseiro do Brasil”, Jérôme Valcke (100 para 1), que deixou a Fifa após denúncias de corrupção.

Até o presidente dos EUA, experiente em corridas presidenciais, Barack
Obama, entrou nessa. Se ele trocar a Casa Branca pela presidência da entidade que controla do futebol mundial,
pagará 150 para 1.

O processo é dinâmico: As cotações se alteram de acordo com as apostas.


Brasileirinhas lançará 1º filme pornô olímpico, após bombar em Copa-14
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Eduardo Ohata

Após emplacar, com inesperado sucesso, cinco filmes com o tema Copa do Mundo no ano passado, a produtora Brasileirinhas lança ano que vem o primeiro pornô brasileiro com temática olímpica.

Assim como foi na Copa, quer aproveitar a realização no país dos Jogos do Rio, outro grande evento esportivo que mexe com o imaginário popular.

Um dos 5 títulos adultos lançados ano passado inspirado na Copa do Mundo (divulgação)

Um dos 5 títulos adultos lançados ano passado inspirado na Copa do Mundo (divulgação)

Como as imagens, dos anéis olímpicos, a palavras “Olimpíada”, e o termo “Rio-2016” são propriedade do COI (Comitê Olímpico Internacional), o filme se chamará “oIo píada do Sexo”, trocadilho gráfico com o nome da competição.

“Não dá para usar o termo olimpíada, porque o pessoal do COI fica de olho nos direitos. Vamos deixar bem claro que se trata de uma paródia para evitarmos problemas [legais]”, explica Clayton Nunes, proprietário da Brasileirinhas. “O pessoal da Fifa, nesse sentido, quando fizemos nossos filmes da Copa, foi bem tranquilo.”

A denominação das “competições” que o elenco do filme disputará serão trocadilhos com provas reais ou versões eróticas, como a cerimônia de acendimento da tocha, salto com vara, 100 m com barreiras, luta no gel, arco e flecha e esgrima.

“Esse tipo de filme divulga mais as atrizes, que é o que elas procuram”, justifica Nunes.

A produtora descobriu ano passado que lançar filmes ligados a um grande evento esportivo organizado no Brasil tem o potencial para ser um grande sucesso.

Outro dos 5 filmes lançados ano passado com o tema Copa do Mundo (divulgação)

Outro dos 5 filmes lançados ano passado com o tema Copa do Mundo (divulgação)

“Fomos pegos de surpresa com o interesse gerado pela Copa do Mundo no Brasil [em 2014]. Tivemos que cancelar, de última hora, a produção de alguns filmes para lançar às pressas mais produções que tinham como pano de fundo a Copa. As pessoas ligavam, entravam em contato pedindo por isso. Acabamos produzindo cinco deles no ano passado. Acho que foi porque foi a primeira Copa no Brasil em muitos anos”, argumenta Clayton Nunes, proprietário da Brasileirinhas.

Por conta da escassez de tempo, um deles foi uma antologia, com a maioria das cenas reaproveitadas de produções anteriores também ligadas ao mundo do futebol.

Apesar de apostar nos Jogos, a produtora não acredita que a paródia olímpica repetirá o mesmo sucesso do Mundial de futebol.
“De Olimpíada deve ser um filme mesmo. Copa do Mundo tem outra pegada, né? Além disso, acho que estamos passando pela ‘ressaca da Copa’”, afirma Nunes, que ao mesmo tempo não descarta a possibilidade de uma série de filmes adultos que façam alusão à realização dos Jogos Olímpicos no Brasil.